Xadrez de Temer e o caso dos 10 negrinhos

Publicado originalmente em 20 de junho de 2016

Lembrando o poema “O caso dos dez negrinhos”

 

Cinco homens no comando

Irmanados em um trato

Levaram Eduardo Cunha

Restaram apenas quatro.

 

Quatro homens planejando

A grande jogada da vez

Levaram Romero Jucá

Agora, só restam três.

 

Três homens bem assustados

Com o que a Justiça expôs

Chegou a vez do Padilha?

Restarão apenas dois.

 

No site de Eliseu Padilha, um rock mambembe conta a vida do “Padilha subindo a ladeira”, com “a chama no peito e de mãos dadas com a esperança brasileira”.

A ladeira rima com um cinco meia meia, seu número de candidato a deputado federal. No meio da música, relatos de Padilha menino “descendo a ladeira”, procurando “faturar um trocado para aumentar o quinhão” e “querendo subir na vida”.

Subiu. Tornou-se Ministro-Chefe interino da Casa Civil e homem mais poderoso da República, posto que o braço direito de um presidente vacilante.

Na condição de Ministro-Chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha mapeou os três pilares da frente que construiu o impeachment: o Judiciário, a base política e a imprensa.

Para o Judiciário, ofereceu aumentos de proventos. Para a base política, cargos e lambança. Para a mídia, toda a publicidade da Secom (Secretaria de Comunicação). E, para o país, ofereceu uma das biografias mais polêmicas da República.

Nos governos anteriores, a Secom servia para filtrar a publicidade, especialmente a que era direcionada para veículos fora do circuito da grande mídia. Pelo menos até o ano passado, trabalhou muito mais para podar campanhas do que para estimular. Mas a decisão da publicidade ficava com cada empresa pública.

Com o interino, a Secom passa a centralizar toda a publicidade.

Isso lhe confere um poder de pressão inédito sobre os veículos de mídia. Nenhum grupo privado conseguirá fazer frente à soma combinada da publicidade da Petrobras, Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal, BNDES, Ministérios. Em um momento de crise dos grupos de mídia, trata-se de uma ameaça direta à liberdade de expressão, na medida em que constrangerá inclusive os grandes veículos.

Neste fim de semana, alguns veículos noticiaram a condenação de Padilha a devolver R$ 300 mil ao Tesouro, devido à contratação de uma servidora fantasma.

O caso da funcionária fantasma é o menor envolvendo Padilha.

A seguir, um breve resumo da carreira pública de Padilha.

Caso DNER

O presidente Fernando Henrique Cardoso devia dois favores a Eliseu Padilha. O primeiro, a operação empreendida por ele e por Gedel Vieira Lima, visando impedir a candidatura de Itamar Franco pelo PMDB. A segunda, seu papel na compra de votos para a emenda da reeleição.

Como pagamento, Padilha foi nomeado Ministro dos Transportes em maio de 1997, permanecendo até novembro de 2001.

Saiu no meio de um mega escândalo de corrupção no DNER (Departamento Nacional de Estradas de Rodagem) denunciado pelo então senador Antônio Carlos Magalhães. Ficou conhecido como o escândalo da Máfia dos Precatórios. Consistia em furar a fila dos precatórios do DNER e superfaturar os valores devidos, mediante o pagamento de propinas.

O caso foi investigado internamente, tanto pela Secretaria Federal de Controle Interno como pelo Tribunal de Contas da União. Mas FHC abafou o escândalo. Suas únicas providências consistiram em demitir Padilha e acabar com o DNER, substituído pelo DNIT (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes) que permaneceu no governo FHC, nos de Lula e Dilma o maior centro de corrupção da União – segundo o depoimento insuspeito de Sérgio Machado.

Em 2002 o Ministério Público Federal abriu inquérito para apurar irregularidades no Ministério dos Transportes. Chegou-se até uma certa Nova Agência de Automóveis Ltda.

Segundo o processo (http://migre.me/u9h8g), Ulisses José Ferreira Leite  recebeu mais de dez milhões em suas contas pessoais, cerca de um décimo dos desvios do DNER. Ao lado de Geraldo Nóbrega e de Olívio Moacir Padilha tornou-se sócio da firma Nova Agência de Automóveis Ltda. Sua parte no negócio consistia em presentear funcionários e o próprio Ministro com automóveis de alto valor.

Nos depoimentos, constatou-se que a própria esposa de Padilha foi uma das presenteadas com automóvel de luxo.

Foi apenas uma das evidências da participação estreita de Padilha no escândalo.

Em 2003 o MPF ajuizou a ação contra Padilha. Apenas em 2013 a ação foi aceita pela 6a Vara Federal do DF. A demora se deveu à questão de competência: a Justiça federal remetendo ao Supremo que devolveu à 6a Vara (http://migre.me/u9hSH).

Na ação, o MPF apontou Padilha como lobista, que usava o cargo para atender “pleitos políticos para pagamentos absolutamente ilícitos e ainda por cima superfaturado.

Em um dos casos, o DNER usou por 82 dias o prédio da empresa Comércio, Importação e Exportação 3 Irmãos. Pelo aluguel, a empresa teria direito a R$ 185 mil. O DNER acertou um acordo extrajudicial elevando o valor para R$ 2,3 milhões.  “Bastaria o bom senso para compreender que 82 dias de uso de um prédio (…) não poderia custar quase o valor do prédio”, segundo o procurador Luiz Francisco Fernandes de Souza, autor da ação. (http://migre.me/u9ihE)

Em documentos e depoimentos, Padilha foi apontado como mandante, a pedido do ex-deputado Álvaro Gaudêncio Neto, cujo pleito foi encaminhado ao Ministério por Eduardo Jorge, o influente assessor especial de FHC.

O procurador do DNER Pedro Elói Soares denunciou Padilha pelas falcatruas. E a própria Advocacia Geral da União (AGU) divulgou relatório apontando prejuízo de R$ 122,9 milhões com as fraudes. O documento afirmava expressamente que Padilha tinha conhecimento das irregularidades, assim como o consultor Arnoldo Braga Filho.

A ação do MPF apresentou ofício do assessor especial de Padilha, Marcos Antônio Tozzatti, pedindo “a maior brevidade possível”, por “ordem do excelentíssimo senhor ministro dos Transportes, Eliseu Padilha”.

Em sua defesa, Padilha afirmou ter sido vítima de irregularidades cometidas por funcionários do terceiro escalão.

As denúncias de ACM levaram a recém-criada Corregedoria Geral da União à sua primeira investigação: justamente as aventuras de Padilha nos Transportes.

O governo havia instalado uma comissão para analisar as irregularidades no DNER. Mas, das 46 irregularidades constatadas, apenas uma foi analisada, justamente para suspender as punições contra dois funcionários.

Em vista disso, a corregedora Anadyr de Mendonça Rodrigues levantou irregularidades na desapropriação de uma área em Sinop (MT) e produziu um documento com 14 páginas, enviado pessoalmente a Fernando Henrique. Segundo Anadyr, a comissão de inquérito passou por cima de 46 processos conexos que tratavam de desapropriação (http://migre.me/u9ize)

E aí FHC não teve como se abster.

O presidente chamou Padilha em seu gabinete e ordenou-lhe que reabrisse as investigações.

Em vez de punir os responsáveis, FHC tirou o sofá da sala: extinguiu o DNER e substituiu-o pelo DNIT

A decisão de FHC provocou forte reação de ACM

“Tenta-se calar a grande imprensa, mas V.Exa. bem sabe que não se pode silenciar por todo o tempo a consciência cívica do país. A pura e simples extinção do DNER, como foi a da Sudam e a da Sudene, é insuficiente, pois o necessário é pegar os ladrões do erário”.

Nos anexos está a Ação Cautelar de Improbidade do MPF contra Padilha e outros para ser consultado por vocês, para me ajudarem a identificar pessoas e parcerias.

A Operação Solidária

Em 2007 a Polícia Federal decidiu investigar a terceirização do fornecimento de merenda escolas em Canoas RS), na administração Marcos Ronchetti (PSDB). O seu lema de campanha era “administração solidária”, vindo daí o nome da operação.

Descobriu fraudes em licitações para obras de saneamento, construção de estradas e de sistemas de irrigação (http://migre.me/u9dwc)

A empresa-chave na operação era a MAC Engenharia, de Marco Antônio Camino, apontado como o operador do esquema. As escutas identificaram várias chamadas de Carmino para Padilha. Investigações da PF e do MPF indicaram depósito de R$ 267 mil da MAC na conta da Fonte Consultoria Empresarial, de Padilha e de sua esposa.

O inquérito total tinha sete volumes, dos quais seis baseados na operação de escuta. A Operação Solidária apontou indícios de fraude que chegaram a R$ 300 milhões, em valores da época.

As investigações envolveram ainda o ex-presidente da Assembleia Legislativa, Alceu Moreira (PMDB) e o Secretário Estadual de Habitação, Saneamento e Desenvolvimento Urbano (PMDB), todos da gestão Yeda Crusius.

Todas as licitações importantes de Canoas passavam por Chico Fraga, Secretário-Geral da Prefeitura. A PF apurou ligações estreitas entre Chico a Padilha. Ambos tiveram grande influência no governo Yeda Crusius. E Padilha empregou em seu gabinete, mas lotada em Porto Alegre, a esposa de Chico Fraga, Maria Dolores Fraga,

Essa contratação originou outro inquérito, sobre a contratação da servidora fantasma – divulgada esta semana pela imprensa.

A quadrilha atuou também em obras do Estado. Segundo matéria do jornal Zero Hora, a Secretária Adjunta da Secretaria Estadual de Obras Públicas, Rosi Bernardes, foi apontada como suspeita de repassar informações privilegiadas sobre licitações. O projeto era a principal obra do programa de irrigação do governo do Estado.

A Operação Rodin

Não se ficou no roubo de merenda escolar. As investigações constataram o elo entre a Operação Solidária e a Operação Rodin, que desviou R$ 44 milhões do DETRAN gaúcho.

De acordo com a PF, Padilha e o também deputado Otávio Germano (PP-RS) passaram a Carmino informações privilegiadas sobre recursos do FAT, BNDES e DNIT. E montaram um esquema para desviar recursos das obras do PAC.

Reportagem da IstoÉ, em 25/03/2009, relatava que em uma das conversas Camino dizia a Padilha: “Aquele assunto que nós tratamos na terça feira será viabilizado 100, tá?”

Segundo a PF, a quadrilha se valia de códigos nas licitações para direcionar as obras para empresas ligadas ao grupo.

Em outra conversa, Camino convida Padilha a visitar a empresa e manifesta interesse em licitação na Secretaria de Irrigação.

Segundo alegações dos advogados de Padilha, os R$ 100 mil recebidos seriam provenientes da compra de uma casa e os R$ 267 mil não seriam da MAC mas da Magna (http://migre.me/u9dcx). O argumento era frouxo. A Magna Engenharia também havia sido indiciada pela PF por participação no esquema.

Os diálogos gravados mostravam acertos de Padilha com autoridades estaduais, para direcionar os editais de duas barragens para a quadrilha (http://migre.me/u9dRq).

No dia 14 de fevereiro de 2011 Padilha foi indiciado por crime em licitações e formação de quadrilha, após prestar depoimentos na sede da PF em Porto Alegre (http://migre.me/u9dG6)

O arquivamento das ações

O inquérito terminou anulado no STF (Supremo Tribunal Federal) em agosto de 2014 porque, ao pedir autorização para o grampo, na 1a Instância, a PF descuidou-se em relação ao foro de Padilha, no cargo de deputado federal.

Padilha assumiu o cargo de deputado em fevereiro de 2007, mas a primeira instância só remeteu o caso ao Supremo em junho de 2008. Devido a esse detalhe, todas as provas colhidas foram anuladas. A autorização teria que ter sido concedida pelo próprio STF. Marco Aurélio considerou que o foro deve ser utilizado inclusive na fase do inquérito (http://migre.me/u9d7X).

Em dezembro de 2014 foi arquivado o segundo inquérito, da contratação da funcionária fantasma.

Uma das medidas propostas pelo Ministério Público Federal visa justamente evitar a anulação completa de processos devido ao chamado “fruto da árvore proibida”.

Consequências

Padilha se safou dos processos meramente por erros processuais.

Mas como fica politicamente? Todas as informações acima foram levantadas da Internet. São informações públicas, que constam de inquéritos da PF, processos do MPF, sentenças do STF, relatórios da AGU.

Padilha não é mais o deputado obscuro montando jogadas e safando-se milagrosamente de processos. Agora, é o homem forte da República. No Executivo, acima dele há apenas o Presidente interino Michel Temer, de quem é carne e unha.

Por suas mãos passam, agora, todas as demandas políticas e ele é a voz de comando sobre todo o Ministério.

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Luis Nassif

53 Comentários

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  1. .

    Para conseguir efetivar o “golpe” e a assunção ao cargo de presidente, mt uniu-se ao que de pior existe na política brasileira: os velhos e conhecidos ca.na.lhas de sempre.

    Tudo por dinheiro!

    E nós, aqui, assisitindo a “derrocada” do país.

     

     

    1. Tai o que você queria

      http://www.cartacapital.com.br/blogs/direto-de-sao-paulo/mbl-herois-com-pes-de-barro

      MBL, heróis com pés de barro

      Documentos exclusivos revelam patrimônio obscuro e ligações de políticos corruptos com líderes de protestospor Henrique Beirangê — publicado 20/06/2016 05h01inShare4 Valter Campanato/Agência BrasilMovimento Brasil Livre

      Líderes do movimento são ligados politicamente a ex-prefeito preso duas vezes

      Leia tambémNa TV, PSDB se une a movimentos que pedem derrubada de DilmaMBL, o movimento “democrático” que hostiliza a imprensaO impeachment e a onda de autoritarismo“A Lava Jato não vai acabar com a corrupção”A democracia atual funciona?Da crise à Frente Brasil

      Um dos protagonistas das manifestações pró-impeachment, o Movimento Brasil Livreganhou fama e, soube-se recentemente, dinheiro. Em uma mobilização formada em sua maioria por cidadãos brancos e acima dos 50 anos, os integrantes do MBL tornaram-se símbolos de uma nova geração “apartidária, ética e politizada”. O viés antiesquerdista eantipetista tornou os jovens ainda mais simpáticos à direita ansiosa em retomar o poder no Brasil.

      Nos últimos tempos, acumulam-se evidências de que os integrantes do MBL não são exatamente os heróis emulados por uma parte da mídia. Estão longe de ser apartidários (um de seus líderes admitiu que o grupo recebeu apoio financeiro do PSDB, partido mais interessado em derrubar a presidenta Dilma Rousseff) ou mesmo ético.

      Uma investigação de CartaCapital na cidade de origem do movimento, Vinhedo, cidade de 70 mil habitantes na região metropolitana de Campinas (SP), revela que no próprio quintal a turma do MBL não hesita em adotar as velhas práticas criticadas nas manifestações “contra a corrupção”

      Em Vinhedo, a origem do MBL confunde-se com o poder do ex-prefeito Milton Serafim, do PTB. Eleito quatro vezes para comandar a cidade, Serafim acabou condenado a 32 anos de prisão por receber propina em troca da facilitação de licenças de loteamentos.

       

      Renan SantosRenan Santos, alvo de dezenas de processos na JustiçaDe acordo com o Tribunal de Contas de São Paulo, até mesmo a famosa festa da uva da cidade apresentou diferença na prestação de contas de gastos da prefeitura sob sua gestão. Em 2002, dos 162 mil reais gastos, apenas 41 mil tiveram as despesas comprovadas. As falcatruas, segundo a Justiça, não param por aí.

      Em abril deste ano, Serafim também foi condenado por envolvimento com a máfia dos sanguessugas. O esquema retirou cerca de 110 milhões de reais dos cofres públicos em desvios de recursos da compra de ambulâncias. Na conta, mais dois anos de prisão. Assim como em todas as acusações das quais é alvo, o ex-prefeito se diz inocente e objeto de perseguições. 

      O petebista recorre em liberdade da condenação por recebimento de propinas na liberação de loteamentos na cidade, mas se viu obrigado a renunciar à prefeitura em 2014. Quem assumiu o comando foi o vice, Jaime Cruz, do PSDB. Cruz nunca escondeu sua amizade de longa data com Serafim. Em um vídeo daquele ano, afirma que o ex-prefeito “sempre será um homem livre para nos comandar”. 

      O tucano parece entender bem a situação do petebista. No início deste ano, Cruz foi acusado de participação num esquema de superfaturamento da merenda escolar na cidade. Imagina-se que o MBL, combatente da corrupção, denuncie os desmandos de Serafim e Cruz, certo? Errado.

      O atual prefeito tem o apoio fiel de dois fundadores do movimento, os irmãos Renan, coordenador nacional, e Alexandre Santos. A dupla costuma frequentar a Câmara de Vereadores não para pedir investigações a respeito do tucano e de seu antecessor, mas para ameaçar os parlamentares de oposição.

      Chegaram ao ponto de insultos a quem denuncia qualquer aliado da atual administração. Renan Santos aparece em várias fotos ao lado de Cruz e do prefeito condenado. 

      A Justiça Federal chegou a determinar o bloqueio de bens do prefeito, frequentemente fotografado com integrantes da Juventude do PSDB. Na liminar, o juiz Renato Camargo Nigro afirma: “E mesmo que não fosse assim, celebrar contratos com até 411% de sobrepreço para a aquisição de bens (gêneros alimentícios), neste primeiro momento tem-se que não há como falar em mera inépcia administrativa”.

      E prossegue: “Há no caso indícios veementes de frustração à licitude do processo licitatório, mediante o direcionamento do certame (…) ao que indicam os elementos dos autos, por ora, vislumbra-se haver má-fé, dolo, vontade livre e consciente de angariar vantagens indevidas em detrimento do bem público”. 

      Quando era secretário de Educação e ocupava a pasta-alvo da investigação, Cruz saiu em defesa das compras que, segundo o MP, deu prejuízo de ao menos 17 milhões aos cofres municipais. Durante sessão na Câmara de Vereadores, alegou que o objetivo da reformulação do cardápio foi dar “qualidade às refeições das nossas crianças”.

       

      DocumentoDono de jornal apoiador do MBL é preso com drogas; pai de Rubinho, denunciado pelo MP

      Outro integrante do grupo é Rubinho Nunes, filho do vereador Rubens Nunes, denunciado por venda de produtos falsificados em 2000. Recentemente, Nunes pai comprou um terreno de 250 metros quadrados em um dos condomínios mais caros da cidade.

      Declarou ter pago 100 mil reais. Ergueu no terreno uma casa imponente. Segundo corretores da região, o imóvel custa ao menos 1 milhão de reais. O vereador não mora no local. Pelo menos é o que dizem registros oficiais na Câmara de Vinhedo. Sua residência fica em outro condomínio fechado da cidade.

      Em meio à crise econômica, Nunes pai prosperou. Em 2012, havia declarado à Justiça Eleitoral um patrimônio de 220 mil reais. Antes de se tornar presidente da Câmara local, o político vivia em uma casa simples no bairro Três Irmãos. 

      Na declaração ao TRE, algumas informações prestadas do patrimônio já chamavam a atenção. Informados como prédios residenciais, dois dos imóveis estão listados nos valores de 20 mil e 80 mil reais, embora um deles localizados em área nobre da cidade.

      A ligação do vereador com os líderes do MBL rendeu até mesmo homenagens na Câmara. Nunes assinou uma moção de aplausos ao grupo, pedindo que o coordenador nacional, Renan Santos, fosse comunicado da ação no Legislativo local. 

      Enquanto isso, Nunes filho é um dos militantes mais ativos do MBL. Advogado, lançou sua candidatura à prefeitura da cidade pelo PMDB e costuma ser bem atuante nas redes sociais. Fã do ex-candidato a presidente da República Enéas Carneiro, defensor da aquisição de armas nucleares pelo Brasil, teve de prestar depoimento a respeito do comportamento do grupo na internet.

      Por conta de suas declarações e das postagens ofensivas do movimento, foi convidado a depor na CPI dos Crimes Cibernéticos. No interrogatório, mostrou-se indignado com o convite: “A CPI tem de ir atrás é de estelionatários”. Uma pergunta do deputado Jean Willys, do PSOL, parece, no entanto, ter incomodado o militante do MBL.

      O parlamentar quis saber se ele era sócio de José Luiz Gugelmin, autor de um pedido de cassação de vereadores da cidade que investigam a atual administração. Nunes filho negou: “Desafio qualquer pessoa a mostrar que somos ou fomos sócios”. 

      Não foi difícil comprovar a relação. A Wayback Machine é uma ferramenta criada para recuperar dados apagados da internet. Entre 2008 e 2013, mostra o rastreamento, Nunes filho foi sócio do escritório Francisco Carvalho Advogados. Gugelmin figura no mesmo quadro societário até 2012.

      Enquanto Nunes filho tenta promover os aliados políticos do pai acusados de corrupção, Renan Santos, o irmão e familiares especializaram-se em negócios estranhos. As empresas da família respondem a uma série de ações judiciais. A atividade de alguns desses empreendimentos chama a atenção.

       

      Rubinho NunesSantos, enrolado com o Fisco, Holiday, que diz ter orgulho de ser ‘negro de direita’, Kataguiri, o ‘articulista’ da Folha, e Rubinho Nunes em candidatura a prefeito pelo PMDB

      A Portex Comércio de Esquadrias de Metal, anteriormente chamada Braido Silva e Filhos Ltda. e ainda RDC Solutions Comercial LTDA., e também Pereira e Marcondes Ltda, oferece uma gama de serviços. Sediada em Jundiaí, cidade próxima a Vinhedo, a companhia continua com registro ativo na Receita Federal. 

      Segundo a Junta Comercial, a Portex presta serviços de incorporação de empreendimentos imobiliários, comércio de produtos siderúrgicos e atacadista de materiais de construção. Embora atue em tantos segmentos, a sede fica em um imóvel servido por uma portinhola.

      Na entrada, um cartaz pede para a correspondência ser entregue em um modesto bazar ao lado. Renan deixou a sociedade e Alexandre é o principal sócio de um empreendimento com capital de 400 mil reais. No bazar, ninguém soube dizer quem são os irmãos. “Nem conheço. Sempre tá fechado. Empresa dentro da casa, só se for.” 

      As sucessivas mudanças no quadro societário também despertam a atenção. Uma das parceiras, até 2012, foi a RSA Administradora de Bens LTDA. Com endereço em uma cidade pobre do interior da Bahia, Simões Filho, a empresa está registrada em uma rua na qual nada mais há do que casas humildes. Em Simões Filho, ninguém nunca ouviu falar da RSA ou dos irmãos Santos.

      Eles operam e entendem de várias áreas no amontoado de empresas que coordenam. Lâmpadas, materiais elétricos, viagens, turismo, distribuição e logística, esquadrias e materiais metálicos, estamparia, metalurgia, filmagens, construção civil, panificadora, engenharia etc. 

      A trajetória obscura dos negócios dos irmãos não fica nada a dever ao nascimento do MBL. Em 2014, cerca de dez jovens deram início a um movimento chamado “Renova Vinhedo”. Abraçados a “novas bandeiras”, apresentavam-se como “jovens e em geral fora da política”, que traziam “soluções mais modernas e de outros países”. Assim Renan Santos apresentou em vídeo o “Renova Vinhedo”.

      Quanta mudança. Recentemente, o coordenador nacional do MBL foi flagrado em um áudio no qual admite que o movimento recebeu dinheiro do PSDB, PMDB, DEM e Solidariedade, todos com integrantes envolvidos na Lava Jato, para organizar manifestações contra Dilma Rousseff e o PT. 

       

      PMDB e MBLPMDB e MBL, de mãos dadas contra a corrupçãoOs irmãos Santos foram filiados ao PSDB até março de 2015. Vivem em uma ampla casa em um terreno de mil metros quadrados, no Condomínio Estância Marambaia. Segundo a escritura, a propriedade está no nome de Stephanie Liporacci Ferreira dos Santos, irmã de Renan, que vive na Alemanha.

       

      Na escritura, o imóvel é avaliado em 860 mil reais, muito abaixo do valor estimado por corretores locais: entre 1,5 milhão e 4 milhões de reais. Coincidência ou não, parte das contribuições ao MBL é destinada a uma conta de Stephanie Santos, conforme reportagem do portal UOL. 

      Na defesa do ex-prefeito Serafim unem-se os integrantes do MBL e políticos do PSDB. Um dos mais ativos defensores do impeachment e coordenador da campanha presidencial deAécio Neves em 2014, o deputado federal Carlos Sampaio defendeu em vídeo o ex-prefeito.

      Promotor de carreira, Sampaio afirma na gravação que as acusações contra o petebista são “perseguições injustas” e diz ter “muito orgulho de ser seu amigo”. Também aproveita para agradecer a Cruz, o atual prefeito, por sua “lealdade”.

      Em outro vídeo, durante uma das manifestações em frente ao Masp, na Avenida Paulista, a favor do impeachment, aparece ao lado de Renan Santos e Rubinho Nunes aos berros: “Chega de roubalheira”. 

      Os militantes apartidários do MBL não se recusaram a subir recentemente em um palanque do PMDB em Vinhedo. O presidente interino Michel Temer, acusado de receber propina do esquema da Petrobras, até mesmo aparece em um vídeo.

      No evento, notáveis do movimento compareceram, entre eles Kim Kataguiri e Fernando Holiday. No mesmo palanque, o deputado federal Fernando Marchezan, denunciado por difamação contra um promotor de Justiça, conclama a militância do PMDB.

      Na plateia figuravam outros envolvidos com a Justiça. Destaque para Alexandre Tasca, ex-secretário de Serafim, condenado a 21 anos de prisão (recorre em liberdade) por envolvimento no esquema. 

       

      ArquivoDados apagados de site revelam que líder do grupo mentiu na CPI

      Rubinho também é próximo ao senador Aécio Neves, citado cinco vezes por cinco delatores na Lava Jato. O coordenador do MBL aparece em várias fotos com o parlamentar e, inclusive, fez a “escolta” na Avenida Paulista para o senador na última manifestação peloimpeachment em 13 de março.

      Em um vídeo ao qual a revista teve acesso, Rubinho faz o abre alas para o senador, enquanto Aécio tenta escapar das vaias na avenida. Curiosamente, as páginas do MBL nas redes sociais, as mesmas que fazem postagens sucessivas de suas ações políticas contra a “malversação do dinheiro público”, não registraram o evento do PMDB em Vinhedo. 

      Na cidade, a mídia, como em outras partes do País, refere-se ao movimento de forma elogiosa. Um jornal local faz extensa cobertura das iniciativas do MBL. Rubinho Nunes costuma advogar para o periódico e é amigo do fundador da empresa jornalística.

      O semanário é acusado em diversas ações de difamação contra políticos que se opõem à atual administração. Um site foi criado, chamado “falsojornalismo.com”, para denunciar as práticas da mídia local.

       

      "Apartidários"Apoio de Serafim e Carlos Sampaio. Casa de Renan Santos vale ao menos 1,5 milhão de reais. Na escritura, pouco mais da metade

       

       

      O fundador do jornal, Juliano Gasparini, é acusado de chantagear políticos com reportagens depreciativas e foi condenado por difamar o promotor responsável por investigar a quadrilha de Serafim na cidade. Recentemente foi detido com cocaína, mas declarou ser “alvo de perseguição”. 

      Rafael Carvalho, ex-sócio de Nunes filho, é ativo militante do MBL. Foi diretor-jurídico da Câmara Municipal de Vinhedo e lançou pré-candidatura à prefeitura pelo PSDB. Crítico contumaz da corrupção nas redes sociais, curiosamente deu um parecer jurídico contrário a uma lei da Ficha Limpa para a administração municipal, em 2012, quando dirigia o órgão jurídico do Legislativo local.

      Na manifestação, disse que se baseava em pareceres jurídicos contrários à proposta. O projeto previa restrições na contratação, na prefeitura e na Câmara, de indivíduos com condenações transitadas em julgado.

      Apesar da contrariedade do Jurídico, a proposta foi aprovada pelo plenário da Câmara Municipal. Ao mesmo tempo, o advogado, nas redes sociais, orgulha-se de possuir fotos empunhando um boneco “Pixuleco” e se apresenta como organizador do MBL em Vinhedo, contra a corrupção.

      CartaCapital conversou com Rubinho Nunes por telefone. No primeiro contato, na quarta-feira 15, disse que não poderia responder aos questionamentos da reportagem em razão de compromissos políticos, mas que se manifestaria no dia seguinte e repassaria os questionamentos a todos os integrantes do MBL.

      Em novo contato no dia seguinte, um assessor atendeu seu celular e informou que o pré-candidato estava em uma série de compromissos e que retornaria as ligações. A reportagem entrou também em contato com seu escritório profissional, mas também não obteve respostas. 

       

    2. Basta lerem…

      Além da reportagem da Carta Capital, de Henrique Beirangê, há ainda a devastadora reportagem da agência de jornalismo Pública, de julho/2015, intitulada “a roupa nova da direita”. Os (poucos) princípios e os (escusos) fins dos líderes da juventude direitista no Brasil estão destrinchados lá, basta lerem.

  2. A longa ficha criminal de Eliseu Quadrilha

    A longa ficha criminal de Eliseu Quadrilha coloca Fernandinho Beira-Mar no chinelo, o que é compreensível para um pais que, apesar de ser uma das maiores economias do planeta, foi tomado de assalto pelo crime organizado que responde pelo pomposo nome de Congresso Nacional…

  3. Isso tudo eh mais agua

    Isso tudo eh mais agua debaixo da ponte que Rodrigo Janot, Nassif.  Janot esta enfiado no golpe ate bem alem do pescoco e quem esta no CARGO dele deveria estar fazendo muito mais do que estracalhando a propria reputacao com aquele “pedido de prisao”.  Perdoe me por suspeitar que nao foi acidente.  Ele esta desmontando a PRG.

  4. Existem fatos que são

    Existem fatos que são noticiados pela grande mídia e fatos que são martelados pela grande mídia.

    “Martelar” consiste em primeiro lugar repetir a notícia várias vezes, em segundo lugar noticiar fatos irrelevantes ligados ao fato que se deseja martelar, como por exemplo: “o tio do filho do primo da ex-mulher de Lula é indiciado por crime”.

    O povão só assimila o que é martelado.

    Se a grande mídia só noticiar os fatos relacionados ao Eliseu Quadrilha, ele fica.

    Como os fatos que estão aí tão bem documentados pelo Nassif, não são novidade, ou seja, é coisa antiga, acho que a grande mídia não vai nem noticiar.

    Um fato que nem sequer foi noticiado é o de Temer não ter conseguido formar um corpo ministerial minimamente limpo. Só tem bandido.

    O próximo a cair será o Mendoncinha que, segundo Janot, recebeu 100 mil da UTC.

    Agora Mendoncinha terá o seu “juris esperninandes”.

  5. A opinião de ACM sobre o

    A opinião de ACM sobre o Padilha e o Temer já diz tudo sobre os dois (não esquecer que o velho também bateu de frente com o Jader). Como diz o velho ditado, ladrão reconhece ladrão. E ACM era puta velha…

  6. As teorias alienígenas sempre

    As teorias alienígenas sempre no pedaço. Quando convém – anular todo o processo por causa de um pequeno deslize -, aplica-se; quando não vem ao caso – gravação da Presidência da República e de outros tantos com foro privilegiado -, não são aplicadas

    Eduardo Cunha, Eliseu Padilha, Aécio Neves, Romero Jucá, Mendoncinha… todos já deveriam há muito estar longe da vida pública, mas o STF não quer.

     

    Janot quer ser Presidente…da República!
    Que novidade! 
    http://www.tijolaco.com.br/blog/politica-tomou-conta-da-pf-do-mp-e-de-quem-mais/

  7. Miséria é miséria em qualquer parte? Riquezas são diferentes

    Certa vez fui visitar um bairo do programa Minha Casa Minha Vida, e cada vez mais que avançavamos em direção da periferia, iamos nos deparando com uma pauperização de deixar qualquer pessoa com noção de equidade, de justiça, deprimida. No proprio bairo do MCMV, via-se muita miséria. E ai quando a gente se depara mais claramente com o que um so politico consegue produzir em corrupção durante toda sua vida, gera uma sensação de revolta grande de saber tanto sofrimento de um lado e de outro, um ministro se vendendo por carros de luxo… 

    Muitos acham normal que a PM mate os meninos pobres das periferias ou favelas em qualquer situação. Para os inocentes de todos os Leblons, esses meninos deveriam se conformar com sua situação e jamais procurar uma forma de revanche sobre suas mães, empregadas domésticas exploradas e humilhadas, ou sobre sua propria condição de excluidos em nome de politicos, empresasios, que causam muito mais danos ao Pais, do que esse pobres bandidos pé de chinelo, que tornam-se por vezes violentos e maus, como são politicos do naipe que governa o Brasil atual.

    E o STF continua muito ativo quando se trata de desarmar as investigações do MPF sobre politicos a quem eles prezam tanto. Não sendo petista ou ligado ao petismo, tem-se “as facilidades” de sempre com o STF.

    1. Prezada Maria Luisa, não me

      Prezada Maria Luisa, não me lembro da palavras exatas mas Josué de Castro disse há tempos que muitos brasileiros não dormem porque têm fome e os restantes ficam acordados porque têm medo dos que não dormem. Alguém também já disse que a distribuição de rendas é algo inevitável. Pacificamente se através de políticas públicas, ou violentamente se não. O garoto que nos aguarda no semáforo com uma arma verdadeira ou simulada escondida está apenas exercitando a 2ª maneira de distribuir. E quem assistiu Narcos, ou melhor ainda, leu Gabriel Garcia Marques em Noticia de um sequestro, vê o que os meninos pobres da periferia “aprontaram” com policiais. Fatalmente, se os Leblons não chegarem ao MCMV acontecerá o inverso. Nem há necessidade de ser pacifista para ver a enorme vantagem da forma pacífica de distribuição de rendas, só por evitar a violenta já vale a pena. Não sou dos que têm grande dificuldade para entender as coisas mas não entendo, por mais que tente, a bronca que meio brasil tem do bolsa-família. Considero que é  mais vantajosa para os que não a recebem, pois evita que muitos beneficiários usem para a sobrevivência o meio violento. E os “negrinhos” preocupados com a “despesa” gerada por essa política pública!

  8. O Brasil está sendo

    O Brasil está sendo espoliado, foi tomado por uma quadrilha, chama a atenção a vida nababesca do machado após a delação, e onde estão os audios do temer-traidor-golpista? Será que alqueles encontros fortuitos com o pessoal da justiça foram para abafar? E o filho dele que vai pagar 27 milhões e devolver outros um bi? Sumiu do noticiario esse escandalo? Para politicos do pmdb, quais???????  cidadão ganha 48 milhões como diretor de banco, outro absurdo, esse dinheiro ao fim de tudo sai de nossos bolsos, duvido que banco pague essa fortuna de bom grado se saisse dos bolsos deles; ou o povo, organizado, desorganizado, parte pra cima, ou deixa de mimimi, e atura o temer-golpista ate 2018, e mais um golpe para adiar as eleições, esse pessoal não brinca em serviço, a midia quadrilheira esconde os podres, e não haverá acordos, não esperem bom senso de corruptos experimentados com a corda no pescoço. 

  9. Nassif,na semana passada
    Nassif,na semana passada houve um encontro de Padilha com
    Empresários da LIDE(os mais ricos)e ele comentou a todos lá
    q primeiro fariam a reforma da Previdência e depois fariam a da
    CLT,ARRANCANDO APLAUSOS dos ricaços,ou seja está jogando
    para a plateia patrocinadora do golpe (e pau no trabalhador)

  10. Sabem,cheguei a conclusão
    Sabem,cheguei a conclusão neste exato momento.que os patrocinadores do Golpe preferem ter um bandido na Presidência
    q atenda os seus pedidos do que uma honesta que atenda só em
    parte esses pedidos!!

    1.   Se foi nesse “exato

        Se foi nesse “exato momento”, então você é dono de grande agilidade mental. Pouca gente suspeitava que bandidos iriam preferir um bandido em vez de uma pessoa honesta.

  11. Excelente reportagem. É preciso expor as entranhas dos golpistas

    Prezado Nassif, prezados leitores.

    Esta reportagem dá uma amostra de quem é Eliseu Padilha e dos principais feitos deste que ocupa hoje a Casa Civil do governo golpista.

    Conforme tenho sugerido aos jornalistas independentes, é preciso fugir daquilo que é pautado pela grande mídia comercial, o PIG/PPV, alinhadíssima(o) com o governo golpista. O núcleo político do governo, e o próprio presidente interino traidor-golpista-usurpador, já estão com as vísceras expostas, exalando odor de  esgoto e carne putrefata. É preciso que os jornalistas independentes se engajem na desconstrução do ‘núcleo duro’ do governo golpista, ou seja, é necessário levantar e expor atividades e interesses do MF Henrique Meirelles, do general que comanda o recriado SNI, do corrupto entreguista que foi nomeado para o MA (Blairo Magi), do grande corrupto e entreguista-mor – o JS tarja-preta -, nomeado para o MRE, do nazifascista que hoje ocupa o MJ, do Sr. Pedro Parente, processado por improbidade administrativa e por ter causado um prejuízo de quase R$3 bilhões à Petrobrás e que hoje ocupa a presidência dessa que é a maior e mais etratégica empresa brasileira.

    O Jornalista Marcelo Auler produziu excelentes reportagens e desmascarou a ORCRIM da SR/DPF/PR, mostrando também que procuradores do MPF e o juiz sérgio moro também integram a mesma ORCRIM, que compõe a chamada ‘força-tarefa’ da operação Lava a Jato, a qual já foi rebatizada pelos apropriadíssmos nomes ‘Vaza a Jato’ e ‘Farsa a Jato’. Auler trilhou caminho próprio, totalmente dissonante com o que era pautado pelo PIG/PPV.

    Desde que eu tinha 16 anos sei quem é Fernando Collor, do estilo de vida e hábitos que ele tem e das falcatruas de que é capaz. Esse senador está denunciado no STF. O PGR, numa ação ilegal, determinou busca e aprensão de bens na residência do senador, o que incluía veículos de luxo. A PF e a PGR aproveitaram a oprtunidade para expor a intimidde do devasso senador; como se os cidadãos bem informados não soubessem do que Fernando Collor é capaz. Na época eu chamei a atenção para as ilegalidades e excessos cometidos; alguns mal intencionados me acusaram de estar defendendo o senador alagoano. Ilegais que eram, as apreensões dos veículos foram revogadas, mas NENHUM destaque foi dado a isso. Mas eu quero chamar a atenção do Nassif, dos leitores e de outros jornalistas, é para as graves acusações feitas por Fernando Collor contra um irmão do PGR Rodrigo Janot. Na recondução de Janot à PGR, era visível que Fernando Collor estava alterado (sob efeito de …..), com os olhos e semblante crispados, falando alto e externando ódio em relação a Janot. As acusações que Collor fez ao irmão de Rodrigo Janot e ao próprio PGR são gravíssimas e NENHUM delas foi desmentida. E nenhum jornalista ou veículo de mídia (seja do PIG/PPV, seja independente e progressista) se empenhou em apurar a veracidade, ou não, das graves denúncias feitas por Collor contra o PGR e contra o irmão deste. Portanto este continua um filão promissor e inexplorado. E num momento como o atual, em que Rodrigo Janot põe as asinhas de fora, sugerindo ter pretensões em concorrer a cargos políticos eletivos (presidência em 2018, como ventilado em revista do PIG/PPV?), é mais do que oportuno vasculhar e expor a atuação do PGR e do irmão dele, acusado de práticas criminosas,  por um senador.

     

  12. Neste casos 10 “branquinhos” e um coreano.

    Complementando:

    Morrem a Bruxa do 71 e seu Madruga

    Morre Chaves e até o professor Girafales

    Só espero nos ver  livres este ano

    De um bando de Golpistas e um pequeno coreano.

  13. Os ataques recentes da mídia golpista ao governo interino foi ap

    Os ataques recentes da mídia golpista ao governo interino foi apenas uma demonstração de força para poderem aumentar o poder de barganha das verbas publicitária. Pelo visto o silêncio do cartel midiático que controla o país sairá bem caro ao contribuinte brasileiro. 

     

  14. São João Fest

    Na minha “ingenuidade” estava pensando que quadrilha, no atual contexto, tinha a ver apenas com as festas juninas…..

    Mas, só interessa se envolver alguém ligado ao governo do PT, né?

    Para isso, vale até rasgar a Constituição e apelar para o Direito Penal do Inimigo…

    Gostaria de saber se tem algum “penoso” preso, atualmente.

  15. Crimes Continuados!

    Nassif: você notou que toda imundice e falcatrua políticas ou não desse Pais começa ou tem intensificação no governo do imortal insepulto Fernando Henrique Cardoso? No começo pensei em coincidência. Por que são maracutaias que não têm fim e “crime continuado”. Vendo agora, com Padilha, seu homem de “estradas e rodagens”, com folha corrida de se sobrepor a de Fernandinho Beiramar ou Marcola, estou sensível de apostar nesta idéia. Até porque, todas as facções criminosas dessa Nação parece tiveram inspiração naquele governo, que tirando Betinho, dona Ruth e uma meia dúzia de colaboradores (não mais que isto), o resto dá sinais visíveis de serem ladrões de carteirinha.

    Mas vamos ao caso. O interino, na posse, disse saber lidar com ladrões. Verdade. Tanto que, segundo Delcídio e Machado, tem compromisso em abafar a Lava Jato, tão logo Moro [ou qualquer outro Verdugo de plantão, a mando do STF] mande prender o Lula.

    Cunha, por outro lado, já está absolvido pelos 372 da Câmara, naquele “espírito de corpo” tão comum no pardieiro legislativo. Sabemos, os iguais se atraem.

    O ministro, por sua vez, é um predestinado. Sobe ladeira, desce ladeira [sina sua?], mas sempre angariando uns troquinhos, para ele [que não é de ferro] e para sua trupe, aquela já nominada nos noticiários e processos [arquivados e] ainda em vigor, especialmente o caso DNER, mas que serão logo logo abafadas, visto o poder daquela maioria do STF (6 +3), à disposição do interino e do compromisso deste para assumir o governo.

    Para encerrar, os processos contra o indigitado ministro, arquivados no STF, deram-se por falhas processuais. Não abrangeu o mérito. O roubo, continuou roubo. Os ladrões, ladrões. E a formação da quadrilha esta agora plenamente comprovada, não por falha ou culpa do ministro Marco Aurélio. “Dura lex, sed lex!”.

    PS.: Bem lembrado de Aghata, nestes 30 anos de sua ausência. Os crimes do atual governo brasileiro são tão complexos quantos suas novelas policiais.

  16. História Ciro Gomes

    Ciro Gomes conta uma bela história dessa época.

    Ele comentou com FHC pessoalmente que Eliseu Padilha vinha desviando recursos públicos do Ministério dos Transportes.

    E o príncipe dos sociólogos respondeu: 

    – Se você não fechar os olhos para o patrimonialismo você não governa.

    Vem daí a famosa frase do Ciro, de que “FHC não rouba, mas deixa roubar”.

    1. “FHC não rouba, mas deixa roubar”

      Espero que depois de “Privataria Tucana”, “Principe da Privataria” e tanta informação (caso Mirian Dutra, apartamentos no exterior, fazenda etc etc) que passa por este e outros blogs, ninguém acredite nesse bordão do Ciro para fazer média com o corrupto FHC.

  17. O romance criminal mais

    O romance criminal mais popular de Agatha Christie baseia-se no tangolomango (canção folclórica cumulativa) “Ten Little Niggers”, cujo título mudou nos Estados Unidos porque lá o termo “nigger” é muito ofensivo aos negros, por ser usado em xingamentos. A melhor das versões cinematográficas da narrativa é americana, mas filmada pelo francês René Clair em 1945.

    [video:https://www.youtube.com/watch?v=GOs7OPCIVm4%5D

  18. A policia federal descuidou e

    A policia federal descuidou e as provas foram anuladas, interessante, tinha mais alguém no esquema. Como a policia federal se descuidou, conversa para boi dormir. A policia federal não se descuidou, trabalham com esses inquéritos e vem com essa conversa. Parece mais armação para que esses ladrões se safem.

  19. “Em 2003 o MPF ajuizou a ação

    “Em 2003 o MPF ajuizou a ação contra Padilha. Apenas em 2013 a ação foi aceita “

    Mas que pressa!

    Pressa digna de um Teori 🙂

  20. “a PF descuidou-se em relação

    “a PF descuidou-se em relação ao foro de Padilha, no cargo de deputado federal.

    “Padilha assumiu o cargo de deputado em fevereiro de 2007, mas a primeira instância só remeteu o caso ao Supremo em junho de 2008. Devido a esse detalhe, todas as provas colhidas foram anuladas. A autorização teria que ter sido concedida pelo próprio STF.”

    Não se trata apenas de incompetência, mas de conivência.

    Fazem errado sabendo que tudo será anulado.

    Dessa forma, dão satisfação à sociedade e impunidade aos bandidos.

     

  21. esse artigo só comprova o que


    esse artigo só comprova o que é a justiça BRASILEIRA,

    UMA QUE ACOIBERTA CORRUPTOS E OUTRA QUE

    PERSEGUE PARTIDOS E MOVIMENTOS POPULARES…

  22. E como é triste essa vida de

    E como é triste essa vida de artista… depois de perder a democracia para um golpista, com tanta gente surja junta, apoiada por parte do judiciário, da mídia golpista isso não é mais novidade. Quanto desecanto isso nos causa. Todo esse golpe armado por gente do quilate do Eduardo Cunha e um conspirador que não governa apenas oculpa uma cadeira de presidente que ele nunca será. Golpista nunca será presidente, pode tentar dizer que é, mas ninguém é dono daquilo que não fez por merecer. Estamos num sofrimento profundo vendo nossa democracia ser dilacerada. E o STF que não levanta sua voz para defender a nossa constituição? E os senadores, quais serão aqueles guerreiros que enfrentem essa mídia podre sem se intimidarem e vote pela derrubada do golpe? Deus, nos salve Deus. Deus, salve as pessoas democratas onde mora Deus… nos salve Deus!

  23. Nassif
    Estou com saudade de

    Nassif

    Estou com saudade de Getulio, que em 34 fechou o sindicato de ladrões do patropi.

    Porque Dilma não fez a mesma coisa heim?

  24. ” Padilha assumiu o cargo de

    ” Padilha assumiu o cargo de deputado em fevereiro de 2007, mas a primeira instância só remeteu o caso ao Supremo em junho de 2008. Devido a esse detalhe, todas as provas colhidas foram anuladas. A autorização teria que ter sido concedida pelo próprio STF. Marco Aurélio considerou que o foro deve ser utilizado inclusive na fase do inquérito (http://migre.me/u9d7X). “

    Nassif

    Esse é o monstro criado em 88 chamado de CF.

    E tem gente que ainda acredita no stf !!!

  25. Nassif, uma correção

    No caso dos 46 processos do Mato Grosso, constantes do relatório da Anadyr Rodrigues, houve punições sim. Foram constituídas várias comissões de processo disciplinar, e muitos servidores foram demitidos – inclusive dois ex-Procuradores-Gerais do DNIT. Foi uma das poucas vezes em que FHC tomou medidas efetivas (o outro caso que me lembro é a SUDAM), pressionado pela opinião pública, à época inflamada pela briga Jader Barbalho X ACM.

  26. Espero

    Espero que, como no livro de Agatha Christie citado, caiam todos e esse governo tenha que renunciar de tanta vergonha.

    Só uma nova eleição geral para dar jeito nesta palhaçada toda.

  27. Com os senadores visando

    Com os senadores visando vantagens particulares, e alguns dependendo que a Lava Jato seja enterrada, é impossível descobrir em qual medida se afeiçoa o impeachment: se no esconderijo do PMDB para fichas sujas, ou, fora do golpe elevado pelo resultado da maioria, por via na repercussão mediática.

    Os senadores acompanhavam a prevalência geral dos votos – se antes vencerá a justiça, ou o interesse interino dos corruptos passaria na frente.  

    O último lance que tinhamos da Lava Jato é de que Temer está com envolvimento no escândalo de propinas da Transpetro, com seu nome na delação premiada de Sérgio Machado. Mas, de repente Dornelles, outro governador interino, inventou a denominação de calamidade pública para as finanças do Rio de Janeiro, servindo esta para abafar a repercussão do assunto que parecia incontornável na mídia. Desde então Temer não teve que passar por sua instabilidade propriamente dita.

    Temer, sem querer se explicar, ganhou de presente um pula fase de presunção, que favorece ao impeachment. Se esta calamidade pública põe os corruptos a frente da justiça, em troca de proteção financeira, ninguém sabe.

    A verdade, no que acabo de dizer, é que a calamidade pública da política adquiriu a tradição dos fenômenos naturais, e os governadores conseguiram que Temer possa justificar o seu objetivo maior de afundar a governabilidade do país.

  28. A Uberização a última fronteira.

    A Uberização  a última fronteira.

    Como o Capitalismo é algo simples de se teorizar, não adianta muito perder muito tempo entender estratégias nacionais para combatê-lo, pois a sua marcha tem se mostrado se mostrando inovando em um só sentido, a maximização dos lucros.

    O que espanta muitos nos dias atuais são as dimensões das empresas e com este efeito de escala o desemprego estrutural e a perda de importância do Estado Nação são cada vez maiores.

    Há algumas décadas para a expansão do Imperialismo eram necessários associados e o que não notam os políticos tanto de esquerda como os de direita é que os primeiros são inconvenientes e os segundos estão se tornando perfeitamente dispensáveis.

    Até as décadas de 80 e 90 ainda eram necessários sócios para gerir os negócios dos grandes capitais nos pontos mais distantes do Império, os sócios serviam como os verdadeiros feitores do grande capital, as matrizes como dominavam a tecnologia se satisfaziam em fazer mudanças cosméticas nos produtos e obrigarem seus feitores simplesmente trocaram de forma de açoitar seus escravos, entretanto no início do século XXI fica claro que até para administrar frotas de Taxi é possível fazer isto de New York sem que o grande proprietário tenha que se deslocar ou que os inconvenientes atravessadores-administradores locais e políticos tirem as suas percentagens e propinas.

    A Lava-Jato deve ser entendida realmente como um processo de depuração do capitalismo nacional em benefício do capitalismo Uberizado e centralizado e numa expansão de um Imperialismo em que se deixa de lado os processos de corrupção externo que servem para abastecer as grandes corporações e se foca nos processos internos de corrupção.

    Não é correto pensar que a grandes empresas nacionais que adquiriram porte de empresas internacionais preocupem o grande capital, o que preocupa mesmo é a possibilidade do desenvolvimento de tecnologia ou da administração de processos em nível de país concorrente. Veja-se dois tratamentos que são dados a dois tipos de empresas, para as empreiteiras se faz tudo para reduzir a nada qualquer tentativa de crescimento, pois simplesmente este é baseado em tecnologia nacional, por outro lado uma produtora de carne bovina, se trata com mais cuidado e como a mesma já se internacionalizou por completo o seu tratamento deve ser o mesmo que é dado para as grande empresas multinacionais, lembre-se que nos séculos passados reis e imperadores geralmente não eram massacrados por seus iguais, eram presos, cobrados resgates mas se não morresse nas batalhas teria seus deferimentos especiais.

    O emprego da informática permite a cada dia maior expansão do controle direto da economia pelas grandes empresas, que deixam assim as chamadas elites locais sem o mínimo sentido, pois a administração direta é possível.

  29. Você se esqueceu de mencionar

    Você se esqueceu de mencionar uma coisa.

    O MPF já começou a focar os parentes dos delatados usados para ocultar patrimônio ilegal:

    http://www.jb.com.br/pais/noticias/2017/06/19/mpf-suspeita-de-lavagem-de-dinheiro-e-pede-sequestro-de-imoveis-das-filhas-de-palocci/

    O significado disto é importante.

    Michelzinho e Marcela não poderão desfrutar em tranquilidade o patrimônio que foi colocado em nome deles pelo “chefe da quadrilha mais perigosa do Brasil”.

    1. Geni

      Seu Fábio,

      “sequestro de imóveis das filhas de Palocci” . Palocci, entendeu?

      Ai pode porque o PêTê é a GENI do ministério público, da justiça, dos coxinhas nativos e do PLIMPIG.

      Até chegar aos escritórios do Michelzinho, muito sangue terá que passar por baixo da ponte!

      1. E a GÊNIA ?

        Como diz o PHA, quando será investigada ? A Veroniquinha Serra. Até chegar nela e o Paulinho, filho de FHC, o Ilmo Juiz do Paraná estará de cabelos brancos e de muletas e eu rodeada de anjinhos no céu. Assim espero !

         

  30. Corrigindo

    Nos 46 processos do Mato Grosso teve punição sim. O Pedro Eloi Soares, por exemplo, que você menciona como denunciante, foi demitido 8 vezes, entre 2004 e 2013. Teve mais de 13 demissões no DNER por causa desses processos do Mato Grosso, gente de todas as unidades, da procuradoria ao financeiro.

  31. Carta aos espiões americanos
    Carta aos espiões americanos 2
    Necessito de urgência no cumprimento do nosso acordo visto q a cia quer nos atrapalhar,suspeito q Etchegoyen quer dar o GOLPE em Villas Boas,sejamos rápidos!
    Obs:O pessoal aqui pensa q somos loucos,favor silenciá-los com um “aperitivo”,antes do Moro,só assim acreditarão em nós!
    Obs2:Meus amigos dos blogs não sujos estão falando mal de vcs,não liguem pra isso,o q vale é o respeito entre nós,aqui perto de casa tb falam mal de vizinhos meus,não ligo,pq conheço alguns e são gente boa,se tiveram problemas com outros não é culpa minha,VIVA O BRASIL E VIVA AOS EUA!!!!
    Obs3:Trump não pipoque,o ví rugindo e me decepcionaria vendo-o miando!

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