Em vídeo eleitoral, Marina Silva defende Lava Jato

Paroxismo do oportunismo udenista.

Falou bem ao anotar esse traço preponderante na qualificação da camaleoa da floresta. O oportunismo. Há que se ressaltar e reconhecer as extraordinárias qualidades dessa eterna candidata de aluguel quando se trata de exercitar a habilidade de perceber o momento oportuno, para embarcar na onda certa. Ela demonstra uma extraordinária habilidade no tocante a essa sensibilidade de perceber o espírito do tempo. Não aquele chamado Zeitgeist reconhecido nos grande estadistas. O faro dessa fada (cacófato detectado e oportuno) não tem a ver com observação de cenários para definição de políticas voltadas ao interesse público. O objetivo é estritamente voltado ao potencial de marketing que se pode capitalizar em determinado momento para uma finalidade de ocasião (uma eleição, por exemplo). Trata-se de uma versão viciosa da virtude do Zeitgeist que poderia ser denominada de Schweine Geist (espírito de porco). Senão vejamos:

 – Nos tempos da floresta ela embarcou na onda ambientalista e cavalgou no cadáver do Chico Mendes. Tanto que os eleitores de lá daquelas bandas a conhecem e não votam nela.

 – Depois, sobre as ondas do verdismo, conseguiu acelerar a sua campanha usando a extraordinária força gravitacional das maiores estrelas que despontavam na época no movimento trabalhista.

 – Com a energia adquirida das estrelas, em determinado momento, entendeu que poderia alçar voo próprio e colou no verdismo de aluguel do PV (verdismo comercial de dar Penna). Conseguiu convencer muita gente incauta em 2010, quando obteve 20 milhões de votos contra o partido que era denunciado por roubalheiras no JN da Globo/Mossack-Fonseca.

 – Depois das eleições, com o cacife adquirido com a expressiva votação, resolveu dar o tombo no Penna mas foi rapidamente repelida e expulsa com o seu séquito de criacionistas. Precisava então arrumar um tema para a próxima campanha que atualizasse o Verdismo, já devidamente desqualificado como bandeira comercial, e pudesse captar alguma nova energia política.

 – Em 2013 o seu faro de Schweine Geist lhe permitiu enxergar que era hora de não ser política (uma evolução do que vinha pregando como “nova política” ???). Ela percebeu que poderia canalizar aquela energia sem rumo e sem causa potencializada nas passeatas das manadas de junho de 2013, interpretando aquele mantra que aparentemente não fazia o menor sentido. Eles recitavam que eram “apolíticos, apartidários e horizontais”!! (Que diabo vem a ser isso??)

 – Enquanto não achava o espírito que tremulava por detrás daquele enigma, ela pendurou dessa vez, em 2014, na jugular do finado Eduardo Campos, com o Itaú a tiracolo e o drama que protagonizou é recente e conhecido.

 – Passadas as eleições, ela voltou para casa para orar e se purificar para conseguir estabelecer comunicação com as entidades do Schweine Geist e ficou a meditar durante dias. Até que num belo momento um raio de luz brilhou em todo o firmamento e veio a revelação do enigma da onda. A solução para manter um pé na prancha que surfava no verdismo, ou ambientalismo, modernizado sob a denominação recente e da moda no mundo dos adeptos do GREEN is GREEN: “Sustentabilidade”!!! A outra prancha em que ela pôs o outro pé foi na onda da rejeição da política, dos apolíticos, apartidários e horizontais (e talvez anencefálicos!!). Ela criaria um partido que não teria nome de PARTIDO, mas de REDE. Rede de Sustentabilidade!! Genial!! Dizem que ecoaram estrondosos grunhidos no céu nesse momento.