Do dia em que ninguém percebeu o grande equívoco de um evento…, por Eduardo Ramos

Do dia em que ninguém percebeu o grande equívoco de um evento…

por Eduardo Ramos

O poder da mídia é tão gigantesco, que dependendo do evento, petistas, “coxinhas”, apolíticos, alienados e etc., são manipulados quase que na totalidade, unidos por um mesmo clamor por um objetivo específico.

É que nosso país é tão tortuoso, que às vezes se torna difícil mesmo a gente se situar em relação a cada evento.

E não é que dessa vez, o “mocinho”, Herman Benjamin estava TOTALMENTE ERRADO, apesar da motivação certa? E Gilmar Mendes, o inescrupuloso-cínico, estava TOTALMENTE CERTO apesar da motivação errada? Aos que tiverem paciência para ler até o fim, prometo uma explicação racional. 

1 – A ação baseia-se essencialmente na alegação de que a chapa vencedora teve sua campanha irrigada com dinheiro de “corrupção” e teve “caixa dois”, além de vícios na prestação de contas.

2 – Tanto a prestação de contas da chapa como esta ação haviam sido arquivadas pelo TSE, tendo sido DESARQUIVADAS por manobra do ministro Gilmar Mendes, à época interessado em manter uma ESPADA sobre a cabeça de Dilma, a ser usada se o impeachment não viesse.

3 – Na aprovação das contas da chapa, NÃO FORAM ENCONTRADAS inconsistências graves, nem qualquer indício de que o dinheiro era “ilícito”. Sobre essa questão, diga-se, É DE UM RIDÍCULO ATROZ QUALQUER SER HUMANO afirmar que o dinheiro saído de QUALQUER EMPRESA é “ilícito” ou “fruto de corrupção” – Ora, todas essas empresas bilionárias, mantêm suas atividades normalmente, seus lucros são LÍCITOS, a corrupção reside no fato de PAGAREM PARA GANHAR LICITAÇÕES, mas as obras são entregues, a carne vendida (no caso da JBS), houve um momento inclusive, muito patético, em que os procuradores da lava jato e esse mesmo Gilmar mendes defendiam a seguinte tese: “o dinheiro das empreiteiras para Dilma/Temer é fruto de corrupção, o dinheiro dado a Aécio Neves, contribuição voluntária e limpa…..” – Ora, grandes empresas contribuem para todos os candidatos viáveis, pois querem estar bem com o vencedor, é isso,

4 – É um paradigma CONSAGRADO do Direito, não se juntam PROVAS ao processo que estejam fora do que foi estipulado como premissa na INICIAL do processo. Nesse caso em questão, a coisa se torna de um NONSENSE E RIDÍCULO EXTREMOS, porque todas as “novas provas” vêm de delações controversas, algumas sequer validadas na íntegra, e TRATAM DE FATOS QUE TANTO DILMA COMO TEMER não podiam saber, pois eram FATOS FUTUROS À CAMPANHA DE 2014. Ora, hoje é fácil qualquer brasileiro falar sobre a promiscuidade entre empresas e políticos, mas mesmo em relação a Temer, NÃO HÁ DECISÃO JUDICIAL PROVANDO QUE ELE sabia ou estava envolvido diretamente com Odebrecht ou JBS, se tiverem que tirá-lo do poder porque PROVADA essa corrupção de sua parte, que seja por um NOVO PROCESSO, dada a ele a ampla defesa e demais garantias legais – sendo portanto um ABSURDO que um ministro do TSE, a partir do que “sabe” hoje, cassar a vitória da chapa na eleição. Isso é uma excrescência jurídica!

5 – O EQUÍVOCO MAIOR desse evento, esse julgamento, é sua DESNECESSIDADE, no mundo todo civilizado, prestações de contas e ações de CASSAÇÃO são resolvidas em no máximo 90 DIAS, é óbvio, para que o país tenha segurança sobre os eleitos! E porque nada impede, se descoberta corrupção o presidente seja deposto pelas vias legais. Mas num NOVO PROCESSO, como manda a Lei. O erro maior desse processo, É SUA EXISTÊNCIA ATÉ O DIA DE HOJE, por omissão, covardia, fraqueza dos ministros desse mesmo TSE, aceitando a MANIPULAÇÃO por parte de Gilmar Mendes, que hoje DESDISSE todas as suas crenças, afirmadas como argumentos para o desarquivamento.

6 – Entendamos, é tudo uma farsa! Prevaleceu antes o ERRO JURÍDICO (que deu a base para o relatório do pobre e ingênuo Herman Benjamin…..), e hoje, apenas se consertou esse erro, em ambas as oportunidades, pelas mão cínicas de Gilmar Mendes. Herman e Rosa, coitados, em seu moralismo poliana, talvez jogando para a plateia e para a mídia, estavam e estão equivocados em todas as suas premissas, no aspecto LEGAL do processo.

Por motivos tortuosos ou não, acertaram os ministros que votaram a favor da não cassação de Temer. Por mais que o Brasil inteiro desejasse o contrário. Os motivos não são nobres? Paciência! Não se pode perverter a Lei por causa da pressão da mídia ou o clamor popular, Dessa vez, o cinismo estava do lado certo. .

(eduardo ramos)

Redação

41 Comentários

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  1. Perfeito

    que #ForaTemer seja derrubado pelo povo nas ruas, derrubado pelo seu golpe, derrubado pelos seus “amores” a JBS, pela bandidagem explícita que instalou no Planalto.

  2. mágico

    O mágico consegue a sua surpresa atraindo para uma mão a atenção do público enquanto a outra se encarrega de fazer o inusitado.

    No Brasil de hoje, a mão fora do foco se oucupa de doar a Petrobras e o pré-sal. De suprimir direitos dos escravos. De vender território pátrio. De preservar os feitores e os capitães do mato. De renunciar a qualquer veleidade de protagonismo internacional. De conseguir ajuda para detonar o pais irmão Venezuela. Para roubar força dos B-RICS atual RICS. Para reimplantar o Brasil colônia e o regime do Q.I. (quem indicou) e do “sabe com quem está falando?”. 

    O povo entorpecido pelo PLIMPIG ainda vai (espero!) se dar conta disso.

  3.  
    Atenção:  
                   

     

    Atenção:  

                      O TSE não absolveu Temer das acusações de corrupção.

                      O TSE julgou se ocorreu uso indevido, desvio ou abuso de poder econômica na última campanha eleitoral de 2014.

                      Pontue-se que da mesma forma, a campanha de Aécio/Aloysio, candidatos do PSDB (derrrotados) valeu-se de também de elevados valores que bem poderiam caracterizar essas mesmas infrações eleitorais.

    ****          

    FORA TEMER! FORA FUX! O JUIZ DO “EU MATO NO PEITO”

    Imagine a hipótese de uma final de um torneiro de futebol. De uma lado o time da casa, o simpático time A, brasileiro. De outro lado o time B, visitante, violento, antipático, um time de fora, talvez do oriente médio (gostam de “tabule”). A disputa é difícil e aguerrida. O jogo no Maracanã, corre solto, pesado, nervoso, tenso. No finalzinho há um duvidoso gol do simpático time “A”. A torcida, quase toda do simpático time “A”, delira, exulta, vai à loucura. O violento time “B” protesta pois a bola não teria entrado e sim passado por fora, rente às traves, justo no lado em que havia um furo na rede (situação bem comum em muitas partidas). Tensionada, a torcido do time “A” espera que o juiz confirme o gol. O juiz na incerteza, para resolver o impasse chama seus auxiliares. O mais próximo do gol do time “B” e, por isso teria visto melhor, diz que a bola entrou: foi gol. Já o outro auxiliar, mas distante do gol do violento time “B”, diz que estava em dúvida: poderia ter sido por dentro ou por fora. O juiz, então, diante do clamor da torcida, das 100 mil pessoas que assistiam ao jogo, dos efeitos e revolta que poderia causar não validando o gol, decide validá-lo e diz que foi gol.

    Mais ou menos dessa maneira FUX decidiu ontem. Às favas às leis, às regras de segurança jurídicas que valem para todos, o que vale é o clamor público. Para FUX correto estava aquele outro juiz que para decidir uma causa posta, resolveu fazer uma enquete pública no seu facebook.

    Convenhamos, vivemos tempos incertos, líquidos e, pior, justamente na instituição que deveria garantir a segurança jurídica das relações pessoais, coisas e negócios.

    http://www.brasil247.com/pt/247/poder/86753/Fux-conta-à-Folha-como-iludiu-José-Dirceu.htm

    Patrimonialismo ? Ver a baixo:

    http://justificando.cartacapital.com.br/2016/03/08/aos-35-anos-filha-de-luiz-fux-e-nomeada-para-vaga-de-desembargadora/

    trecho do voto de Fux (do 03:13:32 ao 03:13:51): …”essa é incrível, que a pessoa só pode ser de origem semita, dia 14 e 15 tabule; (e comenta) eu tenho uma vizinha libanesa que faz um tabule maravilhoso (e prossegue) nunca imaginei que isso fosse dar nome à uma pessoa”…

    Conferir:

    https://www.youtube.com/watch?v=dcuhHNiZW9k

    ****

    A Justiça Eleitoral tem como características a rapidez, a supremacia da vontade soberana do eleitor cidadão e a garantia do pleno exercício do mandato outogado pela eleição.

    Assim, a Justiça Eleitoral estabelece prazos mínimos.

    Não pode a “espada de Dâmocles” ficar sob a cabeça do eleito por tempo, por período longo, largo no tempo e no espaço. Só a segurança do exercício pleno do mandato assegura a autoridade do cargo.

    Correta, portanto, a posição daqueles que defendem a impossibilidade da ampliação das discussões na ação contra a chapa Dilma-Temer.

    Ampliando-a, não seria possível também alcançar todos os partidos e políticos que tenham sido beneficiados pela Caixa 2 ou financiamento ilícito ou irregular das campanhas, citados, mencionados ou referenciados nessas ampliações???…era um jogo – no mínimo – do qual todos participavam e usufriam…

    ****

    A chapa atacada é a de Dilma-Temer.

    E ela é indissociável.

    Caindo a chapa, Aécio – que inclusive alegou que entrou com a ação para “encher o saco” (seguindo a linha de “vamos sangrar o governo Dilma”) – ganha. 

    Moral: os votos dados à Dilma – 54 milhões – serão inquinados de irregulares, postos em dúvida  pois obtidos de forma defesa em lei…a votação de Aécio – que usou de todos os meios ilícitos, ilegais e imorais para vencer – fica ilesa… E isso um jogo – no mínimo – do qual todos participavam e usufriam…

    Daí:

    http://www.brasil247.com/pt/247/poder/300577/Defesa-de-Dilma-diz-que-TSE-reconheceu-soberania-do-voto.htm

     

     

  4. Perfeito, Eduardo Ramos.

    Perfeito, Eduardo Ramos. Gilmar Mendes é um cínico de marca maior. No fundo, foi ele o responsável por toda essa confusão.  E o que o move é o partidarismo político. Atua e sempre atuou sem nenhum pudor em consonância com os interesses dos tucanos. 

    Claro que se faz necessário apreender essas nuances que ora trazes à lume sem as quais qualquer manifestação é um exercício de esquizofrenia. 

    O primeiro dos absurdos é exatamente o anacronismo desse julgamento. Só faltou mesmo para completar a pantomima ter sido em 2019, quando já estaria extinto o mandato da chapa. Já a primeira das patifarias é a cara-de-pau desse ministro citado que não tem vergonha usar dois pesos e duas medidas desde que ao alvitre de seus interesses. 

    1. Como se escancara também,
      Como se escancara também, amigo JB Costa, o cinismo e sordidez da grande mídia….. Como a Globo agira quer Temer fora, encheu a bola do relator e pegou pesado com os ministros que seguiram Gilmar Mendes….. É um festival de cinismo, de arrepiar…. Abraço, amigo!!!!

  5. O artigo é perfeito.
    Demostra
    O artigo é perfeito.
    Demostra ainda como agentes no Judiciário podem manipular o Direito a depender dos interesses em jogo.
    Denúncias da utilização da “hermenêutica jurídica conveniente” vêm sendo feitas sem grandes consequências.
    No caso presente o absurdo não está no resultado do julgamento que, conforme colocado, segue as normas legais. O problema está no passado quando Gilmar mandou desarquivar o processo para incomodar, infernizar o PT.
    De repente, tudo mudou.
    Há de fato uma utilização do Direito para viabilizar interesses políticos paroquiais.
    E o grave é o silêncio dos que deveriam agir.

    1. E a Presidente Dilma tem mais

      E a Presidente Dilma tem mais é que comemorar o resultado, mesmo que decorrente de motivações escusas, cf. dito pelo Eduardo Ramos.

      Afinal, esse processo somente foi ressuscitado para destituí-la da PR caso o impeachment não fosse aprovado. Era o plano B.

      No final, preservou seus direitos políticos e teve ratificada a aprovação de suas contas de campanha, algo que, fosse outra a decisão,  seria usado contra ela mais adiante.

    2. Estamos reclamando porque não

      Estamos reclamando porque não somos oportunistas.

      Sinceramente André, espanta-me esse seu posicionamento. Então quando o judiciário deixa de fazer justiça e se rende ao poder político devemos comemorar só porque o resultado foi favorável? Está nos tomando por canalhas da laia de Gilmar Mendes?

      Eu, você, a torcida do Flamengo e o Brasil inteiro sabemos que o Temer é comprovadamente corrupto. A gravação e todoas as demais provas materiais incontestáveis apresentadas formam um quadro comprobatório cabal e gritante, escancarando incontestavelmente os crimes desse ditador de plantão. Porém tais provas não são referentes ao financiamento de campanha e sim à corrupção pessoal do temeroso. Em relação À campanha em sí não houve nenhuma irregularidade que não ocorresse em todas as demais campanhas e se a chapa vencedora tivesse sido cassada por isso as demais chapas também deveriam ser cassadas e a eleição anulada, com a convocação de novas eleições gerais diretas e livres.

      É até mais um casuísmo da imprensa querer que as provas da corrupção pessoal de Temer fossem usadas para cassar a chapa, gerando dois vícios processuais absurdos, o primeiro de se punir um crime existente através da punição de outro crime inexistente e o segundo de punir uma pessoa inocente (no caso, Dilma) pelo crime de outra pessoa culpada (no caso Temer). Temer tem que ser retirado da presidência e pagar pelos seus crimes sim, mas usar o processo eleitoral para fazer isso apenas por ser oportuno é um casuísmo.

      Mas então por que reclamo? Por que a absolvição não se deu para que se fizesse justiç, muito antes pelo coántrrio. Deu-se pelos piores motivos e da forma mais suja possível. Se a Dilma estivesse na presidência os argumentos do epicamente execrável Gilmar Mendes seriam exatamente opostos aos que foram no circo que se montou estes dias, pois ele já havia exalado sua excrecência quando Dilma ainda era presidente, vindo a dar essa indecente guinada de 180 graus pelo mais grotesco e escancarado oportunismo político, ao arrepio das leis, da ética e até mesmo da lógica, debochando de forma arrogante de todo o País. Pelos motivos mais errados e da forma mais hedionda proferiram a sentença correta, mas isso não é de forma alguma algo que se comemorar, muito antes pelo contrário, é para se indignare repelis, como estamos fazendo.

      E você André? Está reclamando do quê?

      1. Meu caro Ruy, vejo a questão

        Meu caro Ruy, vejo a questão com outros paremetros. Meu interesse e no Estado  no seu futuro. O Pais não aguenta mais instabilidade, um aumento da crise politica sem fim, a justiça é um valor menor que o Estado, a sobrevivencia do Estado é

        mais importante para a população do que a Justiça.

        1. Caro André, acho que me falta

          Caro André, acho que me falta qualifcações intelectuais para entender o fluxo desse debate. Você perguntou em seu comentário:

          “A Presidenta Dilma achou otimo o resultado do julgamento. Estão reclamando do que?”

          Bom, então eu respondi do que estamos reclamando… Em resumo, dos vícios e da parcialidade da justiça. Talvez tenha sido um tanto prolixo e tenha me faltado a verve, mas acho que de uma forma ou de outra foi essa a mensagem passada. E terminei com outra pergunta:

          E você André? Está reclamando do quê?

          Em vez da resposta leio sua declaração de que se importa mais com o Estado do que com a justiça e que o País não aguenta mais essa instabilidade e crise sem fim.

          Significa então que a permanência de Temer no cargo com provas tão contundentes de corrupção vai promover a estabilidade política e por fim à crise? Eu acho que não.

          Acho que as condições para por fim à crise e promover alguma estabilidade política mínima ao País são complexas, difíceis e até mesmo improváveis, algo que o Nassif está tentando delinear em seus xadreses com grande dificuldade de encontrar um caminho fectível, mas sejam como forem essas condições elas não passam pela manutenção de Temer no poder. Pelo contrário, eu concordo com o Nassif e outros analistas quando dizem que Temer é um fator de instabilidade política.

          Independentemente dos pontos colocados no parágrafo anterior queria declarar que não sou um defensor intransigente da justiça e não faço discurso moralista, até porque acho que esse discurso quase sempre é usado de forma hipócrita. O que eu coloquei é que escancarou-se nesse julgamento as piores mazelas desse judiciário que já está desmoralizado, mas ainda não tinha chegado ao ponto de arrastar-se na merda (ia dizer lama mas, “modéstia às favas”) de forma tão asquerosamente desbragada.

          Talvez você tenha razão ao dizer que a cassação de Temer da forma como seria feita nesse julgamento seria ainda pior, pois representaria apenas mais um casuísmo, mas eu acho que já tinha feito essa ressalva no meu comentário anterior. Apenas tenho a acrescentar que não acho que nada de bom tenha saído desse episódio. No máximo coisas ruins como a punição injusta à Dilma não se realizaram, mas a permanência de Temer no poder não tem, em minha opinião, nenhum ponto positivo muito menos contribui para a estabilidade política, o fim da crise ou a preservação do Estado.

          Se minha interpretação de sua resposta está incorreta ou é por demais simplória sinta-se à vontade para me corrigir. Sempre é bom aprender com quem entende. Grande abraço.

           

      2. DEMOCRACIA 4 X 3 GOLPISTAS, APESAR DOS PESARES.

        EDITORIAL do Jornal O GLOBO: Temer vence batalha, e TSE erra o passo.

        “Era uma chance de o Tribunal Superior Eleitoral equiparar-se a outras instâncias do Judiciário identificadas com a linha de frente na luta contra a corrupção”. Claro que essa notícia do Jornal O GLOBO é tendenciosa mesmo, porque se as instâncias outras estivessem realmente empenhadas na luta contra a corrupção, certamente as ORGANIZAÇÕES GLOBO estariam, no mínimo, sendo investigadas por vários motivos. Ainda não se pode atribuir ao Temer ou à Dilma uma vitória sim à DEMOCRACIA e ao DIREITO porque o Relator não apresentou prova alguma que pudesse sustentar a petição acusatória, mas somente declarações de pessoas, feitas sob constrangimento. Assim mesmo com nítida deturpação da realidade, visto que se as declarações dessem motivos para suspeitas o Relator as aceitava, mas se afastassem quaisquer suspeitas, o Relator as ignorava. Sobre esse detalhe, o Voto Minerva foi enfático. Nas declarações aproveitadas para sustentar que houve abuso de Poder Econômico para favorecer a Chapa Dilma-Temer, o declarante foi categórico em negar que os recursos desviados da Petrobras tenham sido para essa finalidade. É bom não esquecer que o excelentíssimo senhor ministro que proferiu o Voto Minerva foi um dos que já haviam aprovado antes da denúncia do PSDB, as contas da chapa Dilma-Temer que foram analisadas, para tal por uma equipe técnica concursada e altamente qualificada que seguiram regras e precedentes notoriamente conhecidos e aceitos até então, apesar dos pesares.

        https://oglobo.globo.com/opiniao/editorial-temer-vence-batalha-tse-erra-passo-21460033

  6.  
    O Dr. Janot deveria

     

    O Dr. Janot deveria verificar eventuais irregularidades (crimes ? ) nessa prática tortuosa do Gilmar, até porque a artilharia do Gilmar esta toda voltada para a/o PGR.

  7. Perfeito. Não dá para ser

    Perfeito. Não dá para ser tolerante com a pouca vergonha desses hipócritas atores de capa-preta. Na verdade, são seis atores machos, e uma atriz fêmea, mas, sabe-se ser a trupe bem mais numerosa e diversificada, sortida.

    Aqui, tratamos daqueles  que na noite de ontem levaram ao público brasileiro o derradeiro capítulo de um seriado burlesco de categoria estética grotesca. A mesma porcaria que há mais de 3 anos, vem envergonhando os apreciadores da “Commedia dell’arte,” ao derredor do mundo.  

    Os responsáveis pelo rotundo vexame de ontem, deveriam ter sido levados no Camburão da Polícia Civil de imediato, assim que desligaram os hofotes globais. Para ao menos, pernoitarem  num  xilindró mais próximo. Isso, sem prejuízo da necessária intervenção da Caixa Econômica Federal, que deveria ter sido acionada  para devolver ao povo brasileiro os recursos gastos com todos estes farsantes que destroem o pouco que restava de credibilidade do poder judiciário do País, junto com as empresas, com a economia, e, o mais grave, jogando a soberania Nacional na latrina do Donald Trump.

    Orlando

  8. TSE – “Juízo de convicção”

    Infelizmente, concordo, somos todos manipulados e este evento, como bem resumido pelo autor do artigo, prova isto. É inaceitável um processo julgamento eleitoral ficar a disposição do magistrado por tanto tempo, podendo ele manipulá-lo a seu bel prazer. E como um abutre aguarda a carne da caça atingir o ponto ideal de consumo, a podridão, ele faz uso do processo com alimento seu e de seus interessados.

    Infelizmente, assumir provas que não estão no processo é legalizar um instituto adotado pela Alemanha Nazista: O “Juízo de convicção”, em que o juiz pode julgar independentemente de provas que conduzam a sua decisão, utilizando apenas mecanismos de convicção pela condenção ou não.

    Infelizmente, este expediente encontra-se novamente no mundo jurídico brasileiro, pois se o réu não faz parte dos prediletos da corte ele é utilizado para satisfação dos abutres.

    Ifelizmente, disto tudo, penso que se há algo que devo neste momente pedir a Deus, se ele existir, é que permita Ele a existência do INFERNO.

    Infelizmente.

    Abraço

    Parabéns pelo texto.

  9. O que ninguém percebeu ou

    O que ninguém percebeu ou fingiu não perceber é que a chapa a ser cassada era a chapa Dilma-Temer e não Temer. De outro lado pouca diferença há entre o supremo e  o procurador -pregador, que abusou da autoridade. A Constituição, ora a Constituição…..

  10. Ótima análise, Eduardo Ramos!

    Ótima análise, Eduardo Ramos! Lembrando ainda que a chapa vencedora da Presidente Dilma Roussef em 2014 foi exaustivamente auditada e julgada  pelo TSE, sendo absolvida inclusive com o voto do ministro Gilmar Mendes. A verdade é que essa ação movida a posteriori por Aécio Neves através do PSDB não deveria ter sido admitida pelo TSE, uma vez que já tinha sido julgada pelo mesmo tribunal. Dilma não merece ser cassada em seus direitos políticos!!!

    1. Pois é…… um teatro, uma
      Pois é…… um teatro, uma farsa ridícula, onde o diretor do teatro, Gilmar Mendes foi o grande protagonista no primeiro e no segundo ato….. Abraço, Webster!!!!

  11. Todo o processo foi uma
    Todo o processo foi uma grande marmelada desde seu desarquivamento extemporâneo por obra do inominável, que manipulou-o sem dó nem piedade o tempo todo ajustando-o às circunstâncias de sua agenda política pessoal.
    Quanto às novas provas, é evidente que se pode adiciona-las aos autos sem que isso implique em ampliação do escopo dos crimes em investigação na petição inicial, desde que se repeite o direito a ampla defesa e o contraditório. O objetivo do inquérito aliás é justamente esse: buscar provas que comprovem a culpa ou a inocência. Novas provas são válidas se contribuírem para o esclarecimento dos fatos imputados originalmente. O que não pode é adicionar novas acusações.

  12. Não vou ser hipócrita de

    Não vou ser hipócrita de dizer q o julgamento foi marmelada. Foi muito bom! Explico: não compartilho do movimento Diretas Já, tenho certeza que o TSE vai alegar indisponibilidade de tempo para a relização de eleições imediatas, administrativamente são necessários vários meses para se montar uma eleição. Defendo a anulação do impedimento da Presideta Dilma pelo STF e, sua recondução ao cargo usurpado. O país inteiro já conhece o Congresso Nacional e, sua forma de atuação. Dilma volta e vai governar com o povo e para o povo. Até as próximas eleições. 

     

     

     

     

  13. PROVAS, isso mesmo, PROVAS !

    PROVAS, isso mesmo, PROVAS !  Isso é o que interessa.

    Se houvesses PROVAS contra a CHAPA DILMA/TEMER, também haveriam contra TODAS AS CHAPAS de 2014, para PRESIDÊNCIA (AÉCIO &, MARINA, &, PASTORES EVANGÉILOS &, ETC, ETC, ) para GOVERNADORES (todos receberam verbas “SUPOSTAMENTE ILEGAIS), para PREFEITOS (todos também receberam), etc, etc,  Os “doadores” falaram isso .

    O problema agora é a GLOBOGOLPE arranjar alguém (tipo Collor em 1988/1989) para colocar em “seu governo” da DITADURA MIDIÁTICA EM ANDAMENTO. 

    PROVAS, isso mesmo PROVAS (vídeos, audios, etc)! TODOS viram e ouviram NA “REDE GROBO” e que deveriam já ter colocado TEMER NA CADEIA direto, antes que FUJA do País. 

    PROVAS, isso mesmo PROVAS!    Até agora eram só “delações” premiadas(?) para que BANDIDOS CONFESSOS , ao devolver 5 ou 10% do roubo, LAVASSEM CENTENAS DE MILHÕES para viverem o resto da Vida NUMA BOA. 

  14. Enfim uma análise feita com uso da razão

    Prezados leitores, prezado Eduardo Ramos.

    Esta é, sem dúvidas, a mais racional análise feita sobre o farsesco julgamento da chapa vencedora da eleição presidencial de 2014 no TSE. A aversão a MT e sua camarilha são tão grandes que mesmo jornalistas, analistas e estudiosos experientes têm se deixado levar pela emoção ou pelo ódio disseminado pelo PIG/PPV, aceitando a manipulação e se somando às maltas e matilhas descerebradas e midiotizadas pelos veículos de comunicação de massa, oligopolizados por meia duzia de famílias. 

    De forma esparsa, em vários comentários e artigos que escrevi nos últimos dias eu disse o mesmo que Eduardo Ramos expôs aqui. Mas Eduardo fez uma síntese tão boa, tão didática e bem organizada que será difícil outros conceberem em tão poucos parágrafos um resumo tão racioal, abrangente e, ao mesmo tempo, tão conciso e direto. 

    Este texto é para ser difundido à larga, além de arquivado e lido diariamente. Parabéns efusivos ao autor.

  15. Pequeno roteiro para se

    Pequeno roteiro para se entender toda a barafunda ocorrida no julgamento da chapa Dilma?Temer no TSE. “O certo está errado e o errado está certo”, processualmente.

  16. E, de súbito,

    E, de súbito, como muito bem abordado pelo autor do texto, quase todos os torcedores dos mais variados clubes passaram a torcer por um único resultado. E, claro, sob a regência sempre duvidosa da vênus prateada (aliás, é preciso aprofundar o estudo sobre os motivos que levam a Globo, agora, a apoiar a queda do traste). Os tais “juízes” (são denominados ministros julgadores) do TSE deveriam derrubar o usurpador, valendo-se para tanto de um processo de cassação de chapa vencedora das eleições.

    Muito foi dito sobre as imperfeições da ação ontem “julgada”. E, não bastassem suas imperfeições, também muito se comentou sobre o verdadeiro teatro dos horrores que o Brasil assistiu de terça a sexta feira. Raramente se terá a oportunidade de presenciar os sábios juízes em plena atividade intestinal, evacuando nos ouvidos de especialistas e de leigos, usando o direito e o processo de maneira tão condenável.

    Mas, e aqui faço coro com a maioria – mesmo porque já manifestei esta posição em momentos anteriores – para dizer que de forma alguma o usurpador poderia ter seu ilegítimo mandato cassado pelo TSE, e isto porque não era seu ilegítimo mandato que estaria sendo cassado, mas o mandato da Presidenta Dilma. Mandato outorgado pela maioria da população, resultante de uma campanha que padeceu (e eu não tenho dúvida que padeceu) dos mesmos males de praticamente todas as campanhas concorrentes, e também de praticamente todas as campanhas antecedentes, e mesmo de praticamente todas as campanhas eleitorais deste país. Basta ver que, até onde se sabe, ela restaria alijada da vida política, enquanto que o atual inquilino clandestino do planalto permaneceria livre para se canditar ao que quisesse.

    Temer deve cair pelos muitos crimes que vem cometendo, por sí e por seus asseclas, antes e depois de trair sua presidenta. Temer deve cair pelos males que vem praticando contra a população mais necessitada de auxílio governamental, sem jamais poder sustentar que somente perdera o posto que ocupava por conta do alegado financiamento ilícito da campanha de Dilma.

  17. É isto mesmo Eduardo

    Neste imbroglio,  o grupo no poder ainda   tenta reconstruir a história, em seu próprio benefício. O mocinho Benjamim, até a pouco jogava do outro lado. Sabia ele que usar delações, contestadas  e sem as devidas provas era  algo que só beneficiaria a tentativa de atingir Dilma. Não foi atoa que buscaram o casal de marketeiros. Benjamin sabia  que a idéia de cassar Temer, mas tirar os direitos políticos de Dilma era o objetivo. O objetivo mudou,  e ele sem dúvida se viu obrigado a , jogando para a mídia, agora se voltar também contra Temer.  A televisão por sua vez, apostando num lado e limpando a própria barra do outro, fez questão de reforçar uma história  de provas robustas. Sempre  com a idéia, de que uma coisa repetida e repetida e repetida se torna realidade. Dallagnol está possesso, pois afinal o que ocorreu no TSE vai na direção contrária a sua tese, de que não são necessárias provas, apenas convicção. Assim como os telejornais, Dallagnol trabalha no ramo de convencimento e o TSE, de maneira oportunista e contraditória e incoerente, chegou a uma afirmação verdadeira, de que num julgamento são necessárias provas. Tudo o que este processo golpista  tem feito para contraditar é a necessidade de provas. Como diz o verdugo de Curitiba, ou o intelectual  Deltan, provas são na justiça apenas um detalhe, e quando se é dificil obter provas, a gente condena assim mesmo. Obviamente com o apoio da mídia que, segundo eles,  pode e deve criar convicções.

    O judiciário que uma vez foi criado para nos defender contra abusos, se tornou, como Golem , um monstro em busca de um poder próprio. Criou seus ideólogos, como Moro e Dallagnol, e já se supunha senhor de tudo. Mas foi traído pelos próprios preconceitos. Acusou o suspeito óbvio, ( o proletário) dos crimes que, para eles,   jamais poderiam ter sido ( perpetrados) e ou imputados a senhores tão doutos e tão cultos e tão cheio de títulos , da nossa eterna Casa Grande.  Janot defendeu com nunca os senhores das alterosas, defendeu os Franciscos, pois sempre acreditava na culpa dos Chicos.  Mas agora os Franciscos mostraram a face oculta, ( ma non troppo), e agora o Golem pode tombar linchado em algum poste. A nossa imprensa e nossos lídimos representantes da Casa Grande, vão esquecer os arroubos moralistas e defender até o fim as reformas, sempre em nome do país e dos desempregados, que na boca deles, é uma mera abstração, ou construção retórica.   Neste obtuso momento em que vivemos, deram o país para uma quadrilha, que agora vai usar todos os seus poderes para matar o golem e também seus antigos senhores.  Mas os tropegos senhores da Casa Grande ainda vão desesperadamente apoiar o mordomo do Jaburú, e não se deram conta dos perigos de um mordomo que chegou ao poder. A Casa grande ainda aposta que tem o controle total, mas entre os seus ideologos preguiçosos e os senhores servis de Tio Sam, não sabem mais colocar as feras que sairam da Caixa de Pandora. E assim Temer vai usar as feras do baixo Clero, ou do Centrão,  isto é o exército de Cunha. E assim a legislação que mudaram para atingir o governador Pimentel, não alcança o mordomo, e Temer com ajuda do que se tornou a liderança na camara, ( o baixo clero) vai mostrar que esta fora do alcance do Golem, esta fora de alcance do judiciário.

    A imprensa fingirá que nada disto está acontecendo.  E pensaremos que todos nós estamos aceitando tudo isto. Criarão mais uma vez a solidão de cada um. E vão buscar cada vez mais criar a ilusão , que tudo se resolve na câmara e no senado.

    Me resta a esperança que não.

  18. Perfeito!
    Como disse o André Araújo,acima de tudo é o estado brasileiro que precisa ser preservado.
    Esse golpe é um processo de decapitação: neutralização da liderança política e econômica do País. No final sobraria apenas o “deep state” brasileiro, equivalente ao tronco cerebral, uma vez eliminado o córtex, sob o comando americano. É bem verdade que nosso sistema político-econômico é quase medieval, mas substitui-lo por um sistema policial não é a solução.

    Volta, Dilma!

  19. Corretíssimo
    Foi exatamente assim que entendi, todo esse “espetáculo” midiático estava correto. Me preocupei quando fazia comentários com amigos e era contestado veementemente, meu argumento é de que foi comprovado que Dilma não cometeu nunhum crime… Agora, que é um “samba fo crioulo doido”, ahh, sem dúvidas é…

  20. Comentário do ex-deputado federal Haroldo Lima (PCdoB/BA)

    “O artigo (de Eduardo Ramos, publicado no Blog de Nassif) dá mais elementos para se compreender o que aconteceu no TSE, assunto tratado por mim no artigo “O que houve no TSE“. (Vermelho, Blog do Renato, Jornal do Brasil, Blog do Miro)

    “A aparência apreende o aspecto enganoso das coisas”, dizia o velho Marx. O que estava em pauta no julgamento do TSE? Reconhecer formalmente que a vitória de Dilma em 2014 foi por conta de abuso de dinheiro e de poder político. E que portanto quem ganhou aquela eleição foi Aecio Neves. Essa posição levantada  pelo Aecio e pelo PSDB, esconde que a grande vitória de Dilma foi por conta da vontade popular, da grande liderança de Lula, dos partidos de esquerda, do povo que estava apoiando o projeto que Dilma naquele momento representava. Que tenha havido uso indevido de recurso é um fato que não se resume a chapa Dilma mas a todas as chapas como ficou demonstrado pelo relator no TSE. Dar a vitória a Aécio e ao PSDB no julgamento do TSE era fazer grande injustiça ao 54 milhões de brasileiros que votaram em Dilma por ser a chapa mais progressista, a que eles apoiavam.  A derrubada de Temer deve ser feita através da luta popular nas ruas, no Parlamento, no Judiciário, porém de forma direta e não golpeando a grande frente que levou a vitória de Dilma em 2014. Estudiosos e políticos mais vividos tem dito que política no Brasil não é para amadores… Haroldo Lima”

  21. Dois erros não fazem um acerto.

    Numa prova de Cálculo II no distante Século XX, o professor do IME-USP, José Machado, designado para nossa escola,famosa pelas encrencas dos alunos, ultraengajados politicamente, propôs um exercício complexo, muito difícil, valendo dois pontos em 10. Apenas duas horas para resolver 5 questões. O professor era excelente e suas provas, indigestas.  Na aula seguinte, lá estava ele para corrigir a prova.

    Quando ele resolvia, parecia ridiculamente simples. Um aluno, que precisava de seis naquela prova para ser aprovado, já havia acertado duas e só faltava esse exercício hiper difícil. Quando o professor terminou a correção no quadro negro, ele exultou. Estava aprovado! O professor distribuiu as provas, ele olhou a nota,quatro, foi lá brigar com o mestre. Você se enganou, eu acertei o último exercício! Quero meus dois pontos!

    O professor sentou-se, pegou a prova e conferiu o exercício contestado.Em dez segundos descobriu o erro do aluno, aliás, dois erros.  O imenso exercício demandava quase duas folhas de papel tamanho ofício. Em uma das partes do exercício, o aluno havia errado no sinal. era positivo e ele botou negativo. Vinte linhas depois, errou de novo, a passagem exigia sinal positivo, ele botou negativo de novo. Desnecessário dizer que no final, aqueles dois sinais negativos combinados, deram o resultado como positivo, o correto. O professor simplesmente informou que dois erros não faziam um acerto. O resultado estava certo, mas por motivos erraods.

    1. isso até poderia estar certo

      isso até poderia estar certo se as duas ciências (direito e matemática) estivessem sob o mesmo prisma mas enquanto que a matematica é uma cieência do ser, onde a física tem suas leis, o direito é a ciência do dever-ser, que não mistura 1+1 pra dar 2, o 2 vai depender do dever-ser exigido, e o cara foi brilhante nesse texto, direito é muito regrado, se tiram regras não é direito é qq coisa como o que a sociedade entende por justiça, algo distorcido em que a vontade é maior do que a verdade e a justiça, para o direito a verdade e a justiça seguindo leis pré-fixadas são a fórmula ideal pra se fazer o certo. há e se essa prova fosse de alternativas e ñ escrita o cara passava. 

       

  22. Nadando contra a maré vou

    Nadando contra a maré vou contraditar a lógica do Eduardo. (texto revisto em 12/06/17 – 23:36)

    Com a devida vênia, o post merece reparos. O principal deles é que o Ministro Gilmar estava certo na primeira e manipulou confessa (às favas) quaisquer escrúpulos no julgamento do TSE a fim de favorecer Michel Temer (não só MT) pois há outros interessados na detenção do poder. O temor deles é que o movimento por ´diretas já´ fosse estimulado já que ninguém aceitaria, nem seria conveniente ao país, um novo governante sem a credibilidade e legitimidade das urnas.

    A análise do ilustre colunista, salvo melhor juízo, colide com melhor interpretação processual, aquela que Herman e Fux acolheram com criteriosos princípios: tratava-se de uma ação de ´investigação´ da campanha eleitoral de 2014 – ano em que a operação Lava Jato – já prenunciava o uso de recursos oriundos da Petrobrás – via empreiteiras – e o Tribunal deliberou colher as provas dos fatos – provas do período eleitoral 2014 – tais como a compra de apoios de partidos nanicos e o abusivo, ilícito e abundante uso do ´caixa 2´.

    FUX, gostemos ou não dele e sua peruca, é um dos maiores processualistas e o novo Código de Processo Civil/2015, ficará conhecido no futuro, como o Código FUX. Pois bem, a posição de Fux e Hermann estavam corretas.

    Embora saibamos que a procedência da ação não resultaria no imediato impedimento do Temer pois caberia recurso, acredito que o Ministério Público ingressará com o Agravo Regimental (leia-se: Recurso Extraordinário ao STF), pois, evidente a decisão contrária às provas contidas nos autos.

    Portanto, não eram ´provas de fatos FUTUROS A CAMPANHA 2014´ conforme diz o Eduardo. Foram provas colhidas a partir da delação da Odebrecht, porém, se referem aos fatos imputados na inicial: na campanha de 2014 foram empregados recursos ´caixa 2´, eram as tais ´reservas´ do PT e PMDB que a Odebrecht mantinha reservada para as doações de campanha. No caso, tais provas não eram as doações lícitas, porém as ilícitas, do caixa 2 e podiam, portanto, servirem de comprovação na ´investigação judicial´ do Tribunal Eleitoral. As empreiteiras – em especial ODEBRECHT – usaram as ´reservas´ tanto para doações legais quanto para o Caixa ´2´, sempre ao gosto do freguês.

    Evidente que tanto o dinheiro para comprar material de propaganda quanto para pagamento de ´lideres´ regionais e cabos eleitoras, quanto a compra de apoios de partidos políticos – ampliando horário da propaganda eleitoral – serviu, por exemplo, para os lamentáveis 15 dias de ´massacre´ da MARINA-PSB que o marketeiro da CHAPA – Dilma-Temer – mentiram a vontade, manipulando assim, a disposição eleitoral dos brasileiros.

    Um diretor da Odebrecht confessou (e comprovou) pagamento de R$ 6 milhões apenas para o canditado Pastor Everaldo atuar a favor de Aécio nos debates.  

    O fato da campanha de AECIO-PSDB ter sido abastecida pelas mesmas fontes de recursos ilícitos – desviados de superfaturamento em contratos da Petrobrás, não absolve a campanha investigada. O processo não se referia à campanha derrotada – embora o dinheiro tenha feito a diferença – para leva-la até o segundo turno uma campanha que em 15/09/2014 era considerada ´fracassada´ em grande matéria da Revista Fórum – http://www.revistaforum.com. br/digital/164/o-fracasso-da-candidatura-aecio-depois-da-queda-o-coice/ – quando todas as pesquisas mostravam AECIO caindo de 28% para menos de 15% e em fase descendente.

    A toda vista, as centenas de milhões de dólares das empreiteiras para DILMA e AÉCIO configurava o abuso de poder político e do poder econômico que era a acusação central da representação do PSDB objeto da ação de investigação sob o Tribunal Eleitoral: então Gilmar Mendes estava certo em pedir que tais investigações – diante do noticiado pela Lava Jato – não poderiam circunscrever-se às contas de doações legais, conforme decicia a antiga Relatora, Ministra Maria Thereza.

    Aqui a notícia da iniciativa de GM, conforme o G.1: “… Pouco depois da eleição, as contas da petista foram aprovadas com ressalvas pelo TSE, mas Gilmar Mendes decidiu apurar diversas despesas a pedido do PSDB, que apontou fornecedoras sem “capacidade operacional” para prestar os serviços e evidências de que empresas “aparentemente de fachada foram contratadas por valores exorbitantes e desproporcionais”.

    No ano passado, o ministro enviou à Procuradoria-Geral da República e à Polícia Federal informações da prestação de contas da campanha eleitoral de 2014 para investigação de eventuais irregularidades.

    Na época, ele afirmou que dados Operação Lava Jato indicam que o PT foi financiado indiretamente pela Petrobras, uma sociedade de economia mista, o que é vedado pela legislação eleitoral. Para Gilmar Mendes,  há indícios de que foram cometidos, durante as eleições do ano passado, crimes de lavagem de dinheiro e de falsidade ideológica, que poderiam levar à abertura de ação penal.

    Link> http://g1.globo.com/politica/noticia/2016/08/gilmar-mendes-abre-processo-que-pode-cassar-registro-do-pt.html .)

    Enfim, os julgamentos andam confusos neste país tropical.

    Com a CF/88, os membros das Cortes Superiores passaram a ser escolhidos mais por critérios políticos do que pela excelência do notório saber jurídico (Desde Jobim e Gilmar Mendes) quase todos com raras excepcionalidades como as de MENEZES DIREITO, BELUZZO, FUX e BARROSO, gostemos ou não do elenco.

    O Supremo engavetou e ainda não apreciou o recurso contra o impeachment ´sem crime de responsabilidade´ expressamente reconhecido pelo julgamento no Senado Federal.

    Portanto, quando Dilma devia ter sido absolvida (impeachment) por falta de prova de crime de responsabilidade, foi condenada. Quando devia ser condenada com a cassação por abuso de poder político e de poder econômico, foi absolvida, por excesso de provas…. Diante de provas incontestáveis do abuso de poder econômico e político em 2014, pela coligação PT-PMDB, o Tribunal delibera simplesmente ´não conhecer das provas´ – embora legítimas – e aferidas com o devido processo legal e garantias das defesas, a fim de recusar a impugnação da chapa DILMA/TEMER.

    COTAS RACIAIS, é outra perversão dos direitos individuais que está sendo violado pela Suprema Corte, a quem compete zelar pela integralidade da mens constitutiva – ou seja o sentimento nacional constituinte.

    Nessa semana, concomitante com o ´julgamento´ do TSE também o Supremo Tribunal Federal, cometeu mais uma de suas deliberações mesquinhas. Também por unanimidade decidiu favorável às leis de ´cotas raciais´ em concursos públicos. Já havia decidido por unanimidade as leis de cotas raciais para ingresso nas universidades.

    A mesquinharia é que tais leis e decisões oficializam uma presunção de inferioridade natural dos pretos e pardos afirmadas por políticas públicas estatais – essa de iniciativa da OAB – uma corporação que de 81 conselheiros, apenas 2 ou 3 podem ser classificados como afrodescendentes.

    Agora, o Supremo – STF – que tem a atribuição de guardião da CF/1988, julga contra ´vedação´ expressamente prevista nos arts. 5º e 19 da Carta Tutelada:

    Diz o art. 19 – “É vedado à União, Estados e Municípios: … III – criar distinções entre brasileiros ou preferências entre si.”

    E tal artigo da CF, simples e direto, foi introduzido coroando dessa forma bem específica o que prediz a norma geral do o art. 5º que abre o principal capítulo da Carta Cidadã, aquela das garantias individuais:

     – DOS DIREITOS E DEVERES INDIVIDUAIS E COLETIVOS (ART. 5º):

    Art. 5º – Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:

    I – homens e mulheres são iguais em direitos e obrigações, nos termos desta Constituição;

    Prezados, como pode o Tutor violar um princípio pétreo da Tutelada?

    Acredito em Ações Afirmativas. Uma doutrina de políticas públicas indutoras da igualdade de tratamento e de oportunidades. Vejam bem: indutora. O que não significa a criação institucional de privilégios fundado em um absurdo direito ´racial´.

    Se raça não existe conforme afirma a moderna ciência biológica reafirmada pelos avanços do sequenciamento do Projeto Genoma, em prol da unicidade da espécie humana, para existirem direitos raciais, o estado passará a produzir ´raças estatais´ o que já vem ocorrendo no Brasil. Na contramão da história.

    Desde a Declaração Universal dos Direitos Humanos, em 1948, fruto civilizatório frente aos genocídios da 2ª guerra mundial, nenhum estado está autorizado a legislar sobre direitos em bases raciais.

    Por tal princípio conseguimos – o ativismo contra o racismo – impor sanções à África do Sul contra as leis de apartação e que resultaram na revogação da prisão perpétua de Nelson Mandela.

    Porém, nem nos EUA introdutor da doutrina de Ações Afirmativas, por ser uma nação que acredita em direitos raciais, nem lá não existe lei alguma segregando direitos em bases raciais.

    E sempre que houve iniciativas estatais de imposição legal, a Suprema Corte norte-americana já se pronunciou várias vezes sobre a inconstitucionalidade de qualquer lei neste sentido, por violação da 14a Emenda, que preceitua:

    “Emenda XIV – Votada pelo Congresso em 13 de junho de 1866. Ratificada em 9 de julho de 1868

    Seção 1.  Todas as pessoas nascidas ou naturalizadas nos Estados Unidos, e sujeitas a sua jurisdição, são cidadãos dos Estados Unidos e do Estado onde tiverem residência.

    Nenhum Estado poderá fazer ou executar leis restringindo os privilégios ou as imunidades dos cidadãos dos Estados Unidos; nem poderá privar qualquer pessoa de sua vida, liberdade, ou bens sem processo legal, ou negar a qualquer pessoa sob sua jurisdição a igual proteção das leis. “

    Vejam que o nosso art. 19 c/c art. 5º tem o mesmo princípio da consagração da igualdade formal, contido na Emenda 14 da americana. Aquela mesma que fora violada pela Suprema Corte, pelo acolhimento da doutrina de ´separados mas iguais´, que foi a fonte das leis de segregação de direitos raciais vigentes até os anos 1960 somente derrotadas pelo movimento por Direitos e Liberdades Civis, liderados pelo dr. Luther King.

    Portanto, que me desculpem os defensores dessa excrescência jurídica – segregar direitos raciais – deliberada pela mais Alta Corte, por unanimidade – admitindo conforme a Constituição o tratamento diferente e privilegiado em razão de um direito ´racial´-  porém, como diz a sabedoria dos Hebreus, nas leis do Torá: toda unanimidade é burra, eternizada por Nelson Rodrigues.

    Pelas leis do Torá, qualquer julgamento decidido por unanimidade era, automaticamente, anulado, por ausência de melhor interpretação do fato apreciado.

    Por falar em mesquinharias, Michel Foucault nos ensinou que todas as grandes tragédias da humanidade sempre se iniciaram por pequenas mesquinharias.

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