Neutralidade ou Tendencionismo Alternativo?, por Neemias dos Santos Almeida

Neutralidade ou Tendencionismo Alternativo?

por Neemias dos Santos Almeida

É importante ser conciso ao levantar hipóteses e apresentar fatos e fontes para construir um diálogo de relevância, apenas hipóteses podem ser interpretadas como tendencionismo.

O papel principal do formador de opinião será sempre dar luz aos acontecimentos e ir em busca da verdade. Temos 91% de alfabetização hoje. Acredito que temos 100% de valorização da cultura. O debate histérico da política é só um reflexo da idiotização do brasileiro.

Continuamos não ligando a mínima para política. Apenas embarcamos no que alguns governantes queriam, que era ‘dividir’ o país em: direita e esquerda. Mas pergunte ao povo a diferença entre deputado federal, estadual e senador. A maioria continua não sabendo.

Aliás, é assim, não importa o que você diga, os histéricos das redes sociais vão entender o que eles já estão condicionados a entender.

“Se me fosse deixado decidir se devemos ter um governo sem jornais ou jornais sem governo, eu não hesitaria, por algum momento, em preferir o último.” (Thomas Jefferson).

Não conheci, até hoje, um único profissional que não tenha uma tendência política. Sendo assim, cai por terra qualquer proposta de “neutralidade”, acho um absurdo dizer que censura é um caso em que o presidiário conhecidamente está sendo o principal cabo eleitoral de um partido.

Existem formadores de opinião pseudoimparciais com um rastro de simpatia por um lado ou por outro. O que não é aceitável é trocar a camiseta do partido só na hora que acharmos interessante ou que formos tolhidos de dizer o que quer.

A neutralidade não existe. Nunca conheci um repórter que cobrisse política e, depois do expediente, não fosse o mais acalorado defensor de uma ideologia ou de um partido, ou ambos.

Da mesma forma, nunca conheci um entrevistador esportivo que, na vida real, não fosse fanático torcedor de um time. Só que na hora em que veste o chapéu de entrevistador, diz que é imparcial. O público já não cai nessa mentira. Sabe que é hipocrisia pura.

Por outro lado, tem-se o vitimismo da censura. Uma vez li que um jornalista foi difamado por um empresário e foi preso. Isso ocorreu nos idos de 2003. E qual foi a defesa dele? Dizer que foi censurado. Não, não foi. Foi preso porque cometeu um crime.

Em suma, quando alguém vem dizer que foi censurado, eu automaticamente ‘ligo o alerta’ e penso comigo: “_ Esse sujeito fez alguma besteira, tomou a entortada prevista em lei e agora está tentando sensibilizar os outros com esse apelo emocional da censura”. Ninguém mais cai nessa. Censura é algo muito, mas muito diferente disso.

Enfim, a maioria dos formadores de opiniões elitizados é de esquerda. Não por uma questão de ideologia de partido, mas de senso de justiça e direitos iguais. Independente se, como um tendencionismo alternativo, associam isso a um partido.

Ter uma posição, mais à direita ou mais à esquerda não significa fazer uma má interpretação da realidade. Os críticos podem fazer uma excelente apuração dos fatos por terem uma opinião. Torcer pode. Distorce é que não pode.

*Neemias dos Santos Almeida é Professor e Pedagogo. Colunista, Articulista, Membro da ONG Atuação Voluntária, Escritor, Voluntário junto ao órgão internacional PNUD/Brasil, e ávido leitor que vive a internet e suas excentricidades desde 2001.

 

Redação

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