As vendas do comércio varejista fecharam o mês de agosto no vermelho pelo terceiro mês consecutivo: embora o percentual de -0,1% seja considerado estável, o setor já acumula perdas na ordem de 2,5%.
Segundo dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), o setor avançou 1,6% na comparação com agosto de 2021. No ano, o setor acumulou aumento de 0,5%, e, nos últimos 12 meses, queda de 1,4%.
Já as vendas do comércio varejista ampliado, que inclui as atividades de veículos, motos, partes e peças e de material de construção, caíram 0,6% frente a julho e 0,7% contra agosto de 2021.
No resultado de agosto contra julho, cinco das oito atividades pesquisadas estavam no campo positivo: Tecidos, vestuário e calçados (13,0%), Combustíveis e lubrificantes (3,6%), Livros, jornais, revistas e papelaria (2,1%), Móveis e eletrodomésticos (1,0%) e Hiper, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (0,2%).
As atividades que perderam força foram Equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (-1,4%), Outros artigos de uso pessoal e doméstico (-1,2%) e Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria (-0,3%).
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“Este mês, ficou muito clara a participação da atividade de Hiper e supermercados como fator âncora, segurando a variação muito próxima ao zero. A atividade pesa cerca de 50% no índice global. Artigos farmacêuticos, com -0,3%, também contribuiu em termos de peso para essa ancoragem”, diz o gerente da pesquisa, Cristiano Santos, ao explicar o resultado do indicador.
No varejo ampliado, o crescimento de 4,8% de Veículos, motos, parte e peças também vem após vários meses de queda, enquanto a atividade de Material de construção teve queda de 0,8%.
Na passagem de julho para agosto, 15 unidades da federação tiveram alta, com destaque para Paraíba (27,1%), Roraima (3,9%) e Distrito Federal (3,6%). Entre as quedas, destacam-se Sergipe (-2,2%), Rondônia (-1,9%) e Pernambuco (-1,7%).
Já a comparação com agosto de 2021 mostra resultados positivos em 20 unidades da federação, com destaque para Paraíba (35,6%), Roraima (16,5%) e Mato Grosso (16,3%). Pelo lado negativo, destacam-se Rio de Janeiro (-6,7%), Pernambuco (-5,0%) e Rondônia (-3,8%), enquanto Goiás registrou estabilidade (0,0%).
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