Supremo autoriza buscas e bloqueia redes de investigados por ataques à Corte

Um dos alvos da investigação é o general da reserva Paulo Chagas, ex-candidato ao Governo do Distrito Federal. Bolsonarista, ele "lamentou" pelo Twitter não estar em casa para receber a polícia pessoalmente

Jornal GGN – A Polícia Federal realiza nesta terça (16) nova operação de busca e apreensão em Brasília e São Paulo, no âmbito do inquérito que investiga ataques aos ministros do Supremo Tribunal Federal. Ao todo, são dez mandados e um dos alvos é o o general da reserva Paulo Chagas (PRP-DF), ex-candidato ao Governo do Distrito Federal em 2018.

Bolsonarista declarado, Chagas publicou mensagem no Twitter, logo pela manhã, afirmando que era alvo da PF e “lamentando” não estar em casa para receber os policiais. “Caros amigos, acabo de ser honrado com a visita da Polícia Federal em minha residência, com mandato de busca e apreensão expedido por ninguém menos do que ministro Alexandre de Moraes. Quanta honra! Lamentei estar fora de Brasília e não poder recebe-los pessoalmente.”

Segundo o ministro Alexandre de Moraes, relator do inquérito, as mensagens de Chagas são “propaganda de processos violentos ou ilegais para alteração da ordem política e social com grande repercussão entre seguidores”.

Também foram alvos da PF nesta terça o membro da Polícia Civil de Goiás Omar Rocha Fagundes, Isabella Sanches de Sousa Trevisani, Carlos Antonio dos Santos, Erminio Aparecido Nadini, Gustavo de Carvalho e Silva e Sergio Barbosa de Barros. Eles publicaram mensagens nas redes sociais defendendo o fechamento do Supremo ou associando os ministros da Corte ao crime.

Moraes autorizou o bloqueio imediato de todas as redes sociais dos investigados e o acesso aos dados pelos policiais no momento das diligências. Eles ainda terão de ser levados para depoimento. Chagas afirmou ao Estadão que está em Campinas e que só pode rir da situação.

CRUSOÉ

No mesmo inquérito, Moraes determinou que os sites O Antagonista e Crusoé retirassem do ar matérias que citavam o presidente da Corte, Dias Toffoli, ainda na segunda (15). A imprensa entendeu a medida como censura.

Toffoli teria aparecido em comunicações apresentadas por Marcelo Odebrecht como parte de seu acordo de delação premiada. Na época em que Toffoli foi citado no e-mail (2007), ele era ministro da Advocacia Geral da União, não do Supremo.

 

Redação

11 Comentários

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  1. Os simpatizantes de Bolsonário comentaram que a FOLHA é esquerdista, petista, marxista em razão de notas publicadas pela Monica Bergamo hoje. Entre elas:
    “Segundo profissionais da empreiteira envolvidos nas tratativas da época, Marcelo Odebrecht perdeu a parada.Ao contrário do que desejava, o governo liberou subsidiárias da Eletrobrás para participar de consórcios concorrentes aos da empreiteira nos leilões.”

  2. Uh!uh! Agora vai. A gente não sabe mais onde está a cabeça e o rabo. As cobras estão se comendo.
    Ou como disse a Carmen Lúcia “o stf não vai se rebaixar”. Ou como disse a rosinha Weber “não teve fake news na eleição “. Ou como dizia o Zé Eduardo Cardoso “ as instituições estão funcionando”. Ou como diria o Moro da Conja “são muitas rugas”. Ou como disse o Barroso na sua última ida à sala contígua ao banheiro de Harvard: “o problema da Brasil e a mediocridade. E não é que ele acertou dessa vez!

  3. Nem todos os Generais são cagões. Alguns sofrem de constipação. É o Caso do General Paulo Chagas:

    “Como vou retirar as críticas? Se eu retirar as críticas vão dizer que sou um cagão. O Olavo de Carvalho (ideólogo de direita) disse que todos os generais são cagões. Eu não sou. É um engano dele. Os generais não são (cagões)”.

    Pimenta nos olhos dos réus do mensalão que não tinham foro privilegiado eram refresco nos olhos desse Cagãozinho:

    “O general afirmou ainda que o presidente do STF extrapolou de suas atribuições legais ao determinar a abertura de inquérito para investigar supostas ameaças a ministros do Tribunal. Para ele, como entre os investigados não há ninguém com prerrogativa de foro, qualquer investigação dessa natureza teria que ser conduzida pela justiça comum e não pela Corte”.

    Eu quero é que os lambe-sacos da burguesia, tanto os lambe-sacos das forças armadas, quanto do judiciário, quanto do MP e de outras instituições se torem.

  4. Nem todos os Generais são cagões. Alguns sofrem de constipação. É o Caso do General Paulo Chagas:

    “Como vou retirar as críticas? Se eu retirar as críticas vão dizer que sou um cagão. O Olavo de Carvalho (ideólogo de direita) disse que todos os generais são cagões. Eu não sou. É um engano dele. Os generais não são (cagões)”.

    Pimenta nos olhos dos réus do mensalão que não tinham foro privilegiado eram refresco nos olhos desse Cagãozinho:

    “O general afirmou ainda que o presidente do STF extrapolou de suas atribuições legais ao determinar a abertura de inquérito para investigar supostas ameaças a ministros do Tribunal. Para ele, como entre os investigados não há ninguém com prerrogativa de foro, qualquer investigação dessa natureza teria que ser conduzida pela justiça comum e não pela Corte”.

    Eu quero é que os lambe-sacos da burguesia, tanto os lambe-sacos das forças armadas, quanto do judiciário, quanto do MP e de outras instituições se explodam e parem de explorar os pobres.

  5. Como é mesmo o ditado? “Cria corvos e eles te comerão os olhos”? Deve ser este mesmo.
    Sou mais o preferido do meu finado avô: “nada melhor que um dia atrás do outro e uma noite no meio”.
    Nessa briga tenho um lado: o da briga.
    O STF está pagando o preço pela sua covardia quando mais precisava de coragem. Tóffoli, particularmente, pela ambiguidade. Esta talvez pior que aquela.
    O certo é que de grão em grão, digo, de entrevero entre cobras e lagartos, as instituições e o próprio país caminham céleres para o buraco que, diga-se de passagem, nunca esteve tão lá embaixo.

  6. Não foi o filho de Bolsonaro que declarou que “bastava um jipe com um cabo e um soldado para fechar o STF”? Porque ele também não está sendo investigado?

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