Tucanos presenteiam idosos paulistas com fim do transporte gratuito

Medida foi aprovada por João Doria e Bruno Covas (ambos do PSDB); gratuidade no transporte público só é válida para quem tem mais de 65 anos

Foto: Reprodução

Jornal GGN – As gestões de Bruno Covas e João Doria (ambos do PSDB) decidiram, sem alarde, retirar o direito dos idosos com mais de 60 anos de utilizar ônibus, trens e metrô na capital, e os ônibus intermunicipais da Grande São Paulo, de forma gratuita.  A mudança deve entrar em vigor a partir de 1º de janeiro.

Segundo o jornal O Estado de S.Paulo, Covas obteve a aprovação da Câmara Municipal para retirar benefício na terça-feira (22), e o texto foi sancionado nesta quarta-feira. Por parte do Estado, Doria editou um decreto que suspendeu a regulamentação da lei estadual que estabelecia o benefício, e o mesmo foi publicado no Diário Oficial da União.

“A mudança na gratuidade acompanha a revisão gradual das políticas voltadas a esta população, a exemplo da ampliação da aposentadoria compulsória no serviço público, que passou de 70 para 75 anos, a instituição no Estatuto do Idoso de uma categoria especial de idosos, acima de 80 anos, e a recente Reforma Previdenciária, que além de ampliar o tempo de contribuição fixou idade mínima de 65 anos para aposentadoria para homens e 62 anos para mulheres”, diz o texto divulgado em conjunto pela Prefeitura e pelo Governo do Estado.

Os idosos acima de 65 anos não pagam passagem por causa do Estatuto do Idoso, uma lei federal. Em São Paulo, o limite foi reduzido para 60 anos em 2013, durante as gestões Fernando Haddad (PT) e Geraldo Alckmin (PSDB).

 

 

Leia Também
Câmara de SP aprova aumento de 45% no salário de Covas, vice e secretários
Doria amplia em 69% a verba publicitária para 2021
Coronavírus: Paes e Doria fecham termo de cooperação para compra da Coronavac
Bruno Covas espera passar eleições para terceirizar perícias médicas
Redação

5 Comentários

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

  1. Maneira sutil de dizer que essa alteração se coloca de acordo com a piora de critérios sociais, de direitos, como a reforma da previdência.
    Claro, afetará os mais pobres. Mas ambos não trabalham para os pobres.

  2. Administração Pública de qualidade exige do gestor medida às vezes impopular mas nunca prescinde da justificativa. Essa supressão de benefício a uma parcela mínima serve para que ? Qual será a economia ? O dinheiro economizado terá qual finalidade ? É obra de um (ou dois) gestor (es) de verdade ? Ouso imaginar que o único “benefício” dessa medida é atingir um grupo de pessoas onde a maioria deu voto aos “gestores”.

    1. Eduardo: é tudo joguinho de cena. Em 2022 volta tudo, nem que seja até 31 de dezembro daquele ano eleitoral. Os corações bondosos do Prefeito e do Governador são sensíveis em período eleitoral. Tão contando, inclusive, que até lá essa velharada já nem mais exista, graças a falta de vacinas e seringas.

  3. Aqui no Rio, a todos os prefeitos – o atual, com tornozeleira, e o ex/futuro – seguiram a idade prescrita no Estatuto do Idoso: 65 anos, para gratuidade nos transportes públicos. Afinal, eles não poderiam deixar de agradar aos seus financiadores. Mas o que é sensacional é a demarcação de vagas de estacionamento para idosos, garantida no mesmo estatuto – uma benesse que só existe no Brasil, ao que eu saiba. O ex/futuro Eduardo Paes foi mais realista que o rei e deu gratuidade (!) para o estacionamento – que, de qualquer modo, já “custa” a ninharia de 2 reais, o único preço no Brasil que não aumenta desde o século XX. Pra completar, o atual e quase ex, tornozelado, decretou que para estacionamento, idoso é quem tem mais de sessenta anos. Mais um escândalo da desigualdade como são tratados os passageiros de transporte público e os donos de automóvel.

Você pode fazer o Jornal GGN ser cada vez melhor.

Apoie e faça parte desta caminhada para que ele se torne um veículo cada vez mais respeitado e forte.

Seja um apoiador