Vamos Sair do Oriente Médio – e da ONU

 

Infowars.com

27 de setembro de 2011

O recente anúncio informando que as Autoridades Palestinas trabalham para conseguir o reconhecimento da ONU como um estado independente dominou o noticiário e o debate político nos Estados Unidos na semana passada, embora na verdade, isso deveria significar muito pouco para nós. Apenas uma classe política que abriga a ilusão de que pode governar o mundo se preocupa com as aspirações de uma população pequena em um pequeno pedaço de terra milhares de quilômetros de distância. Lembre-se, a ONU iniciou este conflito persistente com o seu Plano de Partilha em 1947.

Infelizmente, esse debate ou é dominado por aqueles que apóiam o lado israelense no conflito, ou por aqueles que apóiam o desejo palestino de ser um Estado. Nós, raramente ouvimos  a opinião daqueles que apóiam o lado e os interesses dos EUA. Eu estou desse lado. Acredito que não podemos mais policiar o mundo. Não podemos mais subornar os israelenses e palestinos para continuarem um “processo de paz” sem fim que nunca vai a lugar algum. Não é do nosso interesse bancar de fanfarrão com os palestinos ou israelenses, ou “exportar” a democracia para a região, mas rejeitá-la quando as pessoas votam de maneira “errada”. 

Eu tenho reservas sobre a unidade palestina pedir o reconhecimento da ONU. Pessoalmente eu gostaria que os Estados Unidos deixassem de reconhecer a ONU. Como a maioria dos leitores já sabe, em todos os Congressos eu introduzo a legislação para acabar com a nossa participação nessa organização. A ONU é uma ameaça à nossa soberania e por sermos a principal fonte de sua renda, é uma ameaça ao nosso bem-estar econômico. Cada vez mais ao longo dos últimos anos, vemos esse órgão oferecer cobertura política e jurídica para as aspirações dos militares intervencionistas em vez de servir como um fórum internacional para preservar a paz. Os neoconservadores dos EUA têm aumentado o seu amor pela ONU, pois cooperam com a organização sob o pretexto de intermináveis ​​“reformas”. Sob a doutrina destruidora soberana da “responsabilidade de proteger”, adotada na Cúpula Mundial de 2005, a ONU assume a iniciativa de intervir em conflitos internos de seus Estados membros, sempre que acreditar que os direitos humanos estão sendo violados. Assim, sob o título “Responsabilidade de Proteger”, a ONU fornece o sinal verde para ataques globais, sem bater na porta de qualquer país soberano. 

Se me pedirem, eu pessoalmente aconselharia aos palestinos que evitem a ONU. A adesão e participação na ONU não são garantias de que a sua soberania será respeitada. Nós sabemos  o que aconteceu aos membros da ONU, como o Iraque e a Líbia, quando os líderes desses países caíram em desgraça com as administrações dos EUA: sob pressão dos EUA e aliados uma resolução tipo folha de figueira (que tampa somente a vergonha) foi aplicada pela ONU a fim de facilitar uma intervenção militar devastadora. Quando a ONU deu o sinal verde à OTAN para bombardear a Líbia não havia genocídio em curso. Foi uma guerra puramente preventiva. O resultado? Milhares de mortos, um país destruído, e novos líderes extremamente duvidosos.

Embora não veja como produtivo para a liderança palestina a participação como membro da ONU, eu não acredito que os EUA devam usar a sua posição no Conselho de Segurança da ONU para bloquear tal adesão. Eu acredito em autodeterminação dos povos e reconheço que os povos podem desejar conseguir se tornar um Estado por meios diferentes. Como vimos, após a Guerra Fria, vários novos estados nasceram das ruínas da URSS quando várias antigas repúblicas soviéticas decidiram que os estados menores seriam preferíveis a um enorme e opressivo conglomerado multinacional.

Na verdade, para nós, o melhor para os EUA em relação a problemas como do Oriente Médio seria acabar com toda a ajuda externa, parar de armar belicosamente os países estrangeiros, incentivar resoluções diplomáticas pacíficas para os conflitos, e desmontar a estrutura militar. Em outras palavras, seguir o alerta de Jefferson: “A paz, comércio e amizade honesta com todas as nações. Tramar alianças com ninguém”.
Retirado do Ron Paul’s House website.. 

 

Redação

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