O velho, o menino, o burro e os haters – mais um sobre a revista Capricho, por Matê da Luz

O velho, o menino, o burro e os haters – mais um sobre a revista Capricho

por Matê da Luz

O Brasil, que é o país do golpe, também pode ser considerado o país dos haters. Difícil para quem escreve publicamente, fora dos diários da vida e mantém opinião às sete chaves, porque de verdade eu quase achei que era besteira escrever um post sobre as meninas negras na revista Capricho ou que, pior ainda, como mulher branca eu não poderia escrever sobre isso.

Errei feio, errei rude.

É importante sim, e do alto do meu agradecimento aos odiosos comentaristas de plantão, entendo que dá pra escrever mais sobre o assunto. Porque eu posso, pelo simples fato de estar noticiando, e não vomitando achismos (diferente dos comentaristas que, rapidinho, pescam minúcias pra se abastecer de raiva).
Verdade que o sonho de toda menina negra não deve ser aparecer na capa da Capricho, e este nem é o ponto mais alto da minha abordagem, que ali foi a de mostrar o espaço cedido pela revista, finalmente, que demora!

Em momento algum disse que a luta acabou ou proclamei a conquista de um sonho merecido. Agora, chegar num ponto de cegueira sobre a presença das meninas negras em todo e qualquer mercado, considerando irrelevante que a maior revista adolescente do país tenha aberto uma porta deste tamanho, bem, isso é extremista e beira um dos motivos pelos quais ainda existe muito mais diálogo do que ação no sentido da ocupação efetiva das negras nos contextos mais amplos, que é o racismo implícito.

A mídia, bem como as universidades, são espaços formadores de opinião – independente da opinião que você tem sobre esta ou aquela mídia, percebe? 

A revista Capricho não inventou essas meninas, mas isso nem foi percebido por aqueles que desejam atacar. “A negra da capa”, foi aí que o foco se manteve. Abram os olhos, cliquem no vídeo. A revista ampliou drasticamente o eco das mensagens destas meninas, que já vem sendo propagadas em suas redes sociais e, aplausos sim, apresenta pra todas nós que existe uma realidade além daquela estampada até agora por ali e que precisamos enxergar como vitória. Estamos tão adoecidos que uma branca não pode comemorar este espaço?

Sobre aqueles que disseram que não posso falar sobre as meninas e mulheres negras, antes de mais nada, informem-se com mais propriedade sobre lugar de fala, que é algo absolutamente diferente de divulgação. Vocês também andam praticando estes pequenos racismos separatistas, percebem? Se uma mulher branca não pode divulgar o trabalho de uma mulher negra, pois como escreveu um dos haters-comentaristas “BRANCO NÃO AUTORIZADO POR LUTAS NÃO PODE FALAR SOBRE NEGROS E SOBRE A OPRESSÃO BRANCA”, assim mesmo, em caixa alta, isso não é uma barbaridade racista, tal e qual o mesmo hater-comentarista concluiu sobre meu conteúdo?

Leia sobre lugar de fala, aqui tem um artigo maravilhoso sobre o que é. Se não quer acessar o link, aqui vai uma das definições diretas: 

“O lugar de fala é um termo que aparece com frequência em conversas entre militantes de movimentos feministas, negros ou LGBT e em debates na internet. O conceito representa a busca pelo fim da mediação: a pessoa que sofre preconceito fala por si, como protagonista da própria luta e movimento.

É um mecanismo que surgiu como contraponto ao silenciamento da voz de minorias sociais por grupos privilegiados em espaços de debate público.”

Portanto: eu não estou falando sobre negros e a opressão branca do ponto de vista de uma mulher branca – eu estou noticiando um fato e apontando informações históricas sobre a presença da mulher negra na mídia. Antes de escrever seu comentário contra meu posicionamento, com quantas mulheres e meninas negras você falou? Aguardo a resposta.

Eu falei, e venho falando, com muitas delas – inclusive para transformar meu pequeno-mundo-branco em um lugar verdadeiramente viável para todos.

Se “a mídia” é irrelevante pra você, a bola do problema não está nas minhas mãos. O golpe se deu também pela mídia, lembra? Repense sobre os critérios de irrelevância, pois.

Se você acha que a indústria da moda e da beleza não impactam empoderamento, raízes culturais e até contextos políticos, bem, falta um estudo de história por aí. Este artigo aqui, também da Geledes, pode te ajudar a abrir a cabeça.

De novo, agradecida estou aos haters que me fizeram revisitar meus pensamentos, opiniões e aprofundar conversas com minhas amigas negras, uma delas inclusive mãe de uma das meninas da Capricho. Ao pedir a opinião destas pessoas na pós publicação, além da escuta pela pauta, me percebo aberta e sensível às mudanças que se fizessem necessárias e isso, reforçando meu conteúdo de auto-ajuda, este sim um apontamento fundamentado e com sentido absolutamente feliz por aqui. Poder se questionar equivocada é premissa para quem pode se corrigir e isso é, de fato, lindo.

Registro, enfim, a conclusão que esta amiga chegou comigo, amenizando meu ardor no peito e inspirando este texto aqui: “não existe lugar de fala aí, né? O que existe é um bater de Palmas e Tocantins pela porta aberta da revista ao apresentar vídeos com expoentes e novas caras pro mercado. Agradece os haters e escreve um pouco mais sobre isso, vai”.

Respiro, aliviada – porque estou suscetível ao erro, quem não está? E corro preparar pelo menos mais três pautas falando sobre cada uma dessas meninas, pra celebrar sim o espaço que elas, empoderadas e empoderando, têm pra falar, dançar, articular, quer você queira, quer não. 

Mariana A. Nassif

13 Comentários

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  1. Ah, é mesmo, esqueci que

    Ah, é mesmo, esqueci que ainda vivemos num mundo onde não posso divulgar minha opinião sobre um acontecimento público e, ainda, que existem os intelectuais comentaristas, estes que devem produzir estudos tão profundos e opiniáticos e não têm onde publicar. Fique à vontade pra me mandar seus artigos, viu?, gosto mesmo de auto-ajuda mas abro uma excessão pra ajudar um outro alguém. Ops, para publicar um outro alguém, desculpe o ato falho. 

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    Você tem todo o direito de novo

    Você tem todo o direito de divulgar o que desejar, ao seu bel prazer. Só não pode politizar a questão negra com uma matéria tão rasa e despropositada. Vivemos tempos de luta e de extrema conscientização dos negros sobre a negritude e nos movimentos negros (são muitos) a revista capricho não é referência, so sorry mam!

    Mas vou além no seu comentário e especialmente a respeito do trecho “…e não têm onde publicar.”

    Evidentemente fosse você alguém dentro da luta dos negros saberia que não ter onde publicar não poderia jamais ser objeto de júbilo, de jactância ou de demonstração cabal da superioridade dos seus argumentos (que são toscos, posto que despolitizados). 

    Em verdade você deveria se lamentar por isso, uma vez que é mais uma prova do cerceamento de espaços aos negros neste país. Prova do racismo estrutural que perpassa todas as instituições. Bola fora novamente.

    Seu cínico ato falho a propósito é expressão do seu racismo do qual você não se livrará escrevendo textos de auto-ajuda para jovens negras. Ele está impregnado em nossa cultura. Está impregnado em você. Você prova isso com sua EXCESSÃO (sic) para “ajudar” um outro alguém a quem você reputa precisar de alguma ajuda de antemão, sem mesmo conhecê-lo.

    Publicada a lei áurea em 1888 os fazendeiros e barões donos dos engenhos aqui no nordeste muito se revoltaram com “repentino” desejo dos trabalhadores negros de pegarem a estrada, buscando novos caminhos para suas vidas. Se preocupavam paternalisticamente com esta libertinagem que poderia levar à vagabundagem, ao ócio e aos vícios. Trataram de toda a forma de tutelar os negros e negras, de “ajudar” esses “alguéns” a aprender sobre a liberdade e seus “riscos”.

    Recomendo a leitura do fascinante livro de Walter Fraga(professor e doutor negro da UFRB aqui de Cachoeira, Bahia) Encruzilhadas da Liberdade. Com o tempo posso te passar outras leituras mais conceituais sobre a negritude já que você está “bondosamente” me concedendo este espaço.

    kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk

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    1. Minha deusa! Meu “ato falho”

      Minha deusa! Meu “ato falho” proposital diz respeito aos ataques que venho sofrendo pelo senhor a troco de migalhas. Não tenho pretensão de escrever um texto politizado e sequer entendo que todo e qualquer material de divulgação tenha que ser considerado um artigo científico embasado e aprofundado. 

      Difamei o movimento negro? Desrespeitei algum posicionamento? Informei equívocos? Por favor, me corrija. Tampouco escrevi um “texto de auto-ajuda para jovens negras”. Noticiei um fato, celebrei uma conquista. Ponto.

      Como disse, estou e sempre estive aberta ao novo, à transformação. Mas carregar as mãos com essa raiva e escrever ataques por aqui, olha, é a última vez que o senhor encontra este espaço. Vá fazer valer seus cliques pra outro lado. 

      1. “…mas isso nem foi

        “…mas isso nem foi percebido por aqueles que desejam atacar.”

        Uma dos maiores pavores dos senhores escravistas numa colônia e depois país onde os negros eram maioria em vastas regiões era o medo do ataque. Mas aqui não estamos mais no escravismo de modo que o que você chama de ataque eu chamo de controvérsia. Melhorou com seu medo? Ataque é preponderantemente algo físico, notadamente quando o alvo é o negro.

      2. é a última vez que o senhor encontra este espaço

        é a última vez que o senhor encontra este espaço

         

        Meu deus, que medo. 

        Quer fugir do debate apelando?

        Quer fugir do debate cerceando o espaço democrático do GGN?

        Como?

      3. Este espaço é democrático e

        Este espaço é democrático e queira ou não você deverá argumentar. Não serve outra saída. O que eu desejo é a sua argumentação já que entrou em tema que pelo que você conhece (pouco) não deveria ter entrado e mais, me desqualificou de forma que eu acredito ser racista.

  2. “O Brasil, que é o país do

    “O Brasil, que é o país do golpe, também pode ser considerado o país dos haters.”

    Qualquer contestação à fala e ao poder branco durante a escravidão, no pós escravidão e ainda hoje é considerado discurso de ódio. Isso vem desde os tempos coloniais. Você só confirma isso. Eu sou hater (propagador de ódios) porque contestei os seus escritos. Ora, desde sempre os negros que se insurgem são considerados propagadores de ódios. Que novidade você achar isso tal qual achavam os barões brancos e fazendeiros(as) escravistas desde o século XVI!

    “É importante sim, e do alto do meu agradecimento aos odiosos comentaristas de plantão…”

    Novamente você se insurge contra a contestação do seu discurso de auto-ajuda direcionado às negras (e negros) dizendo que é discurso de ódio só que agora você usa a lingua portuguesa. Novidade? Nenhuma. Segue igual desde o século XVI. O seu discurso é reprodução no século XXI do que pensam os brancos quando contestados em seu apaziguamento conservador.

    “…vomitando achismos…”

    Evidentemente a articulação dos negros no uso da palavra, no campo das ideias jamais poderia vir do cérebro, mas do estômago. A coisificação do negro e de suas ideias jamais poderia passar por um órgão, símbolo do que é ser humano que é o cérebro. Tem que vir do estômago. Foi isso que você escreveu e isso escreveram outros tantos teóricos principalmente do século XIX sobre a inferioridade e sobre o atavismo dos negros.

    “…espaço cedido pela revista, finalmente, que demora!”

    Nos sistemas de poder nenhum espaço é cedido. Isso não existe. Todos os negros conscientes sabem disso. Espaços são ocupados com lutas dentro das perspectivas históricas mais modernas. No poder ninguém cede nada. Aprenda.

    “…conquista de um sonho merecido.”

    A Lei Áurea de 1888 também foi por muito tempo dentro da historiografia oficial intitulada como “conquista de um sonho merecido”. Poucos sabem que quando esta lei veio, a maioria dos trabalhadores e trabalhadoras negras já estavam libertos. Por isso que os negros encaram o processo e não a lei, encaram e entendem a luta continua e não louvam uma canetada. Mas seu discurso é o mesmo dos fazendeiros(as) e barões brancos do século XIX que tendo perdido a escravaria restante desejavam que continuassem em suas propriedades e sob a sua tutela. Na história social e de lutas não existe o conceito de merecimento. Isso é coisa de Danuza Leão e de auto-ajuda e não de história, sorry Mam.

     

    “…considerando irrelevante que a maior revista adolescente do país tenha aberto uma porta deste tamanho…”

    Novamente você ignora a história moderna e atribui à revista da Editora Abril, a mesma que publica o pasquim fascínora, racista e golpista denominado de Veja o atributo ou a concessão aos negros e negras. Sim, a Princesa Isabel é a libertadora, isso te deixa mais feliz? kkkkkkk

     “…ocupação efetiva das negras nos contextos mais amplos, que é o racismo implícito.”

    Querida, quando falamos de contextos mais amplos estamos falando de racismo institucional e não implícito, ok? Beleza? kkkkkk

    “…mas isso nem foi percebido por aqueles que desejam atacar.”

    Uma dos maiores pavores dos senhores escravistas numa colônia e depois país onde os negros eram maioria em vastas regiões era o medo do ataque. Mas aqui não estamos mais no escravismo de modo que o que você chama de ataque eu chamo de controvérsia. Melhorou com seu medo? Ataque é preponderantemente algo físico, notadamente quando o alvo é o negro.

    “Vocês também andam praticando estes pequenos racismos separatistas, percebem?”

    Bem, nem deveria comentar sobre isso, mas aqui você explicita algo que qualquer pessoa da sua estirpe e detentora de uma coluna, mesmo de auto-ajuda já deveria saber. A academia não admite mais o conceito de racismo reverso. Não existe racismo de negros contra brancos uma vez que o racismo é mecanismo social de dominação fundamentado na ideia de que as diferenças fenotipicas são também diferenças qualitativas e sabemos (ao menos eu acho que você deveria saber), no Brasil os brancos estão em posição ainda de dominação.

    “…assim mesmo, em caixa alta, isso não é uma barbaridade racista, tal e qual o mesmo hater-comentarista concluiu sobre meu conteúdo?”

    Você acredita em racismo reverso. O Bolsonaro, o MBL, os brancos de direita e fascistas também. So sorry Mam!

     “…um mecanismo que surgiu como contraponto ao silenciamento da voz de minorias sociais…”

    Acreditava-se na possibilidade do branqueamento da população brasileira e muitos teóricos racistas escreveram sobre isso. Visite-os, recomendo. Mas isso não rolou. Os negros não são minoria no Brasil. Hoje perfazemos segundo o IBGE mais de 53% da população e aumentando.

    “Antes de escrever seu comentário contra meu posicionamento, com quantas mulheres e meninas negras você falou? Aguardo a resposta.”

    Primeiro você acha ruim contestações e críticas aos seus “artigos”. Eu encaro isso como democracia. Você acha que quem a contesta e especialmente eu, eu mesmo que sou negro como hater ou propagador de ódios. Entendo historicamente sua aversão ao contraditório. Isso faz parte das relações entre brancos e negros no Brasil. Há uma luta aí. Há um processo histórico de lutas. Mas por afirmar a minha negritude e lhe contestar como branca não sou um hater a menos que você mergulhe a si mesma no século XIX ou nos primórdios do século XX. Depois ninguém aguarda como mandante alguma resposta de mim sendo branco ou branca. Ninguém me dá ordens como sugere o seu “aguardo a resposta”, muito menos uma branca que considera o contraditório de um negro algo como raivoso (haters). Seu posicionamento lhe desqualifica para o debate sobre as questões negras. Seu posicionamento não é moderno e nem consentâneo ao justo e fundamentado debate travado nas universidades brasileiras e nos movimentos negros desde os anos 90. Nem é consentâneo com a literatura já disponível sobre este tema. Por isso você não pode delinquir “jornalisticamente” sobre este tema. Mais tarde e quando eu quiser, se você continuar com suas provocações racistas eu lhe direi do lugar onde falo onde 90% da população é negra e onde 80% dos alunos da universidade federal local também são negros e negras. Não vivo num espaço de brancos. Vivo num espaço e num território negro só para começar a te informar sobre um país que você desconhece.

    “inclusive para transformar meu pequeno-mundo-branco em um lugar verdadeiramente viável para todos.”

    E quem lhe disse que os negros desejam transformar o seu espaço branco num espaço “viável” para eles que são a maioria neste país? Passa pela sua cabeça que a negritude é um processo revolucionário e de busca de igualdade em todos os planos? Quem são esses todos? Nunca vi “todos” em minha porta e nem andando pelas ruas…kkkkkkkk

    “…falta um estudo de história por aí. Este artigo aqui, também da Geledes, pode te ajudar a abrir a cabeça.”

    Os brancos desde sempre em nossa trágica história de subjugação colonial, do escravismo e do racismo acharam isso mesmo que você pensa e expressou sobre mim. Ira. Raiva. Ódio. Hater!!! No passado abriam as cabeças dos negros com porretes. No presente disfarçam o mesmo desejo com expressões que mal disfarçam os mesmos desejos diante do confronto saudável de ideias. 

    “Respiro, aliviada – porque estou suscetível ao erro, quem não está?”

    Nossa, uma mulher branca e metida a falar sobre a negritude mas desnudando ao público todo o seu racismo acumulado de cinco séculos declara que cometeu um erro. Um erro! Salvas de palmas! kkkkkkkk

     

     

     

     

     

     

     

  3. Esses racistas não conhecem História

    Se os brancos não pudessem se manifestar sobre os problemas dos negros, a escravidão africana continuaria até hoje, com os chefes africanos aprisionando seus comandados ou fazendo guerras para obter escravos, e vendendo-os aos brancos no litoral. Foi a campanha que envolveu maioria dos brancos que acabou com a escravidão legal (exceto em alguns países africanos). Podem me xingar como quiserem, mas primeiro vejam a História, incluindo a atual.

    1. Ah, sim, perfeitíssimo sem

      Ah, sim, perfeitíssimo sem ”raciocínio”. Então, agradeçamos aos brancos que percebendo o malefício da escravidão negra, criaram mecanismos para acabar com a escravidão criada por eles mesmos e devem todos não-brancos estarem infinitamente gratos por tão ilustre ato humanista. 

      E, complementando: se a cultura ”branca-ocidental, etc’ é tão superior, porque se serviu da escravidão negra por séculos? Parece aquele pedófilo europeu que se delicia em viagens pelo sul da Ásia a procura de diversão – pagando para pais para transarem com seus filhos e que diz: ”é A cultura deles, não posso fazer nada.

      As olavetes são engraçadas…

  4. Why?

    Estou muito, muito surpreso com essa situação.

     

    Eu sou branco e ignoro todos os posts dessa senhora branca, dado a incrível inutilidade de todos os posts… Porque alguém do movimento negro perderia tempo lendo e comentando?

    Vamos defender o movimento negro sim. Bem, nem sei se eu posso já que sou branco, mas vamos defender em outro lugar que faça sentido, que tenha relevância ou importância. Será que não tem alguma mulher branca  com cancêr e turbante por aí pra ser patrulhada e esculachada? Algum ator famoso adotando crianças negras pra ser exaltado?

    Ou o movimento negro está tão desesperado por atenção que está chutando cachorro morto? Ou é raiva porque é uma branca super macumbeira?

    Estou muito, muito intrigado.

     

    Att

     

    Tio_Zé

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