Xadrez das suspeitas sobre os filhos de Januário, por Luis Nassif

É nesse clima de absoluta promiscuidade, de falta ampla de transparência, que começaram a vicejar as suspeitas de uso abusivo do poder.

O poder tende a corromper, e o poder absoluto corrompe absolutamente.

Lord Acton

Capítulo 1: a denúncia

A denúncia de pagamento de propinas a um procurador da Lava Jato de Curitiba surgiu da Operação Patron, última etapa da Lava Jato no Rio de Janeiro. Portanto, não foi levantada por adversários da operação. As informações são de reportagem da UOL.

Duas evidências consolidaram as suspeitas:

  • Depoimentos dos doleiros Claudio Fernando Barbosa de Souza, o Tony, e Vinicius Claret Vieira Barreto, o Juca Bala, à Lava Jato Rio, dizendo que pagavam US$ 50 mil a advogado Antônio Figueiredo Bastos para proteção de Messer na Polícia federal e no Ministério Público Federal de Curitiba.
  • Mensagem de Messer à namorada Myra Athayde, em agosto de 2018: “Sendo que esse Paludo é destinatário de pelo menos parte da propina paga pelos meninos todo mês.”

Desde janeiro de 2018, a Lava Jato Rio investigava as suspeitas de corrupção levantadas nos depoimentos dos doleiros. A mensagem de Messer foi capturada apenas após sua detenção, em 30 de julho de 2019.

No seu depoimento, Juca Bala informou que os pagamentos foram feitos de 2005/2006 até 2013 a dois advogados do doleiro Clark Setton, um dos quais era Figueiredo Bastos, até então um advogado obscuro que se tornou estrela das delações premiadas em Curitiba, ao lado do colega Adriano Bretas.

Na coletiva sobre a operação, em 2018, a Polícia Federal se recusou a participar, alegando ordens de Brasília.

No período em que as supostas propinas eram pagas, ainda não existia a Lava Jato, mas o grupo de Curitiba, procuradores e delegados, já estavam fortemente consolidados em torno da primeira das operações, o caso Banestado.

As delações de Tony e Juca resultaram em dezenas de anexos analisados pelos procuradores Eduardo Ribeiro El Hage e Rodrigo Timóteo Costa e Silva, do MPF do Rio de Janeiro.  As informações sobre Paludo foram consolidadas em um relatório e remetidas à Procuradoria Geral da República dias atrás.

Na coletiva de 2018, em que anunciaram a Operação, os procuradores sabiam que estavam diante de uma operação explosiva. Trataram-na como “a maior operação de lavagem de dinheiro desde a Operação Banestado”.

Segundo o procurador Eduardo El Hage, coordenador da força tarefa da Lava Jato no Rio: “Se pensarmos que a Operação Lava-Jato em 2014 começou com a colaboração de um doleiro, podemos prever o que será dessas prisões dos doleiros que estão sendo feitas hoje. O potencial realmente é explosivo. Temos provas substanciais contra todos eles. A peça está bem robusta. Esperamos que, no futuro, tenhamos outros desdobramentos da operação de hoje”.

Segundo os delatores, a contrapartida das propinas seria as autoridades fecharem os olhos para as atividades das famílias de Marcos Matalon e Dario Messer, em torno das quais operavam outros 15 doleiros.

Os fatos corroboravam as suspeitas. Apesar de ser conhecido como o “doleiro dos doleiros”, Messer passou praticamente incólume por todas as operações, incluindo a do Banestado, a mais abrangente sobre o mercado de doleiros. E, até alguns meses atrás, era figura carimbada nas praias do Leblon, no Rio de Janeiro.

Capítulo 2: a prisão de Messer

No dia 3 de maio de 2018 foi deflagrada a Operação Câmbio, Desligo, desdobramento da Operação Calicute, da Lava Jato Rio. Foram cumpridos 44 mandados de prisão preventiva e 4 de prisão temporária.

Messer e seus doleiros operavam a partir do Uruguai, com enormes dificuldades para extradição. Os ventos começaram a mudar no início de 2018. O Uruguai conseguira sair do enquadramento de paraíso fiscal. Para evitar que fosse reenquadrado, aceitou cooperar com as autoridades brasileiras. Através dessa cooperação, foram presos dois doleiros ligados a Messer, Barbosa e Claret.

Messer foi incluído na Difusão Vermelha da Interpol. Mas não foi encontrado nem na mansão paraguaia nem na cobertura do Leblon. Nem sua ex-esposa Rosane foi encontrada. A Polícia Federal encontrou apenas quilos de papel triturado, indicando que ele fora alertado pouco antes da deflagração da Operação Câmbio, Desligo.

Presos, Barbosa e Claret aceitaram a delação premiada. Contaram que Messer era o cabeça dos negócios, tendo direito a 60% dos lucros com a lavagem. Até 2013, tinha um banco em Antiqua e Barbado, o EVG, para atender a clientela.

No inquérito da operação, o nome Messer foi mencionado 677 vezes, incluindo o de Rosane Messer. Diego Candolo era o doleiro responsável por pagamentos a Paulo Roberto Costa, Nestor Cerveró. E Diego trabalhava diretamente com Dario Messer. Era incompreensível não ter sido incomodado pela Lava Jato de Curitiba.

Foi pedida sua prisão pela Lava Jato Rio, mas ela só ocorreu no dia 31 de julho de 2019, em São Paulo. Messer foi detido no bairro Jardins, na zona oeste de São Paulo, de acordo com a Polícia Federal.

Com a operação, a família de Messer fechou acordo de delação premiada. Foi aplicada multa de R$ 270 milhões de reais a Dan Wolf Messer, filho de Dario. As multas totais chegaram a R$ 370 milhões.

Na entrevista que deu sobre a prisão de Messer, o procurador regional da República José Augusto Vagos foi indagado porque outras operações não tinham conseguido capturar Messer. A resposta foi objetiva: “Devido ao seu poder econômico e sua influência no submundo do crime”.

As operações anteriores foram a Banestado e a Lava Jato de Curitiba. Como o poder econômico e a influência de Messer garantiram que passasse incólume por elas?

E, aí, se entra em um campo nebuloso, o do poder absoluto conferido à Lava Jato de Curitiba, pelo qual todos os pecados podiam ser perdoados.

Capítulo 3: a poderosa República de Curitiba

A Lava Jato começou em 2014, mas sua equipe – incluindo o procurador Januário Paludo, atuou no caso Banestado. Naquela Operação, os alvos principais foram os doleiros do período.

O maior deles, Dario Messer, saiu incólume. O doleiro detido foi Alberto Yousseff, peixe pequeno perto de Messer. Sua delação mirou um concorrente de Messer, Antônio de Oliveira Claramunt, o Toninho Barcelona.

Yousseff saiu do acordo com um patrimônio entre US$ 20 milhões e US$ 25 milhões. Logo voltou ao mercado. Intrigado com o renascimento rápido do doleiro, o delegado federal Gerson Machado decidiu investigar e indagou dele a razão de ter preservado o patrimônio. Sua resposta foi a de que nenhuma autoridade havia lhe perguntado. Gerson Machado alertou pessoalmente o juiz Sérgio Moro e o procurador Deltan Dallagnol. Nada fizeram. Yousseff continuou na ativa até 2014. Messer permaneceu intocado.

Os anos de cooperação na Banestado, mais a blindagem da mídia, forjaram um grupo de delegados e procuradores com poderes absolutos, que não mais respondiam aos comandos de Brasília. Sem nenhuma espécie de controle externo, sem nenhuma prática de compliance, ser honesto ou não passou a depender da convicção pessoal de cada um, não de modelos de controle e regulação.

Dentro da PF, quem ousasse questionar os métodos do grupo era imediatamente esmagado pela reação da própria PF, dos procuradores e do juiz Sérgio Moro. Foi o que aconteceu com o delegado Gerson Machado, pressionado de tal maneira que soçobrou vítima de uma depressão profunda e de uma tentativa de suicídio.

O mesmo ocorreu no episódio dos dois grampos clandestinos colocados no fumódromo e na cela do doleiro Alberto Yousseff.

Os grampos foram localizados no dia 30 de março de 2014. Houve uma sindicância presidida pelo delegado Maurício Moscardi Grillo que concluiu que o aparelho era antigo e não funcionava. O resultado da sindicância foi aceito pelo juiz Sérgio Moro.

Os grampos foram colocados na cela por ordem do delegado Igor Romário de Paula, chefe da Delegacia Regional ao Crime Organizado e de sua esposa Daniele Gossenheimer Rodrigues, chefe do Núcleo de Inteligência Policial. Quem colocou foi o agente Dalmey Fernando Werlang, 32 anos na PF, especialista em monitoramento.

Quando a história se tornou pública, Dalmey constatou que não havia autorização judicial para a colocação do grampo. Convocado pela CPI da Petrobras, reiterou esse questionamento.

A reação do MPF se deu através do procurador da República do Paraná, Daniel Holzmann Coimbra, um dos responsáveis pelo controle externo da PF. Em vez de investigar as denúncias, Holzmann acusou o delegado Mário Fanton e o agente Dalmey de serem “dissidentes” e de caluniarem colegas de trabalho. A representação foi vazada para o jornal Estado de São Paulo antes mesmo de ser protocolada na 1a Vara Federal. A denúncia foi rejeitada pelo juiz Danilo Pereira Junior, da 14ª Vara Federal de Curitiba.

A ação da PF contra os delegados profissionais, taxados de “dissidentes” foi extensamente coberta por um trabalho excepcional do repórter Marcelo Auler.

https://marceloauler.com.br/?s=grampo

Os Policiais Federais envolvidos nos dois casos compõem, hoje em dia, o comando maior da Polícia Federal de Sérgio Moro.

A blindagem da mídia

O segundo ponto de blindagem foi o apoio integral dado pela mídia, que se transformou em mera repassadora de releases da Lava Jato.

A denúncia da suspeita de suborno do procurador Januário Paludo, apesar de divulgada pela UOL, por exemplo, foi vetada pelo Globo, Estadão e Folha, porque a Lava Jato se tornou um instrumento de política estreita.

É nesse quadro, de poder absoluto, sem estar submetida a nenhuma forma de controle, até que o Supremo Tribunal Federal se levantasse, que a Lava Jato passou a recorrer abundantemente ao instituto da delação premiada, podendo definir livremente perdão e punição e valor das multas aos réus.

A opinião pessoal dos procuradores poderia fazer uma multa de US$ 15 milhões cair para um terço ou vice-versa. Ou poderia incluir ou excluir suspeitos de um inquérito.

Esse modelo permitiu criar o mais rentável campo da advocacia do período, o dos advogados especializados em delação premiada, cujo único atributo era ter a confiança dos procuradores da Lava Jato. A maior ou menor simpatia por um advogado, o tornaria cobiçado pelos réus, dispostos a pagar honorários milionários para amenizar sua situação.

É nesse clima de absoluta promiscuidade, de falta ampla de transparência, que começaram a vicejar as suspeitas de uso abusivo do poder.

Capítulo 4: a milionária indústria da delação premiada

Com blindagem total, tendo direito de atropelar os limites legais sem serem questionados, com a imprensa sendo transformada em mera repassadora de releases, e sonegando qualquer informação contrária, a Lava Jato começa a negociar as delações premiadas.

Ao longo de todo o período, as negociações foram amplamente subjetivas. Nada era questionado, despertando inúmeras suspeitas quanto aos critérios adotados.

Messer x Meinl Bank

Segundo o advogado Tacla Duran, Dario Messer tinha acesso direto aos sistemas da Odebrecht, usando o codinome Flexão.  Marco Bilinski, Vinícius Borin e Luiz França também eram operadores da Odebrecht, através do Meinl Bank. Eles teriam movimentado US$ 2,6 bilhões até 2014, exclusivamente para a Odebrecht. Já Dario Messer teria movimentado US$ 1,6 bilhão para vários clientes .

Bilinski, Brin e França recebiam 4% sobre as operações da Odebrecht feitas através do banco.

Com a movimentação de 1,6 bilhão de dólares, a comissão do grupo foi de cerca de 64 milhões de dólares. O banco recebia mais 2% pela movimentação oficial do dinheiro, o que representaria mais 32 milhões. No total, portanto, estima-se que os três, mais Olívio Rodrigues, o quarto sócio — além dos dois sócios ocultos — receberam 96 milhões de dólares de comissão, o que corresponde a 326 milhões de reais.

  • A Lava Jato de Curitiba multou os proprietários do Meinl Bank em R$ 1 milhão por cabeça, ou R$ 3 milhões no total. E a 8 anos de reclusão da seguinte maneira: 1 ano em regime aberto diferenciado, devendo se recolher em casa das 20 hs às 6 da manhã; 6 meses em regime aberto, com recolhimento integral apenas nos finais de semana e feriados, mas sem a necessidade de uso da tornozeleira eletrônica; de 3 a 6 anos com prestação de serviços à comunidade à razão de 6 horas por semana.
  • Já a Lava Jato do Rio multou a família Messer em mais de R$ 350 milhões.

A desproporção era evidente.

Caso João Santana

João Santana e Mônica Moura foram condenados por Sérgio Moro a 7 anos de prisão. Ficaram cinco meses presos e passaram para regime domiciliar onde ficarão um ano e meio.

A partir de abril de 2019, poderão circular, tendo apenas a obrigação de se recolher à noite, aos finais de semana e feriados, além de prestar 22 horas semanais de serviços à comunidade, por mais um ano e meio. Na terceira fase, permanecerão nessas condições por mais um ano, mas já sem a tornozeleira.

Segundo declarações da Tacla Duran, Mônica deixou de declarar duas contas offshore e uma conta laranja. E os procuradores fizeram vista grossa.

As transferências internacionais são realizadas pelo sistema Swift, que exige informações obrigatórias, como os dados bancários dos beneficiários de transferência (banco, agência e conta) e o Código Swift do banco destinatário da remessa – o Standard Chartered Bank Limited. Para confirmar a informação, bastaria a Lava Jato ter solicitado dados do banco correspondente americano, que registrou a operação e expediu o Swift. Nada foi feito.

Seu advogado era Rodrigo Castor de Mattos, irmão do procurador Diogo Castor de Mattos, integrante da força-tarefa da Lava Jato.

O maior feito de Rodrigo Castor de Mattos foi no dia 17 de agosto de 2017, quando conseguiu do juiz Sérgio Moro a liberação de R$ 10 milhões para o casal Santana, de uma conta na Suíça.

No despacho, dizia Moro:

A Defesa juntou elementos aptos a demonstrar de que concordou com a repatriação e o perdimento dos valores bloqueados na Suíça, de USD 21.657.454,03, e que assinaram todos os documentos necessários à efetivação dessas medidas. O MPF confirmou que os acusados tomaram as providências necessárias para a repatriação e perdimento dos valores mantidos na Suíça. 

(…) Não é justo, a ver do Juízo, penalizar os colaboradores, que fizeram a sua parte no que se refere ao acordo, retendo em bloqueio judicial valores que não foram perdidos no acordo de colaboração.

(…) Resolvo, considerando os dois argumentos opostos, liberar parcialmente o valor bloqueado, especificamente dez milhões de reais, a serem transferidos da conta 650.005.86400410-4 para conta a ser indicada pelos acusados e seus defensores.

Obviamente tal soma não se destinava ao sustento do casal. Em prisão domiciliar, poderiam receber R$ 100 mil por vez.  Era evidente que os R$ 10 milhões se destinavam ao pagamento de honorários dos advogados, justamente Rodrigo, irmão do procurador Diogo, da Lava Jato.

A Procuradoria da Lava Jato nada falou contra a decisão. O veto veio da Procuradoria da Fazenda que considerou “descabida” a decisão de Moro. Após a manifestação da Fazenda, Moro voltou atrás.

Em circunstâncias similares, Moro negou a liberação de R$ 1,8 milhão ao ex-Ministro Antônio Palocci, para pagamento de impostos.

O caso Zucolotto

O episódio mais grave, e documentado, foi o de Carlos Zucolotto com o advogado Tacla Duran. Zucolotto enviou uma mensagem a Tacla propondo redução de sua multa de US$ 15 milhões para US$ 5 milhões. US$ 5 milhões seriam pagos por fora, a título de honorários.

Dez dias depois da conversa, Tacla recebeu e-mail dos procuradores Carlos Fernando Lima e Roberson Pozzobon, com a proposta de delação.

Segundo Tacla, o esquema seria simples. Na sentença, seria mencionada a multa de US$ 15 milhões e indicada uma conta sem reservas. No acordo estaria definido que, não encontrando fundos na conta, a multa seria reduzida paa US$ 5 milhões.

Moro e a esposa Rosangela – que já havia trabalhado no mesmo escritório de advocacia de Zucolotto – saíram publicamente em defesa do amigo.

É nesse quadro de ausência absoluta de compliance que surge o caso Dario Messer, e as suspeitas de suborno a policiais e procuradores, visando fechar os olhos para sua atividade.

Capítulo 5: a auto-regulação das corporações

Como fica agora? Com todo esse histórico de falta de transparência, de critérios mal explicados para os acordos de delação, de falta de resposta às suspeitas mais graves, como as formuladas por Tacla Duran, como se comportará o MInistério Público Federal, à luz dessas novas suspeitas?

Terá condições de se impor uma auto-regulação, que paire acima da solidariedade corporativa? Sem sonegar a Paludo a presunção da inocência e o direito à plena defesa, conseguirá submeter o caso a uma investigação isenta? Ou se entregará ao corporativismo mais abjeto, como foi o caso dos delegados da Polícia Federal de Curitiba?

Em jogo está não o futuro da Lava Jato, mas o da própria respeitabilidade do MPF. A República de Curitiba se apropriou de um poder maior que o do próprio MPF e da PGR. É hora do rio voltar ao seu leito normal, mesmo que expondo os detritos desses tempos de libação.

Luis Nassif

28 Comentários

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  1. Ora, ora, ora…
    Quem é vivo um dia aparece.
    Messer, o doleiro dos doleiros, apelidado de “banco central”, o rei da tríplice fronteira.
    Segundo dizem esse sujeito tem, de longa data, um dossiê que o protege.
    Alguém vai ter coragem de puxar esse fio da meada?
    Duvido.

  2. Excelente matéria, Nassif. Parabéns.
    Globo, Folha, Estadão etc. deveriam se envergonhar por nada dizerem a respeito do assunto e, no mínimo, reproduzirem a sua matéria.

  3. Caro Nassif, acho que só faltou uma informação: a de que Messer foi preso logo após o escândalo da Itaipu envolvendo diretamente Bolsonaro. Na época foi visto como uma espécie de “queima de arquivo”, tentativa de calar alguém que poderia entregar os negócios feitos no Paraguai. Preso, ou seja, controlado, suas delações respingam em Curitiba e silenciam completamente sobre suas conexões paraguaias. Acho que falta esse capítulo para o quadro ficar mais completo.

  4. O pessoal do Duplo Expresso cansou de falar do caso Tacla Duran e do doleiro dos doleiro Dário Messer .Incrível essa quadrilha preside o Brasil.

  5. AUTO-REGULAÇÃO???
    Só se tiverem de gozação.
    Com o corporativismo e ativismo politico desses estamentos da “república” potencializados pela canalhice de maciça maioria da elite brasileira soa como piada.
    Alias, faz 500 anos que é assim e olhem no que deu!

  6. A Lava Jato foi posta a nu ha bom tempo, não fosse o grupo Globo e Estadão fazerem de conta que não ha nada de mais com tantas irregularidades e ilicitos. E aqueles desembargadores do TRF-4 sujando ainda mais as mãos em nome disso ai.

  7. Baboseira…….nada vai acontecer…
    Quem foi preso no caso Banestado? Certa vez prenderam um traficante com um caderno com todos os seus clientes, gente da alta roda, nada aconteceu…..certa vez um dono dessas maquininhas bateu o carro e lá dentro um caderno com todos o que recebiam a propina, o que aconteceu? Nada….e garanto que poucos se recordam desses casos…
    Nada vai acontecer, esse papo de ser contra a corrupção é só isso…. papo furado de corruptos…..
    E nem citei o helipóptero…….

    1. Outra……o dólarnhol apronta mais que o menino maluquinho e só recebe um puxão de orelha……o degolado de puliça teve a punição extinta……….podem apresentar documentos, videos e testemunhas……….tudo vai para debaixo do tapete……ou, ao admitir tudo como verdadeiro, seria admitir que toda a história do país depois do impeachment foi uma farsa…….nunca fariam isso….

  8. O silêncio cúmplice e desonesto da grande mídia a respeito desse escândalo revela que vai ser difícil ele resultar em uma investigação séria. Esperar o que da PF que, hoje, demonstra obedecer cegamente a Moro? E do próprio MPF? Para todos, mídia, PF e MPF, com o apoio incondicional de, ao menos, instâncias inferiores da “justiça”, o mais importe é manter intocada a Operação Delenda Lula e o PT. Para isso é imprescindível que todos os envolvidos continuem parecendo vestais imaculadas aos olhos do público, anestesiado pela opinião publicada.

  9. Não é justo o que fizeram com os Jatoeiros: Abrir as cortinas do palco da Lava Jato sem pré-aviso aos Jatoeiros, revelando-os na maior orgia, pelados, nus, com as mãos nos bolsos… dos doleiros.

    Todo mundo tem direito à privacidade. Menos o Lula, sua família e a Dilma. Respeitem a privacidade do Blindeiro do Doleiro Messer.

  10. Por falar em Messer/Paludo, a Rebeca me mostrou um vídeo nesse final de semana onde fica claro que as pessoas que julgam pelas aparências ajudam a quem não precisa e não ajudam a quem precisa:

    https://www.youtube.com/watch?v=1kRSuFBZm3U

    O Desembargador Gebran, do TRF-4, julgou Lula com base nas aparências:

    “O que me PARECE relevante é que o presidente Lula usou o imóvel”.

    “Não vejo como atribuir a José Carlos Bumlai a responsabilidade pela lavagem de capital desta forma, motivo pelo qual, pedindo vênia pelo modo simplificado como estou votando, me PARECE que é imperativo nesse caso, à luz daquilo que fiz como prova acima de dúvida razoável, a absolvição de José Carlos da Costa Bumlai pela prática do crime de lavagem de dinheiro.”

    Ao julgar pelas aparências, o Desembargador Gebran não deixa de ajudar a quem precisa, ele prejudica o réu.

    Por falar em corrupção, qual teria sido o ato de ofício praticado pelo Lula em contrapartida às reformas feitas no Sítio de Atibaia?

  11. Qual teria sido o ato de ofício praticado pelo Procurador Paludo em contrapartida às mesadas mensais recebidas dos Meninos?

    Nesse caso não teria sido ato de ofício, mas omissão de ofício. Seja como for, não foi Caixa 2 e, nessa hipótese, basta o Paludo fazer como fez o Lonrenzoni:

    “Quanto a esse episódio no passado, ele mesmo já admitiu os seus erros, pediu desculpas e tomou as providências para reparar”.

    Mas se tivesse sido Caixa 2, não daria para simplesmente ficar impune, ainda que o Paludo admitisse a mesada, pedisse desculpas e providenciasse a reparação, devolvendo o dinheiro aos Meninos, pois, de acordo com o $érgio Moro:

    “Temos que falar a verdade, a Caixa 2 nas eleições é trapaça, é um crime contra a democracia. Me causa espécie quando alguns sugerem fazer uma distinção entre a corrupção para fins de enriquecimento ilícito e a corrupção para fins de financiamento ilícito de campanha eleitoral. Para mim a corrupção para financiamento de campanha é pior que para o enriquecimento ilícito. Se eu peguei essa propina e coloquei em uma conta na $uíça, isso é um crime, mas esse dinheiro está lá, não está mais fazendo mal a ninguém naquele momento. Agora, se eu utilizo para ganhar uma eleição, para trapacear uma eleição, isso para mim é terrível. Eu não estou me referindo a nenhuma campanha eleitoral específica, estou falando em geral”.

    Mas o caso do Onyx Lorenzoni não foi Caixa 2 (pesos e duas medidas), $érgio Moro?

  12. “As multas totais chegaram a R$ 370 milhões”.

    E foram pagas!!!!

    No Brasil atual, mais de 54 milhões vivem com menos de R$406,00 por mês.
    Mas vamos supor um trabalhador que recebe R$10.000,00 por mês. Um excelente salário.
    No ano ele recebe por volta de 150.000,00
    Vamos supor que é um pão duro e consegue economizar 130.000 por ano.
    Para juntar R$ 370milhões esse trabalhador, economizando muuuito, vai ter que trabalhar 2.846 anos.

    E ainda tem gente que acha que o mundo não precisa mudar nada….

    eita mundo veio sem porteira….

  13. Muito bom!
    Obs.: no início do texto consta o trecho “Portanto, não foi levantada por adversários da operação”. Não seria “Portanto, não foi levantada por aliados da operação”?

  14. Lava Jato é uma criptografia por trás da grana suja de muitas autoridades de altar…
    é por isso que ninguém quer sair dessa sem ganhar nada

    tem gente ganhando até para produzir silêncio

    com a Vaza Jato fiquei com a certeza de que tudo o que a mídia velha não repercute é verdade

  15. o artigo expõe boa parte das vísceras da organização criminosa auto-demominada como “Lava Jato”.

    isto é jornalismo. e de alto nível. entre outras reações, o jornalismo investigativo deve provocar: indignação.

    cabendo ao leitores transformar a indignação em digna ação.

    é o que temos feito? ou continuamos imóveis de cara para telas, tomados por uma sobrecarga de indignação enquanto acumulamos um déficit de digna ação…

    em sua apresentação na ABI no Rio de Janeiro em 27/11/2019, Nassif declarou ao responder uma das questões levantadas: “Eu não sou militante.” – deixando subtendido ser jornalista.

    nada de errado quanto a isto. para um jornalista, sua militância é fazer jornalismo comprometido com as causas do Brasil e de sua população.

    tendo em vista as informações, e sua concatenação, aqui apresentadas, não seria o caso de questionar:

    – qual a digna ação quanto a isto levada a cabo pelo governo Dilma, a partir no momento que a ORCRIM Lava Jato revelou toda sua perfídia, ainda durante o período das Eleições de 2014?

    – qual o motivo da catatonia da quase totalidade da Esquerda, assim como dos chamados “progressistas”, diante de tantas evidências, algumas delas desde muito já conhecidas?

    a verdade é que quase todos estão afundados nos esquemas expostos pela Lava Jato, nos quais a própria Lava Jato está também afundada.

    ainda resta alguma ilusão?

    há um mundo já morto, mas ainda assim se move como vivo ainda estivesse.

    deste mundo virá apenas ainda mais morte.

    nosso único caminho para além das ruínas que nos soterram, é o mesmo do Equador, do Chile, da Bolívia e da Colômbia: o movimento autônomo de massas.

    mais uma vez a História está nos esbofeteando seguidas vezes, tentando nos arrancar da apoplexia.

    as massas ocuparão as ruas também no Brasil – queiramos ou não, saibamos ou não, concordemos ou não.

    só nos resta estar preparados para o inevitável.
    .

  16. em tempo…
    só existe um dinheiro que não pode ser descoberto com uso de força bruta ou com prisões, o dinheiro sujo………………………..
    o que estava pegando mesmo no Brasil é que não existia um formato jurídico para se aplicar a inteligência no combate a guarda de dinheiro sujo.

    e inteligência é isso aí que o Nassif está aplicando. O resto é tudo enganação, o mesmo que fazer boquete duplo, 69, com Dantas

  17. em tempo…
    só existe um dinheiro que não pode ser descoberto com uso de força bruta ou com prisões, o dinheiro sujo………………………..
    o que estava pegando mesmo no Brasil é que não existia um formato jurídico para se aplicar a inteligência no combate a guarda de dinheiro sujo.

    e inteligência é isso aí que o Nassif está aplicando. O resto é tudo enganação, o mesmo que fazer boquete duplo, 69, com Dantas

  18. A globo faz tudo isto com qual contra-partida?
    Este é o grande trunfo da justiça, …quando houver alguma justiça.
    Bolsonaro é lava-jato na veia. O moro é de casa.

  19. Esta quadrilha está solta por ai?
    Usando o estado e a lei para delinquir e enriquecer. Para destruir de vez o país e a fragil democracia que ainda vive não se sabe como, e a quadrilha solta e risonha.
    Que desgrça!
    Senhores golpistas, que desgraça vcs causaram…

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