Violência das torcidas? E o Secretário Nacional de Futebol?, por João Sucata

Esporte Bretão

Violência das torcidas? E um suspeito de tráfico de meia tonelada de coca nomeando o filho para cargo em Ministério: Secretário Nacional de Futebol?

por João Sucata

Todo mundo se queixa, especialmente a mídia do status quo,  da violência da criminalidade, no qual pode até se incluir certos grupos de torcidas organizadas.  A melhor forma de acabar com a criminalidade é reduzir a miséria e a ignorância, distribuir renda, educação, saúde, esperança, felicidade, JUSTIÇA. Alguém já viu um político ou economista tradicional escrever um artigo que seja demonstrando preocupação com distribuição de benefícios do crescimento econômico? Ou uma dessas mídias pro impeachment  dando manchetes para exigir que isso aconteça?

Quanto a torcidas organizadas, há pouco tivemos um episódio singular, onde o ministro de assuntos sociais do governo Temer culpou a cerveja vendida nos estádios pela briga entre palmeirenses e flamenguistas (venda que ocorreu somente na Copa do Mundo). Ou seja, querem combater um problema sem saber onde fica o nariz.

Felizmente o governo resolveu acabar com o questionamento de sua competência, moralidade e credibilidade, no campo esportivo. Nomeou para secretário nacional de futebol (não iam acabar com as sinecuras?) o Gustavo Perrela, filho do deputado Zezé Parrela, que votou a favor do impeachment. Em outras palavras, tudo indica que, comprou levou, tá pago. Poderia ser só mais um caso de troca de favores ou nepotismo e isso o povo já aprendeu a suportar, mas o duro é que o Zezé Perrela é o sujeito em cujo helicóptero foram encontrados 445 quilos de cocaína. E aconteceu alguma coisa??? Nadinha. Continua pela vida, votou no impeachment, nomeou o filho, pode acabar ministro do STF pelo andar da carruagem. A não ser que ele cometa o erro de comprar um pedalinho ou um barquinho de lata. Aí a Globo vai prá cima, pois é noticia importante e algum juiz do Paraná pode até mandar depor sob condução coercitiva, com 200 policiais de escolta, invasão da casa, TV ao vivo (avisada antes) etc.

Poderiam ao menos noticiar que a muamba veio sem nota fiscal, processar o sujeito por sonegação, como aconteceu com Al Capone. Mas não, o deputado continua por aí, votando no Congresso, nomeando o filho para  posto ministerial que cuida de nosso esporte bretão. O time que controla a CBF, em vez de cair, foi reforçado. Não esqueceram de nós do futebol, aqui embaixo.

Depois de tudo isso, podemos continuar sem controlar criminalidade e torcidas violentas, mas pelo menos fica mais fácil entender porque existem.

João Sucata

 

Redação

2 Comentários

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  1. violência…

    João, a matéria foi perfeita mas o último parágrafo foi fantástico. De sucata você tem nada. Advinha quem liga na delegacia, ou nem liga mais ( o delegado já sabe o expediente), meia hora depois de sair a imprensa, para liberar a organizada (que matou ou arrebentou alguém) DICA: O irmão do meliante que está lá na periferia ou o diretor de futebol/senador/deputado/desembargador/amigodosamigos…? É a mesma coisa na terra da inocência e da desinformação, onde acreditam que violência e criminalidade não sejam um produto politico e finaneiro. Acreditam que sejam fenômenos sobrenaturais ou extraterrestres, oriundos unicamente da pobreza, dos quais não temos controle ou solução. Perrella, senador, deputado, presidente de clube grande mineiro, braço direito de CBF e RGT. Que coincidência? Estamos no caminho certo para fazer evoluir o esporte e este país!!! Trafico e pobreza? Vejamos: Precisou de tiro de AR 15? Alguém da “comunidade” saiu morto? Helicoptero? Lavaram e enceraram para devolver ao dono. É coisa de pobre. Fazenda? Até hoje não sabemos a quem pertence. É coisa de pobre. Piloto de aeronave? Uns 15 mill por mês? Qualquer um ganha? É coisa de pobre. 550 Kg de pó (Ia nevar em BH) Uns 10 milhões? É coisa de pobre. Vamos acordar Brasil ou nunca sairemos do fundo da latrina onde nos encontramos. Abs.

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