O Brasil das ‘zélites’, por Ana Claudia Ferreira

A zélite foi procriando, criando raízes e aprendendo a falar grosso, e só ela mesma sabia de suas origens, embora nunca fizesse muito para transformar sua condição de serviçal.

O Brasil das ‘zélites’

por Ana Claudia Ferreira

Brasil é um gigante solitário em meio a uma América de língua espanhola. “Pertenceu” a um reino europeu endividado, que, além de se mostrar um grande saqueador, não se incomodava muito com a miscigenação, desde que esta lhe trouxesse o prazer.

E, sim, como não poderia ser diferente, este é um país de peculiaridades, uma colônia que abrigou, temporariamente, seus reinantes sem reino, e que, para viabilizar a governança, se viram obrigados a criar para si, de forma inédita, uma nobreza, antes inexistente.

Ao contrário do que dizem as más línguas, o reinante foi bem esperto e escolheu, para tal, o povinho mais pelego e burrinho que encontrou. Assim se construiu, no Brasil, a já conhecida zélite.

A zélite foi procriando, criando raízes e aprendendo a falar grosso, e só ela mesma sabia de suas origens, embora nunca fizesse muito para transformar sua condição de serviçal.

Mantinha-se larapiando inescrupulosamente, sempre sem qualquer ética, e serviram aos europeus e norte-americanos com suas monoculturas.

Foram beneficiados com a maior e mais longa escravidão do Planeta e, embora os machos gostassem muito de se rolar com as mulheres negras às escondidas, sempre quiseram manter um status de branco, mas a miscigenação não perdoa e, ainda que no papel venha escrito “cor: branca”, é preciso muita ignorância para não perceber a negritude brasileira, assim a zélite principiou a desenvolver seu complexo de vira-lata.

Foram séculos de comportamento serviçal e complexo de vira-lata frente aos de além-mar, treinando levantamento de voz apenas junto aos vizinhos latinos tão latinos como nós.

Eram poucas as pessoas, hoje chamadas de esquerda, que assumiam a realidade como verdade, mas ninguém nunca mexia com a doideira dos enricados, eles viviam em um pódio flácido, e mantinham, com muito sucesso, os evidentes negros na ralé.

Um dia um torneiro mecânico sem dedo, transportado por pau de arara subiu ao pódio, aí foi um pega-pra-capá danado e o povo do complexo vira-lata se transformou em pitbull.

Foi até aí que chegamos.

A situação agora é essa e os brasileiros mais saudáveis estão de boca aberta sem saber o que fazer diante do inesperado, e as zélite só querem dar porrada.

Vamos torcer para que, os próximos capítulos dessa nossa novela nos tragam uma solução plausível.

Redação

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