Os telejornais tem feito a cobertura diária do colapso dos sistemas Cantareira e Alto Tietê. Alguns donos de restaurantes, bares e similares na capital paulista já foram entrevistados informando que estão tendo prejuízos em razão da falta de água. Mas até o presente momento nenhum grande industrial foi convidado a se manifestar sobre o assunto. A omissão da imprensa é evidente e imperdoável.
Hoje chegou ao meu conhecimento que a fábrica da Pullman no Km 17 da Raposo Tavares já começou a sofrer com a falta de água. Segundo informações de um empregado da mesma, desde dezembro p.p. a empresa está comprando 5 caminhões pipas de água por semana.
O operário também informou que a Pullman pretende perfurar um poço artesiano para resolver de maneira permanente o problema, mas não conseguiu autorização para tanto. Em razão disto, a empresa entrou com um processo judicial. Infelizmente, o rapaz não foi capaz de informar em que pé está a disputa judicial.
Ainda segundo o informante, circulam entre os empregados informações de que a empresa estaria tendo prejuízos. A Pullman usa água potável para fabricar alimentos e o custo do processo produtivo aumentou em razão da crise hídrica.
Em algum momento – e com ajuda dos diversos Sindicatos de trabalhadores que existem em São Paulo – o fato aqui noticiado e outros análogos terão que vir a tona. É impossível que a grande imprensa consiga esconder dos brasileiros por muito tempo o estrago que os tucanos causaram na economia paulista para poder distribuir lucros da Sabesp na Bolsa de New York.
Até onde pude apurar, os novaiorquinos aplaudiram a farta distribuição nos EUA dos lucros da indústria da seca sudestina. Mas eles provavelmente não ficarão sem água como os paulistas. Os gringos não seriam loucos de deixar a Sabesp operar em sua maior metrópole.
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