As muitas leituras sobre a chapa Marina-Campos

Sugerido por Zé Chico

Oposição de situação

A minha teoria de que tudo foi uma armação para tirar a Marina do Páreo e “matar” a candidatura do Aécio, está se confirmando. Vejam a matéria abaixo.

 

Do Estadão

 

Marina e Campos evitam discurso oposicionista

Ex-senadora disse que ela e Campos querem apenas “assumir uma posição”

Agência Estado

Marina disse que não traiu o ex-presidente Lula José Cruz/04.10.2013/ABr

A dupla Marina Silva e Eduardo Campos, que almeja ser a terceira via da sucessão presidencial de 2014, negou nesta sexta-feira (11) traição ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e rejeitou ser oposição ao governo da presidente Dilma Rousseff. Em entrevista à TV Estadão, em São Paulo, Marina disse que eles não são oposição. 

Não me considero, jamais, uma traidora do ex-presidente Lula […] Não somos oposição ou situação. Nós queremos assumir uma posição.


O governador de Pernambuco Eduardo Campos (PSB) disse, em encontro do partido em Mossoró (RN), que “Não é ruptura. Só estamos pensando diferente do PT”.

Marina e Campos começam a criar um anteparo às ações do PT. Ex-ministros de Lula, ambos sabem que um discurso frontal de oposição pode trazer mais danos que potencial eleitoral, sobretudo se for associado a um rompimento com Lula. O ex-presidente, segundo petistas, considera o abrigo de Marina no PSB de Campos e a união dos dois para disputar contra Dilma uma dura traição política e vê na nova “chapa” o mais forte adversário do PT.

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Conselheiros de Dilma focam em palanques estaduais diante de indefinição para 2014

Em reunião realizada na quinta-feira (10) no Palácio do Planalto, com a presença de Dilma e ministros, Lula orientou o PT e o governo a fazerem todo tipo de articulação para evitar que os aliados migrem para a coalizão Campos-Marina. Isso significa ampliar espaços no governo e, principalmente, ceder para os aliados nos Estados, ampliando os palanques para Dilma.

Questionado sobre uma eventual ação hostil do PT e de Lula nos Estados em palanques que estão sendo construídos em associação com o PSB, o governador afirmou que “compreende qualquer reação que qualquer partido venha a ter”.

— Não estou preocupado com essas questões de quem deve ou não ficar de fora de alianças. A nossa rede será de alianças para o bem do Brasil.

Marina aproveitou a orientação do Palácio do Planalto para alfinetar o governo sobre o loteamento político como estratégia eleitoral para segurar aliados na chapa de Dilma.

— Só o gesto que eu e Eduardo fizemos já fez com que uma parte da base do governo começasse a chantagear a presidente. E eu imagino que ela não deseja isso para os próximos quatro anos.

Para o presidente do PSB, a aliança com Marina, selada com a entrada dela no partido, no sábado passado, provocou um “verdadeiro terremoto” na política, “de grande repercussão”. A ex-ministra, a 2.800 quilômetros de Campos, corroborava nesta sexta-feira (11) a tese de que seu apoio transformou o agora correligionário num forte adversário: “A candidatura dele (Campos) ganha um adensamento maior em termos políticos”.

Vice

Marina demonstrou um certo cansaço com o debate sobre a composição da chapa. Enfatizou que em nenhum momento colocou o próprio nome como a opção de vice para Eduardo Campos.

Por outro lado, voltou a dizer que o importante, agora, não é definir se ela ou ele estarão na cabeça de chapa.

— Não sei por que as pessoas que criticam tanto a lógica do poder pelo poder, que criticam os que fazem alianças que não tem nada a ver, agora nos cobram de manhã, de tarde e de noite para fazermos, para cairmos na armadilha do eleitoral. Deixem a gente fazer o programático! Porque esta é a minha disposição, esta é a disposição do Eduardo. A candidatura dele está posta.

A “nova política” e a “construção programática” que Campos e Marina afirmam defender não proporá, segundo ambos, o confronto com Dilma.

— A candidatura da Dilma vai dar sua contribuição, a candidatura do Aécio (Neves, senador e presidente do PSDB) vai dar sua contribuição, e a nossa vai dar sua contribuição e eu acho que é a mais importante, que é a quebra da polarização.

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A ex-ministra de Lula disse torcer “profundamente” para que o governo Dilma “deixe uma marca”. E, mais uma vez, mirou a adversária com críticas sutis.

— Talvez uma grande contribuição que a presidente Dilma esteja dando para o nosso País é a denúncia contundente de que este modelo de governabilidade baseada na negociação de cargos já se esgotou. Isso porque no atual governo não é mais apenas uma percepção. Isso está transformado em ato.

Afinadíssimo com a parceira, Campos pediu o sepultamento da “velha política”.

— É preciso romper com a velha política, renovar métodos. Estamos colocando o PSB à disposição do debate nacional para pensar e discutir junto com o povo e oferecer uma proposta para o Brasil, sem destruir ou atacar ninguém.

Luis Nassif

6 Comentários

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  1. A Teoria do Zé Chico, pela

    A Teoria do Zé Chico, pela ousadia, já não se enquadraria mais na categoria “conspiratória”, mas “alucinatória”.

    Quer dizer que os cartórios eleitorais, o Ministério Público Eleitoral, e o próprio TSE, envolvidos na rejeição ao registro do REDE, se macomunaram com o Lula, o PT, a Dilma, sei lá mais quem, só para que a Marina se bandeasse e se ombreasse com o Eduardo Campos e agirem como “infiltrados” nas oposições e assim darem uma mãozinha para a reeleição da Dilma? 

    Tá bom. Ri muito. Agora conta aquela do português(épa!olha o politicamente correto!). Então vá lá,  a do papagaio.

    Agora sério: o que me “encanta” na Marina Silva é a sua “simplicidade”, “humildade” e o recato quando se refere a sua pessoa.

    Haja aspas!

    Sobre alianças e o uso adjetivo “novo” ou “nova” no discurso político: mais velho que fazer as necessidades fisiológicas de cócoras. Para não digredirmos demais, lembremo-nos do passado recente com a “Redentora” que prometeu acabar com a politicalha e os políticos irresponsáveis e que acabou mesmo foi se associando com a escumalha da classe, via ARENA, depois PDS. 

    Na sequência, tivemos Tancredo Neves, avô de Aécio, e a sua “Nova” República que ao fim e ao cabo se revelou anciã dado o retrocesso nas práticas políticas. A bem da verdade, seu mentor morreu antes de assumir. Entretanto, deixou o governo todo retalhado e fatiado num arco de apoio que abrangia todo o espectro político. Sarney, Bohrnausen, Antonio Carlos Magalhães e mais uma cambada de ex-apoiadores da ditadura agora se travestiam de democratas. 

    O mesmo vai ocorrer nos governos FHC e Lula, para ficarmos com os mais recentes. 

    E não precisa ir muito longe não, para desqualificar esse discurso demagógico da Marina. Basta atentar quem hoje está por trás da suas ambições políticas e os apoios do neo aliado Eduardo Campos. 

    Inventem outra para enganar o povo. Essa já está manjada, 

     

     

     

  2. Todos, talvez exceto PMDB,

    Todos, talvez exceto PMDB, almejam alcançar a presidência da república.

    Campos oferece muito mais perigo do que Aécio. O PSDB naufragou.

    A ideia da chapa Campos não é minar Aécio, se é que teve alguma era unir o empresariado de Campos com os eco, os muitos jovens, de Marina. Essa ideia já demonstrou que fracassou.

    Se de um lado Campos ganhará musculatura, a saída do PSB do governo irá prejudicar muitas das coligações regionais que poderiam ser feitas. A prioridade passa a ser PMDB e PC do B. O partido PSB se esvaziará.

    Sobre Aécio e o PSDB, estes correm riscos até mesmo nos estados que eram redutos fechados como SP e MG.

  3. Não tem nada de conspiração.

    Não tem nada de conspiração.  É o jeito Marina de ser: sem cara nem coragem de assumir uma posição clara do que quer.

    Não tem coragem de dizer que é oposição e criar uma plataforma própria de governo. Vive a reboque do que fez no governo do PT que agora chama de chavista uma hora e depois diz trouxe benefícios para a população.

    Ela é tão burra políticamente (desculpe o termo) que não consegue se admitir de fato como oposição com um discurso próprio. Ou copia os editoriais da Veja ou arrega e diz que o PT não é tão ruim assim como governo. 

    Parece o Serra em 2010 que no começo da campanha na TV, quis se mostrar amigo do Lula. O PIG ficou furioso pois levaram 8 anos prara demonizar o cara para e criar um discurso para a oposição, e, para no começo da campanha, o Serra colocar tudo por água abaixo.

    Essa é a vantagem do Aécio, pode falar mal do PT o quanto quiser que ninguém vai estranhar. Marina e Campos tem que criar um discurso próprio de terceira via. Só que esse programa de oposição “a tudo o que esta aí” simplesmente não existe. não existe um programa para criar uma “nova política”. Não existe nada além de uma retórica publicitária. Aí se perdem nos mesmos ataques da direita ou em elogios forçados porque  já estiveram no governo.

    Esses elogios  que para eles servem apenas para não se mostrarem contraditórios aos eleitores, ajudam em muito a candidatura Dilma. Pra que votar em alguém que alogia o adversário? Melhor votar no próprio. Se Campos tivesse ouvido o Lula e esperasse até 2018 o caminho seria muito mais fácil. Agora, aguenta a Marina.
     

     

     

     

  4. Cai na real

    Zé Chico, caia na real.

    Lider nenhum quer perder correligionários nem apoiadores, se não for por uma razão bem forte. Lula jamais iria querer perder Marina Silva do PT nem o apoio do PSB ao governo, com vista a uma “articulação conspiratória” como essa que você imagina ser possível. Simples assim.

    Não veja chifre em cabeça de cavalo.

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