Um quadro de uma possível escalada até uma guerra mundial, por Rogério Maestri

A primeira guerra mundial foi causada pelo bloqueio econômico que sofriam os estados centrais, Alemanha e Hungria, entrando a Turquia de gaiato neste problema.

Um quadro de uma possível escalada até uma guerra mundial

por Rogério Maestri

Todos os políticos e analistas estão interpretando o que pode ocorrer dentro de um quadro normal de relações internacionais, entretanto esquecem que as guerras mundiais são feitas para resolverem problemas econômicos e não políticos. A primeira guerra mundial foi causada pelo bloqueio econômico que sofriam os estados centrais, Alemanha e Hungria, entrando a Turquia de gaiato neste problema.

Já a segunda guerra foi forjada não pela existência do fascismo italiano e o nazismo alemão, simplesmente porque os líderes da Inglaterra e até parte da família real eram simpáticos aos nazistas (inclusive Churchill tinha muita consideração com Mussolini). A entrada do Japão na guerra foi causada essencialmente ao bloqueio norte-americano às matérias primas que o Japão tanto necessitava. Atenção, não estou dizendo que Itália, Alemanha e Japão tinham uns amores de regimes democráticos e os dois últimos eram acima de tudo racistas e genocidas, mas não foi por isto que aconteceu a guerra.

Traçando um paralelo o que temos hoje em dia, uma economia dos países ocidentais quase estagnada e com forte tendência a uma crise imensa, por outro lado, temos os USA devido às más escolhas em gastar os maiores orçamentos militares em armas ofensivas, exemplo, porta-aviões, caças sofisticadíssimos que não conseguem colocar em operação a 100% (nem perto disto) descuidaram-se das armas defensivas, por exemplo mísseis com custo bem menor do que aviões e sistemas defensivos.

Já por outro lado temos uma China que investe pesadamente em armamento análogo ao norte-americano, aviões stealth (geração 5), porta-aviões para conseguir projetar o seu poderio e segundo analistas contratados pelo governo norte-americano (é o que os norte-americanos pensam) a China não está se preparando para fazer frente aos seus inimigos (USA) mas sim derrota-los (vide artigo Defeat, Not Merely Compete China’s View of Its Military Aerospace Goals and Requirements in Relation to the United States.) Os russos por outro lado, como não tem muito dinheiro colocaram a cabeça para pensar e com isto desenvolveram sistemas de defesa por mísseis (S300, S400, S500 e outros para pequeno alcance), como os aviões stealth são caros eles preferiram aperfeiçoar os caças geração 4++ que por não aportarem grandes evoluções de saltos tecnológicos estão completamente testados e operacionais. Além disto os russos desenvolveram mísseis intercontinentais não balísticos. Para quem não sabe, mísseis balísticos tem uma trajetória parabólica de tal forma que passando do seu apogeu permite saber a onde ele vai cair e por isto é interceptado, os mísseis russos, que já estão operacionais manobram até ficar próximo do alvo, sobrando poucos segundos para ser interceptado.

Com isto se vê que no momento, apesar do imenso orçamento do Pentágono (que provavelmente é totalmente superfaturado), os norte-americanos se não conseguirem passar seus mísseis balísticos contra os sistemas de defesa russos, eles perdem a eficiência, por outro lado os não balísticos russos não. Logo o que se vê é que atualmente as próprias revistas militares norte-americanas como The National Interest falam de um desequilíbrio possível a curtíssimo prazo entre suas forças militares e as da China e Rússia juntas, ou seja, algo de no máximo quatro anos.

Como pode se ver para os norte-americanos a janela de poder soberano está se fechando ou mesmo já se fechou, logo resta duas possibilidades, perder a supremacia militar e se houver uma crise financeira internacional, perder também a supremacia econômica. Além desta hipótese há uma segunda, provocar uma guerra mundial enquanto possuem supremacia ou supõe que ainda tem.

Uma forma de testar a segunda hipótese é causar uma guerra com o Irã, se os sistemas de defesas russos protegerem o Irã contra-ataques de mísseis balísticos e da aviação norte-americana, resta administrar a derrota.

Devido ao exposto, uma guerra aberta contra o Irã, servirá para testar as armas norte-americanas com um país mais qualificado do que o Iraque, que certamente terá apoio logístico e de equipamentos dos russos e chineses.

Em resumo, por mais absurdo que seja, estamos a beira de uma guerra que pode se transformar na terceira guerra mundial e como sabiamente previu Albert Einstein a terceira guerra mundial ele não sabia como terminaria, mas a quarta seria feita com tacapes.

Redação

1 Comentário
  1. Estava exatamente travando este debate na minha time line: quem venceria numa guerra entre EUA e Rússia? Na minha opinião de professor de Ciência Política e estudioso curioso do assunto, EUA são militarmente mais poderosos, mas a Rússia teria possibilidades maiores de evitar a completa aniquilação de sua população e seu território em caso de uma guerra entre estes ambos.
    Explico: o poderio militar norte-americano é gigante, mas distribuído por diversas partes do mundo.
    Tecnologicamente, os russos possuem armas estratégicas superiores às dos EUA, tais como: o torpedo Poseidon; o míssil balístico intercontinental Satan 2; o planador intercontinental Avangard; os caças Sukhoi-35 e 57; os blindados T-4 Armata; e, os sistemas antiaéreos S-300, S-400 e S-500.
    O Avangard é a arma mais poderosa da atualidade. Trata-se de um míssil planador intercontinental movido a energia nuclear, capaz de dar diversas voltas à terra, carregar ogivas nucleares de 2 megatons, atingir cerca de 27 vezes a velocidade do som e, mais importante, é totalmente imune aos sistemas de defesa antiaéreas.
    O torpedo Poseidon, especula-se, pode carregar diversas ogivas nucleares com até 100 megatoneladas, causar tsunamis de até 80 metros de altura, devastar cidades inteiras ou, em guerra marítima, destruir toda uma esquadra de navios e embarcações de guerra.
    Outra super arma russa é o Satan 2, também conhecida como arma do apocalipse, que pode carregar até 16 ogivas, com poder conjunto de 40 megatons, capaz de atingir diversos alvos simultaneamente e burlar os mais sofisticados sistemas de defesa europeus e norte-americanos.
    Ainda pelo ar, os russos possuem três eficientíssimos sistemas de defesa antiaéreos, capazes de interceptar, em conjunto, até 99% de mísseis de ataque inimigo: os sistemas S-300, S-400 e S-500. E, também, os super caças Sukhoi SU-35 e SU-57, para alguns analistas equiparáveis ou, mesmo, superiores aos caças de quinta geração F-35 dos EUA.
    Por fim, por terra, os russos mantém, desde a antiga União Soviética, sua superioridade através não apenas de uma frota de dezenas de milhares de blindados operacionais como, também, através do blindado T-4 Armata, que possui um sistema de defesa/ataque capaz de sobreviver a ataques de mísseis e acertar alvos a até 2 mil metros de distância. Especialistas dizem que este blindado faz dos blindados norte-americanos e europeus crianças no jardim de infância.
    Em síntese, os EUA são, sem dúvida, a maior potência militar do mundo, mas seu poder militar está muito pulverizado, possui muitos tentáculos. Além disso, sua tecnologia militar estratégica, em muitos casos, é inferior à russa.
    Por sua vez, a Rússia concentrou seu poderio militar dentro de suas fronteiras, possui armas de defesa aérea capazes de interceptar os ataques inimigos e armas de ataque apocalípticas capazes de furar todos os sistemas de defesa aéreos existentes. Deste modo, a Rússia é, ao mesmo tempo, o país mais protegido e o mais letal que existe na atualidade.

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