Uma Nova Maneira de Voar Está Sendo Projetada.

 

Uma empresa da Califórnia está desenvolvendo um novo tipo de aeronave para transporte de carga e, possivelmente, também para passageiros. Não é um avião e não é um dirigível, mas tem elementos de ambos. O veículo utiliza nova tecnologia e tem aplicações comerciais e militares.

O novo navio voador da Aeros Corporation é chamado de Aeroscraft, foi projetado para carregar mais de 50 toneladas de carga e cobrir milhares de quilômetros de distância fazendo entregas.

Um modelo de demonstração está sendo construído nos arredores de Los Angeles, com financiamento do Departamento de Defesa americano. Está em um hangar que foi utilizado pela Marinha para os seus dirigíveis de vigilância enchido com gás hélio. O veículo de ensaio tem 75 metros de comprimento e 30 metros de largura, e deve estar pronto para voar no próximo ano. 

Edward Pevzner da Aeros diz que essa aeronave vai alcançar lugares de difíceis acessos. 

“[Este veículo é ideal para] o norte do Canadá, Alasca, onde grande exploração de petróleo e gás está acontecendo, e até mesmo a região amazônica, ou o continente africano, que efetivamente são muito pouco desenvolvidas”, disse Pevzner. 

O engenheiro aeronáutico Tim Kenny diz que a chave para o sistema funcionar é uma nova tecnologia que permite que a nave vá para cima ou para baixo sem a remoção ou adição de peso, como é feito em aeronaves convencionais. Ao contrário dos dirigíveis, esta aeronave não  requer equipe de terra. E ao contrário de dirigíveis, nem sempre é mais leve que o ar. Kenny diz que é às vezes mais leve ou mais pesado que o ar ao seu redor. 

“Todo o seu contorno será preenchido com hélio de fora a fora do veículo, e no interior teremos seu sistema de flutuação variável”, explicou Kenny. 

O hélio fornece a elevação para a nave subir, e quando o hélio é comprimido, a nave diminui a sua flutuabilidade podendo assim pousar. A energia para propulsão e controle é fornecida por motores que usam combustível de aviação. Kenny diz que as novas tecnologias permitem seu peso leve e a sua estrutura rígida. 

“Os avanços conseguidos com materiais compostos realmente mudou e motivou esta indústria a ir mais adiante,” Kenny observou. “Eles são capazes de combinar o alumínio com os compostos para a construção dos componentes estruturais mais leves”. 

O modelo de demonstração deve voar no final do próximo ano. Se funcionar como planejado, as versões  ainda maiores devem estar no mercado dentro de poucos anos. 

Os militares estão interessados no potencial da aeronave. Assim também a indústria. As aplicações comerciais incluem o transporte de turbinas até as fazendas de difíceis acessos onde é gerada a energia eólica. A empresa diz que uma vez que as naves tenham comprovado sua característica no transporte de carga, versões modificadas também poderão ser criadas para transportar passageiros.

Redação

0 Comentário

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Você pode fazer o Jornal GGN ser cada vez melhor.

Apoie e faça parte desta caminhada para que ele se torne um veículo cada vez mais respeitado e forte.

Seja um apoiador