Jornal GGN – Os procuradores liderados por Deltan Dallagnol em Curitiba apoiaram a decisão de 6 colegas que pediram demissão coletiva em protesto contra a procuradora-geral da República Raquel Dodge, na noite de quarta (4).
A demissão se deu possivelmente por “descontentamento” com o fato de Dodge ter enviado uma manifestação ao Supremo Tribunal Federal pedindo a homologação da delação de Leo Pinheiro, da OAS, mas com a exclusão de dois trechos.
Um dos trechos envolve o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e o outro, o ex-prefeito de Marília (SP) José Ticiano Dias Toffoli, irmão do presidente do STF, Dias Toffoli.
Os seis procuradores que compõem o grupo de trabalho da Lava-Jato na PGR são Raquel Branquinho, Maria Clara Noleto, Luana Vargas, Hebert Mesquita, Victor Riccely e Alessandro Oliveira.
“Ao saber do pedido de demissão coletiva do grupo da Lava-Jato na Procuradoria-Geral da República (PGR), os integrantes da força-tarefa de Curitiba cumprimentaram os colegas pela atitude. A decisão contou com o apoio integral dos paranaenses”, escreveu O Globo nesta quinta (5).
Leia a íntegra do comunicado dos procuradores :
“Devido a uma grave incompatibilidade de entendimento dos membros desta equipe com a manifestação enviada pela PGR ao STF na data de ontem (03.09.2019), decidimos solicitar o nosso desligamento do GT Lava Jato e, no caso de Raquel Branquinho, da SFPO. Enviamos o pedido de desligamento da data de hoje. Foi um grande prazer e orgulho servir à Instituição ao longo desse período, desempenhando as atividades que desempenhamos. Obrigada pela parceria de todos vocês. Nosso compromisso será sempre com o Ministério Público e com a sociedade.”