Weintraub é carregado nos ombros por bolsonaristas, após prestar depoimento por escrito à PF

Investigado por racismo, Weintraub se negou a falar com a imprensa, mas usou um megafone para interagir com os bolsonaristas

Abraham Weintraub afirmou que os erros no Enem não prejudicaram ninguém. Foto: Cleia Viana/Câmara dos Deputados

Jornal GGN – Sem conseguir adiar ida à Polícia Federal, o ministro da Educação de Bolsonaro, Abraham Weintraub, prestou depoimento por escrito em inquérito que é investigado por racismo, nesta quinta-feira, 4 de junho. Na saída da sede do órgão em Brasília, Weintraub foi aclamado e carregado no colo por bolsonaristas. 

Segundo informações do Uol, minutos antes de prestar o depoimento marcado para às 15h, o ministro entrou com recurso no Supremo Tribunal Federal (STF), para adiar a oitiva. 

Na manifestação, Weintraub criticou a decisão do ministro da corte Celso de Mello, que recusou pedido para que ele fosse ouvido em outra ocasião. 

Contudo, não houve tempo para análise e Weintraub teve que ir até a PF, onde foi recebido pelo diretor-geral Rolando de Souza e não ficou mais que 35 minutos.

O ministro de Bolsonaro é investigado por publicação feita em seu perfil no Twitter em 4 de abril, com texto e um quadrinho brasileiro da Turma da Mônica, de Mauricio de Souza, ironizando a China e o modo de fala de chineses que tentam pronunciar palavras em português.

Após prestar depoimento por escrito sobre o caso e deixar o prédio da PF, Weintraub foi recebido por apoiadores do governo. O ministro se negou a falar com a imprensa, mas usou um megafone para interagir com os bolsonaristas. 

“A liberdade é a coisa mais importante em uma democracia. E a primeira coisa que vão tentar calar é a liberdade de expressão. Obrigado pelo apoio, gente”, disse. 

Durante o episódio,  Weintraub chegou a ser carregado nos ombros por apoiadores. O vídeo da cena foi compartilhado por Jair Bolsonaro (sem partido), divulgou o Jornal Estado de Minas nas redes sociais. 

Redação

7 Comentários

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

    1. Cara, você é ótimo.

      Nassif, deixa o Carlos Elisio escrever artigos. Claro, se o próprio quiser. Mas queira, Carlos, e vá ser gauche na vida

  1. O Weinbosta afirmou no seu depoimento que não é mera ilação que a China seja a responsável pela pandemia de coronavírus. Aí eu me lembrei do Bule de Chá do Russell:

    “Muitos indivíduos ortodoxos dão a entender que é papel dos céticos refutar os dogmas apresentados – em vez dos dogmáticos terem de prová-los. Essa idéia, obviamente, é um erro. De minha parte, poderia sugerir que entre a Terra e Marte há um pote de chá de porcelana girando em torno do Sol em uma órbita elíptica, e ninguém seria capaz de refutar minha asserção, tendo em vista que teria o cuidado de acrescentar que o pote de chá é pequeno demais para ser observado mesmo pelos nossos telescópios mais poderosos. Mas se afirmasse que, devido à minha asserção não poder ser refutada, seria uma presunção intolerável da razão humana duvidar dela, com razão pensariam que estou falando uma tolice. Entretanto, se a existência de tal pote de chá fosse afirmada em livros antigos, ensinada como a verdade sagrada todo domingo e instilada nas mentes das crianças na escola, a hesitação de crer em sua existência seria sinal de excentricidade e levaria o cético às atenções de um psiquiatra, numa época esclarecida, ou às atenções de um inquisidor, numa época passada.”

    Quais são as provas do Weinbosta?

    Ora, há evidências de que o coronavírus foi criado em laboratório.

    Cadê essas evidências?

    Deve estar na baixa da égua ou na caixa prego.

Você pode fazer o Jornal GGN ser cada vez melhor.

Apoie e faça parte desta caminhada para que ele se torne um veículo cada vez mais respeitado e forte.

Seja um apoiador