Witzel nega que negociou com milícias durante eleição

"Eles disseram que seu fosse às comunidades, eu seria recebido às balas. Recebi alguns recados nesse sentido", diz governador do Rio

Jornal GGN – O governador Wilson Witzel negou, durante entrevista no programa Roda Viva, na noite de segunda (4), que tenha pedido autorização de milícias do Rio de Janeiro para fazer campanha eleitoral, em 2018.

Questionado pelo editor do Intercept Brasil, Leandro Demori, e pela apresentadora Vera Magalhães, Witzel respondeu: “Desconheço, nunca pedi autorização para ninguém, para entrar em lugar nenhum. Eu tive dificuldade de ir para as comunidades porque existe um crime organizado muito forte, e eles disseram que se eu fosse para a comunidade, eu seria recebido à bala. Recebi alguns recados nesse sentido. Para não expor a comunidade, eu evitei ir, e para não expor a segurança de quem trabalha comigo.”

Witzel lembrou que precisou usar colete a prova de balas para visitar algumas áreas do Rio. “Mas não pedi autorização para traficante nem miliciano. Essa história aí é fantasia, fake news”, disparou.

O governador reconheceu, porém, que fez campanha em algumas área de milícias ao lado do hoje senador Flávio Bolsonaro.

“Fiz campanha em Queimados, Nova Iguaçu, Duque de Caxias, no interior do Estado. Todos os locais em que fui, foram carreatas, passeatas, discursos nos calçadões. Calçadão de Bangu, calçadão de Santa Cruz, que são áreas que têm uma milícia muito forte, aonde fiz campanha nos calçadões e tive uma votação expressiva. E a polícia civil e militar continua investigando. Já te falei, o meu governo foi o que mais prendeu milicianos e fuzis nos últimos 10 anos no estado. Nós reduzimos homicídios historicamente. Eu não tenho compromisso com vagabundo, com bandido de estimação, esse não é meu problema.”

Assista a partir do 55 minutos:

 

Redação

3 Comentários

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  1. Ontem o jornalista e editor do Estúdio Fluxo e do Greg News, Bruno Torturra, preocupado com a politização das bases das PMs no país, entrevistou o coronel Ibis.

    A Polícia Militando – uma conversa com o Coronel Ibis Pereira

    Coronel Ibis Pereira, ex-comandante da Polícia Militar do Rio de Janeiro, em uma conversa sobre como é formada a subjetividade, a ideologia e a radicalização política das polícias no Brasil. O abandono das políticas de segurança pública e como a própria história do país pode ser compreendida pelo papel das polícias na enorme crise democrática que vivemos.

    https://www.youtube.com/watch?v=FL9Y3g7v6Qs

  2. Tá aí uma verdade. Ele não precisa negociar com os comparsas da base aliada que já estava atendida antes das eleições.

  3. O sujeito diz que não pediu autorização.
    Nem precisava né, baby?Estava acompanhado pelo chefe oculto das milícias.
    Precisa desenhar?

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