Sobre a guerra iminente: resumo dos fatos

A única grande promessa (ou ameaça) de campanha ainda não cumprida pelo presidente americano é a mais bombástica de todas elas: as sanções contra a China.

Alguns dos principais assessores do presidente americano clamaram publicamente por ações enérgicas contra a China, defendendo o impedimento de acesso dos chineses a suas ilhas, e a inexorabilidade de uma guerra iminente contra a China.

O próprio presidente alardeou, sem explicitar o alvo, a defesa de uma guerra surgindo do dia para a noite.

Os americanos anunciam o propósito de executar FONOPS em águas chinesas. FONOPS consistem na liberdade de esfregar porta-aviões e destroyers no nariz de quem eles bem entendam.

 

Dia 27 termina o prazo dado pelo pelo presidente americano a um de seus assessores para a execução de um plano de reformulação das forças armadas. Esse plano incluirá a modernização das armas nucleares e deve aumentar brutalmente o orçamento das forças armadas americanas, o maior do planeta.

Em seguida, alardearão o que chamarão de “expansionismo chinês”, a ocupação de ilhas com o propósito de defesa do território chinês contra os americanos e levarão sua gigantesca frota de guerra para o outro lado do mundo, autoproclamando-se defensores da liberdade. Lá, cavarão algum incidente com apelo cinematográfico para conclamar o mundo inteiro a apoiá-los no massacre absurdo. Haverá intensa propaganda em favor de uma ação de guerra imediata, forte censura e desinformação quanto à situação real.

A grande guerra, sumamente trágica, tem que ser evitada a todo custo.

Mas toda a imensa máquina de propaganda estará em curso, será difícil freá-la. Haverá censura e desinformação; a conscientização da desgraça iminente tem que ser feita anteriormente aos fatos.

Bilhões de mortes se assomam; um sofrimento maior que tudo o que já existiu nos ameaça.

Parem a guerra!

 

Reconto outra vez, a propósito de tudo isso, a historinha milenar e tão atual.

O lobo e o cordeiro

Logo ao nascer, o cordeirinho se dirigiu a um regato próximo. Enquanto bebia despreocupadamente, o lobo surgiu sorrateiramente ao seu lado.

Assustadíssimo, o pequeno viu o lobo retirar a bocarra da água e mirá-lo ferozmente, dizendo:

— Ah, então é você que vem sempre aqui sujar a minha água quando estou bebendo?

Apavorado com a intervenção irada, o cordeirinho baixou os olhos ante o olhar feroz para responder com voz trêmula:

— Não era eu, eu acabo de nascer e nunca tinha vindo beber água.

Indignado com a petulância com que o cordeirinho ousava lhe contradizer, o lobo afirmou com ferocidade:

— Ooora! Se não foi você, foi seu pai!

E tascou o cordeirinho.

 

Parem a guerra.

 

 

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Redação

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