Riqueza e pobreza no Brasil, por Rui Daher
GGN – 17.04.2018 – União das esquerdas e pobreza
Com a proliferação das folhas e telas cotidianas digitais, todos brasileiros devem estar sabendo que temos quase 15 milhões de pessoas em pobreza extrema.
Os dados foram levantados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), através dos macro dados (não se trata de dados a rolar com dimensões de 100 metros) do Pnad Contínua (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios), e publicados por impressas como o “Valor”, sucursal paulista de “O Globo”. Bom lembrar que o IBGE está nas mãos do ilegítimo governo Temer.
Todos devem saber, mesmo sem o provar, o que é pobreza. Até porque mais de 99% de nós somos pobres. Então, o que seria ir para a extremidade?
Não teríamos água encanada, energia em nas casas, luz em ruas por onde andamos, limpeza nos rios de nossas aldeias, proteção policial, postos de saúde eficientes, escolas de bom nível de aprendizagem. Talvez, esteja falando o mínimo. Maiores serão as mazelas, mas isso deixo aos direitopatas reconhecerem.
Nomes? Não cito por vergonha alheia, mas a falha memória ainda pode identificar, pelo menos, cem calhordas.
Pelo mesmo critério, encontro que 46% da população brasileira, em 2011, ganhava entre menos de um e dois salários mínimos. Hoje em dia, abaixo disso.
Caso é: em 2013, a média anual de rendimento no final de 2012 era de R$ 1.467,00. Em 2017, terminou com R$ 2.121,00, 45% a mais e 8 milhões a mais de desempregados com carteira assinada.
A inflação foi dominada, com o razoável estar e a fome de muitos. É assim que querem continuar?
Help selves of all these sons of bitches!
Valor da bruto da produção agropecuária
Desde outubro do ano passado, feitas minhas andanças capitais, afirmo que o valor da produção agropecuária brasileira variará poucos pontos acima ou abaixo da anterior.
E lá vão CONAB, IBGE, CNA e consultorias a confirmar o mesmo. Relevo, enfim para o quê existiriam?
Hoje em dia, falam em R$ 530 bilhões. Um pouco mais ou a menos do que há anos se repete. Leitores inteligentes, o que significa 1 ou 2% a mais ou a menos?
Esquerda
O sempre brilhante professor de economia política internacional, em Harvard, Dani Rodrik, pergunta: “O que está detendo a esquerda?”
No Brasil, eu poderia, assim como nossos luminares, responder. No mundo, não me arriscaria.
Suas resumidas palavras: “Até o fim dos anos 1960, os pobres geralmente votavam em partidos de esquerda, enquanto os ricos votavam na direita. A partir daí os partidos de esquerda têm sido cada vez mais capturados pela elite bem-educada. Isso blindou o sistema político contra demandas redistributivas”.
Poderia tentar responder. Mas, humilde, aguardo a opinião dos scholars do GGN a respeito.
Sendo o silêncio muito evidente, Nestor & Pestana entrarão em campo.
Inté
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Riqueza….
Caro sr., tenho a impressão que voltaram a dar-lhe o espaço devido, neste veículo. Ou é só impressão? Se afirmativo, nada mais justo. Um dos mais bem informados. Vai da Literatura à Agropecuária. Com conhecimento de causa, vivência e constatação do fato ‘in loco’. Não fica girando no próprio eixo de Academicismos e Ilusões. Como seu Leitor, agradeço a GGN. Quanto aos ‘direitopatas’, necessitariam de tratamento, também, se estivessemos por 40 anos sendo governados pelo tais. E quisessemos que continuassem. E acusassemos seus erros, nas costas dos outros. Depois de Pedrinhas e Alcaçuz e toda esta carnificina diária nos presídios brasileiros, tem quem ainda queira vingança sobre cabos e soldados rasos que obedeciam ordens durante o Massacre do Carandiru. Não é o ‘cachorro atrás do rabo’? Não é surreal? E lembrem-se que não foi na Ditadura, nem foi Paulo Maluf ou Erasmo Dias quem ordenou tal invasão. Foram Representantes de Enorme Vulto, Campos e Fleury, de OAB e USP. Redemocratas do Ministério Público do comando do Movimento Democrático Brasileiro. Depois, foi convocado outro ilustre desta mesma corrente progressista, Michel Temer, para empurrar tudo embaixo do tapete. O problema é que mesmo escondido, continuou a feder. É um grave problema da ‘merda’. Esquerdopatia é um problema grave mas tem tratamento. A epidemia está diminuindo, junto com o número de hospedeiros. Ou o confinamento, destes. Existe um estudo que fala sobre a potencialização da pobreza no país: falta de escola, creches, saneamento, urbanização, transporte, segurança,…Nada disto tem a ver com pobreza. Tem a a ver com falta de políticas públicas. Por coincidência destes 40 anos redemocratas. Pobreza é falta de dinheiro, potencializada por AntiCapitalismo de Estado. Todo o restante poderia ser disponibilizado a esta população, ainda que ‘pobre’. Não mostrem ‘Catadores de Lixão’ ou um Garoto ao lado de córrego fétido, usado como rede de esgoto, e falem de capitalismo ou de direita, sem falar de oportunidades. Eles poderiam ser assistidos por Escolas, Creches, Transporte Digno, Moradias básicas, Cooperativas de Trabalho, Assistência Familiar, Segurança, rede de água e esgoto,…e mesmo assim continuarem pobres. Uma solução independe da outra. Trata-se de extrema incompetência de Políticas Públicas deste Estado Progressista destes 40 anos. Se tal situação já existia anteriormente, não serve de desculpas. Foi para isto que o Progressismo Socializante foi elevado ao Poder. E só arranhou o verniz. A solução, o próprio povo, a própria pessoa sabe muito bem onde encontrar e o caminho mais curto. Mas ‘Liberdade’ para escolher seus próprios caminhos, nem direitopatas nem esquerdopatas, querem abrir mão em Urnas Eletrônicas Biométricas Obrigatórias e Ditatoriais, não é mesmo? O Brasil é muito simples. abs.
Zé Sérgio, meu caro
Lucidez e nemória não lhe faltam, quando você se dedica a ser propositivo. Apenas você vai ao fundo das questões, às essências, que muito poucas vêm à superfície nos sistemas, político e social brasileiros.
Não concordo com o trecho “A epidemia está diminuindo, junto com o número de hospedeiros. Ou o confinamento, destes. Existe um estudo que fala sobre a potencialização da pobreza no país: falta de escola, creches, saneamento, urbanização, transporte, segurança,…Nada disto tem a ver com pobreza. Tem a a ver com falta de políticas públicas. Por coincidência destes 40 anos redemocratas. Pobreza é falta de dinheiro, potencializada por AntiCapitalismo de Estado”.
Como se, justamente, é o restante de sua digressão que leva à pobreza?
Mas é isso, bom o GGN nos permitir essas discussões.
Abraços (respondo de Sorocaba, de onde saio daqui a pouco).