Jornal GGN – A exemplo do que ocorreu no início da pandemia de coronavírus no Brasil com máscaras, respiradores e outros equipamentos de segurança individual, as seringas para aplicação das vacinas em fase final de desenvolvimento também tendem a se tornar um drama para os governantes.
Segundo reportagem publicada pela Folha nesta sábado, um dos principais fabricantes de seringas no Brasil, a Saldanha Rodrigues, já está com dificuldade de entrar em pregões para fornecer mais do que estão produzindo no momento. Ele disse que a empresa está comprometida com pedidos de 80 milhões de seringas para governos estaduais, e deve levar 4 meses para fazer a entrega.
“Para o executivo [da Saldanha], falta planejamento, e os governos fariam melhor se restringissem as compras aos volumes que serão realmente usados”, registrou a Folha.
Nesta semana, o governo de São Paulo teve dificuldade e cancelou uma licitação para compra de 50 milhões de seringas. Segundo o Estado, há pelo menos 11 milhões de seringas em estoque e, pelos planos iniciais do governador João Doria, serão necessárias 18 milhões de seringas para fazer a imunização emergencial a partir de 2021 de 9 milhões de pessoas.
A alto do dólar e o aumento da demanda devem encarecer muito o produto. Um distribuidor disse ao jornal que caixas com 100 seringas, que antes custaria no máximo R$ 35 em tempos normais, poderá chegar a R$ 180 nos próximos meses, um salto de 400%.
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“R$ 35 em tempos normais, poderá chegar a R$ 180”
O pior é que o brasileiro não terá como tirar da reta da seringa!
Tremenda imprevidência dos governadores envolvidos (não são todos, alguns fizeram seu trabalho ao invés de fazer política).