Lá vamos nós de novo, por Christian Edward Cyril Lynch

Lourdes Nassif
Redatora-chefe no GGN
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Lá vamos nós de novo

por Christian Edward Cyril Lynch

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O mais triste de tudo é saber que esse processo de degradação generalizada do ambiente político e de esgarçamento das instituições constitucionais, escorregando para a violência generalizada, só vai piorar conforme o ano eleitoral avançar.

Os extremos têm interesse na violência, no cadáver na rua. Ameaças à vida do Fachin pelos prejudicados por suas decisões, devidamente publicizadas, servem para aqueles que querem constranger os juízes da segunda turma do STF que querem liberar prisão para depois da segunda instância. Os tiros na caravana do Lula, que levam os moderados de esquerda ao horror, serve à mobilização da extrema esquerda, porque confirma o discurso do fascismo emergente. A morte da Marielle serve para denunciar a opressão da PM, mas também reforça o discurso favorável às medidas excepcionais, confirmado a necessidade da intervenção. Essa é a fórmula da catástrofe política: quando todos, vítimas e algozes, acreditam que vão faturar no jogo da radicalização.

Vamos assim entrando numa espiral de acontecimentos que nos estão levando para fora de todas as rotinas da Nova República (Deus a tenha). Um cenário em que o horizonte de expectativas se dilata e o que era impossível passa a ser cogitado. Depois da intervenção federal, por que não um estado de sítio? Um estado de sítio serviria para a extrema direita se valer de mecanismos excepcionais e faturar com o público atemorizado com a escalada da violência, dando-lhes sensação de segurança. Mas serviria também para a extrema esquerda, que veria confirmados seus vaticínios de que caminhamos ou já estamos em ditadura.

Essa seria a hora de os moderados se darem as mãos para evitarem o pior para garantir um quadro de normalidade mínima para a realização das eleições. Mas ninguém o faz, porque todo mundo acha nada tem a perder e no fim vai lucrar com o desmoronamento da ordem constitucional. Desde gente perigosa como Bolsonaro até nulos como Temer e Meireles. Mas o comentário do candidato tucano de que, com os tiros no ônibus, o PT estava colhendo o que plantou, também é típico dessa orientação. Mas aqueles que acham que a esquerda também só “revidando”ou exercendo uma espécie de “legítima defesa”também podem estar dando munição para a política do esgarçamento. Especialmente se esposarem uma concepção voluntarista ou heróica, antiinstitucional, da política.

Isso já aconteceu outras vezes na história e o resultado foi sempre o mesmo: a esquerda se esborrachando. Na Alemanha de Weimar (1933), na guerra civil espanhola (1936), no Brasil de 1964, no golpe chileno de 1973, no golpe argentino de 76, etc. Na radicalização, a esquerda SEMPRE se esborracha. Mas que adianta dizer isso, como tentou fazer o Santiago Dantas na véspera do golpe contra o Jango?

A verdade é que nós nos comportamos como numa tragédia grega: todo mundo sabe o final mas ninguém consegue ou deseja mudar suas ações. Mais não digo.

Lourdes Nassif

Redatora-chefe no GGN

9 Comentários

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  1. Eu acho que a análise deu uma

    Eu acho que a análise deu uma derrapada, a história mudou.. parece, mas não é a mesma coisa..

    .. o golpe atual não é igual a golpes passados, nós sofremos uma invasão, desde forças formais de outros países até do crime organizado internacional..

    .. e não é um fenômeno local..

    A ideia de que a esquerda vai se ferrar é relativa.. pode ser que sim.. é provável que sim..

    .. mas existe uma enorme variável na janela, que é o colapso da economia norte americana..

    .. ou guerra mesmo..

    Não sei quando isso vai acontecer, dizem que está perto..

    .. quando e se acontecer, ACHO que a América Latina vai “passar a régua”..

    Seja como for, a esquerda sofre por culpa dela própria, por sua incapacidade interna de mobilizar as massas, que estão absolutamente maduras, porém sem liderança, para derrubar a zorra toda..

    .. detalhe, nem os militares estão a favor da bandalheira.. algumas lideranças estão envolvidas no golpe, o resto não tá achando a menor graça..

  2. As esquerdas se “esborracham”

    As esquerdas se “esborracham” porque quando finalmente aceitam que a situação não têm mais retorno já é tarde demais e a direita – sempre a mais agressiva e violenta – já se armou a muito tempo e já está matando e prendendo membros da esquerda.

    A direita na américa do sul “sempre ganha” porque é sempre a primeira a atirar.

  3. Contraponto

    Pode-se concluir então, a partir do artigo, que, ou a esquerda aceita pacificamente o que quer a direita, ou a direita fará o que quizer? É isso? O Rubicão já foi atravessado faz tempo, logo haverá eleição presidencial se e somente se estiver certa a vitória de um candidato abençoado pela máfia rentista (talvez um Macron brasileiro?). Esses artigos estão ficando muito estranhos …

  4. …da responsabilidade diante da História…
    Christian, seu texto me remeteu a um outro, do Fábio de Oliveira Ribeiro, – https://jornalggn.com.br/blog/fabio-de-oliveira-ribeiro/noblat-e-sua-bola-de-cristal-cheia-de-efeitos-especiais-0 – em que ele discorre sobre a “ilusão” da previsibilidade dos eventos históricos, com precisão. Mas, como tudo na vida, esse conceito é também dialético, amplo, jamais podendo ser visto como um conceito fechado. É uma perspectiva que permite outras, paralelas.

    Falo isso, porque mesmo sem nenhum de nós poder prever com exatidão o que ocorrerá em nosso país, isso não justifica a LEVIANDADE e IRRESPONSABILIDADE dos que podem intervir no processo, os que, de fato, são agentes sociais com voz e/ou poder de influência com suas falas e ações. E isso é coisa a ser levada muito a sério. As consequências da absoluta falta de visão sobre determinados comportamentos de líderes e entidades, podem ser trágicas – nesse ambiente de leviandade e “desejo de lucro político IMEDIATO a qualquer custo”.

    Marcelo Freixo e os fanáticos psolistas, por exemplo, abraçaram com sofreguidão a causa dos “vinte centavos” em 2013. Críticos ferrenhos do PT, de Lula, da “política de coalizão”, do discurso conciliador de Lula, sempre trataram o PT como um “inimigo a ser batido” – para que um dia, tornassem-se eles, PSOL, os representantes da esquerda no poder. Em ação do mais abjeto OPORTUNISMO, endossaram por ação e omissão o discurso da Globo, o “não é apenas pelos vinte centavos” – logo tornado em “…é para combater a corrupção dos governos petistas…” – e ali foi lançada a semente da besta e da serpente, a semente do golpe e todo o horror que se seguiu.

    Penso estarmos em momento idêntico, no sentido de que nossas reflexões, falas e ações farão com que a balança penda para um lado ou outro – uma solução democrática – a eleição, uma espécie de “tentativa de reinício de normalidade”, ou a ditadura total, escancarada, despudorada de vez, com direito a estado de sítio, militares no poder, quem sabe o fechamento de blogs como esse, enfim, o horror absoluto! – que pensem, os que acham que “não pode piorar”…. Sempre pode!

    Ciro Gomes, por exemplo, mesmo que sob um olhar frio encontremos verdades em muitas de suas críticas contra o PT e Lula, cabe uma pergunta básica: Era o momento oportuno para essas falas, esse discurso duro e agressivo? Particularmente creio que não, que o tom poderia ter sido outro, e a amplitude das críticas, igualmente. Inclusive, uma tática meio burra e suicida em relação à militância imensa do PT.

    Enfim, escancara-se a tática a ser usada pela direita, pelos fascistas, pela Globo principalmente: criar um ambiente de caos e pânico que “legitime” o aprofundamento do Estado de Exceção, o uso da força, o cancelamento das eleições, a morte da democracia no Brasil.

    Cada voz, cada texto, cada ação têm que levar isso em conta. Onde, como e quando lutar, resistir? Onde, como e quando, buscar conciliações possíveis?

    Ser oportunista hoje, é ser inco0nsequente e moleque como foi o PSOL em 2013.

    Por isso seu texto é excelente, para levantar essa reflexão específica.

    Não repitamos os mesmos erros.

  5. Aguardo o filme do @netflix

    Aguardo o filme do dirigido por em que o ônibus do é perseguido por militantes do . Durante a perseguição eles dão tiros no ônibus e Bolsonaro usa sua visão de Übermensch para explodir o inimigo

    Dias depois Bolsonaro dá uma entrevista à dizendo que tem provas capitalistas de que os terroristas do PT foram treinados por . “Quando for presidente chutarei pessoalmente a bunda do embaixador do comunismo russo no Brasil!” – dirá o mito (aplausos).

  6. Fica difícil ler textos em

    Fica difícil ler textos em que democracia e fascismo se igualam e se equivalem. Nassif está levando a sério demais essa candidatura do Ciro Gomes. Acho que está parando de pensar.

  7. “Paz sem voz não é paz, é medo / A paz que eu não quero”

    1 – Que comentário nauseante. Sob pretexto de “equilíbrio” e “isenção” comete a mesma barbaridade analítica que pessoas que se referiram à ativista Marielle, de maneira desrespeitosa com sua memória e com o luto de familiares, amigos e simpatizantes – como aliás são para eles as pessoas redutíveis a números ou material descartável numa guerra civil que é a lei da selva contra os marginalizados, econômicos, sociais e políticos empreendida pela elite desde os primórdios – como um cadáver a ser disputado no mercado sujo da política, ou aqueles que acham que ser justo é nivelar – soma os desiguais, divide por dois e chegamos à verdade estatística que virtualmente distorce a realidade. 

    A quem ele se refere como da extrema-esquerda? É inegável que há os adeptos da violência em todos os lados mas a concentração, a prevalência, o uso institucional e partidário e utilização como forma de discurso e atuação é também inegavelmente maior e sobrepujante na direita ou centro-direita, não à toa porque coincide com sua plataforma política de violência simbólica, rechaçada por grande parte das lideranças responsáveis da esquerda.

    2 – Perguntemos ao texto, que alega que a violência sofrida majoritariamente, se não, exclusivamente, por lideranças da esquerda é algo diáfano, uma comunalidade que une e nivela os extremos da disputa literalmente sangrenta por poder político: 1 – de onde ele tirou que as ameaças, ainda não investigadas e duvidosas, ao ministro Fraquin, vieram de pessoas contrariadas com sua posição conservadora, e portanto, seriam atos da esquerda, de modo a simular, de maneira falaciosa, que há violência generalizada e distribuída entre os lados? Qual tem sido a atitude das lideranças partidárias da esquerda atingidas por violência: o PSOL, no caso de Marielle, o PT, que não revidou as agressões físicas e tem, ao contrário do que o cinismo do texto pseudo-isentão afirma, renovado seu respeito às instituições democráticas ao exigir que cumpram sua função? Quem, nominalmente, ele pode indicar na esquerda responsável, numerica e qualitativamente respeitável e respeitado, que apelou para a lei de Talião? Quem ele aponta na direita e na centro-direita que está disposto ao diálogo civilizado e democrático, que respeite leis e instituições e resultado de eleições, que não tenha, em uníssono, apoiado a barbárie contra a Caravana de Lula, e só não o fez em relação à morte de Marielle porque preferem usar os soldados rasos do neofascismo em casos extremos? 

    3 – A morte de Marielle não serve a ninguém da esquerda séria, ninguém em sã consciência considera sua morte uma necessidade para a luta, ao contrário, é uma prova de que a luta, dela e de seus representados e alinhados ideologicamente, tinha razão ao alertar para a escalada da violência, e o fazem em legítima defesa porque sofrem sinceramente o sangue derramado para manter o status quo de genocídio do preto, do pobre, do periférico/favelado, daqueles que lutam para transformar a realidade e não tirar proveito oportunista dela. 

    4 – O texto é o equivalente pretensamente equilibrado ao discurso da direita que culpabiliza a vítima, sem levar em consideração quais são as perdas reais de cada lado e de onde realmente vêm suas vitórias: a esquerda perde imprescindíveis militantes, sofre o trauma emocional e político, e suas vitórias vêm da luta per si, inclusive negando veementemente a exploração emocional das tragédias e insistindo, sempre, nas vias institucionais democráticas para solucionar o caos, tem sido assim no caso de Marielle, tem sido assim nesses vários anos de perseguição ao PT e à sua militância, e também aos militantes e políticos sérios da esquerda de todos os partidos. 

    5 – Não é contando mortos que se decide a justeza de uma guerra, se é que esta existe. E mesmo se assim fosse, não daria para comparar porque o uso da violência é tanto defendido quanto empregado majoritariamente pela direita e centro-direita.

    Só faltou falar que as professoras agredidas pela PM e GCM em São Paulo provocaram a agressão para faturar politicamente e ampliar a mobilização. É um absurdo tanto lógico quanto de análise política.

    Ressoa o comentário da sinhazinha da massa cheirosa, Cantanhedéspota, que se preocupou com a reação da vítima de gritar ao ser açoitada, tomando de barato que o açoite é algo para ser aceito de bico calado. Nojo, e nojo. 

    6 – Paz não se confunde com resignação covarde diante da agressão. Combate, luta e resistência não se confunde com normalizar a violência física ou simbólica na base do ovo por ovo, bala por bala. O texto, ao pretender criticar o segundo caso, comete erro equivalente, o simétrico que se acha diferente, de incentivar o primeiro.

    7 – A bárbarie por que passa o país é resultado da ação deliberada de desestruturação institucional e sócio-política feita pela direita e centro-direita, que chegou ao cúmulo de acusar, reiteradamente, a vítima pela agressão sofrida, no caso fatal de Marielle e na incitação diária à eliminação de Lula, se não der pela via política, que seja pelas vias de fato. 

    8 – Esse cidadão autor do texto precisa repensar sua posição de isentão porque está pra realidade política como as séries de streaming utilitárias e primárias: que ele dirija seu discurso sinuoso e factualmente duvidoso para quem está com as armas literalmente apontadas contra o povo e seus representantes. Ou terá vindo em missão de rendição dos agredidos com a falácia de que se resistirem na luta legítima serão os responsáveis pelo seu próprio morticínio? 

    9 – Este tipo de discurso pretensioso e tão superficialmente baseado em fatos poderia apontar estatísticas, já que usou um de seus mais risíveis métodos de avaliação, sobre a violência sofrida por cada lado do campo ideológico, as estratégias de cada um, a ênfase dos discursos, se em projetos pacíficos de transformação social ou em defesa violenta do status quo da desigualdade que literalmente faz suas milhares de vítimas, por fome, bala e desesperança, diariamente no país e no mundo.

    10 – A quem começou a guerra cabe a deposição das armas. Com isso não apóio de modo algum a represália violenta, nunca apoiei e não considero que seja o caminho, assim como considero a utilização da violência como meio de convencimento do recuo na disputa política uma covardia e parte da sua estratégia, que acho que o texto faz, querendo ou não, como a dizer: “estão indo longe demais com essa história de mobilização popular, vamos recrudescer a violência nua e crua e obrigar vocês a negociar nos nossos termos”. Nojo, e nojo. 

    11 – Por fim, sugiro ao autor do texto que vá negociar com os neofascistas – para ele não há fascismo no país, e a esquerda está se aproveitando da violência sofrida para confirmar um discurso, se bem entendi – na base da conversa e, depois de ser recebido a relho, bala e puxão de cabelo sob o olhar risonho e adesivo das forças policiais locais, mantenha seu estoicismo com o próprio lombo em risco. 

    12 – Reitero, mais uma vez e quantas forem necessárias, sou contra o uso da violência como forma de disputa política, mas não aceito que a reação pacífica e amplamente democrática, com a reafirmação da confiança nas instituições através de seu acionamento reiterado – e até chamado pelos minoritários e inexpressivos, numerica e qualitativamente, radicais da esquerda de ingenuidade ou republicanismo inútil – seja considerado aproveitamento utilitário da condição de vítima. Conta outra, mas tente disfarçar a tendência coxinha canhestra, tão cínica quanto a do santo do discurso oco de SP. Não colou como chamado à paz negociada ao distribuir aleatoriamente responsabilidades a quem tem sido majoritariamente, reitero mil vezes, a vítima pacífica que, enquanto os adversários escalam a violência, reafirma e aprofunda o respeito e a defesa da democracia, este um dos principais motivos para sua perseguição por aqueles que são autoritários e golpistas. Precisa desenhar?

    Tente assistir ao vídeo da excelente Katia Lund para a música do Rappa e talvez entenda.

     

    A MINHA ALMA – O RAPPA 

    [video:https://www.youtube.com/watch?v=vF1Ad3hrdzY%5D

    https://www.youtube.com/watch?v=vF1Ad3hrdzY

     

     

     

    Sampa/SP, 29/03/2018 – 13:14 (alterado às 13:35). 

    1. Esclarecimentos

      Meu comentário foi escrito de chofre, no calor da indignação com aqueles que deixam a vítima apanhar e depois vêm com conversinha mole de conciliação fajuta, sem considerar algo admirável como teoria e prática judicial e me norteia como idéia de justiça ideal, a necessidade de reparação para que a paz seja alcançada com justiça e igualdade como base para uma convivência civilizada. Por isso, não atentei para concordâncias gramaticais em meio à discordância fundamental com as idéias, pelo quê me desculpo a(s)s professorxs,  e chatxs em geral. Vivemos a generalização do bullying, dos assédios, mútuos ou involuntários – (inter)pessoais, institucionais, corporativos, midiáticos, culturais, econômicos, políticos -, da dissimulação violenta dos conflitos pela recusa em aceitá-los como necessários, ou até existentes, e em viabilizar sua resolução por meios não violentos ou opressivos. Assoprar e colocar band-aid em hemorragia não tem resolvido a situação, e os charlatães da isenção política, falsos curandeiros sociais – como médicos a serviço da repressão institucional e simbólica, que silenciam a divergência com um farto arsenal de armas de destruição de massas, camisas-de-força sobre as idéias e “gravatas” para imobilização, tarjas pretas e balas de borracha para amortecer corpos, exclusão final por manipulação jurídica ou eliminação física – têm provocado mais confusão que contribuído com algo de útil para os problemas reais desse ethos bárbaro redivivo. 

       

      Sampa/SP, 29/03/2018 – 14:11 (alterado às 14:22).

  8. Chute no saco

    O verdadeiro chute no saco da direita, capaz de levá-la ao nockout, é a união das esquerdas.

    Como bem lembrou o Lula, sempre ele, é a esquerda que detem pulverizados 60% da intenção de votos do eleitorado.

    União para eleição de um presidente e uma sólida maioria de coalisão no congresso.

    O velho bordão das esquerdas é: “o povo unido jamais será vencido!”

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