Vazajato: Os acordos do TRF4 com a Lava Jato

Em um dos trechos da Vazajato, Deltan menciona que o procurador Januário Paludo foi conversar com desembargadores do TRF. “Na conversa eles manifestaram amplo apoio, inclusive com eventual necessidade da Vara de recursos humanos”.

Para a votação da suspeição de Sérgio Moro, nos processos da Lava Jato, um dos pontos centrais será a maneira como a operação se relacionava com os desembargadores do Tribunal Regional Federal da 4a Região – que endossaram todas as sentenças de Moro.

O TRF4 assegurou, em todas as apelações, unanimidade de decisões em favor da Lava Jato. A unanimidade ocorria até na definição das penas impostas – que exigem cálculos complexos.

Em um dos trechos da Vazajato, Deltan menciona que o procurador Januário Paludo foi conversar com desembargadores do TRF. “Na conversa eles manifestaram amplo apoio, inclusive com eventual necessidade da Vara de recursos humanos”. Na conversa, chegam a oferecer a juíza Gabriela Hardt para trabalhar com exclusividade no caso. “Minha conversa foi com o vice-presidente, já que o presidente não estava. Ele externou a posição do trf, de total apoio à LJ, tanto de servidores quanto de juízes”. O vice-presidente era o desembargador Carlos Eduardo Thompson Flores – autor da frase polêmica de elogio a uma sentença de Sérgio Moro, antes mesmo de conhecê-la.

Conclui Dallagnol: “Eles apenas dependem do que o moro quer”.

Luis Nassif

10 Comentários

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  1. A coisa vai fluindo para um poço de merda.
    Afinal, um procurador afirmar que a instância de cima dependia do que a instância de baixo quer e elogiar uma sentença antes de oficialmente conhece-la, dá pistas porque centenas de páginas de um processo são lidas em tempo recorde pela turma.
    Parece ilegal.

  2. Os três do TRF-4, Huguinho, Zezinho e Luisinho, como bem assinalou o Luisão (Nassif) à época, pois um completava a fala do outro, já que eram idênticas. No STF, é pior, pois têm até o mesmo nome: Luisinho, Luizinho e Luizinho: Barreiro, Facim e Fucks. E nosso Luisão firme e forte no combate!!!

  3. Quem já foi ou presenciou a alguma audiência – em especial audiência criminal, notou que o Ministério Público, embora seja conhecido como “Parquet” (piso) – coisa que eles não gostam, esse Ministério Público fica sentado ao lado do juiz, em um nível superior e algo distante ao solo e do local aonde ficam as outras partes. Só isso já coloca a defesa em uma posição inferior no feito, embora a nossa sempre disposta OAB, não veja nisso nenhum problema. fala-se bem alto em todos os cantos, sobre eventuais reformas necessárias ao país. Curioso é que ninguém se habilita a apontar o dedo para o Judiciário e para o MP para dizer que também eles precisam de uma reforma. E uma reforma das grande, que mexa na coluna da instituição.

  4. Um procurador oferecer apoio, por meio de um juiz, para acelerar o andamento de processos, e o juiz não ser tecnicamente subordinado a ele é o maior absurdo. É confissão do aparelhamento, do ministério público e do judiciário, por grupos que agem em causa própria. Usar este procedimento viciado não é acelerar os processos, mas certos processos em que estes grupos têm interesse.

    Um membro de corte de recursos dizer que a corte esta “fechada” com a LJ, é crime contra o ordenamento constitucional. “Disse que disse” só vale na LJ, mas que o processo andou rápido andou. O cronograma do julgamento foi descaradamente milimétrico e impediu a candidatura do adversário político comum.

    E agora o candidato que se serviu deles agora os atira ao mar. Em política não existe cobra criada, se a cobra pode te picar… pau nela! Pra consertar agora só com delação premiada, mas precisa ter creditibilidade.

    A bem do serviço público esta corte deveria vir a público negar os fatos.

  5. Um procurador oferecer apoio, por meio de um juiz, para acelerar o andamento de processos, e o juiz não ser tecnicamente subordinado a ele é o maior absurdo. É confissão do aparelhamento, do ministério público e do judiciário, por grupos que agem em causa própria. Usar este procedimento viciado não é acelerar os processos, mas certos processos em que estes grupos têm interesse.

    Um membro de corte de recursos dizer que a corte esta “fechada” com a LJ, é crime contra o ordenamento constitucional. “Disse que disse” só vale na LJ, mas que o processo andou rápido andou. O cronograma do julgamento foi descaradamente milimétrico e impediu a candidatura do adversário político comum.

    E agora o candidato que se serviu deles agora os atira ao mar. Em política não existe cobra criada, se a cobra pode te picar… pau nela! Pra consertar agora só com delação premiada, mas precisa ter creditibilidade.

    A bem do serviço público esta corte deveria vir a público negar os fatos.

  6. Muitíssimo mais culpados do que os chefes da organização criminosa de Curitiba. Expandiram a atuação à Segunda Instância. Não tiveram nenhum pudor de bater todos os recordes mundiais de leitura dinâmica (não leram nada, provavelmente) e ainda aumentaram a condenação confessadamente sem provas de Moro, para evitar transcrição. Juntem-se à patranha todo o STJ e alguns do STF. Tudo dominado.

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