Temer teria usado R$ 500 milhões da Saúde como moeda de troca, admite Barros

Ministro da Saúde confirma que montante para emendas parlamentares pode ter sido liberado pelo Planalto para promover articulação: “Isso é inerente a quem governa”
 
 
Ministro Ricardo Barros no centro Foto: Agência Brasil
 
Jornal GGN – O ministro da Saúde, Ricardo Barros (PP) admitiu que R$ 500 milhões liberados pela sua pasta para emendas de congressistas em 2017 podem ter sido utilizados para negociar acordos entre o Planalto e o Congresso Nacional. 
 
Ao ser questionado em entrevista ao Poder 360 se o montade foi “moeda de troca”, o político que é um dos articuladores do governo Temer em favor da reforma da Previdência respondeu: “Podem, são liberalidades do governo. Isso é inerente a quem governa”. 
 
Apesar de ter apenas 5% da aprovação no país, Temer pode considerar que 2017 foi o seu ano. O Legislativo livrou o presidente da denúncia por corrupção e lavagem de dinheiro encaminhadas ao Congresso pela Procuradoria Geral da República com provas materiais e Barros foi um dos ministros que trabalhou corpo-a-corpo na Câmara para conseguir essa vitória para Temer. Outra conquista do Planalto foi a reforma trabalhista. 
 
Quanto à reforma da Previdência, o ministro destacou que Temer “está determinado”: “O ambiente que os deputados estão encontrando em suas bases é muito favorável. Não estão sendo abordados por ninguém para não votar a reforma”, analisando que, desta vez, o motivo principal em favor da reforma é “convencimento dos neutros e desmobilização dos contrários”. 
 
Estratégia do centrão
 
Sobre as eleições deste ano, Barros afirmou que deixará o governo até abril para concorrer a releição como deputado federal (cargo que exerce pela 5ª vez), e que o papel do seu partido, o PP, será ajudar no alinhamento do Centrão.
 
“Qualquer 1 dos candidatos que estão citados, seja o [Rodrigo] Maia, o [Geraldo] Alckmin ou o [Henrique] Meirelles, com o apoio do Centrão, a viabilidade aumenta muito”. 
 
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Redação

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