O acordo Mercosul-UE à luz dos ensinamentos de Paul Krugman

André Nassif explica como Krugman demonstrou que os dois lados ganham apenas na hipótese de ambos terem o mesmo grau de desenvolvimento tecnológico e os mesmos níveis de consumo.

André Nassif é economista aposentado do BNDES e professor da Universidade Federal Fluminense. André não é parente.

Nos anos 90, produziu estudos seminais sobre os impactos da desnacionalização dos serviços no balanço de pagamentos brasileiro, em um período em que o país convivia com amplos déficits externos.

Nessa entrevista ao GGN, analisa o acordo Mercosul-União Europeia, à luz dos estudos seminais de Paul Krugman, Nobel da Economia. É uma bela aula sobre as modernas teorias de comércio exterior, que, a partir da observação empírica, Krugman conseguiu demonstrar com o uso intensivo de modelos matemáticos.

Nos estudos, Krugman questiona o dogma ortodoxo de que toda integração comercial é jogo de ganha-ganha, trazendo benefícios para os dois lados. Como André explica, Krugman demonstrou que os dois lados ganham apenas na hipótese de ambos terem o mesmo grau de desenvolvimento tecnológico e os mesmos níveis de consumo.

Caso contrário, o parceiro mais forte sempre terá vantagens sobre o parceiro mais fraco, sufocando sua produção industrial.

Aqui, a entrevista.

 

Luis Nassif

1 Comentário

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  1. Qual o problema se fosse parente? Toda Família tem pelo menos uma Pessoa inteligente que a compõe. Saberíamos que a sua não é exceção. Depois da brincadeira……. A nossa Bipolaridade Esquizofrênica, quero dizer Esquerdopata, não é de outro planeta? Não é exatamente o Acordo que diziam se imprescindível ao Brasil? Não é a Política Nacional de 90 anos, que teima em Nos tornarmos lacaios de outras Nações? Somente agora é que não serve?!! Agora é que descobrimos que abririam um pouco o seu Mercado Agropecuário se escancarássemos o Mercado Industrial Brasileiro? Mercado que já e dominado por Empresa Européías. 500 maiores filias das 500 maiores Empresas MultiNacionais Estrangeiras !!! Agora é só importa diretamente da Matriz !! E por que a pressa da Europa de forma tão repentina? Por que com a “LIBERDADE” que a China produzirá em futuros acordos, a Europa se tornaria um parceiro obsoleto. E neste contexto fomos correndo assinar um acordo que não produzirá nem mais 1/3 dos benefícios de uma década atrás. Poderemos enfim ter a Indústria de Fitas K 7 e de CD’s que tanto queríamos !!!! Viva a Elite Política Brasileira !!!!!! Quanta genialidade !!!!!! Pobre país rico.

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