Termina sem acordo reunião entre comando da PM e mulheres de policiais no Rio

Lourdes Nassif
Redatora-chefe no GGN
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Rio de Janeiro – Comando da PM convoca mulheres de policiais para reunião no quartel general (Foto Vladimir Platonow/Agência Brasil)

da Agência Brasil

Termina sem acordo reunião entre comando da PM e mulheres de policiais no Rio

Vladimir Platonow – Repórter da Agência Brasil

Terminou sem acordo reunião entre o comando da Polícia Militar do Rio e mulheres de policiais, na tarde de ontem (11), no quartel-general da corporação. O encontro contou com a participação do Ministério Público (MP) e reuniu cerca de 40 pessoas, incluindo esposas de policiais que bloqueiam, desde ontem (10) a porta de diversos batalhões no estado, impedindo a saída de viaturas e de efetivo para a rua.

Na saída da reunião, que durou cerca de três horas, algumas mulheres falaram com a imprensa sobre o que foi tratado e disseram que não houve acordo sobre elas deixarem os batalhões. “Não houve negociação. Eles não podem resolver os nossos problemas. Precisamos de medidas urgentes, de uma pauta que funcione para os nossos policiais, porque eles estão sofrendo todos os dias. O nosso movimento não vai parar”, disse Cristiane, esposa de um policial. Ela não forneceu o sobrenome.

Outra participante da reunião disse que as demandas não são apenas de salário, mas também de condições de trabalho. “Dinheiro não é tudo. Precisa de condições de trabalho nas ruas. Um armamento que tenha uma manutenção decente, porque todos os dias morrem policiais porque não têm um fuzil que funciona, as viaturas não são blindadas. A escala de trabalho é surreal. Enquanto isso não acontecer, o movimento não vai parar. Vamos continuar nas portas dos batalhões”, disse Veronica Nunes.

Ela denunciou que está havendo represálias contra os policiais, pois estão sendo anotadas as placas dos carros que as esposas utilizam e alguns militares estariam, inclusive, sendo presos. “Têm maridos que estão sendo presos e punidos, porque a gente está indo de carro para os batalhões, os coronéis estão anotando as placas e vendo quem são os donos”, disse Veronica.

Por meio de nota, a corporação informou que o comandante da PM, coronel Wolney Dias, se apresentou como o interlocutor formal com o governo do estado e comprometeu-se a estudar a viabilidade das reivindicações que competem à Polícia Militar, tais como escalas, melhores condições de trabalho e atendimento médico. Segundo o comunicado, ficou acertado que será agendada uma nova reunião, desta vez, com a presença de um representante do governo fluminense.

 

Lourdes Nassif

Redatora-chefe no GGN

6 Comentários

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  1. Tá fácil de resolver de vez

    Tá fácil de resolver de vez essa questão. Os “maridos policiais” tem passam suas fardas e armamentos para as suas mulheres e pronto! E êles, quesefodam!

  2. Isso não é nada comparado ao que vem pela frente

    EFEITO ORLOFF: ESPÍRITO SANTO DE HOJE É O BRASIL DE AMANHÃ

    “Uma espécie de Henrique Meirelles capixaba, o governador Paulo Hartung submeteu o Espírito Santo a um programa de austeridade que antecipa a tragédia que o país inteiro irá enfrentar com o arrocho de gastos públicos previsto pela Emenda Constitucional dos gastos”, escreve Paulo Moreira Leite, articulista do 247. “Hartung fez cortes drásticos no orçamento que só poderiam massacrar o serviço público e arrochar salários, como acontece com a PM, há quatro anos sem repor inflação.” Para PML, “o mesmo horizonte se constrói no plano nacional. Nem a queda da inflação pode ser considerada uma boa novidade, pois é fruto da maior recessão da história, de um desemprego cavalar e um arrocho salarial profundo.”

     

    Matéria Completa: http://www.brasil247.com/pt/blog/paulomoreiraleite/279941/Efeito-Orloff-Esp%C3%ADrito-Santo-de-hoje-%C3%A9-o-Brasil-de-amanh%C3%A3.htm

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  3. Dúvidas

    Desculpe minha ignorância , mas as esposas podem ser consideradas parte legítima para participar de uma negociação ? Me parece que a situação é personalíssima ,  entre os funcionários públicos – que são os policiais – e os estados , não podendo um terceiro tomar o lugar de qualquer uma das duas partes da relação empregatícia . 

    De resto , por qual motivo ainda não se solicitou ao exército proceder à evacuação das frentes dos quartéis da policia militar , prendendo as manifestantes ?

  4. Urgente evitar o efeito

    Urgente evitar o efeito Orloff.

    É por isso que essas mulheres deverão ser processadas criminalmente pelas mortes e saques que ocorreram no período que elas impediram a saída dos policiais militares de seus quarteis.

    Processadas por homicídio doloso, com dolo eventual, onde a pessoa não deseja a morte, mas assume conscientemente o risco delas acontecerem, tal qual dirigir bebado, ou apostando corrida nas ruas.

    Para se evitar a morte de dezenas de milhares de pessoas no Brasil se essa situação se espalhar, é importante que o governo não ceda e que essas mulheres sejam processadas criminalmente.

    O procurador tem de entender a gravidade do momento e que dezenas de milhares de pessoas podem morrer se esses delitos não cessarem imediatamente.

    Elaas tem de tomar consciencia que elas abriaram a caixa de Pandora e que a única forma de fechá-la é serem processadas por homicídio, e que a sua prisão evitará dezenas de milhares de mortes por todo o Brasil, de homens, mulheres e crianças.

     

     

     

  5. Falta de comprensão

    É impressionante a ausência de comprensão para a situação dos policiais no Espirito Santo e no Rio de Janeiro. Além das injustiças salariais (atrasos, não reposição da inflação, baixo valor, etc) existem problemas materiais como coletes e armamentos que deixam muito a desejar. Lrevando em conta a matéria que saiu na Uol e /ou na Folha com os valores pagos aos policiais nos estados brasileiro, não será surpresa ver os episódios doo Rio e do Espirito Santo se repetirem em outras regiões. Se os Pms em massa, pressionandos, se demiterem em massa, como é que fica a segurança pública?. As autoridades não vão mais poder apelar para ameças e represalias que estão acirrando o ódio aos policiais.

     

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