Brasil em Transe: a negação da realidade, por Arkx

 

Brasil em Transe: a negação da realidade, por Arkx

na Convenção do PSOL, realizada em 10/03/2018, Nildo Ouriques manteve-se fiel a proposta de realização de prévias e retirou sua candidatura, recusando-se a participar do colégio eleitoral.

em sua intervenção, afirmou algo que diz respeito a todos nós: por não termos um diagnóstico da crise, estamos sendo atropelados pela conjuntura.

assim como antes todos sabíamos que haveria impeachment, haveria o Golpe de 2016, haveria a condenação de Lula, haveria a confirmação da condenação pelo TRF-4, haveria a negação do habeas corpus pelo STJ, haveria a protelação no STF… e agora, apesar da última quimera das ilusões perdidas: haverá a prisão de Lula!

contudo, o debate político continua em estado de negação da realidade, ainda girando em torno das Eleições de 2018, as quais todos sabemos que jamais acontecerão! e caso aconteçam, será apenas como farsa!

enquanto isto, a realidade se esgoela diante de nós, aos berros desesperados nos convoca:

– o sistema político faliu!

– a institucionalidade está irremediavelmente dissociada do poder instituinte: a soberania popular!

– a democracia liberal representativa esgotou seu tempo histórico!

– a forma-partido expirou seu poder de instrumento de transformação social, mesmo que de baixa-intensidade!

– o Estado Pós-Democrático se fundamenta num regime de exceção permanente!

– o exército industrial de reserva tornou-se obsoleto e descartável, numa sociedade governado pelo paradigma da informática de controle e sob a égide do capitalismo cognitivo;

nenhuma pax nos salvará. estamos no epicentro de uma Guerra Mundial Híbrida. queiramos ou não, aceitemos ou não, já estamos de qualquer jeito num guerra de extermínio. só nos cabe lutar por nossa sobrevivência.

e isto só pode ser feito coletivamente e de modo organizado, a partir de um correto diagnóstico da crise.

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Redação

41 Comentários

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  1. – quem decretou a falência do

    – quem decretou a falência do sistema político (foi o Dallagnol a .ppt dos procuradores de curitiba?) ou melhor a quem interessa essa tal falência? Digo que a quem mais interessa essa “falência” são as forças do mercado e do golpe de estado, certamente não interessa às forças democráticas de esquerda.

    – soberania popular só com eleições (legítimas e indiscutíveis) ou revoluções (as antigas formada por uma vanguarda na forma partido, guerrilha ou ambas e o povo a reboque que são as únicas que conhecemos)

    – o que colocamos no lugar da democracia (sem adjetivos)? nos desfazemos de todos os seus instrumentos e peças? ou mantemos alguns? neste caso qual mantemos e qual nos desfazemos?

    – o que colocamos no lugar da forma-partido como instrumento de transformação social? dou só um exemplo para demonstrar a dificuldade: o Podemos espanhol que nasceu do impulso de um movimento contra o sistema político (15m) e que teve que se consolidar como forma partido para participar e transformar a democracia (burguesa?liberal?) e agora tem mais ou menos os mesmos problemas de qualquer partido político convencional. Para não falar dos eventos mais dramáticos ainda do Syrisa na Grécia. E mesmo o movimento 5 estrelas que atua sempre na “forma-partido”

    – o exército industrial de reserva está ai e estara até quando existir capitalismo (cognitivo, espoliativo, de Estado, atrasado, moderno ou o que quer que seja) com sua mesma função de sempre regular o preço da força de trabalho e os ciclos de acumulaç(obsoleto e descartável, a obsolescência apenas acompanha a tecnológica) é uma parte da massa trabalhadora e é preciso analisar os movimentos desse exército em escala global, será que o exército industrial de reserva da China ou do sudeste asiático reage e tem os mesmos problemas dos do sul da europa?

     

    1. Brasil em Transe: a negação da realidade

      ótimos questionamentos.

      -> quem decretou a falência do sistema político (foi o Dallagnol a .ppt dos procuradores de curitiba?) ou melhor a quem interessa essa tal falência?

      respondo com outro questionamento, feito acima pelo Douglas Barreto da Mata:

      Não faliu. Só podemos imaginar que há falência se ele colide com o seu propósito. O que faliu era a expectativa ideológica que tínhamos dele (como alvos do sistema ideológico de “contenção”).

      O sistema político foi erigido para isso mesmo, para fazer o capitalismo sobreviver a qualaquer custo, e se necessário, com dramático sacrifício das (falsas) premissas democrática que diziam ser inerentes a ele.

      Então não há falência, mas alteração de curso!

      -> soberania popular só com eleições (legítimas e indiscutíveis) ou revoluções (as antigas formada por uma vanguarda na forma partido, guerrilha ou ambas e o povo a reboque que são as únicas que conhecemos)

      novamente tenho a concordar com o Douglas:

      “soberania popular”, onde? Desde 1889, talvez antes, desde a “invenção” do Estado brasileiro em 1808, nunca houve a consideração de algum tipo de soberania popular ou poder originário, tantas as vezes que a chamada “normalidade” institucional foi rompida a golpes, mandatos interrompidos, etc.

      soberania popular não se obtém com eleições e sim com a construção permanente do Poder Popular.

      o modelo que temos de “Revolução”, indissociavelmente associado a Outubro de 1917, não é mais compatível com a atual versão do Capitalismo.

      e mesmo Outubro de 1917 precisa ser ressignificado. talvez tenha sido muito mais uma Contra-Revolução.

      -> o que colocamos no lugar da democracia (sem adjetivos)?

      -> o que colocamos no lugar da forma-partido como instrumento de transformação social?

      há todo um debate sobre isto. ainda mais importante do que o debate é compreender: as soluções emergem da luta, da prática política.

      não se trata de estabelecer um modelo e depois lutar para aplicá-lo. e sim se a partir da luta concreta em situações concretas por objetivos concretos levada a cabo por pessoas concretas, erigir coletivamente um modelo compatível com as demandas e conhecimento gerados por esta mesma luta.

      -> o exército industrial de reserva está ai e estara até quando existir capitalismo

      mas esta é a questão principal! o Capitalismo Financeirizado prescinde, ou pretende, do trabalho para se auto-valorizar.

      o Capital atinge os limites de sua esquizofrenia: o sonho impossível de extirpar do processo de produção não apenas o trabalho (o fator humano) como o próprio capital (o crédito)!

      os empresários aspiram a um modelo que prescinda também do crédito (a dívida, o dinheiro, o capital).

      este sonho duplo se concretizado seria nada menos do que um pesadelo: não existe mercado sem lucro. não existe lucro sem trabalho e sem valor de troca.

      por outro lado, nas sociedades de mercado a dívida (o financiamento com sua contraparte na forma do juro) está no início do processo de produção. sendo também o crédito (a dívida) o propulsor do consumo.

      o tipo de tecnologia que conhecemos, surge com a necessidade de aumentar a produtividade. o que exige mais e mais investimentos (dívida).

      o aumento da produção paradoxalmente provoca queda da taxa de lucro. ao diminuir o custo e o preço por produto, cai também proporcionalmente o lucro por produto.

      o que leva a ter que aumentar ainda mais a produção para garantir a manutenção do lucro total.

      ao robotizar integralmente a produção e o consumo, as mercadorias são produzidas e consumidas numa quantidade ilimitada, fazendo com seu custo e seu preço tenda a zero. portanto, destruindo o mercado, e o próprio capitalismo, ao eliminar sua principal característica: o lucro!

      o sonho impossível do capitalismo é também o seu maior pesadelo.

      é disto que se tratam as distopias hollywoodianas e as “panacéias tecnológicas” – como a singularidade científica. enquanto na verdade já estamos na “Matrix” e a Skynet (o capitalismo exterminador do futuro) já nos colonizou e recolonizou seguidamente.

      não é o futuro. é o passado! já aconteceu. e continua acontecendo. a IA já está entre nós desde a revolução industrial. chama-se “capitalismo”.

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  2. Perfeito

    Muito boa a sua análise Arkx, é isso que realmente está acontecendo.

    E os partidos de esquerda lançam canddatos à uma eleição que será viciada e fraudada. Acreditam ainda, depois do golpe, depois das ações tendenciosas do judiciário, depois do atropelamento total da Constituição Federal, que há democracia no Brasil e que os poderes dessa república podem ser revitalizados com eleições, muita ingenuidade ou mau caratismo!

  3. Arkx, Prof.Wilson Ferreira e Dr.Romulus

    Arkx: “já estamos de qualquer jeito num guerra de extermínio”. Penso que três pessoas fazem comentários sintonizados com o momento atual e seus prováveis desdobramentos futuros. Prof. Wilson Ferreira revelando e analisando a estratégia dos detentores do poder para conquistar, de assalto, corações e mentes, com as armas semióticas. Dr. Romulus com sua análise certeira e jornalismo engajado. E o Arkx que percebeu, entre outras coisas, a guerra de extermínio a que a humanidade será levada (ou já está vivendo em “baixa” intensidade?). 

    1. Brasil em Transe: a negação da realidade

      -> E o Arkx que percebeu, entre outras coisas, a guerra de extermínio

      vi as ruas centrais da cidade do Rio de Janeiro tomadas por centenas de ambulantes, com dezenas de sem teto jogados pelos cantos como detritos humanos.

      qual o modelo sendo violenta e rapidamente aplicado no Brasil? uma semi-escravidão neo-colonial!

      para que precisam do “excesso populacional”?

      para um agronegócio mecanizado? para um sistema financeiro que funciona via TI (Tecnologia da Informação)? para uma indústria que já não existe? para a mineração operada com máquinas pesadas?

      para a colheita da cana-de-açúcar? para produzir soylent green?

      a distopia chegou?

      o que pretendem fazer com as pessoas? o exército industrial de reserva de uma economia sem indústria?

      confiná-las em campos de concentração cercados por muros e check-points, como a Faixa de Gaza?

      .

  4. O sistema político faliu mas o sistema econômico va bene

    A democracia burguesa tirou a máscara e revelou sua verdadeira face mas o sistema capitalista está funcionando a pleno vapor. E isso basta.

    A crise não seria decorrência da baixa taxa de lucro e/ou da super-produção?

    Você é P$OLista, Arkx? Não se zangue comigo. Apenas satisfaça minha curiosidade respondendo objetivamente, chiaro, se te piace.

    1. Brasil em Transe: a negação da realidade

      -> Você é P$OLista, Arkx? Não se zangue comigo.

      pô, Rui

      já respondi esta pergunta aqui no Blog do Nassif umas 1.513 vezes. eu escrevo: a forma-partido expirou seu poder de instrumento de transformação social. e vc acha que sou do PSOL?

      o único partido que cheguei a me filiar e participar foi o PT! também já falei sobre isto.

      o PT nasce justamente com esta concepção de não ser um partido tradicional, e sim com outra forma de organização, garantindo também a democracia interna: os Núcleos Autônomos de Base.

      notar como o PT foi inovador e já adotava desde sua fundação características ainda hoje, e mais do que nunca, fundamentais para a luta política de fato transformadora.

      -> mas o sistema capitalista está funcionando a pleno vapor

      como e onde o Capitalismo está em pleno vapor? não o industrial, nem na China!

      a questão é que o Capitalismo Financeirizado quanto mais “a pleno vapor” mais produz excesso de liquidez ociosa e dívida impagável!

      chegou-se a um impasse.

      .

      1. Não quero saber o que tu dizes, mas o que tu fazes

        Tu tava lá com os Caras, não?

        Claro que o fato de estar presente não significa que você seja parte, mas o Aécio jura de pés juntos e mãos postas que é inocente e injustiçado,, e que não mataria o seu laranja a fim de não ser delatado. O helicoca quer pousar lá no quintal e eu vou controlar o tráfego

        Até logo

      2. Mode Irony on, Arkx. Cambio

        Você não entendeu a crítica, você põe toda a culpa na política e absolve a economia, o sistema. Idealismo. E não me venha com dialética de dizer que a política é a expressão concentrada da economia. Os políticos são capachos dos senhiores donos dos meios de produção e da terra, isso quando eles próprios não são os capitalistas administrando o estado em proveito próiprio em detrimento da sua própria classe e a ffortiori da classe trabalhadora.

        Sou seu fã.

        Como vc explica a transformação do PT?

        Você não acha que o Putin, se quiser, tem a saída para o impasse?

        Eu tô indo falar com ele. Vamos ver, se ele não concordar, eu entro no sistema e bloqueio todas as armas das suas máquinas e vou controlá-las remeotamente. Então, parem toda a produção de armas e munição, toda a produção vai ser para a vida, dissolvem-se as ffaa e a polícia, as pessoas se organização em torno de si mesmas, comunitariamente, com autofestão e democracia direta, cada umt tomando seu destino em suas próprias mãos e com capacidade de desenvolver todas as suas potencialidades.

        E aí, Putin, o que dizes, Mano?

        Se concordares, o McCartney e o Ringo, juntamente com o Eric e o Keith Richard estão indo tocar privadamente para você.

        Voc~e vai pensar no seu caso?

        Você tem 32 horas para se decidir. Cronometro zerado. E leia aquela passagem que consta dos Manuscritos Econômicos Filosóficos antes de me responder

        Você sabe a senha

  5. ARKX,

    Concordo com você. Estou cansado de, nos meios que frequento, ser tratado como seguidor de teorias de conspiração. Aqui mesmo no blog sumiu um comentário meu a um post do Pedro Augusto Pinho, em que eu concordava com as afirmações dele, e avançava nas conclusões pessimistas sobre a natureza do golpe. Vai ver que  acharam que eu era um trol que exagerava para negar o conteúdo do post.

    Acho que temos que, o quanto antes, criar espaços de debate efetivo, voltado à organização das pessoas nos locais que frequentamos, em torno de todos os tipos de reivindicações, das mais específica às mais gerais, como defesa do Brasil enquanto nação soberana, e da democracia. Temos ter que ter pressa para começar, e paciência para colher os resultados, pois estamos perdendo de braçadas.

    O objetivo destes grupos de discussão deve ser, é claro, a ação política. Mas, de forma diferente ao que em geral se apregoa, devem ser núcleos pensantes, e não seguidores de palavras de ordem.

    Mas fica pergunta: quem organizará este tipo de ação? Que partido político encaminharia uma proposta dessas? Que tipo de oraganização poderia fazer isso? Não tenho resposta para isso, espero que alguém tenha.

    1. Dante:
      Não querendo ser

      Dante:

      Não querendo ser acusado de teórico da conspiração, mas já me sentindo acusado, está claro que não se pode tentar ações de grupos, ou ações coletivas organizadas.

      Os “donos do mundo” (sejam eles quem forem, de reptilianos a semideuses extraterrestres) dominam a ágora (praça), os espaços onde a gente poderia se movimentar. Acho que dependemos de pelo menos 1 bilhão de ações individuais relativamente harmônicas.

      Uma delas seria uma forma de boicote. Vamos valorizar mais nossas próprias capacidades, diversificando-as. Se você é bom em matemática, o que te impede de ser bom em outro campo (por exemplo, em trabalhos manuais como levantar uma parede de tijolos ou consertar um telhado – com equipamentos de segurança, por favor)? Nada, absolutamente nada impede.

      Vamos desvalorizar a alta tecnologia paga a peso de ouro. Vamos de software livre. Porque pagar por uma tecnologia disponível que você nunca vai usar? Por que um i-phone se você pode ficar com um Samsung? Ou outro menos votado?

      Por que usar creme dental multinacional (colgate, sorriso, closap, etc.) se podemos usar um produto nacional, de pequenos empresários? Procure nos supermercados populares, onde esses produtos podem ser encontrados e valorizados.

      Etc., etc. Há bilhões e bilhões de coisas pequenas que podem ser feitas. E, por favor, desista da globo.

      1. Jarbas,

        Discordo de alguns pontos a que você se referiu. O principal é sobre a ação coletiva. Não há como mudar uma situação política sem ação coletiva. A discussão, a análise objetiva da realidade objetiva tem que ser feita, mesmo em pequenos grupos, mesmo na clandestinidade, que é a situação a que as minhas teorias da conspiração levam. Pensar, e fazer gente pensar, autonomamente sobre sobre a realidade, só isso já prepara a ação.

        Quanto à tecnologia, acho que deve ser usada a que estiver disponível. Se não livre, pírateada, hackeada.

        Não entendi a referência à globo. Qual a ligação com o que escrevi?

         

         

        1. A relação com a globo.

          Dante:

          A referẽncia aa rede globo é feita, não a você e ao seu artigo, mas como um projeto de ação, como as anteriores (software, samsung, creme dental). Não me expressei bem.

          Concordo com o seu “discordo”. É claro que trocar ideias é uma ação coletiva e necessária, inclusive para harmonizar ações individuais. Veja, por exemplo, que a globo tinha um certo percentual de audiência em 1980, e hoje tem um percentual bem menor. Isto foi resultado de milhões de ações individuais de pessoas que acabaram percebendo o real sentido da ação da emissora voz-do-dono (dono, u.s.a.)…

        2. Brasil em Transe: a negação da realidade

          -> Quanto à tecnologia, acho que deve ser usada a que estiver disponível. Se não livre, pírateada, hackeada.

          “Aos Nossos Amigos”, Comitê Invisível:

          Tecnofilia e tecnofobia formam um par diabólico unido por essa mentira central: que uma coisa como a técnica existiria.

          A relação do homem com o mundo, visto que não releva de uma adequação natural, é essencialmente artificial, técnica, para falar grego.

          É também por isso que o nosso mundo familiar raramente nos surge como “técnica”: porque o conjunto dos artifícios que o articulam já faz parte de nós;

          Há que acrescentar o seguinte: o pesadelo desta época não está no fato de ela ser “a era da técnica”, mas sim a era da tecnologia. A tecnologia não é o remate final das técnicas, trata-se, pelo contrário, da expropriação aos humanos das suas diferentes técnicas constitutivas. A tecnologia é a sistematização das técnicas mais eficazes e a consequente aplanação dos mundos e das relações com o mundo que cada uma delas movimenta.

          A sua figura cardinal não é o economista, mas sim o engenheiro.

          A figura do hacker opõe-se, ponto por ponto, à figura do engenheiro, quaisquer que sejam as tentativas artísticas, policiais ou empresariais de a neutralizar. Onde o engenheiro captura tudo o que funciona para que tudo funcione melhor, para o colocar ao serviço do sistema, o hacker pergunta-se “como é que isto funciona?” para encontrar as falhas, mas também para inventar outras utilizações, para experimentar. Experimentar significa então: viver o que implica eticamente esta ou aquela técnica. O hacker vem arrancar as técnicas ao sistema tecnológico, libertando-as

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    2. Brasil em Transe: a negação da realidade

      Caro,

      compreendo e concordo com o que vc escreveu.

      sugiro uma reflexão: nunca se discutiu tanto política quanto agora! este é um dos aspectos positivos da conjuntura. há algo em efervescência. lembra-me o período entre 1977 e 1980, do ressurgimento dos movimentos sociais e do nascimento do PT.

      -> ser tratado como seguidor de teorias de conspiração.

      -> quem organizará este tipo de ação? Que partido político encaminharia uma proposta dessas? Que tipo de oraganização poderia fazer isso?

      ” Se é bem evidente que os poderosos tramam complôs para preservar e estender as suas posições, não é menos certo que por todo o lado se conspira – nas entradas dos prédios, junto às máquinas de café, nos fundos dos kebabs, nas ocupações, nos ateliers, no decurso de um passeio, nas noites, nos amores. E todos estes laços, todas estas conversas, todas estas amizades, tecem por capilaridade, à escala mundial, um partido histórico em construção – “o nosso partido”, como dizia Marx.

      Organizar-se nunca quis dizer filiar-se numa mesma organização. Organizar-se é agir segundo uma percepção comum, seja a que nível for.”

      “Aos Nossos Amigos”, Comitê Invisível

      .

  6. Desfile de negação da realidade

    Foram os comentários à coluna do Nassif Xadrez do fim das ilusões (119 comentários). Ensaiei várias vezes fazer um comentário com o título “Negação da realidade”, mas desisti. Não entenderam, sobretudo, o fecho do artigo:

    “Suas lideranças terão que, rapidamente, sentar e começar a negociar. Talvez esta seja a grande contribuição de Lula, antes de consumado seu sacrifício.”

    Fiquei de fora da celeuma, porque a cegueira e a militância escalafobética está impedindo a percepção da realidade. Preferiram, como sempre, matar o mensageiro portador das más notícias. 

    1. Conclusão: recompor o foco

      Conclusão – recompor o foco

      À medida que vai se caminhando para um desfecho, e que cai a esperança de Lula candidato, se não houver uma ocupação rápida de espaço, as oposições serão presas fáceis de manipulações de toda ordem. Hoje em dia, qualquer intriga provoca incêndios violentos. O desespero induz a crenças em balas de prata e chás do Santo Daime.

      O Brasil já provou definitivamente que a atual geração de homens públicos é a mais medíocre da história – talvez com algumas exceções na República Velha. Mas a esquerda terá que demonstrar que, pelo menos no seu quintal, há análise estratégica, bom senso e desprendimento.

      Suas lideranças terão que, rapidamente, sentar e começar a negociar. Talvez esta seja a grande contribuição de Lula, antes de consumado seu sacrifício. 

      https://jornalggn.com.br/noticia/xadrez-do-fim-das-ilusoes-por-luis-nassif

       

    2. Brasil em Transe: a negação da realidade

      -> Fiquei de fora da celeuma, porque a cegueira e a militância escalafobética está impedindo a percepção da realidade.

      havia lido o excelente artigo do Nassif desde o dia anterior, mas estive sem condição de comentar tempestivamente.

      tenho escrito e me batido insistentemente, e não é de hoje: precisamos furar as bolhas.

      e não é só as lideranças e as cúpulas dos partidos e movimentos, não! somos nós que fazemos a História se mover.

      como muito bem afirmou o Policarpo, também comentando mais abaixo:

      “há uma espécie de massa escura que ninguém consegue controlar ou definir bem mas que compõe a maior parte do universo político democrático”

      .

       

  7. Facilitamos o trabalho dos golpistas

    Estamos tornando ainda mais fácil o trabalho dos golpistas traíras, ao considerararmos como favas contadas a injusta e ilegal prisão do Lula.

    Quem sabe faz a hora, não espera acontecer, diria o Velho Geraldo Vandré

  8. A negação da negação.

    O texto vai no cerne da questão, mas tem problemas conceituais:

    Vamos a cada tópico:

    “(…) o sistema político faliu!

    Comentário: Não faliu. Só podemos imaginar que há falência se ele colide com o seu propósito. O que faliu era a expectativa ideológica que tínhamos dele (como alvos do sistema ideológico de “contenção”).

    O sistema político foi erigido para isso mesmo, para fazer o capitalismo sobreviver a qualaquer custo, e se necessário, com dramático sacrifício das (falsas) premissas democrática que diziam ser inerentes a ele.

    Então não há falência, mas alteração de curso!

    – a institucionalidade está irremediavelmente dissociada do poder instituinte: a soberania popular!

    Comentário: “soberania popular”, onde? Desde 1889, talvez antes, desde a “invenção” do Estado brasileiro em 1808, nunca houve a consideração de algum tipo de soberania popular ou poder originário, tantas as vezes que a chamada “normalidade” institucional foi rompida a golpes, mandatos interrompidos, etc.

    Desde então, considerando que a primeira parte da República o voto não era universal, mas censitário, vetado a mulheres e analfabetos (até bem pouco tempo), não há como adjetivar o resultado das urnas como “vontade popular.

     O que acontece agora é a exacerbação desse modelo (como disse no tópico anterior).

    – a democracia liberal representativa esgotou seu tempo histórico!

    Comentário: De fato podemos concordar aqui, se bem que eu gosto de pensar que esse termo: democracia, liberal e representativa não é correto. Não há, em sua essência e por definição, democracia que exista sobre o tacão liberal, porque os aspectos caros a esse modelo de representação são meramente formais.

    – a forma-partido expirou seu poder de instrumento de transformação social, mesmo que de baixa-intensidade!

    Comentário: Não concordo. O uso que imaginamos para os partidos é que está esgotado.

    – o Estado Pós-Democrático se fundamenta num regime de exceção permanente!

    Comentário: Concordo. Na verdade, nem podemos falar em regime de exceção. A exceção (como imaginamos, um desvio) no modelo capitalista é regra, sempre. É sua natureza intrínseca, a excepcionalidade da exclusão como regra, a execpcionalidade do fim do controle do Estado sobre seus poderes soberanos (tributar e emitir moeda) como regra, e por aí vamos.

    – o exército industrial de reserva tornou-se obsoleto e descartável, numa sociedade governado pelo paradigma da informática de controle e sob a égide do capitalismo cognitivo;

    Comentário: Concordo. Desde sua concepção, o capital sempre buscou existir por si mesmo, baseado em exclusão/expropriação, acumulação/concentração. Mas nunca essas possibilidades chegaram tão longe com as inovações tecnológicas em curso e com as engenharias financeiras possíveis com uso dessas plataformas.]

    Na verdae, todo esse lumpen não poderá ser mais integrado a nenhuma subforma de produção, passando a funcionar como mero combustível para justificar a imposição da distopia pós-moderna que se alimenta do sentimento mais poderoso da Humanidade: O medo.

    O medo criou o Estado Nacional. O medo vai desintegrá-lo.

    1. O P$DB já quis alguma vez transformar a realidade?

      Então a forma-partido expirou seu poder de instrumento de transformação social, mesmo que de baixa-intensidade?

      Quando o P$DB, o DEM, a Arena, o PMDB, por exemplo, tentaram transformar a realidade?

      “Todos os partidos são variantes do absolutismo. Não fundaremos mais partidos; o Estado é seu estado de espírito.” – Raul Seixas

    2. Brasil em Transe: a negação da realidade

      -> O texto vai no cerne da questão, mas tem problemas conceituais:

      excelente! permita-me, no momento, a retrucar da seguinte forma:

      – desde que li pela primeira vez seus comentários aqui neste Blog do Nassif, aprendi a respeitá-los e admirá-los;

      – não sei o que vc faz na vida, e muito menos estou me propondo a saber, mas sua capacidade de análise deveria ser melhor aproveitada e divulgada, para redundar em benefício de todos nós;

      – o assassinato de Marielle é um passo gigantesco em direção a 1968, já temos um novo Edson Luís.

      .

  9. O Guardião do óbvio!!!

    Esse texto aí mostra o autor alardeando o óbvio!!! 

    Só esqueceu de citar que a tragédia atual jamais seria possível sem pessoas como o próprio autor. Todo texto do Arkx deposita toda a culpa de tudo nas costas de Lula e do PT, enquanto coloca a salvação de tudo nas “novas lideranças” que se mantiveram irrelevantes no jogo político até o momento.

    O autor se esquece que… se até mesmo Lula foi preso… qualquer outra liderança de esquerda será esmagada como uma barata assim que ameaçar os poderosos. Como nunca apresentaram nenhuma ameaça, serão tolerados e até serão convidados a participar de algum setor do Estado, como o PSOL sempre fez.

    “O SISTEMA POLÍTICO FALIU!!!”

    Ui… meu jesuis… que “novidade”! 

     

    1. Ui… meu jesuis… que “novidade”

      -> qualquer outra liderança de esquerda será esmagada como uma barata assim que ameaçar os poderosos.

      -> Ui… meu jesuis… que “novidade”!

      assim como também já aqui postamos e tornamos a postar: Lula não pode ser preso! Lula precisa ser escoltado por uma força-tarefa para um asilo político numa Embaixada de um dos países dos (B)RIC(S), permanecendo no Brasil, mas à salvo de uma caçada implacável que o coloca inclusive sob risco de vida. o impacto político e diplomático deste fato vai ser um importante vetor para contrabalançar a correlação de forças;

       

      .

  10. O que se tornou obsoleto foi o trabalho vivo

    O que se tornou obsoleto não foi o exército industrial de reserva, foi o trabalho vivo.

     

    “O trabalho vivo está obsoleto

    O trabalho vivo (capital variável) está se tornando obsoleto, como Marx previu. Não que ele vá acabar por completo, mas a sua necessidade é cada vez menor, principalmente na indústria, que gera a maior parte do valor produtivo (capital real e não fictício) no capitalismo. O resultado é que imensas massas de pessoas estão se tornando supérfluas, pois o trabalho é a única forma de inserção social no capitalismo. 

    O trabalho morto, as máquinas, não geram valor, só o trabalho vivo. Se este se torna obsoleto, então é a massa global de valor que diminui. Para compensar esta desvalorização do valor, iniciada com a 3a revolução industrial da microeletrônica na década de 70, o neoliberalismo criou capital fictício na forma de crédito, para antecipar o valor futuro.

    Mas este modelo também está em crise, pois a realidade é que a economia real nunca conseguirá pagar o crédito antecipado pelas bolhas financeiras, exatamente porque a massa de valor (real, baseada no trabalho vivo) gerada pela insdústria está diminuindo, mesmo com a produção de riqueza material crescendo como nunca.”

    Wilton Cardoso

     

    Mas essa superpopulação é relativa.

    1. Correto Rui, mas acho que foi isto mesmo que o Arkx quis dizer

      Sim, caro Rui, se formos rigorosos teríamos de dizer que o exército industrial de reserva não existe mais, pois é trabalho vivo que não será mais utilizado na indústria, em momento algum. O que era este exército são, agora, massas de pessoas que se tornam ou estão para se tornar supérfluas, para usar a terminologia da crítica do valor.

      E é exatamente esta tendência à suplerfluidade que está acontecendo aqui no Brasil e nos países de 1o mundo: as pessoas perdem empregos industriais bem remunerados e vão para a informalidade, trabalhos de tempo parcial nos serviços e comércios e subempregos de toda espécie. Uma parte dos empregos perdidos é por conta da migração das indústrias para a China, em busca de menores salários, outra parte é pela substituição de humanos por máquinas (trabalho morto).

      Mas acho que foi isso que o Arkx quis dizer com a obsolescência do exército industrial de reserva: que ele não existe mais, em decorrência da obsolescência do trabalho vivo.

    2. Brasil em Transe: a negação da realidade

      -> O que se tornou obsoleto não foi o exército industrial de reserva, foi o trabalho vivo.

      sim! mas são apenas maneiras diversas de expressar a mesma coisa. só que podemos ir além e compreender como no Capitalismo Cognitivo estes conceitos se concretizam na materialidade das relações sociais.

      trabalho vivo e capital fixo se mesclam no corpo do trabalhador precarização estruturalmente!

      aqui no Brasil, Giuseppe Cocco tem excelentes análises sobre isto, como em seu livro “KorpoBraz”.

      “Ora, esse capital atípico em que os trabalhadores devem investir para produzirem sua própria empregabilidade é na realidade um trabalho vivo (capital variável) que passa cada vez mais a integrar nele mesmo o trabalho morto (capital fixo)”

      .

      1. Exército industrial de reserva, trabalho em estado de hibernação

        O exército industrial de reserva, isto é, a superpopulação relativa, que servia para manter os salários ao nível de subsistência, em razão de que a massa de desempregados estava disposta a tomar a vaga de um empregado por um salário menor e, às vezes, até por uma jornada mais longa de trabalho, seria melhor denominado de trabalho em estado de hibernação, em vez de trabalho vivo. Poderíamos também chamar trabalho vivo em stand by. O que vocês, Wilton e Arkx, acham dessas denominações?

        É que se a identidade de conceitos não implica na identidade de termos, o objeto de observação e estudo fica mais embaralhado.

        Já diria o Gonzaguinha que sem o seu trabalho um homem não tem honra, se morre, se mata. Não dá prá ser feliz.

          1. Exército industrial de reserva e lumpenproletariado equivalem-se

            Exército industrial de reserva e lumpenproletariado são a mesma coisa?

  11. A democracia capitalista colapsou

    Concordo, caro Arkx.

    A centro-esquerda e a centro-direita estão em colapso ou já colapsaram no mundo todo. Seus governos eram de admimistração de crise (neoliberal), mas eram polidos e jogavam o jogo democrático das instituições e do estado de direito, pelo menos na aparência (a centro-direita do PSDB nunca foi muito afeita a limites institucionais).

    Agora o mundo (Brasil incluso) entra na era do estado de excessão permanete. A democracia faliu e a administração de crise será pela política do porrete. Para o Brasil, vislumbro apenas 3 cenários possíveis nos próximos anos:

    1 – O caos econômico, social e institucional continua por vários anos, com ou sem eleições.  É o mais provável, ainda mais porque beneficia das aves carniceiras da economia: China, EUA, Europa, Banca, Corporações e aliados internos neoliberais e clientelistas.

    2 -Governo autoritário de direita. Segundo mais provável. A rapina continua, mas com certa ordem. Alguém como Bolsonaro, Alckmin ou um outsider (como Huck) compõe com as forças neoliberais e faz um coverno neoliberal na economia, conservador nos costumes e repressor com o povão, para controlar a insatisfação social com a crise que vai se aprofundar.

    3- Governo autoritário de esquerda. Pouco provável. Apenas Ciro tem este perfil, mas dificilmente o deixariam chegar lá. Se chegar e tentar implementar um governo estilo Rússia, seria declarado inimigo pelos EUA, Europa e aliados internos e enfrentaria uma guerra híbrida imediatamente, muito mais feroz do a que empreenderam contra Dilma. Teria que controlar a mídia, o judiciário e a banca e se aliar ao exército num projeto nacionalista-desenvolvimentista. É a opção menos pior para o povo, mas improvável.

    Não é mais possível a volta à “democracia capitalista”, por conta do aprofundamento da crise do capitalismo neoliberal e da impossibilidade de retorno a um capitalismo fordista (as máquinas estão tornando o trabalho humano obsoleto na indústria).

    Também não vislumbro, no médio prazo, uma conscientização popular que leve a uma emancipação do capitalismo, nem no Brasil nem em lugar nenhum do mundo.

    Obs.: O capitalismo encontra-se em estado terminal por conta da obsolescência do trabalho humano (substituído em grande medida pelas máquinas). Como só o trabalho gera valor, e este é a força motriz do capital, é o próprio capitalismo que está colapsando como sistema, por conta de suas contradições internas.

    1. Brasil em Transe: a negação da realidade

      -> Agora o mundo (Brasil incluso) entra na era do estado de excessão permanete. A democracia faliu e a administração de crise será pela política do porrete.

      vamos experimentar a todos os que os pobres e negros já passam nas favelas brasileiras, o que os palestinos humilhados sofrem na Faixa de Gaza: sermos refugiados num território que um dia chamamos de nossa pátria.

      enquanto isto, os amputados continuam alucinando seu membro fantasma: as Eleições de 2018.

      -> Para o Brasil, vislumbro apenas 3 cenários possíveis nos próximos anos:

      eu li seu comentário no post do Nassif: “Xadrez do fim das ilusões“. nós da tribo arkx somos seus fãs.

      -> O caos econômico, social e institucional continua por vários anos, com ou sem eleições

      -> beneficia das aves carniceiras da economia

      compreendo o raciocínio. penso que no curto prazo sim beneficia. mas o caos sistêmico não é bom para os negócios. mesmo considerando que o próprio caos se tornou um negócio.

      ou seja: alguns se beneficiam, mas o caos para sistema como um todo é insustentável. por isto algo terá que acontecer.

      ou uma sucessão cada vez mais violentas de barbáries, desembocando em maciça destruição das forças produtivas – e do planeta com o armagedon nulcerar.

      ou… ou mesmo o quê?

      p.s.: como sempre, excelente análise a sua.

      .

  12. Tudo muito bom, tudo muito
    Tudo muito bom, tudo muito bem. Mas o que nao consigo entender, de jeito nenhum, eh a facilidade como tantos direitos sociais foram ceifados, como tanto patrimonio publico foi malbaratado, como tantas vezes o estado de direito foi espancado a olhos vistos sem que fosse mobilizado o maximo de resistencia organizada por parte de quem de direito:

    Liderancas politicas, se nao me engano.

    Quantas pessoas, ignorantes como eu, nao estarao agora mesmo com as bundas sentadas em suas casas se perguntando onde existe alguma manifestacao de protesto onde seja possivel ir para juntar sua voz e seu gesto contra o mar dos despauterios golpistas capitalistas?

    Quem souber a resposta, por favor me explique de maneira ampla e didatica, tim-tim por tim-tim, porque talvez a televisao antes e a Internet depois tenham me deixado muito burro demais.

    1. Brasil em Transe: a negação da realidade

      -> Mas o que nao consigo entender, de jeito nenhum, eh a facilidade como tantos direitos sociais foram ceifados

      por vários motivos, mas para ficar coerente com este texto diria: por um erro de diagnóstico da crise, acabou-se sendo atropelado seguidas vezes pela conjuntura!

      veja que em 1964 aconteceu o mesmo: julgava-se que haveria eleições diretas para presidnete em 1965! e eleas só tirnaram a ocorrer 25 anos depois.

      -> onde seja possivel ir para juntar sua voz e seu gesto contra o mar dos despauterios golpistas capitalistas?

      pois é: mais um erro de diagnóstico! ao invés de se lutar contra o golpe e contra a ditadura se aprofundando, desde o impeachment de Dilma o foco ficou nas Eleições de 2018.

      .

  13. Brasil em Transe: a negação da realidade

    uma guerra de extermínio.

    peço eternas desculpas por nem sempre ser capaz compreender o que a vida me diz.

    p.s.: avançamos a passos largos para 1968, já temos um novo Edson Luís.

    just about live

    .

  14. Brasil em Transe: a negação da realidade

    carxs que nos lêem:

    fazemos um apelo para que todos tomem conhecimento da luta CONTRA a privatização das Águas Minerais do Sul de Minas.

    façam como Beatriz Cerqueira, militante histórica do PT, coordenadora do Sind-UTE e president@ da CUT-MG, juntem-se ao movimento Os Guardiões das Águas.

    água não é mercadoria. água é um bem comum!

    vídeo: Os Guardiões das Águas: Beatriz Cerqueira

    [video: https://www.youtube.com/watch?v=vSchli4xvL4%5D

     

  15. Até que demorou…
    Até que demorou… Acrescente-se a tudo o medo pelos nossos afetos, pelos que lutam, pelos que elevam a Voz. Exangues e exaustos. Tempos sombrios. E estamos somente prendendo a respiração. Quando se der o mergulho, o que virá? Vale?

    1. Brasil em Transe: a negação da realidade

      -> Até que demorou…

      TODOS NÓS JÁ ESTAMOS MORTOS. isto tudo já aconteceu. déjà-vu.

      nossa luta não é para mudar o futuro, e sim para mudar o presente.

      just about live

      .

      1. É. De inanição.
        PS.:
        É. De inanição.

        PS.: Sensacional esta cena. Ou seria sensorial. Os mortos só voltam vivos, porque nunca morreram.

        Te cuida.

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