A “Veja” já foi “progressista” em relação ao aborto – em 1997. As aspas fazem-se necessárias, visto que a revista muda de opinião de acordo com suas conveniências políticas – e o progressista de ontem pode tornar-se o conservador de amanhã (para não dizer coisa pior).

Numa reportagem reveladora, mulheres de três gerações, diversas profissões e classes sociais – inclusive personalidades artísticas conhecidas, como Hebe Camargo, Elba Ramalho e Zezé Polessa – admitiram a prática de um crime:

“NÓS FIZEMOS ABORTO”

Um trecho revelador da matéria:

“Quem fala de aborto no Brasil de hoje não enfrenta apenas uma questão legal – mas a condenação de quem o considera um inaceitável atentado à vida humana. E também a hipocrisia de quem apenas pretende que não se comente em voz alta um problema que afeta milhares de famílias. Um dos países mais conservadores do mundo em matéria de legislação sobre o assunto, o Brasil perfila-se com as teocracias islâmicas no trato do aborto.“

“Teocracias islâmicas”? Pelo visto, a Jihad já começou…

P.S.: e quem quiser saber o que é “pluralidade de opiniões”, não deve deixar de ler a Seção de Cartas da edição seguinte. Tem até católica apostólica romana defendendo o direito ao aborto – quem diria!