STF recebe vídeo da reunião entre Moro e Bolsonaro

Vídeo foi citado por Moro, durante depoimento á PF, como prova da interferência de Bolsonaro na organização

Foto: VALTER CAMPANATO/AGÊNCIA BRASIL

Jornal GGN – A Advocacia-Geral da União (AGU) entregou ao Supremo Tribunal Federal (STF) nesta sexta-feira, 8 de maio, o vídeo da reunião ministerial indicada pelo ex-ministro da Justiça, Sérgio Moro, como prova da interferência de Bolsonaro na organização.

O vídeo foi exigido pelo ministro e relator do inquérito, Celso de Mello, que determinou o sigilo do material, até manifestação da Procuradoria-geral da República. 

O governo chegou pedir ao ministro que fosse entregue apenas parte do vídeo, com a retirada de trechos considerados “sensível ao Estado”. Mas com o prazo esgotado, a AGU afirmou que entregou a gravação em um HD externo, sem cortes ou edições.

Durante depoimento à PF, no sábado passado, 2 de maio, Moro afirmou que durante encontro com a presença de outros ministros, em 22 de abril, Jair Bolsonaro ameaçou sua demissão, caso não trocasse o diretor-geral da Polícia Federal.

Dois dias depois, em 24 de abril, a demissão de Maurício Valeixo foi publicada no Diário Oficial da União (DOU). Em seguida, Moro anunciou sua saída do Ministério da Justiça e revelou o embate com Bolsonaro, durante pronunciamento ao vivo.  

Presentes na tal reunião citado por Moro, os ministros Augusto Heleno, Walter Braga Netto, e Luiz Eduardo Ramos devem ser ouvidos como testemunhas do inquérito pela Polícia Federal, na próxima terça-feira, 12 de maio, no Palácio do Planalto. 

Também citada por Moro, a deputada federal Carla Zambelli (PSL-SP) irá prestar depoimento à PF. Zambelli teria enviado mensagens via WhatsApp à Moro, na tentativa de convence-lo a continuar na pasta da Justiça e aceitar a demissão de Valeixo.

Em breve, Bolsonaro também deve ser ouvido pela PF, mas na condição de investigado. 

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Redação

5 Comentários

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  1. O HD da high dictatorship, reunindo os membros da alta ditadura brasileira: a civil, a operacional, a de pijamas e outras correntes do mal. Se não foi manipulado, podemos ver um pontinho de como eles pensam o país e de suas metodologias de domínio. Se foi manipulado, podemos entender que até eles se envergonham e tentam esconder os malfeitos que seguidamente cometem.

  2. O sejumoro precisava ser mais humilde. Por que ele não faz como qualquer ministro normal?
    Pede as contas e vai cuidar da vida, como o Mandetta ou melhor, leva um pé na bunda e morre, como o saudável e leal Gustavo Bebbiano?
    Esse corno não tem moral para acusar o desqualificado presidente, de quem ele foi ministro, cúmplice, traidor, puxa-saco e alcaguete.
    Quanto à oitiva dos ministros militares, a ver.
    Se um mortal insignificante como o queiroz, foi consertar o traseiro no hospital albert einstein para não ter que depor às autoridades, por que os distintos ministros militares hão de se conformar em serem conduzidor a depor “debaixo de vara”?
    Eles nem deverão se consertar no einstein e nem comparecer a depoimento na PF, sob pena de desmoralização.
    Interessada, a PF poderá ir até eles que, se estiverem interessados, estarão lá.
    Quanto a carla a zambelli, ela não perde por esperar.
    Se ela tivesse conhecimento e juizo, deveria saber o que dizia Jânio Quadros:
    “- barata não passeia em galinheiro”.

    1. Felizmente temos aqui comentaristas mais humanos, ainda que igualmente radicais. Desejar a morte de alguém é lamentável. Se você estivesse no lugar do ex-ministro, provavelmente sairia sem dizer nada, dizendo apenas “passar bem”. Apenas os corajosos fazem o que ele fez.

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