Varejistas avisam Bolsonaro que vão demitir em média 30%

Empresários fazem pressão para reabrir lojas até meados de abril e postergar pagamentos de impostos

Jornal GGN – Folha de S. Paulo afirma em reportagem deste domingo (29) que grandes varejistas fizeram chegar a Jair Bolsonaro a intenção de demitir, em média, 30% dos funcionários, caso as lojas não possam reabrir em meados de abril. Em meio à pandemia de coronavírus, governos estaduais e prefeituras decretaram o fechamento de serviços não essenciais.

Segundo a Folha, o comércio empresa “23,5% dos trabalhadores com carteira assinada” no Brasil, ou 9,1 milhões de pessoas. “As principais redes respondem por cerca de 20% desses postos —1,8 milhão de trabalhadores.” As demissões, portanto, atingiram um contingente de 600 mil empregados. É quase a quantidade de postos formais de trabalhos criado no ano de 2019, 644, segundo o Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados).

Segundo o jornal, os varejistas pressionam o governo brasileiro a seguir o exemplo da Coreia do Sul e testar em massa a população, sobretudo a economicamente ativa. Mas não há dados informando quanto isso custaria, nem como a União viabilizaria a medida financeiramente.

Publicamente, as empresas não querem dizer que pretendem fazer as demissões em breve. Flávio Rocha, da Riachuelo, disse ao jornal que enfrenta redução de 90% das vendas, mas garante que tem “caixa” para atravessar a crise e oficialmente nega cortes de funcionários como primeira opção. “Mas aguardamos uma retomada o mais breve possível.”

As redes do varejo aguardam do governo outras medidas que sofrem resistência de Paulo Guedes, como a postergação de todos os tributos federais e estaduais por quatro meses meses.

Redação

3 Comentários

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  1. Agem como chantagistas.
    Claro que possuem caixa com algum folego e sabem que finda a crise do corona a população voltará ávida para o consumo, talvez com números de Natal, mas nossos “empresários” já devem ter amadurecido a ideia das demissões com posterior subcontratação dentro das precárias novas regras trabalhistas.

  2. Entrevistam justamente os empresários que comungam as ideias e ideais desumanos e atrasados do bolsonarismo. Ideias que não valem para estes momentos e são irrealistas para o mundo futuro. Acostumados com a filosofia “michelklainiana” de comprar por 50 e vender por 100. De expoliar através de juros abusivos em seus crediários (debitários) e cartões de crédito (de débito abundante).
    Cadê as ideias disruptivas e criativas? Cadê os publicitários tipo Justus, Nizan e tantos outros que fizeram fama e fortuna em tempos de pouca concorrência onde bastava mandar uma campanha para a globo e recebiam ainda uma parte dos milhões que empresários colocavam, pois seriam restituídos ao atingir o consumidor explorado?
    São tempos não para demitirem 30%, ainda mais depois das propaladas reformas com que foram recentemente brindados e que eram para aumentar a empregabilidade. São tempos para retirar 30% de seus preços e juros. São tempos para pegarem 30% de suas fortunas e doarem ao sistema de saúde.
    Sejam disruptivos e não demolidores.

  3. As possíveis demissões não de correrão de prejuízos sofridos pelos varejistas mas dá cessação de lucros.

    Aí demitir eles vão apenas contribuir para promover a recessão.

    Nós barracos da cidade, ninguém mais tem ilusão
    No poder da autoridade de tomar a decisão
    E o poder da autoridade, se pode não faz questão
    Se faz questão não consegue enfrentar o tubarão
    Gente estúpida, gente hipócrita

    O Governador promete mas o sistema fiz não
    Os lucros são muito grandes e ninguém quer abrir mão
    Mesmo uma pequena parte já seria a solução
    Mas a usura dessa gente já virou um aleijão

    Valeu, Gil

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