Xadrez da Lava Jato e a corrupção de Angola. Capítulo 3: o papel das instituições multilaterais

A entrada da Trafigura foi precedida pelo trabalho dos chamados “formadores”, consultores que foram ao país preparar a opinião pública para os novos tempos.

A maneira como se procedeu a esse assalto internacional contra Angola merece um estudo sobre o papel dos organismos internacionais.

Segundo reportagem de O Globo, “quando as consultorias ocidentais chegaram a Angola quase duas décadas atrás, elas foram vistas pela comunidade financeira global como uma força para o bem: levariam profissionalismo e padrões mais altos a uma ex-colônia portuguesa devastada por anos de guerra civil. Mas, no fim das contas, elas pegaram o dinheiro e fizeram o que seus clientes pediram, disse Ricardo Soares de Oliveira, professor de política internacional em Oxford que estuda Angola”.

A reportagem não menciona o papel dos organismos internacionais, abrindo caminho para as organizações privadas e para a grande corrupção que se seguiu.

Em junho de 2011, a Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento (CNUCED) organizou o evento TrainForTrade Angola, destinado a preparar o país para atrair capitais externos e outras formas de investimento e fluxos de capitais. Em 04.03.2018, o GGN já denunciava o trabalho desses organismos, e a parceria com o WTI – World Trade Institute, de Berna, Suíça.

Dizia o WTI em seu site:

A missão da WTI é clara, de ser da linha de frente da globalização:

Nós recrutamos estudantes, pesquisadores, professores e funcionários de todo o mundo, criando uma cultura diversificada e ambiente estimulante.  (…). A WTI coopera estreitamente e compartilha suas instalações com o Instituto de Direito Econômico Europeu e Internacional. Pretendemos moldar a política pública para que a governança econômica internacional gere benefícios tangíveis para a sociedade. Nós nos esforçamos para ser a principal instituição acadêmica mundial de estudos, ensino e pesquisa no comércio internacional e regulação de investimentos e globalização econômica e sustentabilidade”.

A entrada da Trafigura foi precedida pelo trabalho dos chamados “formadores”, consultores que foram ao país preparar a opinião pública para os novos tempos.

Um dos palestrantes foi o brasileiro Romulo Brillo, que, anos depois, ao lado de um jornalista brasileiro ligado à rádio pública de Angola,  teve papel polêmico de contrainformação, atacando pesadamente Wadih Damous e Paulo Pimenta, os parlamentares que mais investiam contra a Lava Jato,  justamente no período em que a Trafigura entrou na linha de fogo.

No seminário da UNCTAD, Brillo mencionou a importância do investimento estrangeiro para a estratégia de desenvolvimento de Angola. “Tivemos oportunidade de estudar a importância desses investimentos e também a complexidade e os problemas que podem gerar, desenvolvemos técnicas de melhor governação e de prevenção de controvérsias para que o país possa desfrutar dos benefícios desses regimes internacionais e ao mesmo tempo poupar os seus recursos”, sublinhou.

O interesse da WTI em estudar os mercados globais se devia ao fato da Suíça ter se transformado em um grande centro de empresas especializadas.  A maior multinacional suíça de commodities é justamente a Trafigura, que é parceira da WTI em inúmeros projetos, como o The Commodity Sector and Related Governance Challenges from a Sustainable Development Perspective: The Example of Switzerland – Current Research Gaps.

Esse trabalho prévio dos “formadores” foi essencial para as etapas seguintes, que transformaram Angola na mais corrupta república da África.

A estratégia do presidente Santos repetia, em muito, os padrões supostamente moralistas de outros governos.

Segundo o site Foreign Police, em artigo de 13 de feveriro de 2014, só em 2012 a Trafigura registrou lucros de quase US$ 1 bilhão em sua parceria com o presidente José Eduardo Santos.

“Apesar do crescimento da receita do petróleo nas últimas décadas e da campanha declarada de tolerância zero dos Santos contra a corrupção, Angola ainda não implementou nenhum programa de desenvolvimento significativo para uma população de 14 milhões de habitantes, muitos dos quais ainda vivem na pobreza. “Angola é incrivelmente atraente do ponto de vista dos direitos humanos, em parte por causa da corrupção e do fato de ser um governo que tem recursos para responder às necessidades de seu povo e cumprir os enormes direitos econômicos, sociais e culturais, e ainda assim não está fazendo isso “, disse Leslie Lefkow, diretora adjunta da Divisão de África da Human Rights Watch.

Segundo Marc Gueniat, pesquisador sênior da Declaração de Berna, uma ONG suíça que monitora a transparência corporativa: “Não conheço outro país em que uma empresa tenha tanto domínio sobre as importações de petróleo quanto a Trafigura. em Angola “, disse Gueniat.”Tem efetivamente um monopólio para fornecer produtos petrolíferos no país. Que sentido isso faz da perspectiva angolana?”

Gueniat levantou os acordos da Trafigura co o governo Santos, os contratos que envolviam diretamente o General Dino, homem forte do regime.

A maioria dos investimentos da Trafigura em Angola era gerenciada apor uma empresa registrada em Cingapura chamada DTS Holdings , também conhecida como DT Group. Os dois diretores dessa entidade são o general Dino e Claude Dauphin, bilionário francês que ajudou a fundar a Trafigura e então era seu diretor executivo.

Como observou a Declaração de Berna: “Embora a DTS Holdings envolva infraestrutura, logística e imóveis, é o petróleo que gera a maior parte de suas receitas. O grupo é parte de um contrato de swap, que pode ser um dos maiores do mundo. Exportam quantidades desconhecidas de petróleo angolano e, em troca, desde 2009, abastecem Angola com todos os produtos derivados de petróleo necessários para atender à demanda doméstica “.

O autor desse feito inédito, que faria a corrupção na Petrobras ser um pingo, era o lobista brasileiro Mariano Marcondes Ferraz. Quando foi detido pela Lava Jato, spunha-se que o grande reinado da Traigura tinha chegado ao fim. Afinal, a empresa tinha montado esquemas pesados de propina na própria Petrobras.

No entanto, foi poupada pela Lava Jato até pelo menos 2019.

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O caso Isabel Santos

Lava Jato: a demora em pegar a Trafigura

 

Luis Nassif

10 Comentários

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  1. “…Exportam quantidades desconhecidas de petróleo angolano e, em troca, desde 2009, abastecem Angola com todos os produtos derivados de petróleo necessários para atender à demanda doméstica…”
    Trocando na frase acima “angolano” por “brasileiro”, teremos a figura (sem trocadilho) de uma “Trafibrás”.
    Ou a transformação da Petrobrás em “Petrofigura”…
    Contas suiças agradecem!

  2. A dupla de bananas do PT na câmara investia contra a lava-jato?
    Só pode ser brincadeira! Não, não é. Quem acompanha as informações e tem memória sabe que é simplesmente mentira mesmo.
    Era mais fácil acreditar que eles eram os que mais investiam na lava jato.
    (Não sei porque, estou me lembrando de uma mega-sena acumulada)
    Uma vez mais um ataque ao Romulus. Este, que mais do que ninguém, tem combatido a lava-jato, defendido o Lula e denunciado os traíras do PT. Romulus contrariou interesses poderosos e endinheirados, como se vê.
    Mas acho que não é só isso. É, também, a inveja.
    Ah, a vaidade…
    Para aqueles que estão, para além da meia idade, “no bico do urubu”, atirando para todo lado na tentativa de “arrumar um patrocínio” e “passando o chapéu”, deve mesmo ser revoltante confrontar a própria mediocridade com para um jovem que é um gênio, um profissional de sucesso internacional e que se tornou um analista elogiado e ouvido por pessoas como um Pepe Escobar, que comanda quase sozinho um site com um time de professores, intelectuais e doutores e, ainda, que acerta quase todos os prognósticos. Enquanto outros…

  3. -> atacando pesadamente Wadih Damous e Paulo Pimenta, os parlamentares que mais investiam contra a Lava Jato

    “E é assim que a consciência nos transforma em covardes, é assim que a força inicial de nossas resoluções se debilita na pálida sombra do pensamento e é assim que as empreitadas de maior alento e importância deixam de ter o nome de ação.”
    em algum trecho de “Hamlet”, eis a questão: poderia ter sido, mas nunca será – por vontade própria.

    esta é a segunda vez que Nassif tenta, sem provas, assassinar a reputação de Romulus – que por sinal começou aqui no GGN.

    o sucesso da Duplo Expresso se deve a ter atendido uma demanda que inclusive este GGN foi capaz de fazer: a busca de uma radicalidade política coetânea de tempos políticos radicais.

    foi assim que o GGN definhou, principalmente na participação dos leitores.

    enquanto o Duplo Expresso se convertia naquilo que o GGN sempre poderia ter sido, mas preferiu não ser, Nassif continua vagando perdido no tempo e no espaço em busca de um centro político que já não há, desde as Eleições de 2014 ao menos, e tão cedo não voltará a existir.

    os dois parlamentares citados são o que há de pior no campo da auto-denominada Esquerda: políticos profissionais, burocratas de partido, carreiristas aproveitadores, sem qualquer compromisso autêntico com as bases da sociedade, visando tão somente sua manutenção como de ocupantes de cargos públicos regiamente remunerados.

    ainda mais escandaloso do que o caso de Angola, temos aqui mesmo o escândalo dos escândalos, o pior tipo de corrupção: uma Esquerda e um campo “progressista” que nunca tiveram a mais longínqua intenção de efetivamente lutar contra o Golpe de 2016 – sendo Lulinha Paz e Amor o grande mentor desta derrota consentida.

    errar uma vez dá prá relevar, a renitência no erro não: vá para o inferno, Nassif.
    .

  4. Parabéns aos comentaristas “Lampada” e “arkx” pela vossa defesa ao único blog que atualmente tenta nos transmitir alguma sensação de resistência, com analises interessantes e norteadas na defesa de nossa soberania, enquanto atores/palhaços tentam nos envolver seguindo a pauta do deep state americano e seus micos amestrados aqui de Pindorama.
    É triste ver no que se transformou este blog, outrora fonte de excelentes comentários e matérias…

  5. Por que não se faz uma ampla campanha, para que o mérito da ADI 5920 seja debatido de forma regimental dentro do STF, através de uma audiência pública ?

    Diante do colossal retrocesso político social que representa o provável indeferimento da ADI 5920, por que todos aqueles que se dizem proativos pelas causas sociais e pela democracia não conclamam uns aos outros a uma belíssima união cívica, em favor de uma petição popular, com base regimental, para que o mérito da ADI 5920 seja discutido dentro do SFT ?

    http://www.stf.jus.br/portal/audienciaPublica/audienciaPublicaPrincipal.asp

    Nesse ponto, a grande maioria dirá : nós sequer sabemos do que se trata.

    A melhor explicação do que representa o indeferimento da ADI 5920 está no definitivo cerceamento da possibilidade de pessoas desprovidas de recursos financeiros adentrarem espaços legislativos. Esse cerceamento traz consigo muitas e nefastas consequências:

    a) abre as portas, para que o totalitarismo retorne ao país. Isso fará com que jovens idealistas reafirmem dentro de si uma criticidade social tal que os conduzirão novamente à prisão, tortura e morte ;

    b) fecha as portas, para que a reversão de privatizações e reformas antissociais possa ocorrer. Uma vez que a revolução armada popular é algo inimaginável num mundo, onde as estruturas de poder controlam todo o fluxo de interatividade e de comunicação;

    c) mergulha o país no atraso cognitivo, fazendo com que a população seja cada vez mais desprovida de senso crítico, lógica e ética. O indeferimento da ADI 5920 produzirá, de forma atemporal quanto à reversão, um povo brasileiro voltado a interesses repletos de pequenez social, repletos de conclusões acríticas e imediatistas. Um povo alheio a si mesmo e alheio à real grandeza da nação;

    d) acelera o processo de supressão da pseudo zona de conforto, habitada pelos partidos que atualmente se encontram inebriados por recursos financeiros advindos de fundos políticos. A traição a esses partidos ocorrerá assim que as estruturas de poder entenderem que conseguiram o que queriam : lacrar o Congresso Nacional apenas àqueles que estejam de posse de amplos recursos para campanhas. Uma vez isso obtido, não haverá mais retorno e os que hoje não apoiam amplamente o DEFERIMENTO da ADI 5920 se sentirão frustrados com a própria miopia.

    Os partidos que hesitam em se juntar, para manterem viva a possibilidade fazerem grandes bancadas não têm como justificar apoio ao indeferimento, porque os atuais recursos fáceis dos fundos políticos poderão deixar de existir. É quando será “tarde demais” e nada mais poderá ser feito.

    O que acontece com a falta de previsibilidade política em relação ao indeferimento da ADI 5920, é o mesmo que também sempre ocorreu em relação às eleições legislativas.

    Nada se faz pela eleição da ala social bem antes do pleito, para que, depois de declarada mais uma DERROTA, os ditos defensores dos interesses sociais encaminhem as massas às ruas, para reclamar da vida, quando coisa alguma possa ser feita, para além de ter que enfrentar a repressão em nome de uma “luta” que nada luta desde 1500 !

    O grande nó da emancipação social está nos partidos políticos e as suas interferências, que seriam , em tese e presumivelmente, favoráveis ao social. Mas, não são.

    Durante 35 anos, os partidos ditos sociais forjaram um senso comum dificílimo de ser combatido, uma vez que a grande maioria da própria ala social se vê muito mais favorável à opinião dos partidos, à opinião das frentes populares, à opinião dos movimentos sociais, à opinião das centrais sindicais, à opinião dos blogs ditos progressistas e a toda uma estrutura auxiliar dita social do que favorável a um debate franco sobre as questões políticas.

    Nesses últimos 35 anos, jamais se discutiu o voto legislativo, permitindo que o país ficasse sem defesa alguma, chegando ao ponto do legado nacionalista ( e fascista ), iniciado no Estado Novo, encontrar-se totalmente arruinado.

    O senso comum, difundido por décadas como sendo favorável aos interesses da ala social, exibe-se claramente no final do ciclo virtuoso, iniciado em 1982, como sendo linha auxiliar de tudo aquilo que não é do interesse dessa mesma ala social.

    O que faz pessoas duvidarem do seu próprio envolvimento direto, em relação ao futuro é o medo de estarem dando um passo equivocado.

    É exatamente isso o que ocorre com a decisão de cada uma dessas pessoas em relação ao DEFERIMENTO da ADI 5920. Tal vacilação denota a face nociva do senso comum e se encontra dentro desse contexto de agir politicamente contra si próprio, porém imaginado-se no exercício de uma “luta”.

    Mesmo mostrando que a ala social do Brasil deve ter prioridade absoluta. O medo de se colocar adiante dos interesses imediatos impacta numa decisão que, se não for tomada, trará de volta ( como em 1964 ) todas as possibilidades para o totalitarismo.

    Não há mais o que esperar dos partidos ditos sociais, posto que a prática desses partidos destoa dos seus respectivos discursos, colocando demandas sociais urgentíssimas para aquém dos seus interesses imediatos.

    Mas, a grande pergunta é : diante de tamanha ameaça, podendo e devendo todos colocarem a nação adiante dos seus interesses imediatos, por que não se faz uma ampla campanha para que haja uma audiência pública regimental dentro do STF , para debater esse tema ?

    Até mesmo, relembrando que a defesa desses interesses imediatos deixará de existir, caso o descalabro parlamentar fomente a volta de regimes totalitários.

    Ou seja, a omissão de todos não pode passar procuração dessa vez !

    Dessa vez, há que se conclamarem TODOS a entenderem que a ÚNICA forma de reverterem-se excrescências tais como a EC 95/16 reside justamente do DEFERIMENTO da ADI 5920.

    Fazer cessar o debacle nacional não é favor. É dever !

    Apenas esperar por uma “revolução redentora” que colocará tudo no lugar é não querer enxergar que o mundo de 2020 é bem diferente daquele de 1917.

    Em 2020, comunista usa whatsapp e aciona o localizador no celular. É tudo muito diferente.

    Não compensa assistir à morte da democracia, sonhando ingenuamente com uma revolução !

    Dessa forma, a turma do marxismo também fica instada a participar dessa campanha, em favor da possibilidade de gente sem recurso pecuniário continuar tendo acesso a assento em espaços legislativos.

    Às associações e demais entidades; às pessoas em geral o que se pede é denodo cidadão.

    Nada é fácil. Porém tudo pode ficar muito difícil pela via da perda do senso de Filosofia do Direito, da ética e da lógica.

    Fosse o DEFERIMENTO da ADI 5920 aético, ilógico e avesso ao Estado Democrático de Direito, cá não estaria este texto a rogar-lhes denodo.

    Nada há em temos de interesse pessoais. O interesse é cidadão.

    AUDIÊNCIA PÚBLICA REGIMENTAL NO STF, PARA DEBATER O MÉRITO DA ADI 5920.

    ADIRA …. SEM MEDO DE SER BRASILEIRO(A) ….. ANTES QUE SEJA TARDE DEMAIS.

    DIGA NÃO AO AI 6 !

    Sergio Govea
    Nilton Miguel Coelho
    Movimento Congresso Cidadão

    61 9 8552 5956
    27 9 8132 5012

  6. Que coisa interessante.
    O Rômulo atuou por breve período no GGN de forma tão invasiva e espalhafatosa que seu afastamento era uma questão de tempo, fosse espontâneo, fosse consequência de excessos ou desentendimentos, ele se daria.
    Como o seu modus operandi me incomodasse, nem fui procurar saber que rumos tomou.
    Agora, com o desabafo do Arques é que fui ao blog do Rômulo.
    Seguindo minha intuição, que sempre me tem valido, continuo a estranhar o Rômulo e posso compará-lo a Juan Guaidó, ou um nacional Kim Kataguiri, por exemplo, no afã de brilhar para os grandes e exercer poder e influência em qualquer meio em que atue, e nesse afã, é pessoa muito facilmente cooptável, sem contar a sua característica mitônoma na invenção de verdades particulares.
    Enfim, ele é jovem, estamos vivendo momentos sombrios e as coisas sem peso vagueiam por onde o vento as leva.

    1. Permita-me discordar, apesar de reconhecer que o rapaz é um tanto exagerado mesmo, o que não invalida suas analises e, principalmente, a qualidade dos seus convidados diários. Quando escolho uma fonte de informação, não o faço por intuição, muito menos pelos defeitos ou qualidades pessoais do blogueiro. Segui este GGN por vários anos, tentando colher informações e opiniões que me fariam entender o jogo político da forma mais variada e profunda possível, muitas vezes apreciando mais os comentários nas matérias do que estas propriamente. Os editoriais do Nassif sempre me pareciam um tanto ingênuos, mas apreciava o respeito com que ele sempre tratou os diferentes comentaristas (alguns até agressivos e inconvenientes).
      Aqui mesmo passei a conhecer e seguir as palestras do Rui Costa Pimenta (PCO), outra fonte interessante de analise histórica/política e que, estranhamente, deixou de jogar o “bom combate” contra o imperialismo americano nos últimos meses. Porquê? Não sei. Talvez o fim do Fundo Partidário possa explicar melhor…
      O resumo que faço é o seguinte: HOJE o D. E. e seus convidados são, para mim, a melhor forma de tentar entender toda a transformação que impuseram ao Brasil, de fora para dentro, e este sequestro de nossa soberania, com a complacência e paralisia da quase totalidade dos políticos, que se limitam a seguir pautas infantis sobre problemas ridículos, caindo em qualquer conversa mole de jornalista americano que finge que é democrata mas cuja única função é distrair e dissipar as forças que deveriam lutar contra esta ocupação criminosa. Lá é o único lugar onde consigo analises sobre a situação dos protestos no Chile, da situação da Bolívia, da Argentina, com professores locais e fora das amarras da imprensa pasteurizada corporativa. Em que outro lugar se fala que “o rei está nú”? Onde se pode ver críticas diretas ao imperialismo decadente? Seria naquele blog patrocinado pelo George Soros? Não creio. Saudades do PHA e sua CAF…
      Quanto às suas comparações com Guaidó e Kim, me desculpe, mas acho que voce não tem a menor noção do que está falando. Procure se informar melhor, obter informação e debater idéias/hipóteses, para não ficar dependendo apenas de sua intuição…
      Um abraço!

      1. Agradeço a gentileza da resposta.
        Quem sabe eu devesse prestar mais atenção ao Rômulo, porém, como a “minha intuição” age quanto ao julgamento de caráter das pessoas, o que pode não ser justo, reconheço, vamos dar tempo ao tempo e, quem sabe eu possa ter me enganado, não é mesmo?

  7. Ao Jorge Leite Pinto
    Agradeço a gentileza da resposta.
    Quem sabe eu devesse prestar mais atenção ao Rômulo, porém, como a “minha intuição” age quanto ao julgamento de caráter das pessoas, o que pode não ser justo, reconheço, vamos dar tempo ao tempo e, quem sabe eu possa ter me enganado, não é mesmo? Jorge

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