Trago más notícias e uma luz no fim do túnel, por Patrícia Valim

Precisamos falar urgentemente de segurança pública e propor políticas para combater a perversidade do cruzamento de dois outros fenômenos ligados ao genocídio da população negra: racialização e feminização da pobreza

Trago más notícias e uma luz no fim do túnel

por Patrícia Valim

Da pesquisa FSB/Veja – desconheço a seriedade, mas esses dados serão amplamente divulgados – é essa parte o centro do problema do PT:

  1. Bolsonaro vence em qualquer cenário;
  2. Haddad praticamente empatado com Luciano Huck e Ciro Gomes (girando em torno do mesmo número) – mas aqui é preciso perguntar quais são as pautas que Luciano Huck tem mobilizado para estar onde está;
  3. Atualmente Lula também perde para Moro;
  4. Haddad é o único que vai para o segundo turno com Moro, com 9% de diferença.

Tudo isso nos mostra três coisas:

  1. O partido está errando feio na mobilização de pautas. Um partido dos trabalhadores já mobiliza historicamente emprego e renda. É preciso ir muito além nesse atual cenário de segurança positivista, genocídio da população negra e feminicídio;
  2. Haddad é o único com potencial para barrar essa quadrilha, mas ele precisa ampliar o leque de pautas daqui para frente e assim por diante;
  3. O PT precisa fazer uma pesquisa urgentemente e botar a candidata para a prefeitura de SP na boca da população.

UM CAMINHO POSSÍVEL PARA 2020/2022

A pesquisa de hoje só confirma o ambiente conservador e altamente punitivista de metade da sociedade brasileira, com Moro ganhando em qualquer cenário sem Bolsonaro, mesmo com vários escândalos por dia, mesmo com o desmontado Estado, mesmo com a miséria crescendo em escala jamais vista.

Precisamos falar urgentemente de segurança pública e propor políticas para combater a perversidade do cruzamento de dois outros fenômenos ligados ao genocídio da população negra: racialização e feminização da pobreza.

Porque é o filho dessa mulher negra, pobre, sozinha e Phudida que é morto pela milícia pela polícia/Estado genocida, como aqui na Bahia. Ela não procura a igreja evangélica por outra razão: encontra acolhimento e alguma esperança.

É para essa mulher que o PT precisa olhar. É com ela que devemos dialogar. É a tragédia de Paraisópolis que devemos evitar com políticas públicas – emprego e renda são variáveis determinantes para as pessoas vivas e não as que já nascem socialmente mortas.

Redação

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