O Grande Mal Estar, por Diogo Costa

O Grande Mal Estar, por Diogo Costa

Em 15 de setembro de 2008 estourou o Crash econômico, cujo epicentro se deu nos EUA (quebra do banco Lehman Brothers).

É um Crash que só encontra paralelo no famoso Crash de 29 de outubro de 1929 – oriundo da quebra da Bolsa de Valores de Nova York.

O Crash de 29 só foi definitivamente superado após a II Guerra Mundial (1945) e o Crash de 2008 ainda não foi superado totalmente.

Para se ter uma ideia do que tem acontecido em termos econômicos no pós Crash de 2008, e tendo como base o ano de 2007, veremos o crescimento acumulado de alguns países nos últimos nove anos – entre 2008 e 2016:

1. Grécia: -26,3%
2. Espanha: -0,2%
3. Reino Unido: 9,4%
4. Alemanha: 9,8%
5. França: 5,4%
6. Itália: -6,8%
7. Rússia: 9,0%
8. Índia: 84,4%
9. China: 106,7%
10. EUA: 12,4%
11. Japão: 2,8%
12. Venezuela: -15,7%
13. Brasil: 14,8%

O cálculo foi feito com base na subida ou queda do PIB Nominal dos países¹.

Vejam que o grande mal estar que existe em diferentes regiões do mundo, talvez com exceção da Ásia, tem relação direta com o Crash de 2008. O crescimento econômico nunca mais foi o mesmo de lá para cá.

Tirando China e Índia o que se nota são desastres ferroviários: caso de Grécia, Venezuela e Itália; estagnação na Espanha e no Japão e países crescendo de forma arrastada, caso dos outros expostos na amostragem.

O Brasil, apesar dos últimos dois anos, conseguiu manter um crescimento acumulado razoável, superior ao de países como EUA, Reino Unido, Alemanha, Rússia e França.

Não tenham dúvidas de que é esse grande mal estar o responsável pelo ressurgimento da extrema direita na Europa e em outras regiões, e também pelo surgimento de Trump e do Brexit.

Ou se supera esse impasse oriundo do Crash de 2008 ou nos encaminharemos para um tempo de extremismos ainda maiores. Nunca se esqueçam da década de 30 do século passado.

 

¹ https://www.datosmacro.com/pib

Redação

6 Comentários

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  1. A hora e a vez de resgatar os perdedores da globalização

    Começou com a Economist numa matéria do ano passado relatando o avanço do discurso anti-globalização. A revista defende a integração dos países e chama a atenção de que é necessário reconhecer que esse processo tem perdedores frágeis e que precisam ser criadas políticas para minimizar os efeitos sobre esses atores.

    Em seguida  li uma matéria da ONU sobre Globalização e que traz os mesmos diagnósticos. Hoje na CNN vi uma entrevista com um capa-preta do CDU alemão que diz que é ncessário trabalhar políticas para assistir os perdedores da globalização.

    Relato ainda uma matéria do Guardian em que grandes capitalistas falam abertamente em repensar a forma como o capitalismo tem evoluído nos últimos anos, sob o risco de se gerar problemas irremediáveis para o sistema.

    Pelo jeito a ficha está caindo de que alguma coisa precisa ser feita para salvar o capitalismo dos grandes capitalistas sob o risco de não haver futuro nenhum para o sistema que ousou ser hegemônico após o muro de Berlim. Vamos ver no que isso vai dar.

     

     

  2. Nada a ver.
    Os países que

    Nada a ver.

    Os países que estão em dificuldades, com excessão do Japão, cuja crise é anterior ao crash, são aqueles que não souberam fazer os ajustes na hora certa e por isso pagam pela incompetencia dos seus governantes.

    China, India, Eua e Alemanha nadam de braçada na crise porque souberam fazer o que tinha de ser feito.

     

    1. .

      Nada a ver o quê? Com qual parte das estatísticas apresentadas tu não concorda?

      No mais, e dentro do período citado, o Brasil teve um crescimento acumulado do PIB superior ao crescimento acumulado de EUA, Alemanha, Reino Unido, França, etc. 

  3. Ótimo post que merecia mais destaque no blog

     

    Diogo Costa,

    Seu texto precisaria ter sido mais difundido, pelo menos levando em conta o número de comentários.

    Creio que esse assunto do crescimento da direita no mundo após a crise de 2008 de modo semelhante ao que ocorrera em 1930 precisava de mais repercussão. Você é um dos poucos que mencionam essa correlação, mas há muito mais para ser dito. O seu próprio texto acaba passando batido sobre a existência de dois artigos em que seus autores, com base em exaustivo levantamento estatístico, chegaram à conclusão que nas crises econômicos há crescimento dos partidos de direita.

    Outro tema que você passou batido aqui foi associar esse crescimento da direita com o impeachment da ex-presidenta às custas do golpe Dilma Rousseff.

    Nesse sentido eu vou deixar aqui links para seis posts, cujo conteúdo incluído os comentários são muito úteis para que a esquerda possa melhor compreender essa realidade.

    O primeiro link é para o post “Xadrez do fator é a economia, estúpido!, por Luís Nassif” de quarta-feira, 30/08/2017 às 01:32, aqui no blog de Luis Nassif e de autoria dele. O link para o post “Xadrez do fator é a economia, estúpido!, por Luís Nassif” é:

    https://jornalggn.com.br/noticia/xadrez-do-fator-e-a-economia-estupido-por-luis-nassif

    O post é bom, e há muitos comentários alguns com os quais eu concordo integralmente, mas eu o indico aqui mais pelo meu longo comentário que eu enviei quinta-feira, 07/09/2017 às 16:26 para Junior 5 Estrelas junto ao comentário dele de quinta-feira, 31/08/2017 às 10:29, atualmente o terceiro comentário na primeira página do post. Procurei fazer um apanhado geral de muito que se diz aqui sobre Lava Jato, sobre o governo da ex-presidenta às custas do golpe Dilma Rousseff, sobre a inflação e seu ótimo econômico e seu ótimo político e sobre o comportamento da nossa justiça em especial do STF e outros assuntos correlatos e principalmente deixei inúmeros links onde esses assuntos foram abordados por outras pessoas com melhores qualificações.

    O segundo link é para o post “O sono da política produz monstros, por Gabriel Cohn” de domingo, 05/06/2016 às 17:18, em que por sugestão de Lilian Milena foi transcrito aqui no blog de Luis Nassif o texto de Gabriel Cohn “O sono da política produz monstros” que havia sido publicado no Le Monde Diplomatique Brasil. O endereço do post “O sono da política produz monstros, por Gabriel Cohn” é:

    https://jornalggn.com.br/noticia/o-sono-da-politica-produz-monstros-por-gabriel-cohn

    Há bons comentários junto ao post “O sono da política produz monstros, por Gabriel Cohn”, mas o que interessa realmente é o texto de Gabriel Cohn. Trata-se de uma análise bem percuciente de como se chegou ao golpe do impeachment e o que resta a fazer.

    O terceiro link é para o post “Como a esquerda deve enfrentar o golpe, por Mauro Santayana” de domingo, 03/07/2016 às 16:57, também aqui no blog de Nassif e mais uma vez uma excelente indicação de Lilian Milena do artigo “O Grande Golpe” de Mauro Santayana publicado na Revista do Brasil. O endereço do post “Como a esquerda deve enfrentar o golpe, por Mauro Santayana” é:

    https://jornalggn.com.br/noticia/como-a-esquerda-deve-enfrentar-o-golpe-por-mauro-santayana

    No post “Como a esquerda deve enfrentar o golpe, por Mauro Santayana” há várias lições de como a esquerda deveria proceder. A maioria das lições pareceram-me muito boas, mas grande parte da esquerda não me parece ter acolhido os ensinamentos deste bom jornalista. São ensinamentos de bom senso que não demandam a leitura do texto dele para os aprender.

    O quarto link é para o post “Recessão alimenta a criação de monstros da intolerância, por Laura Carvalho” de quinta-feira, 28/04/2016 às 15:39, aqui no blog de Luis Nassif e originado de sugestão de João Paulo Caldeira para o artigo “O mar está para monstros” de Laura Carvalho e publicado na Folha de São Paulo. O endereço do post “Recessão alimenta a criação de monstros da intolerância, por Laura Carvalho” é:

    https://jornalggn.com.br/noticia/recessao-alimenta-a-criacao-de-monstros-da-intolerancia-por-laura-carvalho

    O mais relevante no artigo da Laura Carvalho é o fato de ali, pela primeira e única vez, eu vi sair publicado na mídia brasileira uma referência a um dos dois artigos que eu mencionei acima como tendo mostrado estatisticamente como a direita cresce em períodos de crise econômica. Os dois artigos estão com o link em meu comentário enviado quinta-feira, 28/04/2016 às 15:40 para ML enviado quinta-feira, 28/04/2016 às 15:40.

    No texto de Laura Carvalho não há o link nem mesmo o nome do artigo que é indicado apenas pelos seus autores, Markus Brückner e Hans Peter Grüner. Com o título em inglês, o artigo é o seguinte “Economic growth and the rise of political extremism: theory and evidence” e pode ser visto no seguinte endereço em pdf:

    https://www.uni-kassel.de/fb07/fileadmin/datas/fb07/5-Institute/IVWL/Forschungskolloquium/WS10/growth-extremism.pdf

    E o segundo artigo é “The political aftermath of financial crises: Going to extremes” de autoria de Manuel Funke, Moritz Schularick e Christoph Trebesch, e publicado em 21/11/2015, no site do VOX – CEPR’s Policy Portal e que pode ser visto no seguinte endereço:

    http://voxeu.org/article/political-aftermath-financial-crises-going-extremes

    A primeira e única referência que eu vi a este artigo na mídia brasileira foi no artigo “As consequências políticas das crises” de autoria de Howard Davies e publicado terça-feira, 29/12/2015, no jornal Valor Econômico e que pode ser visto no seguinte endereço:

    http://www.valor.com.br/opiniao/4372636/consequencias-politicas-das-crises

    E aqui segue o quinto link que é para o post “Para entender o desgaste do governo Dilma” de segunda-feira, 16/06/2014 às 16:47, publicado aqui no blog de Luis Nassif e de autoria dele e que pode ser visto no seguinte endereço:

    https://jornalggn.com.br/noticia/para-entender-o-desgaste-do-governo-dilma

    O post  teve muitos comentários, mas o melhor dos comentário foi colocado vários dias depois do post ter saído da primeira página do blog. Trata-se do comentário de Marco Antonio Castello Branco, enviado quinta-feira, 26/06/2014 às 02:45. No último parágrafo do longo e excelente comentário de Marco Antonio Castello Branco, ele diz o seguinte:

    “Dilma parece ter assumido no íntimo de suas convicções o julgamento moral da política e por isso despreza todos políticos. Tem faltado a ela a lucidez de que governar os homens é mais valioso do que gerenciar planos, programas e obras.”

    Uma avaliação perfeita da ex-presidenta Dilma Rousseff, uma técnica e não uma política. Avaliação ainda mais admirável porque partia de um engenheiro que normalmente tem uma visão mais técnica do processo de administração estatal. Além disso, trata-se de alguém que fez parte do governo de transição de Fernando Pimentel e ocupa cargo no atual governo de Fernando Pimentel como presidente da Companhia de Desenvolvimento Econômico de Minas Gerais – CODEMIG. Outro fato interessante é que o sobrenome completo de Marco Antonio Castello Branco é Marco Antonio Soares da Cunha Castello Branco, sendo que a família Soares da Cunha é de Teófilo Otôni, terra do pai de Aécio Neves e Castello Branco é sobrenome parecido com o de José Hugo Castello Branco amigo especial de Tancredo Neves.

    Apesar de eu ter indicado o comentário de Marco Antonio Castello Branco várias vezes e das inúmeras vezes que eu cheguei a transcrever o comentário, é possível que quase ninguém o tenha lido.

    E o sexto link é para o post “O raio X da política e o fator Temer” de sexta-feira, 07/08/2015 às 20:45, aqui no blog de Luis Nassif e de autoria dele e que pode ser visto no seguinte endereço:

    https://jornalggn.com.br/noticia/o-raio-x-da-politica-e-o-fator-temer

    Este último post vale tanto pelo post de Luis Nassif como pela indicação que Luiz Felipe de Alencastro faz em comentário enviado sábado, 08/08/2015 às 00:56, ao texto dele “Os riscos do vice-presidencialismo” publicado na Folha de São Paulo de domingo, 25/10/2009 e que pode ser visto no seguinte endereço:

    http://www1.folha.uol.com.br/fsp/opiniao/fz2510200908.htm

    Segundo o título que Luiz Felipe de Alencastro dera ao comentário dele (Aliás o comentário de Luiz Felipe de Alencastro consistia apenas do link para o artigo dele) e que era “O desequilíbrio entre Dilma e Temer comentado há 5 anos” a crise que se instalara fora prevista por ele há cinco anos.

    No post “O raio X da política e o fator Temer”, Luis Nassif tem uma frase profética. Diz ele: “Há dois caminhos em curso: Temer com Dilma e Temer sem Dilma”. A frase de Luis Nassif é profética e se tornou perfeita. A questão é que ela é de uma perfeição falsa. É só ver na sequência a seguir contendo frases tiradas do post “O raio X da política e o fator Temer”, como ele chega na frase profética. Transcrevo então a sequência de frases tiradas do post de Luis Nassif:

    “Nesse momento, o governo Dilma Rousseff está completamente paralisado, sem interlocução com os setores chave da governabilidade . . .”

    Neste ponto o Luis Nassif está certo, mas está certo porque o governo percebeu que não podia obter nada no Congresso Nacional.

    “Uma estratégia de governabilidade exigiria um pacto cuja montagem é muito complexa para o núcleo estratégico da presidência . . .”

    Também está certo em dizer que a estratégia para sair do impasse era muito complexa para o núcleo estratégico da presidência.

    “Hoje em dia há os seguintes fatores de turbulência . . .”

    O primeiro fator era o Eduardo Cunha, o segundo fator a Lava Jato, o terceiro a falta de discurso político (Talvez fosse mais adequado mencionar a falta de carisma da ex-presidenta às custas do golpe Dilma Rousseff), o quarto o bombardeio da mídia sem reação do Planalto e o quinto a perda de controle sobre o Banco Central. Não há nada sobre o antes presidente provisório agora definitivo às custas do golpe Michel Temer. E isso logo depois das declarações malucas do então vice-presidente e agora presidente antes provisório e agora definitivo às custas do golpe Michel Temer. Fiz um comentário para Luis Nassif que enviei  segunda-feira, 31/08/2015 às 02:40, exatamente para mostrar o quão sem sentido era louvar o comportamento do então vice-presidente e agora presidente antes provisório e agora definitivo às custas do golpe Michel Temer.

    E não bastava ter omitido como fator de turbulência o então vice-presidente e agora presidente antes provisório e agora definitivo às custas do golpe, Michel Temer, ele ainda fez elogios a ele como se vê neste trecho que se segue:

    “Nesse caos institucional, Temer tem se destacado pelo trabalho discreto, responsável e eficiente. Dispõe da senhoridade necessária para apagar a fogueira do PMDB . . . Tem bom trânsito no meio jurídico e respeito do Ministério Público Federal e dos tribunais. Será poupado por parte da mídia.”

    E não é só isso. Diz ainda Luis Nassif:

    “Dentro do PSDB, uma gestão Temer seria muito mais adequada para as pretensões de José Serra e Geraldo Alckmin do que um eventual impeachment . . .”.

    E então ele diz mais o seguinte:

    “Dilma não tem muito tempo pela frente.

    Há dois caminhos em curso: Temer com Dilma e Temer sem Dilma.”

    Foi assim então que ele chegou a frase profética. A frase é profética mas a história toda que leva até a frase é mal contada.

    E o mais impressionante é o parágrafo em que Luis Nassif termina o post e que transcrevo a seguir:

    “Repito o que tenho dito: há inúmeros elementos de modernidade no ar, um país pronto para se soltar. Se Dilma decifrar o enigma do projeto nacional, levará  barco até o fim. Se não decifrar, será devorado pela esfinge.”

    Quer dizer, a direita aparece com toda a força, mas tudo poderia ser resolvido em favor da ex-presidenta às custas do golpe Dilma Rousseff se ela decifrasse o enigma do projeto nacional. Só se ela usasse uma máscara do então vic-presidente agora presidente antes provisório agora definitivo às custas do golpe Michel Temer e se fizesse passar por ele.

    Bem trouxe os dois últimos posts “Para entender o desgaste do governo Dilma” e “O raio X da política e o fator Temer” porque considero que a análise do impeachment não leva em conta dois fatores essenciais do golpe: a força que a direita tem na representação política brasileira e a crise econômica mundial e os seus efeitos no Brasil e nos seus efeitos de fortalecer a direita.

    Além disso, os dois posts servem para mostrar a fragilidade política da ex-presidenta às custas do golpe Dilma Rousseff. E aqui é preciso salientar que esta fragilidade sempre foi considerada pela esquerda como um atributo. A esquerda também é refratária a política tal qual ela é: com seus conchavos, barganhas e acordos, como se pudesse existir outro tipo de política.

    Já não contasse com uma representação maior do que o total de apoiadores, a direita usa muito essa antipatia que a esquerda tem pelos políticos para desmerecer a política. Como consequência desse desprezo, que se irradia por toda a sociedade, a direita encontra mais facilidade para, com um grupo diminuto, assumir o domínio político na condução de um estado. Quando vem uma crise econômica esse domínio cresce pelo aumento natural dos apoiadores da direita na população.

    Você tem sido um dos poucos que tem feito referência ao crescimento da direita na crise de 30 e associado a crise econômica pós 2008, com o atual crescimento da direita no mundo. Há muitos posts seus que falam sobre isso. Talvez em outra oportunidade eu os possa mencionar.

    Clever Mendes de Oliveira

    BH, 27/10/2017

    1. Alguns textos que ajudam ainda mais a entender a atual realidade

      Diogo Costa,

      Você anda meio sumido e este post “O Grande Mal Estar, por Diogo Costa” de quarta-feira, 25/10/2017, às 07:58, de sua autoria, aqui no blog de Luis Nassif, já está um tanto esquecido, mas frequentemente venho aqui e sinto falta de outro bom post que trata do fascismo e para o qual eu enviei um comentário que complementa o que eu enviei aqui, anteriormente, na sexta-feira, 27/10/2017 às 13:16.

      Então, sempre penso em deixar aqui um link para o post “Será preciso Galeanizar o mundo de Trump, por Fábio de Oliveira Ribeiro” de sexta-feira, 11/11/2016, às 06:50, aqui no blog de Luis Nassif e de autoria de Fábio de Oliveira Ribeiro, pois não só o texto de Eduardo Galeano que o Fábio de Oliveira Ribeiro reproduz é muito oportuno como eu fiz dois comentários sendo que no primeiro enviado sexta-feira, 11/11/2016, às13:26, diretamente para o autor do post, eu deixei muitos links interessantes sobre fascismo. O endereço do post “Será preciso Galeanizar o mundo de Trump, por Fábio de Oliveira Ribeiro” é:

      https://jornalggn.com.br/blog/fabio-de-oliveira-ribeiro/sera-preciso-galeanizar-o-mundo-de-trump-por-fabio-de-oliveira-ribeiro

      O título do artigo de Eduardo Galeano que Fábio de Oliveira Ribeiro reproduz é “O Medo Global”. É um artigo curto e bastante instrutivo. E dois posts que eu faço menção lá e que não trouxe para cá são, primeiro o post “Umberto Eco: 14 lições para identificar o neofascismo e o fascismo eterno” de sábado, 29/10/2016 às 14:45, publicado aqui no blog de Luis Nassif e consistindo da conferência proferida por Umberto Eco na Universidade Columbia, em abril de 1995.

      O post “Umberto Eco: 14 lições para identificar o neofascismo e o fascismo eterno” de sábado, 29/10/2016 às 14:45, publicado aqui no blog de Luis Nassif e consistindo da conferência proferida por Umberto Eco na Universidade Columbia, em abril de 1995, portanto, há mais de vinte anos, pode ser visto no seguinte endereço:

      https://jornalggn.com.br/noticia/umberto-eco-14-licoes-para-identificar-o-neofascismo-e-o-fascismo-eterno

      E segundo é o artigo “Why Fascism is the Wave of the Future” de autoria de Edward Luttwak e que pode ser visto no seguinte endereço:

      http://www.lrb.co.uk/v16/n07/edward-luttwak/why-fascism-is-the-wave-of-the-future

      O Edward Luttwak, um judeu romeno, é uma espécie de polímata e que, por ter muito interesse na área militar, parece-me que não seja bem visto pela esquerda, mas o texto dele que é ainda anterior ao de Eduardo Galeano e o de Umberto Eco, pois é de abril de 1994, é bem consistente e expressa de modo analítico o que Eduardo Galeano expressou sinteticamente.

      Tanto o artigo de Edward Luttwak, como o de Eduardo Galeano como o de Umberto Eco ajudam a explicar a razão para o crescimento da direita que os dados estatísticos demonstram ocorrer após uma crise econômica, conforme se pode ver nos dois artigos mencionados em meu comentário anterior e que são: “Economic growth and the rise of political extremism: theory and evidence” e “The political aftermath of financial crises: Going to extremes”.

      Os dois artigos não falam apenas em crescimento da direita, mas em polarização e pulverização partidária. Todos esses textos merecem uma leitura mais atenta. Do mesmo modo recomendo a leitura dos comentários dos dois seguintes posts. Primeiro o post “Para Deleuze, esquerda ou direita é uma questão de percepção” de segunda-feira, 18/04/2016 às 12:04, aqui no blog de Luis Nassif e retirado do blog de Luiz de Queiroz, contendo uma exposição de Gilles Deleuze em um vídeo que já não é mais possível ver, mas o post vale ser visto pelos comentários lá existentes e assim deixo a seguir o link:

      https://jornalggn.com.br/noticia/para-deleuze-esquerda-ou-direita-e-uma-questao-de-percepcao

      E segundo link é para o post “Os Brasis: dentro do labirinto, por Arkx” de quinta-feira, 21/12/2017 às 08:31, aqui no blog de Luis Nassif e com texto de Arkx e que pode ser visto no seguinte endereço:

      https://jornalggn.com.br/blog/arkx/os-brasis-dentro-do-labirinto-por-arkx

      Além da discussão sobre o vídeo de Gilles Deleuze com o entendimento dele sobre o que é a esquerda, e que tive oportunidade de discutir com Arkx, há também o link para a entrevista de Gilles Deleuze cujo link para o vídeo fora posteriormente retirado. Assim deixo a seguir o link para a transcrição do vídeo com entrevista de Gilles Deleuze e que aparece com o seguinte título “Gilles Deleuze: Qu’est-ce qu’être de gauche ?” e com o seguinte link:

      https://www.oeuvresouvertes.net/spip.php?article910

      Então é preciso trabalhar com a ideia de que a esquerda é minoritária. Além disso, por conceituação, a esquerda não pode contar com a força para sobrepujar os adversários. E que diante de crises econômicas a direita cresce. E é preciso tratar tudo isso não como uma exclusividade da realidade brasileira, mas algo que se observa em todo mundo ocidental onde a democracia funciona regularmente.

      Clever Mendes de Oliveira

      BH, 08/09/2018

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