Tesouro Direto: sucesso em 2016 e possibilidades para 2017

O Tesouro Direto foi bastante comentado em 2016. Fundado em 2002, a partir de uma parceria do Tesouro Nacional com a BM&F Bovespa, o programa permite a aquisição de títulos públicos federais de forma simples e rápida pela internet.

Com a alta da inflação, a poupança perdeu a preferência dos brasileiros. Foram quase R$ 48,1 bilhões sacados da caderneta entre janeiro e agosto deste ano. Esse movimento refletiu o que muitos esperavam: o volume de saques da poupança superou o de depósitos.

Neste sentido, o Tesouro Direto acabou ganhando espaço para conquistar mais brasileiros. Com vantagens que atraem investidores de todos os perfis, o programa bateu recordes em 2016. Veja agora alguns pontos positivos que contam a favor:

Baixo custo

Com apenas R$ 30 é possível começar a investir no Tesouro Direto. Em relação aos custos, os principais são a taxa de custódia, cobrada pela Bovespa, e a taxa de administração que deve ser paga ao banco ou à corretora de valores. Também há incidência de Imposto de Renda, que tem alíquota definida de acordo com o prazo do investimento.

Segurança

Os títulos oferecidos são 100% assegurados pelo Tesouro Nacional. Muitas pessoas ficam inseguras pensando que, com a crise econômica, o governo brasileiro pode dar o calote. Mas não é bem assim. O Governo Federal garante o pagamento, até porque o valor dos títulos é apenas uma pequena parte da dívida pública.

Rentabilidade

A diversidade de títulos disponíveis faz com que o investidor tenha chances de receber um bom retorno. Muitos investimentos nesta modalidade são vinculados a algum indicador da economia, como a taxa básica de juros no Brasil (Selic) e o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo). Assim sendo, o investidor pode realizar ganhos muito interessantes.

Margem de garantia

Além das vantagens que já foram elencadas ainda existe uma muito relevante, mas que poucos investidores conhecem. Os títulos do Tesouro podem ser usados como margem de garantia para investir na Bolsa de Valores. Isso quer dizer que, ao mesmo tempo em que se recebe a rentabilidade do Tesouro Direto, o investidor pode realizar lucros na renda variável.

Devido a estes fatores extremamente positivos, o programa bateu recordes em 2016 e vem demonstrando que estará entre os melhores investimentos de 2017. Entenda, então, como foi o desempenho do Tesouro Direto até aqui e quais as possibilidades para o próximo ano.

Tesouro Direto em 2016

O ano de 2016 se mostrou muito benéfico para o programa do Tesouro Nacional. Em março, houve recorde de inscritos em um mês, sendo que mais de 33 mil novos investidores se inscreveram no programa. Na comparação anual, este número demonstrou aumento de 43% entre março de 2015 e março deste ano.

Logo mais em outubro, o Tesouro Direto verificou novo recorde. O patamar de 1 milhão de usuários cadastrados foi alcançado naquele mês. Deste modo, frente ao mesmo mês de 2015, houve crescimento de quase 75%.

Mais recentemente em novembro, o programa registrou mais de 181 mil operações mensais de investimento. Este é o maior número já averiguado até então. O próprio Tesouro Nacional explicou que parte desse aumento se deve ao pagamento de parte do 13º salário aos trabalhadores brasileiros.

Ainda segundo o governo, a maioria das operações realizadas em novembro, mais precisamente 71,9% delas, têm valores de até R$ 5.000. Assim sendo, verifica-se a intensa participação de pequenos investidores e iniciantes no Tesouro Direto.

Tesouro Direto em 2017

Devido ao sucesso este ano, muitas pessoas estão interessadas em saber quais são as perspectivas para 2017. Entre as possibilidades disponíveis, há grande expectativa em relação aos títulos prefixados. Eles já estiveram em alta em 2016 e rendeu aos investidores excelente retorno.

Entre os investimentos mais rentáveis dos primeiros seis meses de 2016, os prefixados tiveram 9,38% de retorno nominal. Deste modo, ficaram na segunda posição, perdendo em rentabilidade apenas para a Bolsa de Valores.

Em 2017, espera-se que a retomada da economia do Brasil possa ajudar os indicadores a se normalizar. Com isso, a provável queda dos juros pode prejudicar a atratividade do Tesouro Direto pós-fixado, uma vez que eles frequentemente são indexados à Selic.

Portanto, se a taxa básica de juros seguir as estimativas de queda para os próximos meses, a rentabilidade destes títulos deve diminuir. E, então, vão ajudar os prefixados a caírem ainda mais no gosto dos investidores brasileiros.

Redação

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