A incômoda presença de Anitta, por Gilson Caroni Filho

Lourdes Nassif
Redatora-chefe no GGN
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A incômoda presença de Anitta
 
por Gilson Caroni Filho
 
O que tinha para ser escrito sobre Anitta já foi. Alguns textos muito bem fundamentados. Outros, vindos de uma esquerda que se pensa vanguardista, lamentáveis. Valeu de tudo. Desde o uso de uma leitura funcionalista dos frankfurtianos sobre indústria cultural ao tradicional “nunca ouvi essa mulher”.
 
O conceito de cultura popular, muito bem problematizado por Chartier, foi mais uma vez banalizado por integrantes da academia, que pensam caber a eles definir o que é ou não autenticidade cultural. E dizer que, há décadas, Marilena Chauí escreveu um livro excelente desmontando esse maldito lugar de fala. 

 
Outro ponto recorrente foi associação entre funk, tráfico e objetificação do corpo feminino. Que reducionismo preconceituoso! Todo gênero musical expressa as contradições do contexto em que é produzido. Seria interessante que os doutos pesquisassem a representação social da mulher no samba e na MPB. 
 
Encontrarão o magistral Ataulfo Alves, em “Mulata Assanhada”, um negro evocando a volta da escravatura: “ai, me Deus,que bom seria/ se voltasse a escravidão/ eu pegava a escurinha/e prendia no meu coração”. Ou a visão idílica de Paulinho da Viola cantando que “vista assim do alto mais parece o céu no chão”. Dirão que é preciso contextualizar o tempo em que as músicas foram compostas. Falácia de ideólogos que não suportam ver abertas as veias de nossas diversas contradições simbólicas.
 
Mas por que Anita incomoda tanto? Porque os que condenaram o convite de Caetano para que ela se apresentasse na abertura dos jogos olímpicos tiveram que engolir a bela interpretação de ” Isso aqui é o que é” e de ” Sandálias de Prata”. Mas não parou por aí. A apresentação com Andrea Bocelli foi outro tapa na cara da classe média que, à direita e à esquerda, não consegue superar seus preconceitos de classe.
 
Anitta, gostem ou não, é guerreira antropofágica. Sabe, como poucos artistas, administrar sua carreira. Não esqueceu que a laje é sua raiz, mas nem por isso deixa de penetrar no mercado hispânico e, em breve, no estadunidense. Farão com ela o que, há 60 anos, fizeram com Carmem Miranda? Dirão que está americanizada? Não estou comparando cantoras, mas a repetição do mesmos ranços. Aqueles que, a pretexto de valorizar o que é nacional ou popular, tentam condenar à pobreza cantores e compositores.
 
São os mesmos que apoiaram a marcha contra a guitarra e tiveram que reconhecer a beleza de “Domingo no Parque” onde Gilberto Gil mandou um belo “foda-se” para os puristas de plantão, cantou com os Mutantes, e compôs uma das mais belas músicas do nosso cancioneiro.
 
Os críticos de Anitta gostam de dizer que ela reafirma valores misóginos, conformistas e que faz o jogo da indústria cultural. Pois bem, ela mostra uma bunda longe dos padrões idealizados pelo patriarcalismo como quem diz “é minha, não é seu espaço de dominação”.
 
Sobre “fazer o jogo da indústria cultural” o cinismo dá a mão à indigência analítica. Qualquer produção simbólica em país capitalista dela não escapa. Ou não sabem que a mercantilização de tudo é a marca deste modo de produção? 
 
Anitta, ignore esse lixo. Vai ganhar dinheiro, mulher! Continue se reinventando! Prossiga na sua saga tropicalista! Vai malandra linda!
 
 
Lourdes Nassif

Redatora-chefe no GGN

50 Comentários

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  1. se alguém não consome o que

    se alguém não consome o que está em evidência, se para esse alguém a música (cinema, fotografia, artes plásticas, etc) oferece mais além de um mero fruir, então inclua-nos no rol dos que não conhecem essa mulher, simplesmente porque nunca ouvimos nada dela. bela é a internet que nos disponibiliza o que queremos e o que nem sabíamos existir e tudo através de uma procura, não de uma oferta. somos defensores de pichaçao nos prédios, incluímos o funk na mesma vala rebelde (não nos toca, infelizmente) dos jovens que sobem nas paredes impossíveis para deixar uma marca ilegível, mas não sabemos quem é a tal anita. não é prioridade. 

    1. Vc tem razão.Com o marketing

      Vc tem razão.Com o marketing agressivo e com os investimentos que a gravadora dela faz,além dos jabás nas rádios,é impossível mesmo não saber quem é Anitta.Assim até eu,se quisesse ser cantora,faria sucesso.É quase uma doutrinação cultural,nao tem como escapar.Minha sorte é que não perco tempo vendo TV,nem escuto rádio direito.A internet é uma mão na roda,pois podemos selecionar o que queremos.

  2. Anitta é so de coxinha que

    Anitta é so de coxinha que pensa ser moderno. É um lixo! Enfatiza a vaulgarização da mulher, vai contra o empoderamento feminino e glamouriza a criminalidae como meio de ascensão social. O mesmo traficante enaltecido por Anitta é aquele que irá matar policiais e justificar o assassinato de centenas de inocentes pela polícia fascista do Rio de Janeiro. Só que muita gene vai ganahr muito dinheiro às custas desta porcaria, em detrimento de músicos que estudam dez horas por dia e não encontram espaço no mainstream para divulgar seus trabalhos. É lamentável que pensadores de esquerda façam apologia deste tipo de sub-arte, que só merece o nosso repúdio. Depois, não venham posar de varões de Plutarco quando Anitta posar ao lado de Luciano Hook ou de Aécio Neves.

    1. Frustacão e ressentimento!
      Kant arrepiou agora nas páginas da “Crítica da Faculdade do Juízo”. Cartola, mesmo cantando que o samba não era mais de terreiro (macumba), assim deixo de ser para chegar no Teatro Municipal. Paulo Ribeiro deu vazão a velha superioridade dos músicos de gabinete, superiores a tudo, mas frustado por não serem reconhecidos!

      1. Ronaldo, saia de seu mundinho

        Ronaldo, saia de seu mundinho e conheça o trabalho que vem sendo feito por abnegados em regiões da periferia de São Paulo. Centenas de jovens carentes que se dedicam horas a fio e não contam com apoio de multinacionais para desenvolver seus talentos. Talvez o maior defeito é não possuir o dom da abundância de Anitta, uma reles imitadora de Beyoncé, que só prospera por que há milhões de otários como você.

  3. Bela , recatada e do funk .

       Envelhecemos ,quando passamos a lembrar do passado, e dele sentimos falta ,e vivemos saudosos do seu retorno , que não virá . Se ficarmos presos a ele ,e não reconhecermos o nôvo , a evolução permanente e incessante , estaremos com um pé no museu. A Annita simboliza o jeito , a fala ,o dia a dia ,o cootidiano da população . A ginga veio do berço ,está no DNA da bela e sensual moça . Estes que a rejeitam ,são os mesmos que adoram a Madona . O que fazer ,se carregam o vira-latas no DNA . 

    1. Anitta representa o seu dia

      Anitta representa o seu dia dia,o seu jeito e sua fala.Eu sou do Rio,e quem curte Anitta por aqui,sao gente de baixo nível socio econômico.Não conheço uma pessoa de boa formação e com bom grau de instrução que curta esse lixo.

  4. Quanta agressividade !
    Porque os pontos de vista precisam ser defendidos de forma tão agressiva, no Brasil nos dias de hoje ? Quem não gosta de Anitta tem direito de não gostar, sem que isto o torne ignorante e desprezível como o texto tenta passar.

  5. Arte como mercadoria

    Em toda a indústria cultural, a arte popular tem sido absorvida e transformada em mercadoria. A diferença do samba de raiz com o funk é que o primeiro, mesmo quando se iniciou o processo de absorção na indústria cultural, ainda expressav o universo pre-capitalista dos morros e subúrbios. A mesma coisa se pode dizer em relação à música caipira e à sertanejo urbana. A primeira ainda expressava o universo rural das comunidades do interior do país.

    O sertanejo urbano e o funk já nasceram aculturados, numa favela marginalizada, sim, mas inteiramente absorvida pelo modo de vida e cosmovisão capitalistas. Neesas condições, a única salvação para a arte é a crítica. Por isso, a alternativa que resta à arte pop hoje, para continuar válida, é a crítica e a negação. Só assim se mantém a tensão entre a independência da arte e o capitalismo. Por isso, o que se salva realmente do rock dos anos 80 é a contestação do sistema. Assim como o que se slava no universo do funk/rap é o protesto e o questionamento social.

    1. Indústria cultural? Belo conceito vazio!
      O esquerdismo expõem tudo, absolutamente tudo, segundo luta de classes, é um reducionismo infantil! Tivesse lido “Crítica da Faculdade dos Juízos”, saberia problematizar a relação entre a “indústria cultural” e o “gosto”, que este não é racional, mas guiado pelo sentimento, que, portanto, não pode ser único e universal. Que,ademais, é formado,diríamos com Vigotski, socialmente.

      1. Não estou falando de luta de classes

        Não estou falando em luta de classes, nem que a cantora não tem talento. Particularmente eu não gosto, nem de funk nem de música sertaneja: mas acho muitas músicas sertanejas são interessantes, talvez porque sou de Goiás e, bem ou mal, elas comunicam meu universo.

        A questão é que quando a arte vira mercado, a última esfera da vida que estava a salvo do capitalismo vira um negócio como qualquer outro e isto tira a possibilidade da arte se posicionar contra a alienação e a racionalização instrumental a que os homens são submetidos no capitalismo (no qual as pessoas existem para dar lucro, como peças da máquina capitalista). Alienação contra a qual os artitas sempre se rebelaram com sua arte e até com sua vida (veja o caso dos românticos e roqueiros).

        À arte, nestas circunstâncias em que está sendo absorvida pelo mercado, só resta a crítica. Para ficar no universo popular, cito Raul Seixas, Renato Russo, Humberto Gessiger e Racionais como exemplo. Eles mantém uma relação tensa com o “mercado da música” , pois apesar de se beneficiar dele, do sucesso e do dinheiro que lhes proporciona, desconfiam do sistema e o criticam, numa relação tensa: eles querem outro mundo, são desiludidos com este, questionam a indústria que os afaga. Essa arte eu acho frutífera e corajosa.

        Não se trata de luta de classes, mas de questionar o capitalismo. E os asrtistas podem e devem fazeê-lo, pois sabem que fazer arte NÃO é trabalhar, NÃO é criar mercadorias “úteis”, mas se trata de um outro tipo fazer concreto, outra vivência, aquém ou além da cosmovisão capitalista.

        [video:https://youtu.be/C_Z92ee_rEw%5D

  6. ” Anitta, ignore esse

    ” Anitta, ignore esse lixo”?

    O que é isso? Uma versão brucutu de “afasta as invejosas”?

    Sai fora. Lixo mesmo é Anitta. Não tem nada na cabeça, não tem nenhum talento, não sabe compor, não sabe cantar, não sabe dançar. Puro marketing. Se orienta, rapaz. 

        1. Se diz sim.A partir do

          Se diz sim.A partir do momento em que o gosto da maioria alienada e burra,me incomoda,eu tenho direito de reclamar.Anitta esta em evidencia pq vende,e nao vende necessariamente pq tem qualidade.Vende,pq a mídia esta empurrando goela abaixo esse lixo para a sociedade.

          Me lembra mais ou menos o que a mídia fez com a Madonna nos anos 80.Cantora medíocre,nao compõe,nao toca instrumento algum,mas conseguiu o tal “sucesso” e suplantou artistas muito mais talentosos.A mídia quando quer promover alguém,consegue os meios para isso.

          Não é a toa,que conheço um monte de gente que curtia Madonna,e agora que ela nao faz mais sucesso,sairiam da matrix,e sentem vergonha de terem sido fãs de uma cantora que nao sabe cantar.

          Anitta nao resiste ao tempo,seja esse tempo de 5 anos ou de 20 anos.Ela é irrelevante musicalmente.

      1. Justamente por isso que tenho

        Justamente por isso que tenho o meu gosto e, segundo o meu gosto, Anitta é lixo puro. Um pouco de lógica lhe faria bem.

    1. Vou repetir o colega comentarista:

      Gosto é um sentimento pessoal. Detesto música clássica. Vou dizer que é ruim? Simplesmente não ouço. Vou ser menos politizado por não curtir muito mpb? Vou ser favelado marginal por gostar de algum hip-hop? Vou ser taxado de bandido por admirar algum funk?

      Sou gaúcho e não ouço música tradcionalista daqui nem a pau. Mas não ignoro a importância para muita gente daqui.

      Ainda não aprendeste a conviver com a diferença e com a diversidade?

      Ah! Acho o máximo o Jhony Hook (é assim que se escreve?) e o Pablo Vittar. Tudo cultura.

      Só pra te avisar, tenho ótima formação educacional, bom emprego, bom padrão de vida. Não sou rico.

    2. Isso, boa, tem que proibir,

      Isso, boa, tem que proibir, tem que proibir, alguém sabe aonde se vai pra baixar documento coletivo para se proibir coisas??? . . . vamos brasileiros, temos que proibir, com urgência, se não a família brasileira vai ficar ameaçada, isto é uma ameaça maior do que foi o Mamonas Assassinas,  vamos enviar cartas ao Temer, meu Presidente, por favor proiba, Padilha grande brasileiro, alô Frota, Dr. Ray, temos que proibir . . . . . proibe Brasil . . . .

  7. O GRANDE ENGANO DO SAMBA

    Ledo engano, o samba nunca foi africano, ele surge na Mesopotâmia com os sumérios antes pois da acensão da civilização egípcia com Macaric Bruk III. O samba era a musica usada nos festivais de Jaruve a deusa do tempo dos sumérios e também dos caldeus. Na Baixa Mesopotâmia se desenvolveu mais a forma não sincopada, responsável por exemplo, por composições tais quais Na Baixa da Mesopotâmia, de autoria do então brilhante caldeu, Dorlik Cami. Mas como o ritmo se mostrou muito devagar, pouco prosperou e o que então vimos foi a definitiva afirmação da forma Partido Alto, tanto por atender a todos os partidos, quanto por conciliar altos e baixos, já então destinada a se propagar por todo Alto e Baixo Egito, razão histórica esta, que segundo diversos historiadores, seria então mais tarde responsável pela ativa presença no Alto e Baixo Leblon, Baixo Gávea, aproximando – se de vez do Vidigal, da Rocinha, subindo por fim nas lajes aonde impera até hoje em expoentes como Anita e sua celulite, para o constatado desconforto de reacionários tal qual Luiz Maurício, vulgo Lulu Santos.

    1. Quais livros de historiadores comprovam isso?
      Que unidade se manteve na harmonia e na letra? E também na passagem durante séculos de uma língua a outra? Que o samba seja uma síntese das pulsões do bem e do mal, basta ouvir sambas de terreiros. Possue a religião egípcia e mesopotâmica está condição? Cheira a generalização e bobagens.

      1. Ronaldo de Azevedo, Willian

        Ronaldo de Azevedo, Willian Junker, Afrânio Mello Jr., Julio Quinteros Delgado, Anisael Rodrigues Marques, esses são brasileiros e portugueses . . . . .

  8. Anitta
     

    Não gosto, não ouço, não admiro.

    Parabenizo!

    Anita é o exemplo máximo de sobrevivência que escondendo a qualidade que possa ter, mostra primeiro a utilidade para se fortalecer.

    Ela tem o “time” de carreira e  o signo das mulheres mais fortes e bem sucedidas no mundo do entretenimento(ela é de áries). Ela não renega origens, promove o que pode para depois promover o que deve.

    É destemida e bota a cara, vai pros “states” fazer figuração. É inteligente, bilingue (a criatura canta e fala inglês sem sotaque) e deve saber cantar e dançar, entre outras coisas.

    Anita sobreviverá.

     

  9. Pra mim, é igual a noz verde

    Pra mim, é igual a noz verde de Madagascar: só ouço falar.

    Não dou nem meu baratinho, que dirá o meu carinho.

    Como tantas outras coisas que rolam por aí, estão comprando é sucesso, em forma de entretenimento, promovido pela máquina de fazer inveja.

  10. Ideologias sem lógica.
    Uma coisa é certa, você pode até começar a cantar e tocar por gostar de música, mas só grava e aprimora a música por que quer dinheiro, o melhor crítico de arte do mundo é o povo, se tá fazendo sucesso é por que é bom, não adianta uns bestas que se diz inteligente dizer que é ruim, só fica parecendo inveja, casa um ganha dinheiro com o tipo de música que gosta, faça as pessoas gostarem da sua.

  11. Não, Anitta é apenas um dos
    Não, Anitta é apenas um dos resultado da pouca cultura brasileira.
    Mas como sabemos daqui a pouco aparece outra e ela vai ser a próxima Gretchen.
    Uma múmia da mídia. Que insiste em ser uma zumbi de celebridade.
    É só uma plagiadora das lixo gringa.

  12. Isso é a (pseudo)
    Isso é a (pseudo) intelectualização da mediocridade.
    Aliás o chamamento para que ela não ligue para o que falam e vá ganhar dinheiro diz tudo sobre os tempos em que vivemos. Conselho em tudo desnecessário diga-se de passagem.
    Ganhar dinheiro é o que ela sabe fazer, e bem. O dinheiro é o rei inconteste do mundo moderno. De resto a personagem é constrangedora para um pais que tenta há décadas, sem sucesso aparente, se livrar da imagem da terra das mulatas peladas de bunda grande. Parece que estamos condenados a valorizar a mediocridade nacional desde que seja famosa e ganhe rios dinhero.
    Chico Buarque tem razão ao dizer que Vinicius não teria lugar no mundo de hoje. Ela era a antítese de tudo que vemos e vivemos atualmente.

  13. Senti um incomodo tremendo

    Senti um incomodo tremendo lendo esse texto mesmo pois imagino a Alcione, um Paulinho da Viola, uma Leci Brandão, Djavan… lendo isso acerca de Anitta.  Preconceito de Classe? Tropicalista?

    Guerreira Antropofábica? Nesse momento lembrei do Bial chamando os BBBs de heróis….

    Atribuo a disseminação de textos como esse a algo que esta cada vez mais latente na musica brasileira, a mediocridade criativa.

    Anitta claramente hoje tem um sucesso desproporcional a qualidade do material que produz, e isso notoriamente se da pelo investimento que há por de trás dela. Anitta é muito bem produzida e da retorno financeiro. Legal não vejo mal algum nisso, mas talvez o que incomode seja esse quê de profundidade e significado que se queira dar… soa bobo.

     

    abraço.

    1. Olá.
      Apenas para
      Olá.

      Apenas para retificar:

      1. Anitta não recebeu investimentos de terceiros.
      2. Anitta não tem produtor oficial, uma vez que ela é quem compoe e produz a maioria de suas músicas.
      3. Anitta não carece de dar retorno financeiro ou não, uma vez que, ela é sua propria empresaria.

      Abraço.

      1. Amigo, Anitta para chegar

        Amigo, Anitta para chegar onde está, precisou sim de investimento, leia a respeito. Inclusive existe uma brigana justiça com a ex empresária, por conta disso.

        E sim, existem trocentos outros profissionais em volta dela, que dependem dela “dar retorno financeiro” sim!

      2. E você acredita nesse papo

        E você acredita nesse papo mole de que ela é dona da sua carreira e empresária?Querido,isso é algo restrito a poucos cantores,aqueles que já estão há anos na estrada,como Roberto Carlos,Madonna,U2.Anitta é um mero produto e fantoche da industria.Ela nao tem autonomia alguma sobre a propria carreira,e sim a gravadora investiu uma grana preta para manter o nome dela na midia.Sem isso,Anitta seria uma who?.

  14. Excelente texto Mestre,

    Excelente texto Mestre, sempre no ponto certeiro! Que Anitta siga brilhando e que as pessoas saiam dessa mesmice preconceituosa e comecem a se preocupar com o que realmente é relevante! Voa Malandra! Voa Anitta!

  15. O Politicamente ultra-correto

    Ser e ter de ser mais realista do que o rei por tempo integral é dose.

    Tem o seu lugar como um dia teve: “Aonde a vaca vai, o boi vai atrás…”

    Como diz o Lula: “Nós queremos é churrasco de picanha, viajar de avião, ir ao teatro e ao bom restaurante com a familia.”

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    Pode ir para a sua Paris, mas vá rápido porque o porteiro do prédio está voltando!

  16. Gilson, parabens.Os
    Gilson, parabens.
    Os comentarios mostram quem vc acertou no coracao da Esquerda preconceituosa. Aquela que defende o pobre mas Odeia e Demoniza a cultural dos mesmos.

    Repito mais umas vez….
    Nao ha nada melhor para liberar o ditador em nos do que o asssunto gosto musical.

  17. B o r i n g
    Primeiro que a
    B o r i n g

    Primeiro que a maioria dos jovens estão colocando essa mulher em um pedestal, como se estivesse acima de tudo e todos. E não é que “vocês são preconceituosos”, mas querer enfiar anitta goela a baixo e esperar que os outros a idolatrem da mesma forma não faz sentido. Há anos vi várias pessoas esnobando a MPB, considerando música de velho ou “machuda”. E o rock? Por acaso todos gostam? Há tantos artistas de estilos diferentes e para cada um deles existe uma porcentagem de pessoas que NÃO GOSTAM. Por que deveria ser diferente com Anitta? Gente, NINGUÉM É OBRIGADO A GOSTAR DE ALGO SÓ POR PATRIOTISMO OU PRA NÃO PASSAR POR PRECONCEITUOSO. Preconceito sempre fez parte desta merda de pais e infelizmente, NÃO DÁ PRA MANDAR NA VONTADE DE TODOS, NÃO DÁ PRA FORÇAR UMA PESSOA A MUDAR DE IDEIA. TODOS APRENDEMOS EM ALGUM MOMENTO DA VIDA QUE DEVEMOS RESPEITAR O PRÓXIMO MESMO QUE NÃO SEJAMOS A FAVOR DE SEUS GOSTOS, POREM SABEMOS QUE GRANDE PARTE NAO LIGA PRA ISSO. A verdade não é absoluta..o que é bom pra mim, pode não ser bom pra você e vice versa. Eu não tô aqui defendendo quem ofende a artista, mas falando que vocês também erram ao querer que todos gostem. Mesmo que não tenha sido sua intenção, eu falo por vários posts com diferentes opiniões sobre essa moça e mesmo eu não suportando mais ler “anitta isso, anitta aquilo, anitta rainha”, aliás, não só ela como outras divas pop por aí.

  18. O medo do novo.

    O que vejo aqui são pessoas incapazes de interpretar um ótimo texto. Não há uma reflexão que se contraponha ao texto. Apenas lugares comuns, típicos de quem é incapaz de pensar além da zona de conforto. O nome disso é insegurança. Falta de preparo. Uma pena. A polêmica poderia ter sido rica se tivessem entendido a bela pancada dada pelo autor que, corajosamente, nadou contra a maré e conseguiu chegar na praia com muito fôlego.

  19. Eufemismo é pouco

    Eu li de tudo um pouco sobre Anitta. De conservadores de direita e reacionários [redundância] e de “gente de esquerda”, como se nós que optamos por essa vertente política tivéssemos qualquer unanimidade de opiniões.

    Eu, por exemplo, ficuqie pasmo com textos argumentando que Anitta “representa a favela”. Não, não representa. Outros dizem que ela [por ser “representante da favela”] canta os “probelmas sociais” com o funk. Não, Anitta não canta os “problemas sociais”, seu “talento” se resume ao corpo, tal como o sistema patriarcado e sexista assim relega à mulher a ser um pedaço de carne.

    Eu vou fazer um interessante aporte. Não faz muito tempo, os mesmos colunistas que, agora, protegem e apoiam a Anitta, criticaram e atacaram outros MC’s, por seu funk recheado de machismo e sexismo [com direito a garotas em trajes exíguos]… porque são MC’s homens [alguns são brancos e heteros]. Então eu pergunto a quem defende a Anitta: cadê a coerência?

  20. As críticas à Anitta refletem

    As críticas à Anitta refletem a baixa auto-estima da maior parte do povo brasileiro.

    Antes da fama, ela não tinha os contornos para ser capa de revista. Quando realizou as plásticas, foi alvo de crítica, porque ela chegou ao patamar das “naturalmente lindas” e superou o das “feias naturais”.

    Depois criticaram sua voz, suas músicas, mas ela tem se mostrado capaz de cantar funk, pop, reggaeton, bossa nova e, mesmo assim, emplacar hits cantando em diferentes ritmos.

    Somos um país onde quem está no topo tem ciúmes da sua posição privilegiada e se incomodam quando uma suburbana de Honórgio Gurgel começa uma promissora carreira internacional. Por outro lado, em vez de ser motivo de orgulho, uma grande parte da camada mais pobre se sente ofendida pelo sucesso de Anitta, por não se curvar aos padrões machistas de como a mulher deve se comportar, por não ter pudor sobre o próprio corpo, por ser uma mulher empoderada e porque Anitta superou os limites sociais de muitos e, ao superar esses limites, incomoda aquelas que se sentem incapazes de fazê-lo, precisando diminuir a cantora e questionar o seu trabalho e seu sucesso.

    Eu não nutria muita simpatia por Anitta, embora gostasse de suas músicas. Hoje me orgulha que ela esteja ultrapassando a barreira da baixa auto-estima que limita o nosso crescimento pessoal e profissional.

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