Governo é do PT, dos partidos, dos movimentos sociais e dos brasileiros, diz Dilma

Lourdes Nassif
Redatora-chefe no GGN
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Jornal GGN – Em Fortaleza, na reunião do Diretório Nacional do PT, a presidente Dilma Rousseff afirmou que oposição age como golpistas, que não “perdoam por estar tanto tempo fora do poder”. Disse mais, em seu discurso defendeu a aproximação com movimentos sociais e que os partidos que a apoiaram terão seu lugar no governo. A presidente deu destaque para a última notícia de que o desmatamento da Amazônica estava fora de controle, o que foi desmentido pelo Greenpeace, em seu site, e não foi desmentido nos jornais que levantaram a lebre. Por fim, disse que o governo não é dela, mas do pt, dos partidos, dos movimentos sociais, dos eleitores que votaram nela ou não. Leia a matéria de O Globo.

de O Globo

Dilma acusa oposição de golpista e diz que partidos que a apoiaram estarão no governo

Presidente defende aproximação com movimentos sociais para receber sugestões, em reunião do Diretório Nacional do PT

POR SIMONE IGLESIAS, ENVIADA ESPECIAL, E THAYS LAVOR, ESPECIAL PARA O GLOBO

FORTALEZA – Ao discursar na reunião do Diretório Nacional do PT, ontem à noite, Dilma Rousseff afirmou que seu governo não é propriedade dela, mas dos partidos que a apoiaram e de todos os brasileiros, que votaram ou não nela. Mas a presidente não foi condescendente com a oposição, a quem acusou de golpista:

— Esses golpistas que hoje têm essa característica, eles não nos perdoam por estar tanto tempo fora do poder. Temos que tratar isso com tranquilidade e serenidade, não podemos cair em nenhuma provocação e não faremos radicalismo gratuito, pois temos a responsabilidade de governar.

Ainda lembrando a campanha eleitoral, Dilma disse que “a verdade venceu a mentira” porque dados divulgados agora estão mostrando que seu governo estava certo.

— Sobre o desmatamento, diziam que tinha perdido o controle e teríamos uma elevação significativa da taxa. Foi uma falsidade, porque esta semana se divulgou que caiu 18% em relação a 2013. Falavam que a inflação estava fora do controle, acontece que agora os últimos dados mostram que vai acabar abaixo da meta — disse Dilma, ressaltando, porém, que não está satisfeita com taxas apenas um pouco abaixo do teto da meta e que fará “imenso esforço” para reduzir a inflação, porque é a população quem paga por ela.

A presidente fez afagos ao PT e aos aliados:

— O governo não é um governo meu, não guardo o governo abraçadinha nele. O governo é dos partidos, do PT, dos partidos da nossa aliança. Temos uma coalizão, temos uma coligação de partidos e o governo é dos movimentos sociais e dos que votaram em mim e não votaram.

Em sinalização ao diálogo, afirmou que ao Congresso Nacional caberá o protagonismo das discussões da reforma política, apesar de manter a defesa de que a proposta passe por análise da população. Ela defendeu ainda a aproximação com os movimentos sociais.

— Temos que olhar os movimentos sociais; sobretudo nós, temos que ouvi-los. Numa sociedade democrática, o Congresso é fundamental, mas é na nossa relação com os movimentos sociais que recebemos as sugestões da parte organizada da população — afirmou Dilma.

A presidente disse, também, que todos os partidos que a apoiaram na campanha da reeleição, estarão no seu governo, com cargos e perspectiva de discutir políticas públicas.

Lourdes Nassif

Redatora-chefe no GGN

14 Comentários

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  1. ” A presidente disse, também,

    ” A presidente disse, também, que todos os partidos que a apoiaram na campanha da reeleição, estarão no seu governo, com cargos e perspectiva de discutir políticas públicas.”

    Nassif

    É aqui, a descrença no ” Muda Mais “.

    Como faze-lo?

    1. Mudar Mais pe continuar

      Mudar Mais pe continuar andando pra frente. Acho que entendi sua preocupação. Estás preocupado com a tal chantagem da base aliada. Eu também. Para isso a presidente deve estar mais solta para insitir na Reforma Política. Está mais do que claro que a corrupção está vinculada ao financiamento por empresas. E está mais do que claro que está no STF uma das razões para que a corrupção persista: Gilmar Mendes.

      1. Prezado Francy
        Com o novo

        Prezado Francy

        Com o novo congresso (mais conservador ainda), a pressão popular dos movimentos de base terão que ser “rotineiras”.

        Senão a Presidenta não conseguirá nada e ainda poderemos perder conquistas históricas.

        Abração.

         

  2. Belluzo parece não concordar com Dilma

    economista Gozanga Belluzzo parece não concordar com Dilma sobre o Governo ser do PT.

    Blog O Escrevinhador, por Rodrigo Vianna

    Belluzzo: Política econômica de Aécio vai governar com Joaquim Levy

    Por Mariana Desidério, da Exame.com

    A política econômica esperada do provável ministro da Fazenda, Joaquim Levy, é a mesma defendida pelo candidato derrotado à presidência Aécio Neves (PSDB).

    É o que diz o economista Luiz Gonzaga Belluzzo, professor da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e conselheiro econômico da presidente Dilma Rousseff. “O Aécio não ganhou, mas a política econômica dele é que vai governar”, afirma.

    Belluzzo é um dos intelectuais que assinam o manifesto “Em defesa do programa vitorioso nas urnas” (leia aqui). O abaixo-assinado online já tem mais 3.600 assinaturas e cobra de Dilma coerência entre o discurso de campanha e as práticas de governo.

    Além de Joaquim Levy, outro alvo da petição é a senadora Kátia Abreu, indicada para ocupar o Ministério da Agricultura.

    Joaquim Levy: atualmente, ele chefia a divisão de gestão de ativos do Bradesco

    “Eu votei na Dilma porque ela defendia um certo tipo de visão. E aí ela monta um ministério que dá um recado ao contrário. É uma entrega a uma concepção que não foi oferecida na campanha”, afirma Belluzzo.

    O economista faz questão de deixar claro que não faz críticas pessoais aos indicados. “Falamos com base na biografia profissional dos indicados. E isso serve de retrospecto do que pode significar a escolha desse ministros”, afirma.

    Para Belluzzo, parte das ideiais econômicas representadas por Joaquim Levy envolvem fazer um esforço de ajuste fiscal num contexto de economia em desaceleração. “Isso pode falhar, como mostra a experiência internacional, como o próprio FMI está mostrando na Europa”, diz.

    Questionado se a presidente teria se rendido às pressões do mercado, Belluzzo brinca: “Você já viu filme de faroeste? Quando um mostra a arma, o outro levanta os braços.”

    Para o economista, as indicações de Levy para o Ministério da Fazenda e da senadora Kátia Abreu para o Ministério da Agricultura vão desarticular a base de apoio que ajudou a eleger a presidente numa das mais disputadas corridas presidenciais desde a redemocratização.

    Dentre os que assinam o manifesto estão movimentos sociais que fizeram campanha para a presidente, como o MST.

    “Os rumores de indicação de Joaquim Levy e Kátia Abreu para o Ministério sinalizam uma regressão da agenda vitoriosa nas urnas. Ambos são conhecidos pela solução conservadora e excludente do problema fiscal e pela defesa sistemática dos latifundiários contra o meio ambiente e os direitos de trabalhadores e comunidades indígenas”, diz a petição.

    Nenhum dos dois nomes foi oficializado pelo governo federal. Os anúncios estão previstos para amanhã.

  3. Isso tudo eu já sei.
    Mas…

    Isso tudo eu já sei.

    Mas…  e a regulação da mídia como anda ?

    E o ministro das comunicações quem será ? Vai continuar o queridinho da Globo ?

    E o processo contra a Veja, em que pé esta ?

     

  4. estadista.
    sem exageros nem

    estadista.

    sem exageros nem tietismos, acho que dilma

    mostrou nesse discurso um perfil de estadista,

    já que com essa correlação de forças há que demonstrar

    firmeza com ambos os campos de luta pela hegemonia na sociedade brasileira,

    se quiser governar para todos…

    a denúncia do golpismo foi essencial.

    bravo!

  5. Sei não… A retórica de
    Sei não… A retórica de Dilma Rousseff está ficando muito parecida com a de Lula quando ele governava praticando o neoliberalismo envergonhado que ela mesma abandonou ao assumir seu primeiro mandato. O medo nunca foi um bom conselheiro. Os verdadeiros Estadistas fizeram história justamente porque não se deixaram seduzir pelo culto de Fobos*.

    *mitologia grega.

  6. Nenhum grande Pais pode ser

    Nenhum grande Pais pode ser autarquico e governar contra a ordem global, um Pais está inserido dentro dessa ordem e suas conexões, é incrivel ainda existirem cabeças de avestruz que acham possivel um Pais fazer o que bem entender,

    o Brasil só funciona conectado diariamente aos mercados internacionais de cambio, titulos, commodities, precisa se ajustar nesses mercados, sem isso a economia para de funcionar, a nomeação de Levy é o reconhecimento dessa

    logica.

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