Um sonho e sua interpretação

Esta noite eu sonhei algo interessante. Eis a descrição fidedigna dele.

“Um Raúl Castro gigantesco tenta convencer minha mãe da perversidade do novo tipo de escravidão que foi inventada pelo neoliberalismo. Ela conversa com ele de maneira amistosa, mas não consigo saber se ela concorda ou discorda do presidente cubano. Ao lado dele há uma árvore e aos pés desta um pequeno animal que parece morto.

Meu irmão tenta concertar um relógio eletrônico. A bateria do mesmo está em curto, há muita poeira dentro dele. Estou ajudando meu irmão a consertar o rádio, escutando o que Raúl Castro diz e observando a reação da minha mãe. Eu me sinto culpado: não deveria pagar um salário para a mulher que me criou?

O animal se movimenta e eu fico curioso.  Caminho até ele e vejo que se trata de um adorável macaquinho. O animal se vira para mim e vejo que ele está devorando um esquilo vivo do qual a pele foi totalmente arrancada.

O pobre esquilo me olha com uma expressão de dor intensa, mas não tenta fugir nem pede ajuda. Furioso, o macaquinho crava os dentes na cabeça dele e o arrasta para longe. O gigantesco Raul Castro não demonstra qualquer interesse no conflito observado por mim.”  

Os símbolos no meu sonho são evidentes:

– o grande homem parece simbolizar a divindade que paira acima de todos e que não se preocupa com os conflitos animais.

– o macaquinho carnívoro e o esquilo devorado vivo simbolizam os conflitos que existem dentro ou fora de mim que eu não consigo entender, nem interromper, nem resolver.

– o relógio quebrado indica que além do tempo histórico medido e contado existe outra dimensão, aquela em que o próprio tempo não existe (é nela, porém, que o tempo é fabricado, reparado, independentemente das vontades mundanas).

– as relações que proporcionam segurança são simbolizadas pela mãe e pelo irmão, mas quando a economia penetra em seus domínios nasce a culpa e o caos. 

Fábio de Oliveira Ribeiro

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