Wassef agora diz que escondeu Queiroz para evitar seu assassinato

"Havia um plano traçado para assassinar Queiroz e dizer que foi a família Bolsonaro em uma suposta queima de arquivo para evitar delação", alegou

Jornal GGN – O amigo e ex-advogado dos Bolsonaro, Frederick Wassef, disse em entrevista exclusiva à revista Veja que escondeu Fabrício Queiroz – o pivô do inquérito das rachadinhas – em sua casa em Atibaia (SP) porque tinha “convicção” de que o ex-assessor de Flávio Bolsonaro seria executado e sua morte seria creditada à família presidencial. “O MP e a Justiça do Rio deveriam me agradecer por proteger uma testemunha importante”, disse.

“Passei a ter informações de que Fabrício Queiroz seria assassinado. O que estou falando aqui é absolutamente real. Eu tinha a minha mais absoluta convicção de que ele seria executado no Rio de Janeiro. Além de terem chegado a mim essas informações, eu tive certeza absoluta de que quem estivesse por trás desse homicídio, dessa execução, iria colocar isso na conta da família Bolsonaro. Havia um plano traçado para assassinar Fabrício Queiroz e dizer que foi a família Bolsonaro que o matou em uma suposta queima de arquivo para evitar uma delação”, alegou.

Para Wassef, se continuasse no Rio, Queiroz teria o mesmo destino que o miliciano Adriano da Nóbrega. “As forças ocultas do Rio de Janeiro decretaram a prisão dele [Adriano] e o executaram [em fevereiro]. Ele não foi morto em uma troca de tiros com a polícia da Bahia. Isso foi uma farsa, uma mentira. Ele foi pego vivo. Torturaram, quebraram suas costelas, bateram em sua cabeça.”

“O meu objetivo único era preservar aquela vida para que ela pudesse servir ao Poder Judiciário do Rio de Janeiro, ao Ministério Público e aos meus interesses enquanto advogado do senador Flávio Bolsonaro. É o mais absoluto, perfeito e regular exercício da advocacia”, acrescentou.

Wassef também revelou que enquanto Queiroz esteve escondido em sua propriedade, eles evitaram se falar. “Na época dos fatos, eu mantive um distanciamento máximo dele. Não tinha o telefone dele. Não permiti que ele tivesse o meu telefone. Nunca liguei para ele nem para os familiares dele. Nunca ele e seus familiares ligaram para mim. Não havia contato de nenhuma natureza telefônica.”

O advogado, que abandonou a defesa de Flávio Bolsonaro após a prisão de Queiroz, disse que omitiu do presidente Jair Bolsonaro o esconderijo do ex-assessor. “Eu omiti isso do presidente. Eu omiti do Flávio por motivos que me reservo ao direito de não dizer agora. O presidente da República jamais teve conhecimento da autorização para que o Fabrício, caso quisesse, pudesse estar nessas propriedades.”

Wassef também pareceu fazer uma queixa indireta aos Bolsonaro ao dizer que “Não se deveria virar as costas para antigos aliados”. Em outra passagem, ele afirma que os governadores João Doria (SP) e Wilson Witzel (RJ) agiram em coluio para prender Queiroz no dia em que a ALERJ aceitou o pedido de impeachment de Witzel.
Redação

4 Comentários

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  1. O problema desse advogado é que ele mente pela metade. A verdade nunca está com ele, mas a morte, essa já começou a sentir o cheiro da carniça dos dois: o queiroz e o wacef, porque a famiglia bozo costuma ser implacável.
    Ave bozo!…

    (mas também, o frederick vive metendo o nariz onde não é chamado!)

  2. Não me surpreederei com nada que esse indivíduo falar. Eu só tenho uma curiosidade infinita em saber pra quem ele fala ou quem acredita.

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