FHC critica escolha do presidente do PSDB em SP

Lourdes Nassif
Redatora-chefe no GGN
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Sempre atuante nos bastidores do terreno tucano, mesmo afastado do combate político direto, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso não gostou da escolha feita pelo Diretório Municipal de São Paulo. Ele se mostrou decepcionado com a escolha de Milton Flávio, e não do seu aliado Andrea Matarazzo, vereador pela capital paulista.

FHC também criticou o projeto de lei que tenta inibir a criação de novos partidos.

Leia na íntegra a reportagem do Estado de S. Paulo:

Após participar de palestra para estudantes de relações
internacionais, na quarta-feira (17), em São Paulo, o ex-presidente
Fernando Henrique Cardoso criticou o processo de escolha do novo
presidente do Diretório Municipal do PSDB, Milton Flávio, em detrimento
do vereador Andrea Matarazzo, e chamou “de erro de condução local” a
forma como os tucanos fizeram a substituição da liderança do partido.
“Acho que foi ruim pelo modo como foi feito”, lamentou FHC.

O ex-presidente lembrou que havia um acordo apoiado por ele e pelo
governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, em favor de Matarazzo, e que
levava em conta a expressiva votação do vereador nas eleições de 2012.
Para FHC, teria sido bom para o PSDB se o Matarazzo tivesse sido eleito,
uma vez que a eleição municipal do ano passado havia dado legitimidade
ao seu nome. “Eu estava convencido de que era um bom acordo para o
partido”, comentou.

Em sua opinião, a sucessão do Diretório Municipal tucano é um
problema local que não deve afetar a união do partido em plano nacional.
Segundo o ex-presidente, que ligou para Matarazzo e Alckmin para
discutir o assunto, o processo em São Paulo não deve ter “consequências
dramáticas” na esfera nacional. Para FHC, Matarazzo não é apenas um
tucano do grupo do ex-governador José Serra. “Andrea não é do grupo
serrista, é do grupo meu também, é do grupo de Geraldo (Alckmin)
também”, frisou.

Para o ex-presidente, não há possibilidades de Serra e Matarazzo
deixarem o PSDB. “Não acredito. Serra nunca disse isso, são
especulações”, afirmou. E lembrou que apesar do episódio, os tucanos
derrotados não podem fazer “política com mágoas”.

Veto

FHC classificou de casuístico o projeto de lei do deputado federal
Edinho Araújo (PMDB-SP) que restringe o acesso ao tempo de TV e ao fundo
partidário para novos partidos. Em sua avaliação, seria mais adequado
que o projeto fosse apresentado antes e não num momento em que, por
exemplo, a ex-senadora Marina Silva tenta criar o seu partido,
denominado Rede Sustentabilidade.

“A tese é correta, mas deveria ter sido aplicada antes. Agora é
casuística, é para impedir, basicamente, o partido de Marina, porque
parece que o PPS está conseguindo (fazer a fusão com o PMN). Acho que a
presidente Dilma deve vetar, em nome da igualdade de oportunidades”,
opinou.

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Lourdes Nassif

Redatora-chefe no GGN

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