Sucesso ou fracasso, o governo escolhe e você sorri ou chora, por Fábo de Oliveira Ribeiro

O presidente Jair Bolsonaro continuou a desdenhar a utilização da máscara, a sabotar a aquisição de vacinas e a criticar o distanciamento social. 

Sucesso ou fracasso, o governo escolhe e você sorri ou chora 

por Fábo de Oliveira Ribeiro

Assim que a pandemia surgiu na China, o governo chinês decretou um severo Lockdown na cidade afetada. Ninguém podia entrar ou sair de Wuhan. Dentro dela, os cidadãos foram impedidos de circular nas ruas e o comércio, com exceção do estritamente essencial, foi fechado. Regras de distanciamento social foram impostas, o uso de máscara se tornou obrigatório, as ruas foram, estações de trem e de ônibus foram desinfectadas e um imenso Hospital foi imediatamente construído em tempo recorde.

O governo deslocou para a cidade milhares de enfermeiros e médicos para cuidar dos doentes. O exército foi utilizado para garantir o cumprimento das restrições à circulação de pessoas e veículos. A pandemia foi contida na região afetada e provocou um número pequeno de mortes. Menos de um ano depois do surgimento da pandemia em Wuhan, um laboratório chinês já tinha desenvolvido e estava produzindo uma vacina. A população já começou a ser vacinada.

A pandemia explodiu em Manaus. Qual foi a reação das autoridades brasileiras? Nenhuma restrição foi imposta à circulação de pessoas. O presidente Jair Bolsonaro continuou a desdenhar a utilização da máscara, a sabotar a aquisição de vacinas e a criticar o distanciamento social.

Como não bastasse isso, o Ministério da Saúde interrompeu a remessa de oxigênio hospitalar para aquela cidade provocando dezenas de mortos, inclusive de crianças. Ao invés de conter a pandemia na região mais afetada, Bolsonaro e Pazuello querem transferir mais de mil pacientes para outros Estados da federação.

Enquanto o Partido Comunista concluiu com êxito sua tarefa de proteger a vida e a saúde da população chinesa, o governo neoliberal que assaltou o poder com ajuda da imprensa está transformando a pandemia numa arma de destruição em massa para exterminar a parcela da população indesejada pelos teólogos da economia necropolítica.

A cúpula do Judiciário tenta, de todas as maneiras, minimizar o estrago. Mas a verdade é que o Executivo está conseguindo colocar em marcha um genocído. E enquanto o genocida não for tratado como um criminoso não será possível derrotar a pandemia no território brasileiro.

No limite, os próprios empresários serão obrigados a amargar prejuízos muito maiores do que eles jamais sonharam ter quando derrubaram Dilma Rousseff e ajudaram um criminoso a chegar na presidência da república. O mesmo pode ser dito das igrejas evangélicas, cuja arrecadação já está em declínio. Os banqueiros se afogarão por último, mas é quase certo que os Bancos também irão afundar.

Os investidores estão fugindo do Brasil. Os milionários brasileiros também fugirão do país. Quem sobreviver não apagará a luz, pois ela terá sido cortada por falta de pagamento. E para finalizar, devo dizer que o massacre dos inocentes é bem mais importante que o superfaturamento do leite moça comprado pelo presidente. É besteira debater a corrupção do mito nesse momento em que o genocídio ganha um novo impulso político-administrativo.

Fábio de Oliveira Ribeiro

0 Comentário

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Você pode fazer o Jornal GGN ser cada vez melhor.

Apoie e faça parte desta caminhada para que ele se torne um veículo cada vez mais respeitado e forte.

Seja um apoiador