Trago más notícias e uma luz no fim do túnel
por Patrícia Valim
Da pesquisa FSB/Veja – desconheço a seriedade, mas esses dados serão amplamente divulgados – é essa parte o centro do problema do PT:
- Bolsonaro vence em qualquer cenário;
- Haddad praticamente empatado com Luciano Huck e Ciro Gomes (girando em torno do mesmo número) – mas aqui é preciso perguntar quais são as pautas que Luciano Huck tem mobilizado para estar onde está;
- Atualmente Lula também perde para Moro;
- Haddad é o único que vai para o segundo turno com Moro, com 9% de diferença.
Tudo isso nos mostra três coisas:
- O partido está errando feio na mobilização de pautas. Um partido dos trabalhadores já mobiliza historicamente emprego e renda. É preciso ir muito além nesse atual cenário de segurança positivista, genocídio da população negra e feminicídio;
- Haddad é o único com potencial para barrar essa quadrilha, mas ele precisa ampliar o leque de pautas daqui para frente e assim por diante;
- O PT precisa fazer uma pesquisa urgentemente e botar a candidata para a prefeitura de SP na boca da população.
UM CAMINHO POSSÍVEL PARA 2020/2022
A pesquisa de hoje só confirma o ambiente conservador e altamente punitivista de metade da sociedade brasileira, com Moro ganhando em qualquer cenário sem Bolsonaro, mesmo com vários escândalos por dia, mesmo com o desmontado Estado, mesmo com a miséria crescendo em escala jamais vista.
Precisamos falar urgentemente de segurança pública e propor políticas para combater a perversidade do cruzamento de dois outros fenômenos ligados ao genocídio da população negra: racialização e feminização da pobreza.
Porque é o filho dessa mulher negra, pobre, sozinha e Phudida que é morto pela milícia pela polícia/Estado genocida, como aqui na Bahia. Ela não procura a igreja evangélica por outra razão: encontra acolhimento e alguma esperança.
É para essa mulher que o PT precisa olhar. É com ela que devemos dialogar. É a tragédia de Paraisópolis que devemos evitar com políticas públicas – emprego e renda são variáveis determinantes para as pessoas vivas e não as que já nascem socialmente mortas.
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Patricia Valim dever ser boa professora de História
Colonial do Brasil.
De política, talvez.