STJ quer ouvir família de Marielle sobre federalização do caso

Em setembro, a ex-procuradora-geral da República Raquel Dodge pediu ao STJ que as investigações fossem retiradas do âmbito da Justiça estadual

Guilherme Cunha/Alerj

Por André Richter

Da Agência Brasil

A ministra do Superior Tribunal de Justiça (STJ) Laurita Vaz pediu hoje (23) que familiares da vereadora Marielle Franco se manifestem sobre o pedido de federalização da investigação aberta no Rio de Janeiro para apurar supostas irregularidades na investigação do assassinato da parlamentar e do motorista Anderson Gomes.

Em setembro, a ex-procuradora-geral da República Raquel Dodge pediu ao STJ que as investigações fossem retiradas do âmbito da Justiça estadual e passassem a ser conduzidas pela Justiça Federal. A ministra Laurita é a relatora do processo, que ainda não tem data para ser julgado.

Após o pedido de Dodge, os pais da vereadora assassinada se manifestaram contra a federalização, solicitada após a procuradora analisar a tentativa de obstrução das investigações.

Além da federalização e a abertura de um novo inquérito, Dodge apresentou denúncia no STJ contra o conselheiro afastado do Tribunal de Contas do Estado (TCE-RJ) Domingos Brazão, o delegado da Polícia Federal Hélio Kristian e mais quatro pessoas. Segundo a procuradoria, todos tentaram atrapalhar as investigações.

Pela decisão da ministra, a Advocacia-Geral da União e procuradoria do Rio de Janeiro também poderão apresentar parecer sobre o caso. O prazo é de 10 dias.

Redação

5 Comentários

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  1. Com todo respeito a família da vítima e sua dor mas teriam eles o distanciamento correto para uma decisão destas ?
    O pior é que não veja a PF vá fazer algo mais nesta investigação.
    Parece que esta investigação parou em alguma má vontade.

    1. Li que ouviriam também os investigados , o investigado opina sobre seu investigador ? Não consigo , simplesmente não consigo entender a lógica da justiça.

  2. Está ficando interessante essa disputa.
    Sob uma perspectiva perfunctória (juridiquês na veia), ou melhor, analisando-se a situação de modo bem superficial e considerado o momento político temos que:
    1- Os ventos mudaram, a investigação andou, quem era algoz pode virar perseguido e o perigo de uma investigação torta no RJ, pelo menos por enquanto, estaria afastado.
    2-Witzel, que enquanto amigo do rei, poderia botar água na fervura das investigações do caso, agora é inimigo figadal dos envolvidos e pode, direta ou indiretamente facilitar não só as investigações como o próprio julgamento, de modo a atingir os príncipes e coligados.
    3-Federalizado o caso, as investigações poderiam ter novo início e muitas, se não todas as provas seriam perdidas.
    4-O moro, morderia e assopraria o bozo controlando tanto as fases investigativas quanto as processuais, podendo destrui-lo completamente. Bastaria pedir (ou melhor, deixar pedir) o levantamento dos sigilos telefônicos dos envolvidos ou, simplesmente permitir que se veiculasse na globo que o interfone da casa 58 permitia a comunicação direta com o smarfone do proprietário da residência. Bozo e seu clã teriam que fazer muito jejum e oração para sairem ilesos dessa enrascada. Enquanto isso, o moro e a globo, “se cresciam ” mais uma vez, enquanto o bozo, se não caísse, ficaria cada vez mais obsoleto.
    Sem contar que o witzel ainda poderia dar uma forcinha para o moro, só de raiva.
    Ainda bem que a família foi consultada, pois é dela o interesse principal, e se quiserem a elucidação do caso, esta deverá se dar no local da ocorrência dos fatos.

  3. Do texto, segundo a procuradoria (leia-se R. Dodge), entre quem tentou atrapalhar as investigações encontrava-se um delegado da PF.
    Adianta federalizar?
    Ainda mais agora, quando tudo parece indicar que se teceu um grosso tapete na esfera da procuradoria federal.

  4. A meu ver federalizar é sinônimo de blindar…….assim como moro faz com familiares do boçal, com onix lorenzoni após crime de caixa dois (crime gravíssimo, segundo moro, para os inimigos mas não para seus amigos, colegas de ministério) quando o cafajeste alegou que onix confessou o crime mas pediu desculpas……., com o doleiro ioussef, enfim, com gente do seu bando de bandidos………e os idiotas continuam acreditando que moro é gente boa……..

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