Lula pede retratação da imprensa de mentiras que atingiram Gushiken

Jornal GGN – O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou neste sábado (14) que o ex-ministro Luiz Gushiken foi vítima de mentiras contadas por parte da imprensa, e pediu retratação formal pelo desgaste que provocou ao petista, morto nesta sexta-feira (13) vítima de um câncer no estomâgo.

“O Gushiken foi uma das vítimas da mentira de uma parte da imprensa deste país. Eu sei o que o companheiro Gushiken sofreu com as infâmias que levantaram contra ele. Muitas vezes o irresponsável que levanta uma acusação sem ter provas não leva em conta a história das pessoas, que a pessoa tem mulher, tem filhos”, disse Lula, na quadra do Sindicato dos Bancários de São Paulo.

Gushiken esteve à frente da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República após ser um dos coordenadores da campanha vitoriosa pelo Planalto em 2002. Foi acusado de participação no episódio conhecido de “mensalão”.

Apenas no ano passado, após sete anos da explosão do caso, o STF (Supremo Tribunal Federal) admitiu que não havia provas contra o ex-ministro.

“Depois de sofrer tantos anos como ele sofreu, de um lado pela doença, de outro lado pela perseguição, quando provam que é inocente, pelo menos a imprensa que o acusou deveria ter vergonha na cara e publicar uma manchete amanhã pedindo desculpas ao Gushiken. Pedir desculpas não é feio para ninguém. Deveria o jornalista canalha que acusou Gushiken sem provas pedir desculpas.”

Lula contou o companheiro lhe pediu poucos dias antes de morrer que trabalhasse para “recuperar” o partido. “Nosso partido não pode ser um partido apenas para disputar eleição. Se fosse só para disputar eleição a gente não precisava ter criado um partido. Nosso partido foi criado para disputar eleição, mas foi criado sobretudo para a gente estar 24 horas por dia ajudando a organizar a luta do povo brasileiro. É para isso que existe um partido político”.

Com informações de Reder Brasil Atual

Redação

17 Comentários

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  1. Ontem, no JN, foi dito que

    Ontem, no JN, foi dito que ele havia sido “um dos réus do mensalão” e que havia sido absolvido “por falta de provas”.

    A canalhice não tem fim.

  2. Paulo Moreira Leite homenageia Gushiken

    Istoé.com.br

    Luiz Gushiken

    Se um dia você quiser saber o que é passar por um massacre midiático, acompanhe a história de Gushiken

     

     

    Conheci Luiz Gushiken quando ele era gordo, tinha cabelos imensos e um bigode de estilo mexicano. Na última vez que nos encontramos, num quarto no Sírio Libanês, pesava menos de quarenta quilos, os cabelos tinham ficado brancos e ralos. Falava com dificuldade mas a mente seguia continuava alerta.
     
    Conversamos sobre a conjuntura. Longe de qualquer atividade política, Gushiken estava preocupado com o resgate da história do Partido dos Trabalhadores e com o esforço dos adversários  para esconder os méritos da legenda no progresso da maioria dos brasileiros.
     
    Uma dos alvos das denúncias da Ação Penal 470,  Gushiken conseguiu desmontar, uma a uma, as acusações apresentadas contra ele. Chamado a depor na CPMI, foi embora sem deixar pergunta sem resposta. Quando comentei esse desempenho com colegas de trabalho, ouvi uma resposta desoladora: “As pessoas são treinadas para mentir.”

    Gushiken foi inteiramente inocentado no julgamento mas só depois de passar sete anos nas páginas de jornais. O professor de um de seus filhos chegou a criticar Gushiken em sala de aula, na frente de todos, enfrentando, mais tarde, a reação firme de Beth, sua mulher.

    Se um dia você quiser saber o que é passar por um massacre midiático, acompanhe a história de Gushiken. Ele colecionou episódios que lembram  que a falta de  regras claras sobre o direito de resposta pouco tem a ver com o direito a liberdade e à dignidade da pessoa humana, mas é um estímulo à covardia e à  incompetência. 

    Publicou-se que uma empresa de consultoria da qual havia sido sócio cresceu mil vezes depois que ele  assumiu a Secretaria de Comunicação do Governo Lula. Gushiken provou que os números estavam absurdamente errados e se baseavam em dados falsos, fornecidos por uma prefeitura inimiga, mas a correção jamais foi feita em público.

    Toda a acusação sobre seu papel no mensalão teve como base uma entrevista de Henrique Pizzolato, publicada logo no início das denúncias. Levado para depor na CPMI, Pizzolato jamais confirmou a entrevista e disse que jamais dera declarações e que seu depoimento havia sido forjado. Pediu que lhe trouxessem fitas gravadas, que jamais apareceram. Gushiken também foi acusado de ter consumido R$ 3 000 num jantar. Provou que era mentira e ganhou uma indenização por causa disso. Mas a correção jamais foi publicada.

    Como Secretário de Comunicação, Gushiken teve atitudes que honram a biografia de um homem público.

    No início do governo Lula, quando a TV Globo e demais emissoras encontravam-se em situação falimentar, rondando o Planalto em busca de socorro, Gushiken concordou com a ideia de dar apoio, mas defendia uma proposta que, mesmo rejeitada, ajuda a entender seu pensamento. Já que se pedia recursos que jamais seriam pagos, o Estado brasileiro não poderia prestar serviços gratuitos. Deveria ser recompensado com uma participação acionária nas empresas que fossem beneficiadas. 

    Gushiken tomou providências para disciplinar uma antiga folia com verbas de publicidade oficial, pela qual estatais negociavam anúncios a preços infinitamente superiores ao mercado, consumindo recursos públicos para subsidiar ganhos privados. Numa intervenção logo no início da gestão, exigiu negociações às claras entre as partes, criando uma mesa comum para dificuldade acertos às escondidas.

    Dando início a uma política que seria generalizada e bastante ampliada no segundo mandato de Lula, por Franklin Martins, começou a desconcentrar a publicidade oficial, até então monopolizada por grandes e poucos veículos.

    Nascido numa família de imigrantes de Okynawa, ilha que abriga uma das regiões mais pobres do Japão, Gushiken teve pais que venderam pastel em feira. Formado pela Fundação Getúlio Vargas, foi o principal líder dos bancários brasileiros em seu devido tempo. Teve um papel destacado na organização de uma greve nacional da categoria, em 1985.

    Militante da Organização Socialista Internacionalista, matriz da tendência estudantil Liberdade e Luta, foi um dos primeiros a compreender corretamente a importância dos sindicatos oficiais, reconhecendo que poderiam servir à luta dos trabalhadores e não deveriam ser encarados como simples escolas de peleguismo e picaretagem – como sustentavam  estudiosos ligados a UDN paulista e uma clientela de ultraesquerda que possuía tantos adeptos nos anos 1970 e 1980.

    Lutando contra um câncer que levou dois terços do estômago em 2002, Gushiken exibia uma disposição fora do comum. Recebia atendimento médico no Planalto, para não atrapalhar o expediente.

    Anos depois, arrastando o equipamento de soro que lhe servia de alimento, uma de suas diversões recentes era brincar com Kika, uma cachorrinha pequena e briguenta. Não podia alimentar-se mas discutia cardápios e receitas.

    Essa capacidade de aproveitar cada momento da existência como uma experiência única e preciosa costumava confundir. Levei anos para compreender a gravidade real de sua doença.

    Não era possível falar tanto no futuro, dar tantas risadas, se aquele mal fosse tão ruim como ele mesmo dizia. Saíamos  para jantar e, enquanto foi possível,  não recusava um copo de vinho.

    Tratando-se com medicamentos experimentais que lhe permitiram uma vida mais longa do que a maioria dos pacientes, costumava dizer, nos últimos anos: “já estou no lucro.” Falava dos respeito e um certo distanciamento dos hospitais de ponta em que costumava ser tratado. “Aqui você não consegue morrer. Sempre que está ficando muito mal, aparece uma equipe e faz alguma coisa.”

    Nas conversas mais recentes, tomava doses frequentes de morfina para aliviar a dor e dizia que estava “descendo a pinguela.”

    De volta para casa, após nossa última conversa, enviei para seus filhos o link de uma música que expressa as melhores emoções que essa convivência me ensinou. Estou falando de “We Shall Overcome”, uma canção que se transformou num clássico da esperança simples de homens e mulheres que pretendem viver em paz, num mundo fraterno. 

    Em homenagem a Luiz Gushiken, deixo o link para quem quiser aproveitar um único e precioso momento.

     

  3. A origem

    Infelizmente procura-se esconder a origem da incriminação de Gushiken feito por um amigo e colega de partido. Um ato covarde, vil e canalha.

    Abaixo o que diz o relatório final da CPI dos Correios:

    Nesse sentido, destaca-se o depoimento realizado pelo Sr. Henrique Pizzolato, no dia 18 daquele mês, no qual confirma o que havia dito ao jornal Folha de São Paulo, no qual “sustentou que o ex-ministro Luiz Gushiken influenciava diretamente os fundos de pensão, era informado e dava opinião nos acordos da Previ, antes de serem conhecidos pelo Conselho do fundo de pensão do Banco do Brasil.”

    Relatório Final dos Trabalhos da CPMI “dos Correios”
    Volume III – Pág. 1174

    RELATÓRIO FINAL – Senado Federal

    http://www.senado.gov.br/comissoes/CPI/RelatorioFinalVol3.pdf

    10/03/2006 – âmbito da CPMI “dos Correios”, com base em decisão dos líderes partidários da Câmara dos Deputados e do Senado Federal.

     

    1. A culpa é da cúpula petista.

      A culpa é da cúpula petista. Pois na hora em Piza diste tal coisa que todos sabiam ser  mentira, não tinham que ter expulso esse como deixado sem qualquer ajuda para se defender no supremo. Muito pelo contrário, se fosse possível fazer algo para que levassse cadeia, seria feito

  4. E Pizzolato, pediu desculpas

    E Pizzolato, pediu desculpas a Gushinken? Logo no início do processo do ‘mensalão’, Pizzolato acusou a Gushinken de ter autorizado os repasses de verba.

    Em 11/11/2005 : “Em entrevista à revista IstoÉ Dinheiro deste fim de semana, o ex-diretor de Marketing do Banco do Brasil Henrique Pizzolato culpou o ex-ministro Luiz Gushiken pela autorização do repasse antecipado de recursos de propaganda da Visanet, cujo banco estatal detém participação acionária, para a agência DNA, do empresário Marcos Valério Fernandes de Souza.”.

      1. Deixe de ser bocó, Visanet é

        Deixe de ser bocó, Visanet é fundo “privado”, do mesmo jeito que a Petrobrás é privada e o Banco do Brasil também são privados. 

        São sociedades de economia mista,  tem natureza de Pessoa Jjurídica de Direito Privado, mas são controladas pelo poder público, que mantêm em suas mão a maioria das ações ordinárias com direito a voto, e portanto o controle sobre as deliberações.

        Qualquer terceiranista de Direito sabe disso, mas é demais exigir a compreensão dessas coisas de um militante que só sabe repetir chavões e palavras de ordem feito um papagaio. 

        1. Acorda Charlie;
          O dinheiro

          Acorda Charlie;

          O dinheiro vinha de um percentual de tudo que era pago com os cartões de bandeira Visa, vc nunca ouviu falar? Vc por acaso viu algum repasse de dinheiro público para o Visanet, bem diferente do que acontece com Petrobras e Banco do Brasil? Vc já viu o Regimento de funcionamento do fundo Visanet? Saiu em tudo que é site, acho que até aqui no Nassif. E aí espertão, dá para vc responder as perguntas e me explicar, “sabe tudo”.

  5. Agora é tarde seu Lula

    Lula, Dilma e o PT tiveram e ainda tem a capacidade de confrontar a mídia, basta ter a coragem de outros governantes sul americanos e colocar na pauta a regulação da mídia na qual o Bernardo esta sentado a quase 4 anos, como isso não vai acontecer não me venham com churumelas, não vai ser com esses apelos que se vai dobrar essa mídia partidária e parcial que escolheu um lado  trabalha dioturnamente em seu favor, mantendo Bernardo e sua política de todo poder aos conglomerados Dilma dá seu aval a toda essa manipulação.

  6. Os jornalistas brasileiros

    Os jornalistas brasileiros não têm grandeza para tanto. Jamais descerão de seus pedestais, de suas certitudes,  de suas mesquinharias. Alguns até poderão sugerir, mas seus patrões dirão que um petista não precisa de tanto. 

  7. Papo demagogico rasteiro sem

    Papo demagogico rasteiro sem nenhum sentido pratico.  Que midia vai se desculpar e do  que?

    Isso simplesmente nao existe, Lula ja atingiu um nivel de politico de expressao internacional, nao pode se permitir a esse tipo de tiradas de porta de fabrica, deve conviver com a midia com todos os seus defeitos, que sao muitos., a midia faz parte da democracia classico e o Brasil nao e a Venezuela, pais que caminha em velocidade de trem bala rumo ao abismo da demogogia sem futuro.

  8. tretas e retratações

     “mas foi criado sobretudo para a gente estar 24 horas por dia ajudando a organizar a luta do povo brasileiro.”

    KKKKKKK!!!

    E tome G.D.: ”Nunca foi possível mentir com tão perfeita ausência de consequências. O espectador é suposto ignorante de tudo, não merecedor de nada.”

    Apostando no buraco negro da falta de memória, daqui há não muito vão dizer que a liderança do PT, vanguarda histórica das reivindicações do povo de Pindorama, sempre esteve à frente do Junho de 2013…

    …Malgrado o conservadorismo “bem intencionado” de (blogo)petistas que aconselhavam: “Deixem esvaziar o movimento de ruas e confinem as disputas apenas às redes sociais.”

    Como será que Luiz Gushiken se sentiu após ouvir a declaração abaixo de Luiz Inácio?

    “Ajudei a criar esse partido [Partido dos Trabalhadores] e, vocês sabem, perdi três eleições presidenciais e ganhei a quarta, mantendo-me sempre fiel a esses ideais, tão fiel quanto sou hoje. Quero dizer a vocês, com toda a franqueza, eu me sinto traído. Traído por práticas inaceitáveis das quais nunca tive conhecimento. Estou indignado pelas revelações que aparecem a cada dia, e que chocam o país. O PT foi criado justamente para fortalecer a ética na política e lutar ao lado do povo pobre e das camadas médias do nosso país. Eu não mudei e, tenho certeza, a mesma indignação que sinto é compartilhada pela grande maioria de todos aqueles que nos acompanharam nessa trajetória.”

    Será que Lula vai se retratar?

    1. Risadinha

      O Frejat na musica diz: Quem ri de tudo é desespero.

      Repetir frases alheias sem acrescentar nada, nehum comentário a nâo ser afetações, depois começar a rir como hiena, pois se não rir sozinho não vai haver quem ria. É. Seu caso é grave.

  9. descculpas

    Gushiken cumpriu pena de alguns anos, enfrentando mentiras diariamente, por ter se oposto ao monopólio das comunicações, por ter se alinhado a trabalhadores e seus interesses em fundos de pensão, entre outras lutas de sua vida. Seus inimigos, inclusive os do jornalismo desonesto, não pedem perdão, mas foi bom Lula provocar. O respeito ao samurai cresce à medida que seus admiradores se importam menos e menos com  pedidos de perdão e mais e mais com o exemplo que lhes foi deixado.

  10. A cobra vai fumar

    Meus botões me dizem que após o trânsito em julgado o Lula vai denuncar o julgamento do mentirão e tem que fazer isso mesmo, onde já se viu se criar um crime e levar pessoas inocentes para a cadeia por vigança politica

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