Basta, Bolsonaro!, por Perpétua Almeida

É inadmissível que Bolsonaro permita o uso de seu nome para insuflar mobilizações contrárias ao regime democrático.

Basta, Bolsonaro!

por Perpétua Almeida

Jair Bolsonaro passou dos limites. Ocupante do mais alto cargo da República, eleito por voto popular nas eleições de 2018, o presidente deve explicações urgentes ao povo brasileiro: precisa vir a público e dizer de forma clara que não apoia a convocação de manifestação contra os poderes da República, pilares de nossa democracia, o Congresso Nacional e o Supremo Tribunal Federal (STF).
Como vivemos em uma democracia, os cidadãos são livres para expressarem suas opiniões e nos limites das leis, da Constituição e de forma pacífica. É inadmissível que Bolsonaro permita o uso de seu nome para insuflar mobilizações contrárias ao regime democrático.
Ao compartilhar vídeos de apoio a manifestações que achincalham e pedem o fechamento das instituições democráticas, o presidente mostra que “não está à altura do altíssimo cargo que exerce” e “pode ser responsabilizado por crime de responsabilidade”, como afirmou o ministro Celso de Mello, decano do STF.
Como bem declarou o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, “criar tensão institucional não ajuda o País a evoluir. Somos nós, autoridades, que temos de dar o exemplo de respeito às instituições e à ordem constitucional. O Brasil precisa de paz e responsabilidade para progredir”.
Bolsonaro deveria estar preocupado em garantir emprego e renda para a população desempregada, ampliar os programas de combate à fome e à miséria, construir políticas de desenvolvimento da indústria nacional já estagnada e sem perspectivas, estimular pesquisas para introduzir o Brasil na revolução tecnológica, buscar saídas para a disparada do dólar — que impede a economia de crescer, puxa a alta dos combustíveis e encarece alimentos e o consumo.
Em vez de trabalhar e buscar soluções para os problemas do país, o presidente insiste em lutar contra os pilares democráticos, garantias e direitos conquistados na Constituição de 88.
Precisamos unir as forças democráticas desse país e, com todo o nosso empenho, defender a democracia e a Constituição brasileira.  Não permitiremos que se destruam conquistas alcançadas a duras penas.
Perpétua Almeida – Deputada federal pelo Acre e líder do PCdoB na Câmara

 

Redação

4 Comentários

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  1. Esse texto é ridículo. Democracia onde greve é proibida. Onde a polícia não pode se insubordinar mas pode assassinar o povo e constituir milícia. Democracia onde se faz eleição com o Lula preso. Democracia onde o Palácio do Planalto mais parece um quartel. Democracia sem povo.

    Essa deputada devia ter vergonha de representar a idiotia política da esquerda que finge não ver o tamanho do descalabro pra afirmar uma “democracia” fictícia. O centrão é o ARENA. Não tem democracia nisso. Acham que é bonito ser “ponderado” com fascista. A linha vermelha foi cruzada em 2016. O resto é idiotice.

    “Basta Bolsonaro” propõe o quê? Botar uma focinheira no bicho? Excluir o Twitter dele?
    Essa esquerda burra vai continuar nos empurrando pro abismo. Eu já estou cansado.

    Ou é Fora Bolsonaro ou se bandeie para o bloco dos covardes e ineptos.

  2. Textos como esse mostram que a esquerda brasileira está calma e serena em seus gabinetes acarpetados e escritórios com ar-condicionado enquanto o país é destruído. Cansa ver tantas palavras vazias e tão pouca ação.

    Os senhores acreditam que devem falar e falar e falar até que, por uma tecnicalidade ou contradição da direita, Bolsonaro caia? Creem que o desgaste deste governo anti-povo junto com presença da esquerda nas redes sociais garantem a vitória em 2022? Pensam que a defesa rasa de um conceito abstrato e inexistente chamado democracia conquistará o trabalhador?

    “Basta, Bolsonaro!”, “Bolsonaro é fascista e racista!”, “Bolsonaro passou de todos os limites!”, tá, e daí?

  3. As ǎguas estão subindo, prestes a nos afogar. A nata é uma porção mínima do leite e essa nata é a parcela da sociedade que que se beneficia do caos econômico e social que estamos vivendo. Para quem entende de economia, não há perspectivas de uma estabilidade com crescimento, só entrega do patrimônio público e nada mais. Estão matando a galinha dos ovos de ouro e o povo voltando à escravidão.

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