Etchegoyen diz que intervenção militar é assunto do passado. Tradução: Alguém impediu! Quem?, por Rogerio Maestri

Foto Agência Brasil

Etchegoyen diz que intervenção militar é assunto do passado. Tradução: Alguém impediu! Quem?

por Rogerio Maestri

Numa curta notícia que li hoje à tarde no Correio do Povo o General Etchegoyen declarou que intervenção militar “é um assunto do século passado” “Vivo no século 21. Meu farol que eu uso para me conduzir é muito mais potente que o retrovisor. Não vejo nenhum militar, não vejo Forças Armadas pensando nisso. Não conheço, absolutamente”, disse na reunião do Grupo de Acompanhamento da Normalização do Abastecimento, no Palácio do Planalto, completando: “Eu vivo no século 21, quero construir um país, como todos militares queremos construir”.

A tradução desta declaração automobilística com faróis e retrovisores, é simplesmente uma demonstração que há algumas hipóteses da eliminação ou adiamento do Golpe Militar. No artigo que escrevi ontem, um artigo do porquê dos temores do Império de uma intervenção militar (1), o impedimento viria dos temores que o Império tem e que são justificados no artigo dando uma luz vermelha temporária ou permanente para um golpe militar neste momento”.

Também em (18/02/2018)(2) e (07/02/2017)(3) escrevi mais dois artigos que colocavam os possíveis impedimentos de uma intervenção militar sem que houvesse extrema necessidade. Há uma diferença significativa desses artigos de (18/02/2018) e de (07/02/2017) ao escrito ontem, no último artigo a base de tudo é a estratégia geopolítica do Império, e nos outros citados a base é a falta de condições das Forças Armadas darem um passo que pode ser maior do que suas pernas.

Talvez daqui a trinta anos saberemos qual foi o motivo real, porém a intuição que tenho é que foram os dois, ou mesmo outro fator que não deixei claro nos três artigos, a possibilidade de divisão nas forças armadas.

(1) Porque o Império não deseja a intervenção militar.

(2) O Xadrez da Intervenção Militar: Golpe em 1964 versus golpe em 2018

(3) Por que não há intervenção militar?

 

Redação

33 Comentários

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  1. Quem quiser dita dura tem que

    Quem quiser dita dura tem que ir dar a bunda para os recos no fundo do Quartel. Depois pode passar na sala do oficial de plantão negão para fazer uma chupetinha democrática.

  2. A pólvora!

    O problema da História é seu vício teleológico: quando o evento se firma na realidade (quando deixa de ser devir para existir), aí dizemos:

    Viram? Essa causa leva sempre a esse resultado, porque a sua confirmação é a realidade!

    Na verdade, esse não é um vício da História, mas de quem a enxerga com as lentes da teleologia, ou seja, o relógio quebrado (viu, eu avisei?), pois há sempre a possibilidade dele marcar a hora certa duas vezes no dia.

    É o caso.

    Não há intervenção militar porque a nova modalidade de golpe rodada nos programas capitalismo 2018.0 não comporta mais (apenas) soluções de força próprias (ou “de raiz”, com fuzil, tanque e porão).

    Desde Honduras, passando pelo Paraguai e agora no Brazil, já é pública e notória a nova estratégia de guerra híbrida patrocinada pelo Império.

    São os golpe tipo “flex”: parlamentos, judiciários, mídia, polícia, todos sustentados pela tutela militar!

    Assim como as primaveras do Oriente Médio e região passaram a pauta, junto com o modelo clássico de desestabilização militar.

    Esse papo já está até ultrapassado!

    Na verdade, a declaração do general é um não-acontecimento, e para quem sabe ler, um pingo é um pingo, isto é: ele está dizendo que não, mas aponta que essa é a possibilidade, ou pior, que essa já é a realidade.

    A metáfora dele faz todo sentido, só faltou dizer que a esquerda está à pé, na beira da estrada, como andarilhos.

    Quem olhar para as ruas do RJ, e para as estradas do país, e daqui a pouco, as refinarias em greve, verá que a presença militar já se instalou em quase todos os aspectos da vida nacional.

    Alguém lembra de general ou ministro da defesa ou da segurança capitaneando politicamente o gerenciamento de crise em outras greves ou “crises sociais” desde 1989?

    A grande jogada, quando você toma o poder mesmo, é quando ninguém percebe ou “pede” a sua presença.

    Nesse sentido, caro italiano (será a versão mino carta do Nassif, argh!), eles já ganharam faz tempo.

    Sua teleologia está atrasada, desculpe.

    1. Se no lugar de ficar escrevendo platitudes tivesse …….

      Se no lugar de ficar escrevendo platitudes tivesse o trabalho de ler o que escrevi no artigo que referencio em (1) entenderia muito melhor a mera repetição de palavras chave que colocas.

      1. Caro italiano,

        Eu li os três, e com todo respeito, são variações do mesmo tema.

        Então se você já escreveu, porque tentar escrever com ares de ineditismo, é só isso que eu escrevi.

        Aliás, você acusou um bocado de gente de analisar a partir de 1950, de não sabermos a diferença entre greve e locaute, e agora nos mostra “a grande novidade” de que não há golpe, e pior, inferindo que foi um comando dos EUA que mandou parar o golpe militar.

        Ah, depois você fala em “novo imperialismo” (ui!).

         

        Não devia, mas vou te ensinar.

        De trás para diante:

        – A fase conhecida como imperialismo não mais se encaixa para definir o que vivemos nesse mundo atual. A clássica expansão território-mercados com base militar ou não já foi superada.

        Primeiro porque havia uma disputa multipolar entre as nações imperialistas de antes de Grande Guerra, do entre guerras e do pós-segunda Guerra, e nem de longe havia tal artirculação tecno-mercadológica disponível.

        O único resto de disputa real é EUA e China, e mesmo assim, não nos moldes clássicos imperialistas descritos por Lênin, quando atualizava Marx.

        Também o capitalismo como entendíamos não mais se explica nos moldes tradicionais. Já estamos em transição, caro italiano.

        A produção/acumulação de riqueza já começa a prescindir das variáveis da chamada economia real (terra, bens de capital, moeda física, ouro, etc.). Acorda, fillho!

        Bem vindo ao admirável velho mundo novo.

        Isso também não quer dizer que a História acabou, o capitalismo encontrou o seu (e nosso) estado definitivo, insuperável e irreversível de “evolução”. Nada disso.

        Provavelmente, o que está por trás da crise da Petrobrás é um fundo de professoras aposentadas canadenses, em conjunto com algum noveau-richeau russo ou eslavo, alavancado nas duas posições, apostando dos dois lados e até contra si mesmo.

        É só apertar um botão, partisano.

        Vamos ao restante:

        – Sobre greve e locaute, você não entendeu lhufas mesmo. Greve sem porrada de patrão é de matar de rir. Greve é (ainda é) a única forma de interrupção do processo de acumulação disponível para os detentores da força de trabalho, e uma “greve” que propõe controle de preço de insumo e não valorização do valor da hora trabalhada ou do preço do serviço prestado é piada.

        É o açougueiro brigando para baratear o preço da ração do boi, ou o frentista em greve pela diminuição do valor da conta de luz.

        Piada.

        Isso não quer dizer que o movimento que aconteceu não seja merecedor de nossas atenções, mas antes, é preciso chamar as coisas pelos seus nomes, e claro, obter um olhar correto sobre os efeitos políticos sobre a sociedade.

        E nesse sentido, não há NADA no movimento dos brucutus da estrada que seja atraente para qualquer movimento da esquerda.

        Nem se pensarmos em possíveis resultados.

        Tática ou estrategicamente, sua proposta é uma sandice!

        – Sobre golpes militares:

        a) Nunca existiram de forma militarmente PURA, isto é, todo golpe dessa natureza tem amplo ou importante apoio popular, seja como fenômeno transclasse, seja como repercussão do poder e controle narrativa de determinadas classes sobre as demais (o que parece ser mais o nosso caso hoje).

        Não houve golpe, e talvez não haverá governo formalmente militar (porque de fato, os militares já estão no controle) porque a fórmula atual ainda é útil e está rodando.

        juízes, mídia, polícia, e militares, alimentados pela exacerbação da histeria média sobre o medo do crime, da aversão a política e da repulsa esquizofrênica do senso comum ao Estado, enquanto berra pela ausência de orgzanição e direitos que só o Estado pode garantir.

        Você tem bons instrumentos e boas ferramentas, caro italiano, falta humildade e uma escrita mais escorreita, e óbvio, colocar as coisas nos seus devidos lugares.

        Um abraço.

         

         

        1. Sinto muito, mas se leste os três textos e não entendeste…….

          Sinto muito, mas se leste os três textos e não entendeste a diferença de cada um é um problema teu, mas como tenho paciência vamos explicar a ênfase de cada um.

          Colocando-os em ordem que possas entender:

          O primeiro texto, “Por que não há intervenção militar?” trata especificamente da impossibilidade física das forças armadas em conseguir controlar uma situação mais grave de insurreição geral, algo que em situações de tumultos é muito difícil de fazer e para as nossas forças armadas quase impossível.

          O segundo texto, “O Xadrez da Intervenção Militar: Golpe em 1964 versus golpe em 2018”, estabelece um paralelo entre o Brasil de 1964 com o Brasil de 2018, mostrando as variações dos componentes demográficos, quantidade de forças de segurança, posição política da população, diferenças entre as lideranças populares, economia, meios de comunicação, problemas regionais, posicionamento das oligarquias internacionais e a diferença do posicionamento político dos governantes na época (um contra o golpe, outro aliado ao golpe).

          O terceiro texto, “Porque o Império não deseja a intervenção militar”, desdobra o item 5° e 8º do artigo anterior, dando ênfase principalmente ao apoio em 1964 da internacionalização da economia brasileira na época com o objetivo de extrair a mais valia através da implantação de indústrias “nacionais”, já em 2018 é mais uma ideologia de saque puramente procurando a destruição do Estado Nacional ao contrário do fortalecimento do mesmo que ocorria durante o período 64.

          Se achas que estes textos são variações do mesmo tema, pelo visto estás acostumado a ler mais romances policiais do que livros técnicos, onde o enredo deve ser mais inédito a cada capítulo, pois ninguém neste tipo de literatura pretende desenvolver uma tese.

          Quanto a haver ou não golpe, falo expressamente nos golpes militares das décadas de 60 e 70, e a ausência da preferência do Império em promover golpes fora das casernas é claramente expresso na tentativa de destruir os Estados Nacionais, pois as características de um domínio mais centralizado dos impérios fora de seus limites territoriais obriga a abdicação por completo até de um mínimo de controle legislativo das colônias.

          Quanto esta acumulação que prescinde de tudo (terra, bens de capital, moeda física, ouro, etc.) é típica de períodos entre crises, que mostram o descompasso da riqueza aparente e a real, e de tempos em tempos as crises mostram que o que não é real é volátil.

          Já a discussão entre greve ou locaute, ela está em outros textos, e fico realmente lisonjeado que apesar de não teres entendido nada fizeste o esforço de leres vários textos de minha parte, que se fossem tão equivocados e sem sentido não seriam objeto de tua leitura.

          Já por outro lado não discuti em nenhum texto as características exatas que diferenciam um golpe com apoio dos militares, que é o atual, com um golpe feito pelos militares com apoio de outros setores. Não me interessa muito esta análise, pois dentro da visão pragmática que colocas o que mais interessa são as borrachadas, coisa que não concordo muito.

           

          1. Partisano, partisano…

            Como você fala, fala, e fala e não diz nada, vamos dissecar esse corpo fétido que chamas de argumento:

            “O primeiro texto, “Por que não há intervenção militar?” trata especificamente da impossibilidade física das forças armadas em conseguir controlar uma situação mais grave de insurreição geral, algo que em situações de tumultos é muito difícil de fazer e para as nossas forças armadas quase impossível.”

            Comentário: Filho, nesse cenário de suposta inssurreição geral, quem faz a primeira frente de repressão são as forças auxiliares, sim, as milícias estaduais chamadas PM, e outras forças derivadas com menor contingente (Polícias Civis, Força Nacional, PRF, Agentes Penitenciários, etc).

            Sua noção de “inssurreição” é tola, tola mesmo, como se as forças militares e seus setores de inteligência (a S2 do Exército e as outras segundas seções) fossem esperar a coisa chegar a tal ponto.

            De fato, nenhuma força militar regular conseguiria isso, nem os EUA. Fato: Insurreição pós-Katrina em Nova Orleans. Repressão: Mercenários da Blackwater.

            Esse “debate” trazido por você não tem o menor sentido. Se o pau quebrar, ninguém consegue resolver, partisano.

            O segundo texto, “O Xadrez da Intervenção Militar: Golpe em 1964 versus golpe em 2018”, estabelece um paralelo entre o Brasil de 1964 com o Brasil de 2018, mostrando as variações dos componentes demográficos, quantidade de forças de segurança, posição política da população, diferenças entre as lideranças populares, economia, meios de comunicação, problemas regionais, posicionamento das oligarquias internacionais e a diferença do posicionamento político dos governantes na época (um contra o golpe, outro aliado ao golpe).

            Comentário: Baboseira, baboseira, baboseira. A latência conservadora da população (local e mundial)mantêm-se intactas. É isso que, no fim das contas, importa. No Brasil, as sementes das soluções de força nunca foram anuladas. Não há paralelo possível, nem é necessário. A diferença se resume a: em 64, uns gatos pingados das Agulhas Negras (na época comandados pelo então Coronel Geisel) outros cretinos vindos de MG com Mourão deflagraram um golpe sem dar um tiro, enquanto a população os saudava nas ruas. Hoje, o golpe vem de toga e algoritmo!

            O terceiro texto, “Porque o Império não deseja a intervenção militar”, desdobra o item 5° e 8º do artigo anterior, dando ênfase principalmente ao apoio em 1964 da internacionalização da economia brasileira na época com o objetivo de extrair a mais valia através da implantação de indústrias “nacionais”, já em 2018 é mais uma ideologia de saque puramente procurando a destruição do Estado Nacional ao contrário do fortalecimento do mesmo que ocorria durante o período 64.

            Comentário: Filho, o objetivo antes e hoje é o mesmo: tirar grana do país e mandar para fora. Tanto faz se era com a substituição de importações, remessas de lucros, ou agora, com os fundos abutres atacando serviços e patrimônios estatais, e agora, com o tarifaço dos combustíveis e de energia elétrica e outros preços administrados pelos cartéis internacionais.

            Fortalecimento do Estado em 64? Piada não? A criação de algums indústrias de bens de capital e obras de infra-estrutura só apareceram para dar sustentação a expansão dos investimentos e inversões estrangeiras no país, meu filho! Estado Nacional com enfraquecimento das redes de proteção com endividamento externo? Bastou uma crise de petróleo e alta dos juros para seu Estado Nacional ir pelo ralo. Olha, se você entende pouco de política, de economia você não entende nada.

            Se achas que estes textos são variações do mesmo tema, pelo visto estás acostumado a ler mais romances policiais do que livros técnicos, onde o enredo deve ser mais inédito a cada capítulo, pois ninguém neste tipo de literatura pretende desenvolver uma tese.

            Comentário: É, romance policial tem lógica, causa e efeito, já seus textos…

            Quanto a haver ou não golpe, falo expressamente nos golpes militares das décadas de 60 e 70, e a ausência da preferência do Império em promover golpes fora das casernas é claramente expresso na tentativa de destruir os Estados Nacionais, pois as características de um domínio mais centralizado dos impérios fora de seus limites territoriais obriga a abdicação por completo até de um mínimo de controle legislativo das colônias.

            Comentário: Ui, isso parece um livro embolorado do Kmher Vermelho. Meu filho, o Capital não prescinde de Estados Nacionais, aprenda isso. Tal premissa se coloca da seguinte forma, como ensina Dacid Harvey: Os Estados são necessários para garantir e impulsionar os ganhos do capital, o pagamento dos juros através da subtração dos orçamentos públicos.

            A diferença é que no estágio do capitalismo em 60/70, os estados periféricos (nós) cumpríamos a tarefe de repositório residual de mercados de baixo consumo, substituição de importações,  forncedores de commodities, aquisidores de dívidas e financiadores da expansão dos investimentos estrangeiros com o gasto público em produção de bens de capital e infra. Na década de setenta, subsidiávamos o aço das montadoras do ABCD com ação barato da CSN e outras, agora, a operação é financeira e tributária (desonerações). Agora compramos “reservas” para oxigenar os fluxos e refluxos de capital oferecendo taxas saborosas na arbitragens dessas assimetrais.

            Tudo “wired” pelas novas tecnologias que em 60 e 70 não existiam, mas já engantinhavam e estavam sendo preparadas, talvez desde Bretton Woods!

             

            Quanto esta acumulação que prescinde de tudo (terra, bens de capital, moeda física, ouro, etc.) é típica de períodos entre crises, que mostram o descompasso da riqueza aparente e a real, e de tempos em tempos as crises mostram que o que não é real é volátil.

            Comentário: Errado. Não é crise, é projeto. Isso que para você e para outros incautos é chamado de crise é apenas um ciclo permanente de retirada de componentes reais do processo de acumulação (trabalho, bens e serviços) para aumentar a acumulação em si, pela mera alavancagem,.

            Se antes cada “crise” (nas suas palavras) trazia se volta a economia para o “mundo físico real” (desde a crise das tulipas até 2008), o fato é que cada vez mais os processos de acumulação não estão mais vinculados com “coisas que existem” (e olha que nem falo das criptomoedas, por enquanto), e é certo, por exemplo, que o capital começa a prescindir da forma conhecida de organização e exploração do trabalho e dos sistemas políticos necessários ao controle dessa organização laboral!

            A nova fronteira são os meios (serviços) e insumos (água, tratamento de esgoto, energia e combustíveis).

            Na Argentina de hoje, controlar o fornecimento de energia é mais importante que expansão de locação de imóveis, haja vista que as tarifas de luz estão mais caras que aluguéis.

            É só um exemplo tolo.

            Já a discussão entre greve ou locaute, ela está em outros textos, e fico realmente lisonjeado que apesar de não teres entendido nada fizeste o esforço de leres vários textos de minha parte, que se fossem tão equivocados e sem sentido não seriam objeto de tua leitura.

            Comentário: Não, não, não partisano. O único sentido de ler você é desmanchar essa confusão que você anda fazendo. É um serviço que presto ao blog, e aos leitores, e não a você. Desce daí.

            Já por outro lado não discuti em nenhum texto as características exatas que diferenciam um golpe com apoio dos militares, que é o atual, com um golpe feito pelos militares com apoio de outros setores. Não me interessa muito esta análise, pois dentro da visão pragmática que colocas o que mais interessa são as borrachadas, coisa que não concordo muito.

            Comentário: Bem, se tivesse discutido isso, aí seria mais grave. Você que não entendeu o que escrevi, e foi o contrário. Disse que já estamos sob domínio dos militares, apesar de advogares que os EUA e os militares ainda não tenham se interessado por dar o golpe.

            Vou usar o seu argumento para defender o que disse: capitalismo diferente, golpes diferentes. Ontem, tanque nas ruas, hoje, tanques nas estradas, nas favelas, e ditadura do mercado-mídia-judiciário-algoritmos.

            O golpe militar de 2018 já foi dado por eles faz tempo, e o truque mais esperto foi esconder a natureza militarizada dele.

            Olha só, você, tão esperto caiu direitinho.

            Porque não há diferença, e nem há como cientificamente medir qual o tamanho de participação maior, se é militar com civil ou civil puxando os militares.

            São coisas que coexistem e se completam e servem a propósitos distintos: civis dão legitimidade popular e estabelecem consensos políticos no ambiente do golpe, e os militares estão ali para dizer: quem resistir, o pau canta!

            Isso não quer dizer que durante a instalação desss processos golpistas, os papeis, às vezes, se confundam, daí a desncessidade científica de diferenciar um golpe do outro.

            Sim, eu já senti na pele as borrachadas, e posso te dizer, não faz muita diferença se a tortura é feita por um cara da CIA, do CIE, CENIMAR ou um reles puliça fazendo um gato confessar que é coelho.

            Fico por aqui, e podes deixar, não comento mais (nem leio, obviamente) esses textos ruins de sua lavra, partisano.

             

          2. Partisano, partisano…

            Como você fala, fala, e fala e não diz nada, vamos dissecar esse corpo fétido que chamas de argumento:

            “O primeiro texto, “Por que não há intervenção militar?” trata especificamente da impossibilidade física das forças armadas em conseguir controlar uma situação mais grave de insurreição geral, algo que em situações de tumultos é muito difícil de fazer e para as nossas forças armadas quase impossível.”

            Comentário: Filho, nesse cenário de suposta inssurreição geral, quem faz a primeira frente de repressão são as forças auxiliares, sim, as milícias estaduais chamadas PM, e outras forças derivadas com menor contingente (Polícias Civis, Força Nacional, PRF, Agentes Penitenciários, etc).

            Sua noção de “inssurreição” é tola, tola mesmo, como se as forças militares e seus setores de inteligência (a S2 do Exército e as outras segundas seções) fossem esperar a coisa chegar a tal ponto.

            De fato, nenhuma força militar regular conseguiria isso, nem os EUA. Fato: Insurreição pós-Katrina em Nova Orleans. Repressão: Mercenários da Blackwater.

            Esse “debate” trazido por você não tem o menor sentido. Se o pau quebrar, ninguém consegue resolver, partisano.

            O segundo texto, “O Xadrez da Intervenção Militar: Golpe em 1964 versus golpe em 2018”, estabelece um paralelo entre o Brasil de 1964 com o Brasil de 2018, mostrando as variações dos componentes demográficos, quantidade de forças de segurança, posição política da população, diferenças entre as lideranças populares, economia, meios de comunicação, problemas regionais, posicionamento das oligarquias internacionais e a diferença do posicionamento político dos governantes na época (um contra o golpe, outro aliado ao golpe).

            Comentário: Baboseira, baboseira, baboseira. A latência conservadora da população (local e mundial)mantêm-se intactas. É isso que, no fim das contas, importa. No Brasil, as sementes das soluções de força nunca foram anuladas. Não há paralelo possível, nem é necessário. A diferença se resume a: em 64, uns gatos pingados das Agulhas Negras (na época comandados pelo então Coronel Geisel) outros cretinos vindos de MG com Mourão deflagraram um golpe sem dar um tiro, enquanto a população os saudava nas ruas. Hoje, o golpe vem de toga e algoritmo!

            O terceiro texto, “Porque o Império não deseja a intervenção militar”, desdobra o item 5° e 8º do artigo anterior, dando ênfase principalmente ao apoio em 1964 da internacionalização da economia brasileira na época com o objetivo de extrair a mais valia através da implantação de indústrias “nacionais”, já em 2018 é mais uma ideologia de saque puramente procurando a destruição do Estado Nacional ao contrário do fortalecimento do mesmo que ocorria durante o período 64.

            Comentário: Filho, o objetivo antes e hoje é o mesmo: tirar grana do país e mandar para fora. Tanto faz se era com a substituição de importações, remessas de lucros, ou agora, com os fundos abutres atacando serviços e patrimônios estatais, e agora, com o tarifaço dos combustíveis e de energia elétrica e outros preços administrados pelos cartéis internacionais.

            Fortalecimento do Estado em 64? Piada não? A criação de algums indústrias de bens de capital e obras de infra-estrutura só apareceram para dar sustentação a expansão dos investimentos e inversões estrangeiras no país, meu filho! Estado Nacional com enfraquecimento das redes de proteção com endividamento externo? Bastou uma crise de petróleo e alta dos juros para seu Estado Nacional ir pelo ralo. Olha, se você entende pouco de política, de economia você não entende nada.

            Se achas que estes textos são variações do mesmo tema, pelo visto estás acostumado a ler mais romances policiais do que livros técnicos, onde o enredo deve ser mais inédito a cada capítulo, pois ninguém neste tipo de literatura pretende desenvolver uma tese.

            Comentário: É, romance policial tem lógica, causa e efeito, já seus textos…

            Quanto a haver ou não golpe, falo expressamente nos golpes militares das décadas de 60 e 70, e a ausência da preferência do Império em promover golpes fora das casernas é claramente expresso na tentativa de destruir os Estados Nacionais, pois as características de um domínio mais centralizado dos impérios fora de seus limites territoriais obriga a abdicação por completo até de um mínimo de controle legislativo das colônias.

            Comentário: Ui, isso parece um livro embolorado do Kmher Vermelho. Meu filho, o Capital não prescinde de Estados Nacionais, aprenda isso. Tal premissa se coloca da seguinte forma, como ensina Dacid Harvey: Os Estados são necessários para garantir e impulsionar os ganhos do capital, o pagamento dos juros através da subtração dos orçamentos públicos.

            A diferença é que no estágio do capitalismo em 60/70, os estados periféricos (nós) cumpríamos a tarefe de repositório residual de mercados de baixo consumo, substituição de importações,  forncedores de commodities, aquisidores de dívidas e financiadores da expansão dos investimentos estrangeiros com o gasto público em produção de bens de capital e infra. Na década de setenta, subsidiávamos o aço das montadoras do ABCD com ação barato da CSN e outras, agora, a operação é financeira e tributária (desonerações). Agora compramos “reservas” para oxigenar os fluxos e refluxos de capital oferecendo taxas saborosas na arbitragens dessas assimetrais.

            Tudo “wired” pelas novas tecnologias que em 60 e 70 não existiam, mas já engantinhavam e estavam sendo preparadas, talvez desde Bretton Woods!

             

            Quanto esta acumulação que prescinde de tudo (terra, bens de capital, moeda física, ouro, etc.) é típica de períodos entre crises, que mostram o descompasso da riqueza aparente e a real, e de tempos em tempos as crises mostram que o que não é real é volátil.

            Comentário: Errado. Não é crise, é projeto. Isso que para você e para outros incautos é chamado de crise é apenas um ciclo permanente de retirada de componentes reais do processo de acumulação (trabalho, bens e serviços) para aumentar a acumulação em si, pela mera alavancagem,.

            Se antes cada “crise” (nas suas palavras) trazia se volta a economia para o “mundo físico real” (desde a crise das tulipas até 2008), o fato é que cada vez mais os processos de acumulação não estão mais vinculados com “coisas que existem” (e olha que nem falo das criptomoedas, por enquanto), e é certo, por exemplo, que o capital começa a prescindir da forma conhecida de organização e exploração do trabalho e dos sistemas políticos necessários ao controle dessa organização laboral!

            A nova fronteira são os meios (serviços) e insumos (água, tratamento de esgoto, energia e combustíveis).

            Na Argentina de hoje, controlar o fornecimento de energia é mais importante que expansão de locação de imóveis, haja vista que as tarifas de luz estão mais caras que aluguéis.

            É só um exemplo tolo.

            Já a discussão entre greve ou locaute, ela está em outros textos, e fico realmente lisonjeado que apesar de não teres entendido nada fizeste o esforço de leres vários textos de minha parte, que se fossem tão equivocados e sem sentido não seriam objeto de tua leitura.

            Comentário: Não, não, não partisano. O único sentido de ler você é desmanchar essa confusão que você anda fazendo. É um serviço que presto ao blog, e aos leitores, e não a você. Desce daí.

            Já por outro lado não discuti em nenhum texto as características exatas que diferenciam um golpe com apoio dos militares, que é o atual, com um golpe feito pelos militares com apoio de outros setores. Não me interessa muito esta análise, pois dentro da visão pragmática que colocas o que mais interessa são as borrachadas, coisa que não concordo muito.

            Comentário: Bem, se tivesse discutido isso, aí seria mais grave. Você que não entendeu o que escrevi, e foi o contrário. Disse que já estamos sob domínio dos militares, apesar de advogares que os EUA e os militares ainda não tenham se interessado por dar o golpe.

            Vou usar o seu argumento para defender o que disse: capitalismo diferente, golpes diferentes. Ontem, tanque nas ruas, hoje, tanques nas estradas, nas favelas, e ditadura do mercado-mídia-judiciário-algoritmos.

            O golpe militar de 2018 já foi dado por eles faz tempo, e o truque mais esperto foi esconder a natureza militarizada dele.

            Olha só, você, tão esperto caiu direitinho.

            Porque não há diferença, e nem há como cientificamente medir qual o tamanho de participação maior, se é militar com civil ou civil puxando os militares.

            São coisas que coexistem e se completam e servem a propósitos distintos: civis dão legitimidade popular e estabelecem consensos políticos no ambiente do golpe, e os militares estão ali para dizer: quem resistir, o pau canta!

            Isso não quer dizer que durante a instalação desss processos golpistas, os papeis, às vezes, se confundam, daí a desncessidade científica de diferenciar um golpe do outro.

            Sim, eu já senti na pele as borrachadas, e posso te dizer, não faz muita diferença se a tortura é feita por um cara da CIA, do CIE, CENIMAR ou um reles puliça fazendo um gato confessar que é coelho.

            Fico por aqui, e podes deixar, não comento mais (nem leio, obviamente) esses textos ruins de sua lavra, partisano.

             

  3. Se haverá intervenção

    Se haverá intervenção militar, não sabemos. Todavia, o que não faltam na Internet são reuniões e falas de muita gente com apoio de militares, pedindo a volta deles no comando do país.

    Ontem uma amiga me pasou ua breve mensagem, exprimindo preocupação – nem sei se verdadeira, pois é mais uma coxinha -, pra que eu visse e repasse um vídeo sobre um quebra-pau dentro da Cãmara; Rodrigo Maia tendo pedido a presença das F.A. etc. Abri o vídeo, sentindo tratar-se de um requentamento de confusão. Era aquele em que Petistas queriam saber de Rodrigo quem pedira as forças armadas, e que ele se explicasse, etc.

    No mesmo sentido, vi ontem outros vídeos, todos eles com uma legenda grande embaixo, feita de pultia hora, pedindo like e querendo que nos posicionássemos em favor da volta dos militares. Todos eles são matérias antigas, e dá pra notar isso porque são imagens desgastadas pelo tempo. Dos comentaristas, vi um chamando atenção para a falsidade do conteúdo, mas a maioria pede a intervenção militar.

    É uma propaganda maciça, pedidno a volta dos militares, mas sem base. A finalidade é levantar o número de adeptos a essa insanidade? 

    Em Cascavel fez-se uma manifestação incrível com a chegada no local de militares, com tanques, buzinando, e o povo aplaudindo, e levantando bandeiras. Outros mais a gente observa, geralmente entre as cidades do Sul do País.

    A onda é grande, e já se tem vídeo mostrando pessoas sendo huilhadas nas ruas por portarem uma camiseta vermelha. 

    Uma mulher jovem está se dirigindo para uma sorveteria em copacabana com uma camiseta vermelha com dizeres sobre Lula Livre, e um meganha a impede de passar, quando ela o enfrenta e diz que está usando uma blusa dela, e que outras de marcas estão guardadas em sua casa; que ele não pode impedi-la de andar nas ruas, nem de tomar um sorvete. O guardinha tenta modificar as coisas, dizendo que ela está gritando com ele, a título de enquadrá-la no crime de desrespeito à autoridade, etc. O fato é que o vídeo viralizou, e a gente vê isso impotente, sempre pensando onde tudo isso vai desaguar.

    Diz o ditado que “Onde a fumaça, há fogo”. 

    1. Cara Maria, as tuas preocupações são procedentes, porém…….

      Cara Maria, as tuas preocupações são procedentes, porém se leres os artigos que referencio em (2) e (3) verás que o problema logístico não é tão simples.

      Uma intervenção militar não é algo tão simples, pois não há principalmente algo a propor além de truculência. Tenho analisado este problema há quase cinco anos, primeiro em comentarios depois em artigos (que são mais de cinco), a intervenção é mais ou menos do que Bolsonaro, o problema COMEÇA COM A INTERVENÇÃO não TERMINA.

  4. Eu acuso esse general entreguista

    O general Etchegoyen é um militar entreguista.

    Participa do governo golpista desde o início, servindo na área de segurança institucional e informação. Ou seja, é um traidor da Democracia e também do Brasil, pois permite que nosso petróleo seja “legalmente” saqueado.

    Ele está afirmando que, no século XXI, os golpes planejados pelos EUA são operacionalizados pelo Judiciário, sem a intervenção militar direta (apenas no ameaçador suporte dos bastidores).

     

  5. O povo do sul, não todos,

    O povo do sul, não todos, adora ver chicote no lombo de pobres, negros e mulatos. Maestri deve ter razão, mas tem mais um fator: o cenário atual é bem diferente de 64. Militares não governam, sua função é descer o cacetete e disparar o fuzil nas costas do povo. Evidente que colocariam no poder os “neoliberais”, que continuarim a destruição do país. Ou seja, os militares assumiriam a responabilidade total pela tragédia social. Os milicos são entreguistas e parasitas, mão não são burros.

  6. Caro DMaestri
    Esse

    Caro DMaestri

    Esse “Echegoien” não mente mais por falta de espaço.

    Eles estão dando apoio ao golpe, mas ficam na surdina, com seus infiltrados, nos movimentos sociais, nos blogues, colhendo informações.

    O Brasil de hoje, está longe de ser o de 64.

    A esquerda está desarmada e se civilizou, se republicanou.

    Saudações

    1. Meu caro, leia o que postei a pouco no meu Blog no GGN

      Há uma confusão enorme na esquerda tentando classificar o movimento de acordo com parâmetros que seria válidos até 1950, há uma nova configuração do imperialismo que coloca tanto os operários como os chamado capitalismo nacional na parede, logo a confusão torna-se real, mas neste momento o que se vê é um governo ATRELADO ao IMPERIALISMO INTERNACIONAL contra todos.

      Leia Porque a união em torno do movimento dos caminhoneiros

  7. Roque no Xadrez

    O que disse o general procede, assim como, também, ao meu ver, a intuição do autor nas razões que divisou: a ressalva da extrema necessidade e a falta de condições. Acontece que sinais foram trocados. A aliança criminal de guerra corsária da OTAN usa governos militares como pretexto para o exercício de sua responsabilidade de proteger as populações nos territórios em que colapsou o poder civil. A OTAN cuidará da defesa nacional mesmo depois da crise humanitária, da contra-insurgência e das operações de state & nation building 😉

    1. Não falarei em detalhes sobre a OTAN, só posso adiantar que….

      Não falarei em detalhes sobre a OTAN, só posso adiantar que para mim a OTAN é uma organização TERRORISTA internacional dos mesmos moldes do DAESH.

      1. “…a OTAN é uma organização TERRORISTA internacional…”

        A intervenção militar é internacional. O campo conservador nacionalista no hemisfério sul não tem como estabilizar governos contra-hegemônicos. Uma Rússia, por exemplo, pode governar pelo campo conservador em contra-hegemonia, porque ao apostar em suas raízes na defesa da própria nacionalidade, como pressuposto da defesa nacional,  encontra algum chão dos tempos imperiais. Mas do lado de cá esse mesmo caminho não existe para o campo conservador nacionalista. Ele admirou o chorinho, adotou o samba, mas tem medo de tambor e vê percussionista como marginal.

        ps: junta econômica de compliance até para uma nova padaria na África.

  8. Esclarecedoras análises

    Caro Rogério Maestri, caros leitores.

    Sempre leio com atenção os artigos desse Professor e Engenheiro, pois consegue  reunir cientificidade e clareza na análise, típicas dos bons Professores, à realidade prática com que trabalham os Engenheiros.

    Se observarmos bem, não foi espontânea ou casual a divulgação de documento da CIA, por Mathias Spektor, há poucos dias na FSP. Embora o documento (ainda parcialmente censurado) tenha sido publicado pela CIA  já em 2015, no Brasil o conteúdo dele era desconhecido por mais de 90% das pessoas; apenas os estudiosos e a imprensa  tinham lido o documento, mas não tiveram interesse em divulgá-lo, o que demonstra omissão ou cumplicidade com a trama golpista e com as soluções autoritárias para crises institucionais. 

    O documento da CIA, embora não traga novidades aos que de fato se interessam em conhecer e estudar as atrocidades da ditadura militar-empresarial no Brasil, é UMA PROVA CABAL de que os dois últimos generais que ocuparama presidência da república, Ernesto Geisel e João Figueiredo,  até então poupados por setores da mídia e mesmo da Academia e considerados menos cruéis e oponentes de uma linha dura, erma não apenas omissos ou coniventes com a tortura e matança de opositores; eles eram responsáveis pela autorização formal sobre quais “subversisvos” deveriam ser assassinados sumariamente, mas “com muito cuidado”.

    A divulgação do documento da CIA foi um claro recado do Deep State estadunidense para que a turma dos coturnos ficasse quieta, pos o alto comando não deseja nem permitirá que sejam protagonuistas no atual golpe, pois para esse papel o sistema judiciário brasileiro (PF, MPF e PJ) foi cooptado, a menor preço e copm menosres riscos. Além de menos violência explícita, o golpe por meio do sistema judiciário cooptado/corrompido/comprado permite o uso de máscaras da “legalidade” e “institucionalidade”. Os golpeachments no Brasil, no Paraguai e em Honduras mostram que o uso da guerra híbrida e “soft coup” são muito mais eficazes e menos custosos e traumáticos do que os clássicos, com tropas ocupando ruas, prédios públicos, comerciais e empresas, reprmindo com violência os opositores políticos. No Equador, no Peru, na Colômbia, na Argentina e noutros páise da América Latina ocorreram ou estão ocorrendo “golpes suaves”.

    A Venezuela é vítima de sabotagem e desabastecimento há mais de uma década. Assim como no Brasil, os EUA e seus aliados querem o petróleo de lá, abundante, barato, numa região geograficamente mais próxima (dos EUA) e menos conflagrada que o Oriente Médio. Nesse país o golpe ainda não logrou êxito porque o governo tem apoio não só da população mais pobre (entre 35 e 60%),  mas sobretudo das Forças Armadas, que depois de Hugo Chávez deixaram de ser compostas por mercenários e entreguistas, como eram até então. 

    Essa declaração do general Etchegoyen é uma “passação de recibo”; ou seja, ele e o grupo por ele controlado no Exército, ao negar de modo freudeano, admitem que planejavam uma intervenção militar. Esse papo automobilístico do general só convence os analfabetos políticos e os de visão curta (público típico de sites como o defesa.net), os quais constituem “formadores de opinião” e difusores do bolsonarismo.

    Numa frase simples: a intervenção militar não foi – e provavelmente não será – implementada porque não interessa ao alto comando internacional do golpe, que são o Deep State estadunidense a a fiança internacional.

    1. João, teu comentário complementa o artigo, obrigado.

      Eu só na mesma linha, de complementar o teu comentário que complementou o meu texto.

      Quanto a intervenção militar só há uma possibilidade dela exitir, seria na situação em que ficasse clara a possibilidade de uma reviravolta radical no golpe com possibilidades de assumir um governo claramente de esquerda revolucionária.

  9. Quando as Forças Armadas

    Quando as Forças Armadas golpearam um governo de Direita que faz tudo que os estados unidos querem? R.: Nunca!

    E não seria gora!

    Elas sempre se associam aos ricos daqui e de fora.

    Em resumo: Sempre foram os maiores aliados e amiguinhos dos gringos, e agora compartilham a Amazônia.

    Escrevendo isso… Existem imagens dos “exercícios” com exércitos “amigos” programados para o final de 2017?

    Sabem de uma coisa?

    Salva-nos os analfabetos, sem lenço, sem documentos que não falam ingrêisss e que não gostam de Jazzzz. 

    Quem diria?

  10. Os Magnatas não precisam mais das FFAA para dominar

    As Forças Armadas se tornaram um peso morto para as elites. Por terem perdido a utilidade, as FFAA dos países periféricos do capitalismo estão todas sucateadas e seu pessoal está muito mal remunerado. É que com drones operados à distância por duas ou três pessoas e com a fuga de capitais, os Magnatas donos do mundo não precisam mais de buchas de canhão para botar as Nações de joelhos: basta enviar um drone com bombas e despejá-las onde eles quiserem, isso se a fuga de capitais não puser a Nação de joelhos.

  11. No momento, o que há é a defesa de interesses nacioANAIS…

    No momento, o que há é a defesa de interesses nacioANAIS…

    No período da ditadura, conforme documentos tornados públicos pela CIA, o império tinha receio que fosse disseminado o sentimento anti-americano, ou seja, de defesa do interesse nacional 

     

    Nos videos , militares falam  das estratégias de defesa, isso antes do golpe de Estado de 2016, quando todos estes projetos e obras em andamento ou concluidas foram entregues aos EUA e a grandes corporações internacionais como a Shell

    https://josecarloslima.blogspot.com/2018/03/a-ousadia-de-lula-desencadeou-guerra.html

     

     

     

  12. Entregues a sorte

    Nós somos uma população entregue a própria sorte. Nós brasileiros (o povão mesmo), temos um  poder Judiciário que não cumpre a constituição. Inclusive não são raras as escandalosas ligações de magistrados com grupos de empresários que não sabemos ao certo para quem trabalha. Um poder Legislativo que, este dispensa comentários. O Executivo que deveria ser o símbolo máximo da nossa democracia, onde a representação do voto exprime o sentimento de cidadania, orgulho, confiança e esperança da população, foi tomado de assalto por uma quadrilha de bandidos nacionais e internacionais que mundo afora desfilam travestidos de civilizados, mas são a máxima da truculência e pilhagem mundiais. E as Forças Armadas: estas a síntese pode ser este general aí mesmo citado. Não defendem e nunca nos defenderão. Se os assassinos do norte acharem que a solução por aqui é baixar o cassete, elas se unirão com os invasores e mostrarão toda a sua “força”, com quem somente terá pedras e paus para se defender. A virtude deste general não deve ser mesmo a sinceridade, mas a covardia contra um povo praticamente indefeso e doutrinado por uma empresa de televisão e seus sócios.

  13. A globo não quer intervenção

    A globo não quer intervenção militar pois perderá muito de seu poder, não é pela democracia. Os marinhos sabem que o ato de extorquir autoridades através do seu jornazismo poderá acarretar o fechamento daquela bimboca e, diferente de 64, ninguém se moverá em sua defesa, ao contrário, muitos rojões irão explodir Brasil afora.

  14. Matemática

         Em sua equação é muito possivel que os dois fatores sejam reais, mas fatorialmente a variavel a qual vc. classifica como “não clara ” potencializa os outros fatores, tipo uma matriz, que pode teoricamente ser até minimamente demonstrada graficamente, em um intervalo de 1 a -1, no qual o espaço ocupado pelo Sérgio/Luna/Ademir/Villas-Boas tende a -1, e decrescente, já o espaço tendendo a 1 a cada dia mais aumenta.

          Seria divisão ou um colog ?

    1. Para reprimir a população civil é necessário tropas………….

      Para reprimir a população civil é necessário tropas profissionais.

      Talvez este ponto central e o mais enigmático seja o que se pode esperar de um confronto real das forças armadas contra a população. Um soldado de um BOPE ou qualquer outros grupos especiais das polícias militares é treinado para agir contra a população sem se preocupar muito com quem tem na frente, porém numa situação de conflito real suponho que uma tropa formada por soldados provindos do serviço militar obrigatório é um enorme problema no Brasil para um golpe militar.

      Não adianta encher um caminhão de soldados e colocá-los frente a uma multidão, ou eles fazem bobagem de um jeito ou fazem de outro.

      Acho que simplesmente as FFAA brasileiras, que não são profissionalizadas, é um enorme problema para um golpe militar. No golpe de 64 nunca houve uma confrontação real entre estas e grupos de oposição ao regime, os foquistas eram uma minoria mesmo, ou seja, grupos de no máximo algumas dezenas de militantes que mesmo assim nas grandes operações armadas para combatê-los com uma relação de forças maior do que 100 para 1 (ou em alguns casos 1000 para 1), estas demonstrações de forças revelaram-se verdadeiras demonstrações de fraqueza.

      Se as forças armadas tomam atitudes contra manifestantes desarmados e numerosos, a tendência é que estes manifestante se tornem um pouco menos numerosos, mas armados, e nesta situação diria que pode ocorrer fraturas definitivas na hierarquia e resultar um verdadeiro desastre (para as forças armadas).

      Na história universal, quando há uma clara definição contra um governo sem completo apoio popular, as armas na maior parte das vezes giram em 180°, e neste momento se compromete a própria existência das forças armadas como uma instituição.

      Ficou claro que o uso das forças armadas como instrumento de repressão na greve dos caminhoneiros sofreu um forte abalo, e se surgir algum movimento do mesmo porte (ninguém previa com antecedência a greve e a intensidade da mesma há três meses!) a capacidade do exército em reprimir está completamente em questão.

       

      1. … a OTAN na Colômbia

        Um momento tenebroso para a América do Sul, professor.

        NATO Comes to South America

        “The North Atlantic Alliance has moved to the South American continent. The bloc’s privileged partner has access to the Pacific. The organization has acquired a new geographical scope. It’s not the end, it’s the beginning. The military presence that will emerge there will be followed by political meddling in South America’s politics and attempts to bring more South American states into the NATO orbit.” @ strategic-culture

        1. O mais interessante que OTAN significa:

          Organização do Tratado do ATLÂNTICO NORTE. Pelo que eu saiba a Colômbia não está no NORTE e muito menos é banhada pelo ATLÂNTICO.

           

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