Xadrez de como Barroso tornou-se um Ministro vingador

Peça 1 – o iluminista e o negro de primeira linha

A intenção era criar um momento de paz, indicar publicamente que as desavenças no Supremo Tribunal Federal se resumiam ao campo jurídico. Daí a ideia de inaugurar dois retratos de ex-presidentes – Joaquim Barbosa e Ricardo Lewandowski – e incumbir dois colegas de saudá-los.

Quando se optou por Luís Roberto Barroso para saudar Joaquim Barbosa, ficou no ar a suspeita de que algo poderia dar errado. Barroso é mestre na arte de se auto louvar, permanentemente atrás dos holofotes e do protagonismo, das declarações reiteradas de bom-mocismo. Teria o desprendimento de focar o elogio na celebração de um colega?

Mas, enfim, foi convidado dois dias antes da cerimônia e, portanto – pensavam os anfitriões – com bom tempo para preparar o discurso e retirar eventuais inconveniências.

Mal começou o discurso, um frêmito perpassou os demais Ministros e um frio na espinha acometeu a organizadora do encontro.

Barroso lembrava a primeira vez que conheceu Barbosa, na França.  Ou na UERJ (Universidade Estadual do Rio de Janeiro), quando Barbosa prestou concurso e ele, Barroso, já era chefe de departamento. E o grande Gatsby não parou mais. Joaquim Barbosa tornou-se um mero álibi para a pregação salvacionista do vingador, bradando seu patriotismo, sua cruzada em prol da moralidade e da erradicação de toda corrupção.

Vez ou outra, lembrava rapidamente a relatoria de Barbosa na AP 470 e voltava à catilinária inicial, sua intenção de limpar a pátria, acabar com a corrupção, jogando os corruptos no fogo do inferno.

Um Ministro mais sarcástico virou-se para um colega e murmurou:

– O “Iluminista” está impossível!

Referia-se ao apelido que lhe foi pespegado pelo blog, quando seus acessos de humildade fora de série o faziam se declarar um arauto do Iluminismo e um par dos grandes juristas que atuaram na vida política nacional, como Joaquim Nabuco, Ruy Barbosa e San Thiago Dantas.

Até que o “iluminista” soltou a pérola máxima, saudando Barbosa, “um negro de primeira linha”.

Mal terminou a auto louvação, os repórteres cercaram Joaquim Barbosa perguntando o que achou de ser qualificado como “negro de primeira linha”, uma versão capciosa do “negro de alma branca”. E Barbosa, impassível:

– Sem comentários.

No mesmo instante, portais e blogs, acostumados com as platitudes do ministro “iluminista”, espalharam manchetes de home com a frase que expunha o  dandy deslumbrado e preconceituoso.

Naquele dia, uma transexual fez um discurso histórico no Supremo Tribunal Federal em defesa do direito de identidade, um homossexual assumido enfrentou as verrinas machistas-cafajestes de Gilmar Mendes (https://goo.gl/bwYya6) com a dignidade das grandes figuras jurídicas que hoje escasseiam, sem se intimidar por um minuto com as armas do preconceito.

No Supremo, um negro combativo, polêmico, vencedor, impávido como Mudammad Ali frente a um lutador bailarino e cheio de firulas, apenas olhou duro e deu um jab de direita com o seu “sem comentários”. E o jurista, socialmente preconceituoso, mas, de qualquer modo, responsável por alguns dos avanços morais ocorridos nos últimos anos, escorregou na própria verborragia incontrolável.

No dia seguinte, o “iluminista” subiu ao púlpito do Supremo se desfazendo em lágrimas, se desculpando pela demonstração involuntária de preconceito. Interrompeu várias vezes a penitência com voz embargada.

Peça 2 – os negócios de família

Fiz o preâmbulo não para condenar Barroso por um caso típico de má expressão, mas para expor sua vulnerabilidade, de se desmanchar nas lágrimas da auto-compaixão meramente ante a cobertura da mídia, expondo seu escorregão.

Barroso nunca foi considerado um progressista, na acepção do termo. Mas também nunca foi o juiz vingador, selvagem, o pregador prometendo fuzilar os ímpios com os raios de Poseidon.

Parte do clima persecutório atual, com reputações sendo assassinadas, prisões desnecessárias sendo implementadas, em nome de uma genérica luta contra corrupção, a suspeita espalhando-se por todo o país, os receios com grampos, a derrubada da auto-estima nacional deve-se a ele, o Ministro do Supremo que mais assumiu o papel de vingador.

Se Barroso se desmanchou apenas com as críticas ao seu “negro de primeira linha “, o que ocorreria se a imprensa passasse a explorar os episódios abaixo, se ele se tornasse vítima da mesma sanha macarthista que estimula?

O caso BHS

Trata-se de uma construtora de propriedade de Detta Geertruce Van Brussel Telles, sogra de Barroso, de nome BHS/Beehive.

A construtora é especializada em reformas de prédios, na construção de mansões e tem algumas construções de edifícios.

Com esse histórico, trabalhou para a ICN- Itaguaí Construções Navais braço do  Grupo Odebrecht para o programa PROSUB, do submarino nuclear e para o BTG Pactual.

Detta entrou para a sociedade da empresa em 2012, junto com Sandra Murat.  Atualmente mora em Brasília, na casa onde morava Valdemar Costa Neto, na época do mensalão. A casa pertence a Antonio Carlos Osório Filho, dono da Capital 1, grande tomador de financiamentos da Caixa Econômica Federal.

A offshore em Miami

Tereza Cristina Van Brussel Barroso, sócia e esposa de Luís Roberto Barroso, em 9 de junho de 2014 abriu a offshore Telube Florida LLC em seu nome de solteira. Quem montou a offshore foi um conhecido operador brasileiro em Miami, com problemas na justiça brasileira, de codinome Barbosa Legal.

O imóvel fica na Ilha Key Biscayne, avaliado em US$ 3 milhões e é o sonho de todo brasileiro deslumbrado com Miami.

Com o nome de casada, Tereza é sócia do marido na LRBT Empreendimentos e na Chile 230 Participações.

Além disso, Barroso responde ainda por duas empresas, a Casa da Cultura Jurídica do Rio de Janeiro e o Instituto de Direito do Estado e Ações – Ideias.

Peça 3 – os assassinatos de reputação

Desconsidere as acusações acima. Provavelmente as operações do Ministro e seus familiares estão dentro dos limites flexíveis dos negócios privados. A offshore é apenas uma maneira esperta de defesa contra o fisco, típica do pensamento de Barroso e seu meio social – embora ele costume apresentar como prova da malandragem brasileira a empregada doméstica de um amigo, que não quis o registro para poder acumular os benefícios do Bolsa Família.

Pode causar dúvida o fato da offshore estar no nome de solteira de sua esposa e sócia. Como o fato do pai ser advogado de um processo milionário da Eletronorte.

Mas, provavelmente, se fosse dada a palavra ao Ministro, haveria explicações plausíveis para cada acusação, inclusive a informação se a esposa registrou todos os repasses à offshore no Banco Central. “Acusações”, como o nome do proprietário da casa em que reside a sogra de Barroso, não teriam a menor relevância ou significado.

Essas acusações foram veiculadas por sites de direita – coincidentemente sediados em Curitiba – com algumas informações obtidas diretamente do site da Receita Federal – e repercutidas em blogs da revista Veja, na fase mais expressiva do jornalismo-esgoto da revista e quando Barroso ensaiava alguns voos de independência jurídica.

A intenção política era óbvia. A notícia do site curitibano era encimada por uma foto do Ministro e pelos versos:

“Meu boi Barroso,

Meu boi Pitanga,

O teu lugar

É lá na canga”

Na canga do PT

Como uma pessoa tão frágil, que se desmancha em lágrimas devido às críticas recebidas por uma expressão descuidada, resistiria a uma campanha pesada, da mesma maneira de outras campanhas produzidas pela Lava Jato-mídia-blogs de direita, em que basta juntar registros comerciais, informações da Receita e algumas coincidências, para destruir uma pessoa?

Logo em seguida à divulgação dessas “denúncias”, Barroso votou pela prisão após condenação em segunda instância, tornou-se um templário implacável contra a corrupção e em defesa da flexibilização do estado de direito, o principal alimentador – por seu cargo de Ministro do Supremo – da sanha persecutória que tomou conta do país. O Barroso dos primeiros tempos, contra o clamor das ruas e da mídia, acabou.

Que ele tenha se atemorizado, desculpa-se: a maior ou menor resistência a pressões depende da têmpera de cada indivíduo. E, desde seus tempos de UERJ (Universidade Estadual do Rio de Janeiro), Barroso era reconhecido como o advogado brilhante, mas de têmpera frágil. Ministros como Marco Aurélio de Mello, Ricardo Lewandowski e o próprio Gilmar Mendes jamais se atemorizaram com tentativas de assassinato de reputação – ainda que Gilmar por razões distintas.

O que não se perdoa foi a maneira como negociou seu salvo-conduto. A fim de ser poupado dos ataques desqualificadores do macarthismo caboclo, optou por aliar-se aos vingadores, tornando-se seu principal avalista.

A história não o perdoará. E não será por conta do “negro de primeira linha”.

Luis Nassif

82 Comentários

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  1. Tem dó!

    Sobre Benjamim: “[…] um homossexual assumido enfrentou as verrinas machistas-cafajestes de Gilmar Mendes […] com a dignidade das grandes figuras jurídicas que hoje escasseiam, sem se intimidar por um minuto com as armas do preconceito.”

    Tem dó! Esse cara é tipo um Moro e não é porque deu uma rasteira em Gilmau que passa a ser um herói, como muito blog “sujo” anda propagando por aí. O cara trata delação como prova e institui o arrolamento de testemunha pelo magistrado, não pelas partes. Tá valendo pq avacalhou Gilmar (com a chancela da Globo)? Porque tentou derrubar Temer (com a chancela da Globo)? Que posição mais casuísta! Que visão estreita do que está em jogo!

    A verdade é a seguinte: Gilmar se contradisse, o que ficou bem fácil de demonstrar, mas o argumento correto foi o que ele utilizou agora (uma vez que Dilma já estava fora do páreo e o de Temer estava na reta). Foi cínico, contraditório e o diabo a quatro, como sempre, mas desta vez defendeu a posição correta (por motivos tortos). E quem disser o contrário estará defendendo o golpe e ratificando o arremesso de 54,5 milhões de votos no lixo.

    Vamos parar de incensar quem não merece!     

  2. Tem dó!

    Sobre Benjamim: “[…] um homossexual assumido enfrentou as verrinas machistas-cafajestes de Gilmar Mendes […] com a dignidade das grandes figuras jurídicas que hoje escasseiam, sem se intimidar por um minuto com as armas do preconceito.”

    Tem dó! Esse cara é tipo um Moro e não é porque deu uma rasteira em Gilmau que passa a ser um herói, como muito blog “sujo” anda propagando por aí. O cara trata delação como prova e institui o arrolamento de testemunha pelo magistrado, não pelas partes. Tá valendo pq avacalhou Gilmar (com a chancela da Globo)? Porque tentou derrubar Temer (com a chancela da Globo)? Que posição mais casuísta! Que visão estreita do que está em jogo!

    A verdade é a seguinte: Gilmar se contradisse, o que ficou bem fácil de demonstrar, mas o argumento correto foi o que ele utilizou agora (uma vez que Dilma já estava fora do páreo e o de Temer estava na reta). Foi cínico, contraditório e o diabo a quatro, como sempre, mas desta vez defendeu a posição correta (por motivos tortos). E quem disser o contrário estará defendendo o golpe e ratificando o arremesso de 54,5 milhões de votos no lixo.

    Vamos parar de incensar quem não merece!     

    1. De acordo. O deslumbrado
      De acordo. O deslumbrado estava sendo impulsionado pela globo e outros órgãos de comunicação. Já estava fazendo várias: inclusão de fatos posteriores, aceitação de delação como prova etc

    2. De acordo. O deslumbrado
      De acordo. O deslumbrado estava sendo impulsionado pela globo e outros órgãos de comunicação. Já estava fazendo várias: inclusão de fatos posteriores, aceitação de delação como prova etc

    3. Ana, seu comentário foi muito

      Ana, seu comentário foi muito elucidativo para mim, que sou lerdo na interpretação de texto. Apesar de muito claro, inclusive com link externo, havia entendido que o Nassif se referia à própria transexual como homossexual assumido e não ao Ministro, de quem faço o mesmo julgamento descrito por você. Grato.

  3. Dândi de primeira classe

    A maneira extremamente rápida da “transfiguração” do eminente Barroso de progressista a macarthista caboclo não me causou espanto porquanto ele sempre me pareceu um dândi de primeira classe. Fino, elegante, eloquente, mestre no uso do vernáculo,  sóbrio como um pavão enfeitado e tão profundo quanto os antigos vendedores de enciclopédia.

  4. Casa grande x Senzala

    É muito fácil imaginar quem o ministro Barroso acha negros de segunda e terceira linhas. Os eleitores de Dilma e Lula. Ao Ex-Ministro Joaquim Barbosa foi dada a tarefa que a Casa Grande queria: condenar sem provas aqueles que pudessem alterar, nem que fosse ao mínimo possível, o Status quo iníquo da sociedade brasileira . Mas que ele não se considere um deles, pois negro de primeira linha é aquele que faz docilmente o que eles querem e mais nada. Ponha-se no seu lugar, pensam eles, que apenas são traídos em sua hipocrisia em algum ato falho acidental.

  5. Casa grande x Senzala

    É muito fácil imaginar quem o ministro Barroso acha negros de segunda e terceira linhas. Os eleitores de Dilma e Lula. Ao Ex-Ministro Joaquim Barbosa foi dada a tarefa que a Casa Grande queria: condenar sem provas aqueles que pudessem alterar, nem que fosse ao mínimo possível, o Status quo iníquo da sociedade brasileira . Mas que ele não se considere um deles, pois negro de primeira linha é aquele que faz docilmente o que eles querem e mais nada. Ponha-se no seu lugar, pensam eles, que apenas são traídos em sua hipocrisia em algum ato falho acidental.

  6. Casa grande x Senzala

    É muito fácil imaginar quem o ministro Barroso acha negros de segunda e terceira linhas. Os eleitores de Dilma e Lula. Ao Ex-Ministro Joaquim Barbosa foi dada a tarefa que a Casa Grande queria: condenar sem provas aqueles que pudessem alterar, nem que fosse ao mínimo possível, o Status quo iníquo da sociedade brasileira . Mas que ele não se considere um deles, pois negro de primeira linha é aquele que faz docilmente o que eles querem e mais nada. Ponha-se no seu lugar, pensam eles, que apenas são traídos em sua hipocrisia em algum ato falho acidental.

  7. São histórias que a gente vai

    São histórias que a gente vai conhecendo aos poucos, por não faer parte do jornalismo fustigativo, que se embrenha onde pode, e de onde extrai coisas que até o diabo duvida.

    Esperei que dos elogios a Joaquim Barbosa o nome de Lula fosse ventilado, por ter sido o úncio presidente que indicou o nome de um negro para vestir a toga do STF, a meu ver, sem nenhum mérito, pelo que assisti no pouco tempo da passagem dele naquela Corte. Na verdade, pra mim, J.B. é tornou-se um sujeito inexpressivo sob todos os aspectos. Não sabe sequer falar como um ministro. Se enrola todo, se exibe demais, e aquele senta levanta pra mostrar-se muito doentinho, revelou muito mais teatro dramaático. Por fim, depois de suas visibilidades, e envaidecimento pela aproxiamção de de Ruck, Tiaguinho e esposa, artista da Globo, Neymar, e tantos outros artistas, nas cadeiras e camarins do estádio para assistirem aos jogos das Confederações, foi uma água. Só teve momentos de muita exposição por ser cruel demais oa julgar cada um dos considerados mensaleiros. 

    Aí, Barroso, cheio de vaidades, como explica bem o Eclesiastes – vaidades de vaidades -, pelo visto podias ser impedido de agir como ministro do STF pelos seus atos. Mas, e Gilmar fica atrás? O homem também mantém hectares abundantes de terras no MS, sabe Deus a que custo para os trabalhadores desses campos vastos de criação de gado; afora o iBD, que é uma instituição a lhe render tanto ou mais riquezas que os latifúndios de MS, usando d sua influência como ministro.

    Fugindo da questão desses ministros, todos eles cheios de irregularidades, sem moral suficiente pra julgar ninguém, quanto mais pra mandar prender, hoje fiquei sabendo que o presidente do Senado é proprietário de duas empresas de limpeza e conservação, com contratos assinados entre suas empresas a Caixa, o BB, e outro banco, com uma dívida  mosntruosa em todas essas instituições, por falta de pagamento das dívidas com a Previdência social. Fossem autoridades se aprofundar nessas maracutaias de políticos e juízes, como um latifundiário tipo Caiado, por certo a reforma da previdência nem carecieria de ser concretizada, ou que fosse, mas não sem antes se verificar essas ações criminosas de quem está a desejar ferrar aqueles que realmente são adiplentes, nada devendo a nehuma justiça.

     

  8. É por isso que quero a

    É por isso que quero a permanencia de Temer: porque aos poucos, na ansia de se salvarem, os idiotas se entredevoram e   tudo vai aparecendo.

  9. Boa razao pra ele ser chamado

    Boa razao pra ele ser chamado de “Borroso”.

    Juiz supremo falando em “negro de primeira linha” e se derretendo em lagrimas em publico!

    So no Brasil mesmo…

  10. Começa a aparecer

    Começa a aparecer outra parte do iceberg que constitui o rabo preso do Barroso.

    Eu apenas sabia do offshore da sua mulher, mas, naturalmente o condomínio golpista já sabia e utilizava para pressionar, embora nem tanta pressão precisasse.

    Barroso virou um boneco, com voto conhecido antes sequer de abrir a boca. Ele defende a sua classe social.

    Barros o é um coxinha de primeira linha!!

    1. Fico pensando naquele banco

      Fico pensando naquele banco de dados lá do Norte …

      Na parte relativa aos magistrados brasileiros deve ter muitas, muitas informações “úteis”, uma “nuvem” colossal.

      Imagino que, quando necessário, enviam alguns informes para Curitiba e tudo volta “à normalidade”.

  11. Confirmada está minha

    Confirmada está minha hipótese.

    Já disse e repito.

    Toda vez que Barroso abre a boca no STF ele solta um barro ou peida.

    Barroso não é um especialista em Direito Romano, um cultuador dos deuses Crepitus, Stercorarius e Cloacina talvez ele seja. 

    Comum, em todos os sentidos.

  12. Perfeito. Mais um falso

    Perfeito. Mais um falso moralista e, mais ainda, mais um despreparado para ser (ou estar) Juiz…

    Ao Fora Temer, ao Fora Gilmar, ao Fora Fux, ao fora Celso de Mello, o Fora Barroso.

    Das reformas, a da Justiça precisa iniciar-se pela do STF. 

    1. Sempre tive medo de juizes

      Sempre tive medo de juizes carreiristas.

      Juiz se forja no interior, nas pequenas Comarcas (antigo e certeiro adágio do meio jurídico paulista). No interior o Juiz forma a sua personalidade e se revela apto ou não ao exercício da magistratura.

      No interior, juizes do tipo Moro (Juiz Federal), Gilmar (Procurador da República e Adv. Geral da União), Barroso (advogado), Barbosa (Ministério Público Federal), Celso de Mello (Ministério Público de SP), Fux (Juiz do TJ/RJ), entre outros, a muito tempo teriam revelado suas personalidades, seus caráteres e despreparo para o nobre exercício da magistratura

  13. Barroso é um daqueles que

    Barroso é um daqueles que chegou quase ao fim do túnel do tempo, retrocedendo na undécima hora. Dizem que quando isso acontece volta-se revigorado, transformado, melhorado. Teria ele retornado não como simples humano mas como anjo vingador ? “Se Deus não existe tudo é permitido”, dizem, na errônea interpretação do que teria dito Dostoievski em Os irmãos Karamozovi. E se o diabo existe, não teria ele também um exército de vingadores ?

  14. Achei a peça mal escrita

    Especialmente a de número 2, com texto truncado ou ideias mal elaboradas. Fruto de pressa? O que mais me espanta, por ser leitor assíduo do blog há quase 10 anos, é que mesmo depois daquela promessa de não mais tratar das qualidades do ministro Barroso, a compulsão pelo personagem se manifeste com tanta frequência e sob tantos pretextos. Não lhe faz bem à imagem de jornalista sério e seguidor dos princípios de bom jornalismo. Acredito, por crer nas intenções e seriedade, que melhor seria produzir um material definitivo, em que se esmiuce os fatos e se corrobore os argumentos. Este leitor fiel e admirador constante não consegue eliminar o sentimento de implicância que surge toda vez que o ministro Barroso é tema de críticas neste espaço. E este xadrez ficou muito abaixo da qualidade da série que já jogou tanta luz em temas de suma importância ao Brasil. Faço votos de sucesso nas batalhas e espero que minha crítica seja compreendida como construtiva e não como beligerância.

    1. Prezado Silvio, nada de

      Prezado Silvio, nada de beligerância. “Livre pensar, é só pensar”. Não considero este xadrez top-10 mas nem por isso o acho impertinente. Como jornalista o Nassif  tem o direito de dizer uma coisa hoje e o oposto amanhã desde que a notícia justifique e ele deixe isso claro, como já fez.  Não há como produzir um material definitivo, estático,  se as qualidades e as “qualidades” do Ministro continuarem constantes. A atuação de um Ministro do STF repercute em todos nós, para o bem e para o mal, qualquer ato dele é notícia de primeira linha. 

      1. Eduardo

        A questão que aponto se refere à insistência de Nassif com o Barroso. Entendo, e sou simpático, ao estado de espírito de Nassif. Inconformado com figuras claudicantes e cheias de empáfia como o ministro. Revelou-se em correta medida neste comentário infeliz de negro classificável, mas bataria a sua empáfia de corregedor da humanidade, sabedor do que venha a ser melhor para o “povo”, etc. Mas Nassif se expõe desnecessariamente com essa insistência. Como procurei dizer, seria melhor um trabalho definitivo, como aquele que fez sobre a Veja, ou como alguns dos melhores textos da série “Xadrez”. Intuo que ele não possa por questões legais avançar mais do que faz. Mas se este é o caso, melhor aguardar o momento certo, pois a mim passa a sensação de batalha pessoal, picuinha mesmo com alguém que apesar de ter gerado esperanças inconfirmadas não se mostrou de um quilate como Gilmar Mendes ou Dias Toffolli, ou Fux, ou mesmo Fachin com aquela relatoria espúria sobre o rito do impeachment. Enfim, respeito e muito o caráter e a competência de Nassif. Tem sido um porto seguro para mim desde 2006.

    2. ?????????

      Especialmente a de número 2, com texto truncado ou ideias mal elaboradas…..

      O texto me parece bastante claro……………realmente não entendi onde esta o “truncado”………..mas tenho uma hipotese……..seria “espirito de corpo”?………ou possessão?……Barroso sai desse corpo……..Estas minhas parcas/porcas linhas sim, são um exemplo de um textinho truncado….ou trincado…….trancado…….trocado?Brincadeirinhas a parte……não tem berigelância, de jeito algum………….tudo na mais suprema paz federal………

      1. exemplo de truncagem

        Essa passagem aqui como exemplo:

        “Tereza Cristina Van Brussel Barroso, sócia e esposa de Luís Roberto Barroso, em 9 de junho de 2014 abriu a offshore Telube Florida LLC em seu nome de solteira. Quem montou a offshore foi um conhecido operador brasileiro em Miami, com problemas na justiça brasileira, de codinome Barbosa Legal.

        O imóvel fica na Ilha Key Biscayne, avaliado em US$ 3 milhões e é o sonho de todo brasileiro deslumbrado com Miami.”

        Que imóvel? Posso assumir que seja o da offshore, mas o estarei fazendo apenas por minhas convicções pessoais.

        Quanto a supor espírito de corpo, haja paciência para aturar essa mania espraiada de se procurar desqualificar o argumentador. O que importa minhas motivações? Basta demonstrar que minha opinião está equivocada ou conceder que esteja certa. 

        1. Imagino que o bom jornalista

          Imagino que o bom jornalista divulga menos do que sabe, aos poucos. Afinal, “quem sabe tudo e diz logo fica sem nada a dizer” (Gilberto Gil).

          Não sei se é isso no caso em questão.

          Porém, para quem observa minimamente o desenrolar dos acontecimentos, o fato é que depois da divulgação dessa história da off-shore, acompanhada do versinho ameaçador, o Ministro mudou radicalmente, aderindo radicalmente ao lavajatismo e suas teses esdrúxulas com destinação específica.

          Agora, o Nassif trouxe mais alguns informes, antes desconhecidos do grande público. Tem mais?

          1. Jaide

            Como disse mais cedo em resposta ao Eduardo:

            “Intuo que ele não possa por questões legais avançar mais do que faz. Mas se este é o caso, melhor aguardar o momento certo, pois a mim passa a sensação de batalha pessoal, picuinha mesmo com alguém que apesar de ter gerado esperanças inconfirmadas não se mostrou de um quilate como Gilmar Mendes ou Dias Toffolli, ou Fux, ou mesmo Fachin com aquela relatoria espúria sobre o rito do impeachment. Enfim, respeito e muito o caráter e a competência de Nassif. Tem sido um porto seguro para mim desde 2006.”

        2. Contexto……

          Nassif:Essas acusações foram veiculadas por sites de direita – coincidentemente sediados em Curitiba – com algumas informações obtidas diretamente do site da Receita Federal – e repercutidas em blogs da revista Veja, na fase mais expressiva do jornalismo-esgoto da revista e quando Barroso ensaiava alguns voos de independência jurídica.

          E ainda:Desconsidere as acusações acima. Provavelmente as operações do Ministro e seus familiares estão dentro dos limites flexíveis dos negócios privados. A offshore é apenas uma maneira esperta de defesa contra o fisco, típica do pensamento de Barroso e seu meio social – embora ele costume apresentar como prova da malandragem brasileira a empregada doméstica de um amigo, que não quis o registro para poder acumular os benefícios do Bolsa Família.

          Acho que Nassif foi um “amor” no caso dos limites flexiveis…….realmente num pais serio, um ministro de uma suprema corte cuja mulher compra imovel no exterior por meio de uma offshore, nem te conto o tamanho da confusão…..mas em pindorama deontologia e conflito de interesses é so pra consta no dicionario….não serve pra mais nada….

          Quanto ao texto, me parece que as “denucias” não são o elemento central do artigo………o elemento central do artigo não é fazer “denucias” que ja foram feitas…….o objetivo é outro…e me parece bastante claro…..so ler…

          Entretanto, nada me tira da cabeça uma sensação “epidermica” de “espirito de corpo”, em alguns comentarios deste artigo……so acho……mas sem convicção alguma

          dura lex sed lex………mas não para todos…..

           

    3. É que Barroso não se esgota

      É que Barroso não se esgota em suas trapalhadas (pra não falar outra coisa).

      Mas leia então o ótimo texto da Maria Cristina Fernandes, no valor, que o Nassif  linkou.

       

    4. Exatamente

      Pensei exatamente a mesma coisa. Tá com cara de implicância, cujos motivos só o Nassif deve conhecer. É muita “porrada” em cima de um personagem que nem é lá tão relevante, tom de escândalo e denúncia em cima de “acusações” que não sugerem quase nada… sei não…

        1. E você mora em Belém do Pará, ouvisse?

          Cuidado com a manga na cabeça. Ao andar pelas ruas, use capacete. E não vá à Praça da República nem ao Ver-o-Peso, visse, é muito perigo. Visse?

  15. Nassif sempre certeiro em

    Nassif sempre certeiro em suas avaliações. Tirou a toga do Barroso com muita elegãncia revelando sua fragilidade e tentações.O STF na verdade tem mil faces que se encaixam muito bem aos interesses do capital financeiro, dos empresários e dos oligarcas da mídia.

  16. Entreouvido na Casa Grande: “Barroso e Barbosa: que belos…”

    Entreouvido na Casa Grande: “Barroso e Barbosa: que belos jagunços de primeira linha, não?”

  17. Aplicável também a Cármen Lúcia, Fachin e ao falecido Teori…

    Caro Nassif, caros leitores.

    O que foi exposto neste xadrez se aplica também a outros miniostros do STF: entram nessa lista Cármen Lúcia, Luiz Edson Fachin, o falecido Teori Zavascki, Rosa Weber e Dias Toffoli. Pressionado, Celso de Mello canta como  passarinho na gaiola.

    Salvam-se apenas Ricardo Lewandowski e Marco Aurélio Mello.

    Gilmar Mendes, Luix Fux e Alexandre de Moares dispensam comentários.

    1. Concordo com você, os únicos

      Concordo com você, os únicos que realmente se mostram capazes de resistir a pressõs ali são Lewandovski e Marco Aurélio. Gilmar não conta, pois nem merece a designação de “ministro”. Ele é um parlamentar no lugar é errado.

      1. golpe

        Jamais esquecerei o juiz Lewandovski, na função de presidente do supremo de frango, ao centro da mesa do senado, emprestar a sua sapiência para o enforcamento da presidenta que conhecia não ter cometido crime. 

        Alguém que enxergasse um pouco, com apenas um olho, não teria o direito de ser tão cego. Ou estava de acordo com o golpe ou faltou jogar bolinha de gude, empinar pipa e fazer troca-troca. Ensinou o mestre Bezerra, o da Silva: Malandro é Malandro, Mané é Mané. 

        Passará à história como o avalista de luxo dos canalhas, canalhas canalhas. 

  18. “Mas também nunca foi o juiz

    “Mas também nunca foi o juiz vingador, selvagem, o pregador prometendo fuzilar os ímpios com os raios de Poseidon.”

    Ops… e não é que o Nassif definindo o Barroso acabou por descrever o Joaquim Barbosa.

  19. Justiça e a Inteligência Artificial

     

    Quanto mais o povo toma conhecimento sobre o extravagante comportamento de  juízes e de magistrados, mais vejo a necessidade de retornar a um dos mais importante tema de nossa sociedade saturada de injustiças e de truculências, de todos os tipos e naturezas, pai e mãe de incontáveis desgraças, prejuízos, conflitos, angustias e sofrimentos de milhares de pessoas físicas e jurídicas.

    Esse tema, é a conhecida manjada deficiência da Justiça, repleta de juízes e magistrados ganhando fortunas, truculentos, incompetentes, vaidosos e falhos, por isso mesmo, exigindo como nunca, urgente reformulação objetivando o emprego da Inteligência Artificial visando coibir os grandes erros expressos em injustas sentenças, além do que, lentas e caríssimas.

    No início, a Inteligência Artificial seria empregada como ferramenta auxiliar visando exposição de inquestionáveis lógicas de direitos, demonstrando por vários ângulos, convergentes verdades isentas de habituais chicanas, tão empregada nos processos judiciais, retirando o poder absoluto dos juízes e magistrado, o livre direito de emissão de absurdas sentenças. Milhares e milhares de provas acumuladas ao longo dos anos são mais do que o suficiente para dar um basta a essa medieval e ultrapassada maneira de julgamentos.

    Tendo em conta os maravilhosos e surpreendentes estágios de desenvolvimento da Inteligência Artificial, já empregada nos computadores, celulares, sofisticadas máquinas, complexos processos industriais e químicos,  inclusive, nos robôs e humanoides, tornando-os aptos aos mais diverso tipos e naturezas de trabalhos, inclusive, para o desenvolto dialogo com o ser humano,  cabe aos empresários da Inteligência Artificial, voltarem suas atenções para a crítica área da Justiça objetivando reduzir até onde possível as absurdas sentenças, tendenciosas, lerdas e caríssimas, estabelecendo a sonhada Justiça. Que venha a Inteligência Artificial.

     

    1. Inteligência Artificial e Burrice Natural.

      Caro Welinton, concordo com a análise que faz da nossa justiça, mas discordo que a IA  seja a solução.  Já vi traduções terríveis, feitas por programas de computador. Algumas combinações de palavras do Inglês se transformam em puro desastre em português. Manuais de eletrônicos são comumente traduzidos por computador. Haja barbaridades! Lembre-se de como aquele astronauta, fora da nave, consegue derrotar o HAL 9000, que a controla, e desligá-lo, no filme “2001 Uma Odisseia no Espaço”, de Stanley Kubrick. Poderiam sim, as sentenças serem submetidas a esse tipo de programa e dar indícios de erro grosseiro ou fraude, para análise de HUMANOS. Casos como a esdrúxula condenação de José Dirceu, baseada na Teoria do Domínio do Fato, aplicadas por um juiz vingativo, Barbosa, que pediu a JD o cargo de  ministro do STF e foi rechaçado. Mas essas ignomínias podem ser cometidas com ou sem IA.  Pedaladas fiscais derrubaram uma presidenta legitimamente eleita, milhões sairam às ruas e vibraram, sem entender patavina de Contabilidade. Para a má-fé, só enforcando moro nas tripas do Dellagnol e assim por diante, até chegarmos ao STF, Câmara, Senado, TCU,PGR e outros órgãos auxiliares do Golpe.

       

      1. Caro Alvaro Tadeu

        Em parte, você tem toda razão. Tratando-se de gente de visível má fé, incompetente, quem sabe, até mesmo com problemas de personalidade, aí, tudo se complica. Por outro lado, não podemos esquecer que há poucos anos trás os primeiros computadores PC eram extremamente lentos e limitados, nada a ver com os de hoje. E, esses de hoje, serão muito limitados se forem comparados com os computadores que estarão no mercado em mais 5 ou 6 anos, provavelmente sem teclados ao comando da voz humana. A tecnologia avança de modo muito rápido. Nunca duvide da tecnologia.

        Abraços

        Welinton

  20. Juiz se forja no interior,

    Juiz se forja no interior, nas pequenas Comarcas (antigo e certeiro adágio do meio jurídico paulista). No interior o Juiz forma a sua personalidade e se revela apto ou não ao exercício da magistratura. E isso se faz pelo contado e enfrentamento diretos com outras autoridades (Prefeito, Vereadores, Promotor Público, Advogados, representantes de Igrejas e da sociedade local, de Clubes de Serviços, etc) e jurisdicionados em geral, com os efeitos e repercussões de suas posições e decisões, com os acertos e equívocos naturais e próprios à função…

    Por isso, sempre se teve medo de juizes carreiristas (que se submetem a uma carreira rápida, logo chegado às Capitais e aos Tribunais). 

    No interior, juizes do tipo Moro (Juiz Federal), Gilmar (Procurador da República e Adv. Geral da União), Barroso (advogado), Barbosa (Ministério Público Federal), Celso de Mello (Ministério Público de SP), Fux (Juiz do TJ/RJ), entre outros, a muito tempo teriam revelado suas personalidades, seus caráteres e despreparo para o nobre exercício da magistratura

     

    1. O ”nobre” exercício da

      O ”nobre” exercício da magistratura não é asseverado por seu viés puramente teleológico propício em ambientes bucólicos, onde os vícios mais latentes das ligações entre juízes e políticos tem terreno fértil. É o juiz que entre os convescotes e afazeres da bucolidade interiorana, moldava sua personalidade imbricada no seio das oligarquias e quetais.

  21. Os Holofotes e o Exercício da Jurisdição

    Ao exercer a jurisdição, a primeira coisa que os Juízes pensam não é no direito a ser aplicado, mas na repercussão midiática dessa juris-dicção. Em outras palavras, no exercício da jurisdição, em regra, os Juízes são dependentes e se baseiam não no direito aplicável, mas na repercussão positiva ou negativa dessa aplicação.

    Numa das sessões do Julgamento da AP 470, o famigerado Mensalão, houve a seguinte discussão entre os Ministro Roberto Barros e Marco Aurélio de Melo:

    Luís Roberto Barroso – Eu assumi a posição, e pretendo conservá-la, de não pretender convencer ninguém do meu ponto de vista. Eu já votei, expus os meus argumentos…

    Marco Aurélio Mello – Vossa Excelência tenha certeza de uma coisa, eu esperava ser convencido por Vossa Excelência.

    Luís Roberto Barroso – Não tem problema. Eu então, infelizmente, não fui capaz de convencer Vossa Excelência, embora eu esteja convencido do acerto da minha posição. Feita a ressalva, que me parece pertinente em uma matéria complexa como essa, a verdade tampouco parece ter dono. Mas gostaria de dizer, em defesa do meu ponto de vista e sem demérito de nenhum ponto de vista, que eu, nesta vida, neste caso e em outros, como em quase tudo que faço na vida, faço o que acho certo, independentemente da repercussão, portanto, eu não sou um juiz que me considero pautado pela repercussão do que vou decidir, e muito menos pelo que vai dizer o jornal do dia seguinte, e muito menos estou almejando ser manchete favorável. Eu sou um juiz constitucional, sou pautado pelo que considero certo, correto, embora não me ache o dono da verdade. Porém, o que vai sair no jornal do dia seguinte, não faz diferença pra mim se não for o certo.

    Marco Aurélio Mello – Pra mim faz. Dependendo do que sai, pra mim faz. Porque como servidor do meu semelhante, eu devo contas aos contribuintes.

    Luís Roberto Barroso – Tampouco me parece irrelevante a opinião pública. Acho que a opinião pública é muito importante em uma democracia. E fico muito feliz quando uma decisão do Tribunal Constitucional coincide com a opinião pública, mas se o que eu considerar certo, justo, e interpretação adequada da Constituição não coincidir com a opinião pública, eu cumpro o meu dever contra a opinião pública porque este é o papel de uma Corte constitucional.

    Marco Aurélio Mello – Amém, amém que assim sempre o seja.

    Luís Roberto Barroso – A multidão quer o fim desse julgamento e devo dizer a Vossa Excelência que eu também ficaria muito feliz e vou ficar muito feliz quando ele acabar. Mas nós não julgamos para a multidão, nós julgamos pessoas. E, portanto, se a multidão quer acabar, nós precisamos considerar as pessoas. Então, gostaria de saber se nós perguntássemos a uma pessoa, não à multidão, se o seu pai, o seu irmão, ou o seu filho, estivessem na reta final de um julgamento e na última hora se estivesse mudando uma regra que lhe era favorável para atender à multidão, você consideraria isso correto, a resposta seria não. Portanto, esta é minha convicção e por isso voto assim. Eu não estou aqui subordinado à multidão, estou subordinado à Constituição, posso ter a decisão que agrade ou não agrade e repito, não acho que tenha nenhum monopólio da virtude ou o monopólio da certeza, mas tenho o monopólio intimo de sempre fazer o que acho certo, independentemente da multidão”.

    Certa vez, num arranca-rabo violentíssimo entre os $upremos Ministros Joaquim Barbosa e Eros Grau, no qual o Joaquim Barbosa, preocupado com a repercussão negativa das decisões do $TF na opinião pública, disse ao Eros Grau, que tinha concedido um habeas corpus a Humberto Braz, braço direito do Bankster Daniel Dantas:

    “Como é que você solta um cidadão que apareceu no Jornal Nacional oferecendo suborno?”

    Em resposta, Eros Grau disse que não havia julgado a ação penal, mas não havia motivos para manter prisão preventiva. Joaquim retrucou dizendo que “a decisão foi contra o povo brasileiro”.

    Após a soltura do bagre Humberto Braz, o Joaquim Barbosa concedeu Habeas Corpus ao Tubarão Daniel Dantas, garantindo-lhe o direito de não se auto-incriminar numa Comissão Parlamentar de Inquérito. Eros, em tom de gozação, disse que este Habeas Corpus teria maior repercussão negativa que o habeas corpus concedido por ele. Joaquim Barbosa ficou furiosa, chamou Eros de “velho caquético”, questionou sua competência e disse que ele escreve mal “e tem a cara de pau de querer entrar na Academia Brasileira de Letras”, ao mesmo tempo em que tentou agredi-lo fisicamente, não o fazendo por ter sido contido por Colegas.

    Eros Grau retrucou lembrando decisões constrangedoras do Negro de Primeira Linha, que a Corte teve de corrigir e que ele nem encontrava mais clima entre os colegas. O clima azedou a ponto de se resgatar o desconfortável boletim de ocorrência feito pela então mulher de JB, tempos atrás: “Para quem batia na mulher, não seria nada estranho que batesse em um velho também”.

    N’outro arranca-rabo, também violento, dessa feita entre o Joaquim Barbosa e o Gilmar Dantas, o primeiro disse ao segundo:

    “Vossa Excelência está na mídia, destruindo a credibilidade da Justiça. Vossa Excelência não está falando com seus capangas do Mato Grosso, ministro Gilmar”.

    Como diria um Parlamentar Italiano, o Brasil não é famoso por seus juristas, mas por suas ‘dançarinas’. O fato de Magistrados como Gilmar Dantas, Joaquim Barbosa, Marco Aurélio de Melo, $érgio Moro, Herman Benjamin, entre outros, serem tão atraídos por holofotes quanto mariposas são atraídas por lâmpadas, só confirmam o que o Parlamentar Italiano constatou.

    Durante o julgamento da Chapa Dilma/Temer pelo T$E, o Gilmar se dirigiu ao Herman Benjamin dizendo-lhe:

    “Esta ação só existe graças ao meu empenho, modéstia às favas. Vossa Excelência hoje é relator e está brilhando aí na televisão do Brasil todo nesse caso”.

    Em 2014, ao julgar uma ação de um homem que tentou entrar com maconha em um presídio, o Juiz Frederico Ernesto Cardoso o absolveu juiz, alegando que considerava incoerente que o álcool e o tabaco sejam permitidos e vendidos, ao passo que a maconha, que, para ele, é um entorpecente recreativo, seja proibida.

    A Raquel Sheherazade, âncora do jornal do $BT, partiu com toda a sua fúria prá cima do Juiz:

     “Lei é Lei! Tem que ser cumprida, aplicada, obedecida. E o juiz deve ser o primeiro a se curvar diante dela. Além do mais, o Judiciário não é o foro certo para levantar e defender bandeiras, como a legalização. Quer legislar, Meritíssimo? Deixe a toga! Eleja-se deputado, e tente mudar as leis”.

    Ora, se a apresentadora do Jornal do $BT quer dizer o direito, porque ela não estuda direito e passa num concurso público?

    Essa dobradinha Judiciário/Pig é muito perigoso para a ordem jurídica, pois cria insegurança jurídica para o jurisdicionado, já que ele não pode esperar nada da lei, mas da repercussão positiva ou negativa da sua aplicação.

  22. Barbosa é Ali?

    Inadmissível a comparação do Barbosão a Muhammad Ali. Este foi consciente da situação das minorias nos EUA, não baixou a cabeça e não se intimidou com ameaças, atentados, vaias e a cadeia. Percebeu que a luta não era contra os “camunistas” e sim contra suas próprias elites.

    Barbosa foi um tartufo ignorante e vaidosíssimo. Fez a MESMÌSSIMA coisa que Barroso – deslumbrado, quis punir os inimigos das elites para ficar bem na fita com elas. Enquanto que Ali mandavam bombas de direita e ganchos fortíssimos contra o preconceito, falando sem papas, o máximo que Barbosa conseguiu foi, já no ostracismo, ou na iminência dele, uns jabs fracos tipo falar que a mídia é de direita (não diga!), branca e conservadora, e isso foi o mínimo que a vergonha na cara impunha. Covarde, em posição muito mais poderosa que Ali, fez ZERO pelas minorias ou pelo social.

    1. Certíssima a sua observação.

      Certíssima a sua observação. Muhammad Ali foi um símbolo na luta contra o racismo e um exemplo para os negros americanos. Teve sua medalha olímpica cassada porque se recusou a lutar na guerra do Vietnã. Joaquim Barbosa no poder uniu-se aos brancos da casa grande para combater os pretos e pobres da senzala. Sem contar o mal explicado apartamento em Miami. É um  autoritário, arrogante e hipócrita que vai fazer política agora ao lado da Marina Silva, outra servil da casa grande.

      1. Joaquim Brancoso.

        Perfeito.

        Além do mais, quem disse que Joaquim é negro?

        Pode ser negro mas, de “primeira classe”, o que o torna tão alvo quanto o leite, e ele se sente assim.

  23. O Negro de 1ª Linha também criou uma offshore nos EUA

    O Negro de 1ª Linhagem também fundou uma offshore nos EUA, a Assas JB1 Corporation, a fim de comprar um imóvel luxuosíssimo em Miami.

  24. As redes sociais e o

    As redes sociais e o “republicanismo” dos governos petistas com sua falta de controle sobre a máquina pública e o stablishment expuseram as instituições brasileiras de tal forma que mostrou um país alicerçado sobre areia movediça. No Poder Judiciário o vento que começou leve na AP 470 transformou-se em furacão e a exposição dos juizes acabou por mostrar aos brasileiros a pequenez dos ocupantes da Suprema Corte que, a ocupar-se em respeitar e fazer valer as nossas leis, preferem o concubinato com o poder e os refletores da mídia. Acabaram cúmplices de um golpista corrupto e quanto mais se mexem mais afundam. 

    O mesmo ocorreu com a Procuradoria da República cujos membros, com a liberdade para escolher um procurador que representasse a essência da corporação e ter a sua escolha respeitada pelo Poder Executivo, optaram por colocar na PGR profissionais descompromissados com a ética, a moral e o decoro como Antonio Fernando de Souza, Roberto Gurgel e Rodrigo Janot. Na Polícia Federal tivemos o espetáculo dantesco de Curitiba cujo garoto propaganda, o japonês da federal, tinha processos por corrupção. E delegados militando em campanha política do Psdb ofendendo a senhora presidente da república.

    No Poder Legislativo o processo do impeachment com a votação do fim do mundo, o posterior desnudamento da quadrilha e o envolvimento da imprensa no seu acobertamento nos trazem aos dias de hoje. 

    A imprensa, quarto poder,  com a imagem suprema dos balbuciantes apresentadores da Globonews que de um dia para outro tiveram que mudar de lado engana a quem? A Folha de São Paulo com a perícia da fita incriminadora para fazer contraponto a Globo engana a quem? A compra, por parte de Temer, da cumplicidade aos seus crimes de corrupção por orgãos da imprensa como Folha, Estadão, Rede Bandeirantes, Record, SBT os colocam no mesmo nível de corrupção e permissividade do golpista corrupto.

    Por cumpliciamento de todos os outros poderes e da plutocracia nacional o Poder Executivo ocupado por um ladrão que tem por principal qualificativo o uso de mesóclises e o casamento com uma bela mulher expõe definitamente a ruina moral de nossas instituições. 

    Ídolos com pés de barro como Moro com os seus beija-mãos dos corruptos Aécio e Temer, sua censura as indagações de Cunha a Temer, sobre o qual os golpistas esperavam criar o ilusionismo de  um país livre da corrupção, quando na verdade visavam somente destruir a esquerda, também afundou. O mesmo se dá com os dallagnóis que perseguem um barquinho de lata quando as grandes negociações são feitas em helipopteros e jatinhos.

    Foi frustrante para uma geração, a minha, descobrir que um novo país não foi construido com o fim do regime militar de cujas lutas pela redemocratização fizemos parte. Frente ao colapso atual, e como somos o país do futuro, quem sabe com mais luzes o recomeço seja agora. Afinal, a saida é essa ou é essa. Miami não vai dar conta de abrigar toda a “elite” brasileira. Além do que os Estados Unidos já tem os seus próprios donos do dinheiro e do poder. E usando de metáfora a mulher do Barroso assim como Joaquim Barbosa precisam do dinheiro daqui para manter o apartamento lá.

     

    1. Aqui na tribo tenho repetido

      Aqui na tribo tenho repetido que LULA fez muito por este país e será, seguramente, reconhecido e exaltado pela história às gerações futuras. Contudo, o formidável legado da administração petista, ainda que não intencional, foi ter dado a oportunidade de ser retirada a máscara que dissimulava a verdadeira feição da sociedade brasileira. Foi aberta e escancarada a tampa do esgoto fétido onde refestelam, desde sempre e sem exceção, todas as instituições brasileiras. As vísceras estão expostas.

      Resta saber o que a parte saudável da sociedade fará com isso e se conseguirá êxito ante a enormidade do desafio.

  25. O QUE MAIS ME ASSUSTA NOS HIPÓCRITAS…

    O que mais me assusta nos hipócritas não é de serem hipócritas e de querer que sejamos também, sem a devida vênia.

  26. SE O PROCURADOR FIZER UM POWERPOINT? E SE AUTO CITAR SEUS LIVROS

    Não haverias só indícios ou convicções. Então a interpretação seria o desenrolar de uma atividade pouco notada, porém vocês elucidarão o vosso pensamento, pois vejam o que eu escrevi em livro que atesta e prova não só por fé, mas por convicção e é possível também numa melhor ideia analisarem este atesto também escrito em meu livro na página tal, e podem melhor compreender, nesta outra página do livro também escrito por mim, desculpem, não consegui me citar 7 vezes no meu livro para terem mais convicção.

    Convicção nos dos outros é refresco.

  27. “Ainda que esta seja a ultima

    “Ainda que esta seja a ultima dor que ela me causa,e estes,os ultimos versos que lhe escrevo”,disse o poeta para o todo e sempre.Depois de dez anos aqui no Blog,fiz um post me despedindo.Não foi concedida a “ela” a consideração devida,mesmo que eu tenha consignado que usarei parte do meu tempo procurando o EDGAR.Quem sabe, tenha sido impedido pela verve vingativa do indescritivel Ministro Barroso.Au revoir.

    1. Para, Junior. O espaço é do

      Para, Junior. O espaço é do Nassif e é ele quem tem que nos desconvidar para participar do blog. O anonimato nas redes sociais faz com que alguns bobões se achem no direito de não respeitar o outro e isso não deve servir para diminuir o nosso amor próprio. Quanto as estrelinhas, esqueça. Cansei de ter uma estrela só nos meus comentários quando dizia que as tais jornadas de junho não eram espontâneas e nem democráticas. Hoje se comprova quem tinha razão.

      O importante para nós que não temos voz é tentarmos entender esse país e com base em nossas opiniões participarmos de blogs  respeitáveis e progressistas como o GGN..

  28. Esse xadrez foi o enterro da

    Esse xadrez foi o enterro da figura pública do Barroso. Se tivesse um mínimo de decência e vergonha na cara, o “iluminista” deveria fechar a boca e só se pronunciar “nos autos”.

  29. Iluminista de salão, e de
    Iluminista de salão, e de pele fina.
    Se os iluministas originais de séculos atrás tivessem a pele assim delicada não teria havido o Século das Luzes. Voltaire amargou a prisão algumas vezes por sua língua ferina e viveu no exílio boa parte de sua vida tentando escapar da ira do rei.
    Gilmar, o inominável, é um canalha mas um canalha honesto. Tem o couro mais grosso que o dos bois lá de sua fazenda em Diamantino. É um touro chucro que não tem pruridos em distribuir marradas a torto e a direito.

  30. Como dizia-se antigamente,

    Como dizia-se antigamente, sapo não pula por boniteza, pula por precisão. Nem vou entrar na questão de fundo porque esta muita bem fundamentada, porém assistindo o video em questão, impossivel não rir das caras que fazem os demais ministros visiveis durante a fala de Luis Roberto Barroso. Gilmar Mendes, chega, da uma cotovelado no fiel escudeiro e se coloca ao lado de Barroso. Mais explicito, impossivel. O mesmo Mendes passa a fala toda com a carranca dando sinais de que metade do tempo não ouve o que diz Barroso, outra metade discorda do que pouco que presta atenção. E olha o relogio para ver quanto tempo vai ter que suportar a lenga-lenga. Celso de Mello parece uma ovelha, apesar de alguns sorrisos disfarçados. Faz questão de balançar a cabeça em sinal de concordância com a fala do colega. A AP da fora da curva, voltou novamente a ser o julgamento do século! Acho que MAM queria entrar no primeiro buraco que encontrasse naquele momento. Toffoli, depois do “chega pra la”, virou uma esfinge. Marco Aurélio de Mello é o ministro que mais me fez rir. Ele passa metade do tempo segurando o riso e outra metade pensando “vai, iluminista, vai ser pernostico e gauche assim la em Vassouras que te viu nascer.”

  31. Idiota pomposo

    Uma parente minha estudou Direito na UERJ nos anos 90 e me disse que o Barroso já era um idiota pomposo, com seu ar de viscondessa entediada. Só acho que o Nassif erra ao elogiar o Herman Benjamin, que ao meu ver é do mesmo estofo que o Moro e o Deltan. Sofreu assédio moral do Gilmar, mas não deixa de ser um moralista barato!

  32. Nassif tá certo,se eles se
    Nassif tá certo,se eles se preocupam com
    o q jornais,tvs e blogs de direita dizem,então são medíocres,covardes e merecem ficar nús diante do povo,para
    passarem vergonha mesmo!
    Obs:Haa q vontade q tô de “colar cartazes nos postes de Miami”, com os rostos destas figuras do stf dizendo o q fazem VERDADEIRAMENTE em nosso país de ruim,aí eles se mexeriam,pq só assim afetaria o seu orgulho e brio!
    Obs2:O stf atual é o herdeiro do pensamento corporativista e escravagista do nosso passado exploratório dos negros no Brasil!
    Obs3:Fico imaginando as sentenças dadas contra o negro naquela época,deve ser bem parecidas com as de hj(acho q exagerei!?)
    Mas com certeza havia o desrespeito atual aqui com os seres humanos e seus direitos e o pior, descaso com o que já está na lei,Q FEIO !!!

  33. Comprar imóvel em Miami é bem
    Comprar imóvel em Miami é bem coisa de brasileiro deslumbrado, novo rico meia-bomba que pensa que é rico mas sem cultura.
    Tanto lugar no mundo pra comprar imóvel. Nova York, ou toda a regiao da nova inglaterra valem muito a pena. As ilhas do caribe e bahamas prá quem quer sol e praia. Ou então Lisboa, Porto, Roma ou melhor a Italia inteira vale a pena mas a costa amalfitana é um pedaço do paraiso, a Grécia que está em liquidação. Nossa, dá prá pensar em dezenas de cidades pelo mundo, mas o novo rico que e novo rico só conhece Miami, uma Barra da Tijuca sem o uso da língua portuguesa.

    1. Bem lembrado, na propria

      Bem lembrado, na propria Florida há cidades infinitamente meçhores que Miami como Winter Park, St.Petersburg, Tampa,

      Naples,  mas a turma nova rica prefere Miami porque lá tem a” muvuca” dos brazucas, todos podem ver e ser vistos.

      Nos EUA as cidades ao lado de Washington, na Virginia, como Fairfax, McLean, Langley, Arlington e em Connecticut

      como Geenwhich, onde moram alguns brasileiros muito ricos, são incomparavelmente melhores que Miami, ,a capital mundial da cafonice, do mau gosto, do deslumbramento, os americanos de elite consideram Miami fora dos EUA.

       

      1. Hehehe,
        Mas St. Petersburg na
        Hehehe,
        Mas St. Petersburg na Flórida também dá muita piada. Pelo menos por lá estão livres do Putin.
        Americanos dos “small towns” tem tambem certo fascínio por batizar suas cidades com nomes de metrópoles do velho mundo, como Paris no Texas.

      2. Complementando…

        Além dessas localidades mencionadas pelo André Araújo, tem ainda a exclusivíssima Clearwater Beach, ao lado de St. Petersburg, com suas praias de areia alvíssima. Um espetáculo! Mas a elite brasileira, brega como ela só, não sabe escolher bons lugares nem mesmo na Florida…

    2. o Tédio do excesso, diria Júlio César Montenegro

      O tédio do excesso
      Júlio César Montenegro 01/12/2006 10:11

      E o pior, no caso do Brasil, é que essa turma é bastante colonizada. Copiam o que é lançado em comidas, bebidas, vestuário, aparelhos, formas de diversão, locais de lazer…

      Brownie não era conhecido nem comido por aqui até uns 2 ou 3 anos atrás. Nouvelle cuisine já é coisa nossa pros bacanas. E o monte de livros que tem saído para ajudar a sentir o gosto dos bons vinhos, dos bouquets, das safras, aos cada vez mais numerosos degustadores da bebida que disputa com o whisky a preferência dos finos (geralmente roliços)?

      Moda decretada em climas frios é rapidamente importada pelos mais antenados criando climas chics em Teresina, Fortaleza, ou Manaus… mesmo a 40°C. E os carros, celulares, sons, tvs e uma imensa tralha de gadjets importados são fervorosamente adotados pelos que pisam no solo brasileiro mas mantém as cabecinhas ansiosamente desejantes dos made em quaisquer outras praças invejadas.

      Um club fica cheio de clubbers em New York? Está adotado pela nossa original elite. Um apresentador americano produz um talk show com bandinha tocando e caneca na mesa? Jô copia, né não? Ecstasy? Fica chic se drogar.

      Miami, Ibiza, Bali, Acapulco, Cancun? Não foi ainda? Então não pertence aos happy few… aos poucos bestas que não sabem nem do que gostam. Por que só gostam do que é bom. Quer dizer do que é CARO.

      Agora, dá pra entender porque a Danuza, por exemplo, tem alergia a festas caipiras? E o Mainardi a folclore?
      E o Jabor ao Brasil? São finérimos!

      https://midiaindependente.org/pt/blue/2015/07/542953.shtml

  34. Xadrez de como Barroso tornou-se um Ministro vingador

    -> Como Luís Roberto Barroso blindou a Castelo de Areia

    vídeo: ANTONIO MARCOS – MEU CASTELO DE AREIA

    [video: https://www.youtube.com/watch?v=4r7FDzSlv-A%5D

    -> Os temores de Barroso e seu silêncio licencioso

    ora, delas o Ministro demonstra ter plena consciência: “É impossível não sentir vergonha pelo que está acontecendo no Brasil”. mas do que se envergonha o Ministro Barroso? de sua omissão e sua submissão? de seu apequenamento frente a sua própria vida?

    apesar de uma escuta ambiental ter sido localizada no gabinete do Ministro Barroso, nenhum dos membros do STF teve qualquer reação concreta ao gravíssimo incidente. Barroso chegou mesmo a afirmar: “Se tinha alguém escutando, terá verificado que a gente trabalha muito e com bom humor”.

    vídeo: Teixeirinha – A Fama do Boi Barroso

    [video: https://www.youtube.com/watch?v=fH0HmOOPIbE%5D

    e como bem poderia dizer o Ministro Barroso:

    “Meu Deus do céu! Este STF é o guardião de nossa Constituição. A Justiça morreu, porque nós temos um Judiciário que não tem um mínimo de legitimidade democrática. É um sistema em que o cidadão  não tem de quem cobrar e os seus membros não tem a quem prestar contas. Não pode funcionar!”

    após uma trapaça da sorte derrubar o avião de Teori: Barroso: Uma trapaça da sorte. (original) – BARROSO VÊ CONSPIRAÇÃO DE CIRCUNSTÂNCIAS NEGATIVAS NO BRASIL. (republicado).

    vídeo: SIMONE | FACE A FACE | Show no MAM 1977

    [video: https://www.youtube.com/watch?v=lpbcWu2qUao%5D

    a doença é a última tentativa de um corpo se curar. e quando tudo o mais falhou, materializa-se a doença física. a derradeira opção do corpo para tentar superar aquele tipo de vida que o está destruindo. estamos todos, povo e país, no intenso momento do karma instantâneo. é inútil supor podermos dele fugir: “Que Deus tenha misericórdia desta nação”.

    Instant Karma’s gonna get you

    Gonna knock you right on the head

    You better get yourself together

    vídeo: “INSTANT KARMA” John Lennon

    [video:https://www.youtube.com/watch?v=BXF9A3oWnho%5D.

    .

  35. Bailarino e Cheio de Firulas, Não é o Barroso

    Nunca considerei o judiciário brasileiro mais do menos que ele sempre foi, desde antes do caso dos irmãos Naves ao atual caso dos irmãos Neves e do TSE seletivo do Gilmar, apesar do superlativo rasgar de sedas e auto bajulações, sobretudo literárias, sobre as exceções meritórias, algumas de, fato, direito, fato e direito e a maioria, nem um e nem o outro.

    Começamos as desavenças, quando tinha onze anos, ao comparecer perante o juiz, acompanhado do pai, junto a outras crianças retiradas do único cinema então existente na cidade, hoje não existe sequer o único, durante blitz do juizado de menores, no meu caso, por motivo até hoje desconhecido e que perante o juiz, que nos ensaboava de maneira genérica, fez com que interrompesse a divindade, questionando-a, que desconhecia o motivo pelo qual levava o sabão e gostaria de sabe-lo, recebendo em troca a ameaça de ser enquadrado por DESACATO A AUTORIDADE e só não sendo por calar-me a meio caminho de retrucar, fulminado pelo olhar 45 de meu pai.

    A partir de então, não mais fui escrachado, porém fui esbarrando e convivendo com divindades da lei, em suas variadas espécies e graduações, pela vida, onde perderam pontos a cada esbarro, até chegarmos a AP 470, com o exótico domínio do fato e rosa weber, sem provas, encaminhando à prisão meu voto federal, por que assim seu assistente moro e a literatura jurídica permitiram, e terminarmos no mesmo moro, agora da vaza jato das delações premiadas, dos intocáveis da excepcional região agrícola e da hecatombe final no powerpoint do delanhol, em gotas. Aí foi demais à sanidade da razão, dei por encerrado o contencioso e risquei dona justa do que mereça ser levado em conta. Não existe, não comento, não tenho opinião e nada a dizer sobre o assunto, que não vem mais ao caso.

    Então por que aqui, deixando esse longo arrazoado que faz desconfiar ser caso de ódio e paixão pelo judiciário brasileiro? Trata-se apenas da frase: “No Supremo, um negro combativo, polêmico, vencedor, impávido como Muhammad Ali frente a um lutador bailarino e cheio de firulas, apenas olhou duro e deu um jab de direita com o seu “sem comentários”.

    Acho que o verso, “impávido que nem Muhammad Ali”, de “Um Índio”, de Caetano Veloso, fez Nassif confundir-se e esquecer que “lutador bailarino e cheio de firulas”, também é o impávido Ali, e cá entre nós, Barroso não é e nunca foi bailarino, no máximo corista de rebolado e menos ainda cheio de firulas, apenas sacoleja miçangas e plumas, empoladamente, e olhe lá.

  36. Parabéns, Nassif

    A têmpera que falta a este ministro covarde, lhe sobra, Nassif. Não é para qualquer um fazer este trabalho de jornalismo corajoso, com convicção ética e brilhantismo profissional…

    No mundo da pós verdade e das provas retóricas, nada como ver o verdadeiro jornalismo construído profissional e competentemente, com base em fatos, documentos e provas objetivas que não dependem de subjetividades e interpretações hipotéticas sem base empírica alguma.

    Por isto sua coragem e honradez jornalística ganha respeitabilidade.

    Este ministro, um erro de indicação dos governos do PT, é o símbolo da República dos Bachareis de que já falava um dos primeiros intelectuais filiados ao PT, em seu livro clássico, Raízes do Brasil.

    Triste e ver que ele foi indicado por um governo progressita…

    Neste ponto de vista, Marco Aurelio Mello é mais progressista e mais corajoso e honrado do que este senho. A história tem destas ironias…

    A ministra Kátia Abreu é uma que, no auge da crise, se revelou mulher de caráter e fibra que importantes homens ditos de esquerda não tiveram. Por isto é que a trajetória histórica concreta de qualquer personagem é mais importante do que títulos, prebendas e posições funcionais que ocupam neste ou naquele órgão ou instituição.

    Como diz o Talmud,”não é o lugar que confere importância a pessoa, é a pessoa que confere importância ao lugar”

  37. Parabéns, Nassif

    A têmpera que falta a este ministro covarde, lhe sobra, Nassif. Não é para qualquer um fazer este trabalho de jornalismo corajoso, com convicção ética e brilhantismo profissional…

    No mundo da pós verdade e das provas retóricas, nada como ver o verdadeiro jornalismo construído profissional e competentemente, com base em fatos, documentos e provas objetivas que não dependem de subjetividades e interpretações hipotéticas sem base empírica alguma.

    Por isto sua coragem e honradez jornalística ganha respeitabilidade.

    Este ministro, um erro de indicação dos governos do PT, é o símbolo da República dos Bachareis de que já falava um dos primeiros intelectuais filiados ao PT, em seu livro clássico, Raízes do Brasil.

    Triste e ver que ele foi indicado por um governo progressita…

    Neste ponto de vista, Marco Aurelio Mello é mais progressista e mais corajoso e honrado do que este senho. A história tem destas ironias…

    A ministra Kátia Abreu é uma que, no auge da crise, se revelou mulher de caráter e fibra que importantes homens ditos de esquerda não tiveram. Por isto é que a trajetória histórica concreta de qualquer personagem é mais importante do que títulos, prebendas e posições funcionais que ocupam neste ou naquele órgão ou instituição.

    Como diz o Talmud,”não é o lugar que confere importância a pessoa, é a pessoa que confere importância ao lugar”

  38. “ACORDÃO”: COMEÇA O FIM DA LAVA JATO

    “ACORDÃO”: COMEÇA O FIM DA LAVA JATO (“TOO BIG TO FAIL”, ESTÚPIDO!)

    Por Romulus & Núcleo Duro

    – A Medida Provisória que permite ao Banco Central celebrar acordos de leniência – secretos! – com os Bancos muda o jogo.

    – Esvazia sobremaneira o poder de chantagem da Força Tarefa da Lava a Jato – e de Palocci! – sobre o Mercado: a “bomba atômica” está em vias de virar uma…

    – … biribinha (!)

    – Esse fato – tomado isoladamente – é ruim para o PT. E para Lula (!)

    – Mas…

    – Sempre se pode contar com a estupidez dos Procuradores de Curitiba. Eles que – até agora! – ainda não entenderam que o Acordão é…

    – … I-NE-VI-TÁ-VEL!

    – Por quê?

    – Ora, “é o too big to fail, estúpido!”.

    – No caso, literalmente “estúpidos” M E S M O.

     

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    1. Xadrez de como Barroso tornou-se um Ministro vingador

      -> Só por que votou a favor da prisão após Segunda Instância? É muito pouco, pra tanta desmoralização…

      só porque apoiou o Golpeachment. jamais será esquecido. mas ainda dá tempo de pedir desculpas e declarar a nulidade.

      sabe o que acontece?

      quando um cara é indicado para Ministro do STF, considera isto uma consagração, um prêmio, uma honraria, um título de quase-nobreza, o ápice da carreira.

      mas na verdade é um fardo insuportável, uma missão impossível quase suicida, um serviço público para o qual se deve abdicar da vida privada e colocar-se como alvo constante.

      como diria Hunter Stockton Thompson: medo, delírio e repulsa na trilha de um STF decadente e depravado…

      “Quem faz grandes coisas, E delas não se envaidece, Esse realiza o céu em si mesmo”

      Lao Tsé, Tao Te Ching

      .

  39. Acredito que Barrosa precise

    Acredito que Barrosa precise de ampla defesa e contraditório aqui…macartismo antipático-ideológico está pesado.

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