Quem quebrou o Estado brasileiro, por Ladislau Dowbor

Jornal GGN – Ladislau Dowbor, professor de PUC-SP, analisa a crise econômica brasileira e afirma que o governo atual baliza a política econômica na “imensa farsa” de que as políticas sociais quebraram o país, e que agora, com os banqueiros no controle, a economia seria reconstruída com base na responsabilidade fiscal. 

Dowbor analisa dados do Banco Central e argumenta que foram os “juros extorquidos pelos banqueiros” que provocaram o rombo fiscal. Ele também afirma que a PEC 55 não trata de diminuir os gastos do Estado, mas “de aumentar os gastos com juros, que alimentam aplicações financeiras, em detrimento do investimento público e dos gastos sociais”. 

 
Leio o texto completo abaixo: 
 
Do Outras Palavras
 
 
Examine os números: gasto social é moderado, enquanto pagamento de juros explode. País entra em crise — e governo mantém justamente as despesas mais devastadoras

Por Ladislau Dowbor – publicado em 22/11

Você provavelmente se sente perplexo frente à situação econômica do país. Está em boa companhia. Quem é que entende de resultado primário, de ajuste fiscal e outros termos que povoaram os nossos noticiários? A imensa maioria balança a cabeça de maneira entendida, e faz de conta. Pois vejam que realmente não é complicado entender, é só trocar em miúdos. E com isso o rombo fica claro. Aqui vai a conta explicitada, não precisa ser economista ou banqueiro. E usaremos os dados do Banco Central, a partir da tabela original, pois confiabilidade, nesta era melindrada, é fundamental. Para ver os dados no próprio BC, é só clicar no link embaixo da tabela.

A política econômica do governo atual está baseada numa imensa farsa: a de que as políticas redistributivas da era progressista quebraram o país enquanto o novo poder, com banqueiros no controle do dinheiro, iriam reconstruí-lo. Segundo o conto, como uma boa dona de casa, vão ensinar responsabilidade, gastar apenas o que se ganha. A grande realidade é que são os juros extorquidos pelos banqueiros que geraram o rombo. A boa dona de casa que nos governa se juntou aos banqueiros e está aumentando o déficit.

Os dados publicados pelo Banco Central mostram a imagem real do que está acontecendo:

bc

 

Acesse: http://www.tesouro.fazenda.gov.br/pt_PT/resultado-do-tesouro-nacionalA tabela, tal como aparece no site do Banco Central, parece complexa, mas é de leitura simples. Na linha IX, “Resultado primário do governo central” é possível acompanhar a evolução dos números. O resultado primário é a conta básica de quanto o governo recolheu com os impostos e acabou gastando nas suas atividades, propriamente de governo, investindo em educação, saúde, segurança etc — ou seja, em políticas públicas.

Quando se diz que o governo deve ser responsável, não gastar mais do que ganha, é disto que estamos falando. Confira a tabela abaixo, extraída da tabela principal: trata-se apenas de melhorar a legibilidade.

tabela1_resultadoprimariogovernocentral

No caso, houve um superávit nos anos 2010 até 2013 (gastou menos do que arrecadou) e um déficit insignificante de 20 bilhões em 2014, e moderado em 2015, 116 bilhões de reais, 2% do PIB, perfeitamente normal.

Na União Europeia, por exemplo, um déficit de até 3% do PIB é considerado normal, com variações entre um ano e outro. Ou seja, fica claro, note-se que ao contrário do que dizem os gastos com as políticas públicas não causaram nenhum “rombo” como tem sido qualificado.

A linha seguinte da tabela, X – “Juros Nominais”, dá a chave da quebra e da recessão. Os juros nominais representam o volume de recursos que o governo gastou com os juros sobre a dívida pública. Esta é a caixa preta que trava a economia na dimensão pública.

Trata-se da parte dos nossos impostos que em vez de servirem para infraestruturas e políticas sociais, são transferidos para os bancos e outros intermediários financeiros, além de um volume pequeno de aplicadores individuais no tesouro direto. Estes em boa parte reaplicam os resultados, aumentando o volume de recursos apropriados.

A dívida pública é normal em inúmeros países, assegurando aplicações financeiras com risco zero e liquidez total, e por isto pagando em geral na faixa de 0,5% ao ano, nos mais variados países, inclusive evidentemente nos EUA e União Europeia. Não é para aplicar e ficar rico, é para ter o dinheiro seguro enquanto se busca em que investir.

No Brasil, o sistema foi criado em julho de 1996, pagando uma taxa Selic fantástica de mais de 15% já descontada a inflação. Instituiu-se assim por lei um sistema de transferência de recursos públicos para os bancos e outros aplicadores financeiros. Com juros deste porte, rapidamente o governo ficou apenas rolando a dívida, pagando o que conseguia de juros, enquanto o que não conseguia pagar aumentava o estoque da dívida. Nada que qualquer família brasileira não tenha conhecido quando pega dívida para saldar outra dívida. O processo vira, obviamente, uma bola de neve.

Em 2003 Lula assume com uma taxa Selic pagando 24,5%, quando a inflação estava em 6%. Importante notar que são lucros gigantescos para os bancos e os rentistas em geral, sem nenhuma atividade produtiva correspondente. E nenhum benefício para o governo ou a população, pois o governo, com este nível de juros, apenas rola a dívida.

O sistema é absolutamente inviável a prazo. E ilegítimo, pois se trata de ganhos sem contrapartida produtiva, gerando uma contração econômica. Na passagem de 2012 para 2013, o governo Dilma passa a reduzir progressivamente a taxa de juros sobre a dívida pública, chegando ao nível de 7,25% ao ano, para uma inflação de 5,9%, aproximando-se das taxas praticadas na quase totalidade dos países. Isto gerou uma revolta por parte dos bancos e por parte dos rentistas em geral.

Por que tantos países mantêm uma taxa de juros sobre a dívida pública da ordem de 0,5% ou menos? Porque um juro baixo sobre a dívida pública estimula os donos dos recursos financeiros a buscar outras aplicações mais rentáveis, em particular investimentos produtivos, que geram ganhos mas fomentando a economia. Aqui, estimulou-se o contrário: para que um empresário se arriscar em investimentos produtivos se aplicar na dívida pública rende mais?

A revolta dos banqueiros e outros rentistas levou a uma convergência com outras insatisfações, inclusive oportunismos políticos, provocando os grandes movimentos de 2013. E com um legislativo eleito pelo dinheiro das corporações, atacou-se na mídia qualquer tentativa de reduzir os juros e resgatar a política econômica do governo. Futuros candidatos também viram aí brechas oportunas. O governo recuou, iniciando um novo ciclo de elevação da taxa Selic, reconstituindo a bonança de lucros sem produção, essencialmente para bancos e outros rentistas.

Difícil dizer o que causou o recuo do governo. O fato é que desde meados de 2013 instalou-se a guerra política e o boicote, e não houve praticamente um dia de governo, seguindo-se a eleição e a desarticulação geral da capacidade de ação do Palácio do Planalto. O essencial para nós, é que não houve uma quebra de governo, e muito menos do Brasil, como dizem, pois as políticas públicas mantiveram o seu equilíbrio financeiro. O que quebrou o sistema, e fato essencial, está aprofundando a crise, é o volume de transferências de recursos públicos para bancos e outros intermediários financeiros que são essencialmente improdutivos.

Confira a tabela dos juros nominais:

tabela2_jurosnominais

Com a Selic elevada, o governo transferiu em 2010, nas contas do Banco Central, 125 bilhões de reais sobre a dívida pública. Em 2011, este montante se elevou para 181 bilhões, caindo para 147 bilhões em 2012 com a redução dos juros Selic (a 7,5%) por parte do governo Dilma. Em 2013 começa o drama: sob pressão dos bancos, voltam a subir os juros sobre a dívida pública, e o dinheiro transferido ou reaplicado pelos  rentistas sobe para 186 bilhões em 2013. Na fase do ministro Nelson Levy, portanto, com um banqueiro tomando conta do caixa, esse valor explode para 251 bilhões em 2014, e para 397 bilhões em 2015. Veja que o rombo criado pelos altos juros da dívida é incomparavelmente superior ao déficit das políticas públicas propriamente ditas, na linha IX “Resultado primário do governo central” visto acima.

Aqui são praticamente 400 bilhões de reais que poderiam se transformar em investimentos de infraestruturas e em políticas sociais, apropriados não por produtores, mas sim essencialmente por intermediários financeiros como bancos, fundos e inclusive aplicadores estrangeiros, gerando o rombo que agora vivemos e que aumenta ainda mais em 2016, pois continuamos com banqueiros no controle do sistema.

Confira, agora, a linha XI – Resultado Nominal do Governo Central, que vai apontar o rombo crescente. Trata-se do déficit já incorporando o gasto com juros sobre a dívida pública, hoje os mais altos do mundo. Veja o déficit gerado na tabela abaixo:

IX – Resultado Nominal do Governo Central

2010

2011

2012

2013

2014

2015

-45.785,5

-87.517,6

-61.181,7

-110.554,9

-271.541,9

-513.896,0

-1,2%

-2%

-1,3%

-2,1%

-4,8%

-8,7%

 

Ele passa de 46 bilhões em 2010, explodindo para 272 bilhões em 2014 já com a política econômica controlada pelos banqueiros, e chegando a astronômicos 514 bilhões em 2015, já com políticas confortavelmente orientadas para desviar recursos públicos para intermediários financeiros.

Essas três linhas da tabela do Banco Central mostram o equívoco do chamado “ajuste fiscal” do governo. E permitem entender, de forma clara, que não se tratou, de maneira alguma, de um governo que gastou demais com as políticas públicas, e sim de um governo em que os recursos foram desviados das políticas públicas para satisfazer o sistema financeiro.

Veja na tabela principal na linha “% do PIB gasto em juros” que o volume de recursos transferidos para os grupos financeiros passou de 3,2% do PIB em 2010 para 6,7% do PIB em 2015. E a conta cresce.

Quem gerou a crise é quem está no poder hoje, no Brasil, ditando o aumento da taxa Selic que voltou ao patamar surrealista de 14%. Em nome da austeridade, e de “gastar responsavelmente o que se ganhou”, aumentaram em 2016 o déficit primário para R$ 170 bilhões, repassando dinheiro para deputados e senadores (emendas parlamentares), aumentando os salários dos juízes e de segmentos de funcionários públicos (em nome da redução dos gastos) e assistindo a uma explosão dos juros pagos pela população.

Ponto chave: a PEC 241 trava os gastos com políticas públicas. São gastos que resultam no resultado primário, ou seja, onde o déficit é muito limitado e a utilidade é grande, tanto econômica como social. Mas a PEC 241 (e 55 no Senado) não limita os gastos com a dívida pública, que é onde ocorre o verdadeiro e imenso rombo.

Não se trata aqui, com esta medida, de reduzir os gastos do Estado, mas de aumentar os gastos com juros, que alimentam aplicações financeiras, em detrimento do investimento público e dos gastos sociais. Trata-se simplesmente de aprofundar ainda mais o próprio mecanismo que nos levou à crise.

Seriedade? Gestão responsável? A imagem da dona de casa que gasta apenas o que tem? Montou-se uma farsa. Os números aí estão. Assim o país afunda ainda mais e eles querem que o custo da lambança saia dos direitos sociais, das aposentadorias, da terceirização e outros retrocessos. Isto reduz a demanda e o PIB, e consequentemente os impostos, aumentando o rombo. Esta conta não fecha, nem em termos contábeis nem em termos políticos. Aliás, dizer que os presentes trambiques se espelham no modelo da boa dona de casa constitui uma impressionante falta de respeito.

_____________

Nota: aqui abordamos a questão central dos juros sobre a dívida pública, visando mostrar o absurdo dos argumentos do governo ter “quebrado” a economia. Importante também mencionar que o próprio volume (estoque) da dívida, da ordem de 60% do PIB (e muito menos para a dívida líquida) não é particularmente maior do que a de outros países, e muito menor, por exemplo, do que a dos EUA ou do Japão. Para uma visão mais ampla, há um excelente documento Austeridade e Retrocesso, que traz a análise financeira completa. O documento é de outubro de 2016, 50p, disponível em http://brasildebate.com.br/wp-content/uploads/Austeridade-e-Retrocesso.pdf

Quanto ao endividamento da população, com juros absurdamente abusivos para pessoa física e pessoa jurídica, o mecanismo gerado pode ser consultado no documento Resgatando o potencial financeiro do país, inclusive com as propostas correspondentes. Veja em http://dowbor.org/2016/08/ladislau-dowbor-resgatando-o-potencial-financeiro-do-pais-versao-atualizada-em-04082016-agosto-2016-47p.html/

Para conferir a planilha do Banco Central, clique em: http://www.tesouro.fazenda.gov.br/pt_PT/resultado-do-tesouro-nacional e acesse a planilha de nome RTN ago. 2016.xlsx, Aba 4.1, Séries históricas – Resultado Fiscal do Governo Central – Estrutura Nova (janeiro/1997 – agosto/2016)

Redação

18 Comentários

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  1. Dowbor fez uma análise
    Dowbor fez uma análise impecável e deixou completamente exposto o plano. Agora o que vocês estão esperando para se livrar dos responsáveis? Que como o professor corretamente apontou o esquema é insustentável.

  2. Precisamos urgentemente de um Líder!

    Pois é!

    Sabemos desta farsa, só não sabemos o principal. Como defenestrar estes farsantes!

    Falta-nos um líder forte! Resta-nos o bravo, mas combalido Lula. É pouco.

    1. Já temos um lider… A nossa

      Já temos um lider… A nossa inteligencia conjunta… Como poderiamos fazer para que todos se dêem conta que são enganados…. Hoje temos as mídias sociais… A internet… O youtube… Basta tranformar este entendimento em papinha… Para descer rápido em qualquer pessoa… E damos ainda na boca… Mostrando imagens… Sons… Gráficos…. Depoimentos… Evidências… Se você souber transformar isso tudo em papinha e jogar nas redes socias… Rapinho está estourando eo povo está sabendo… Imagine dizer… “Nós estamos sendo roubados…” Mostrando gráficos… Imagens… Uma animação mostrando o dinheiro sendo desviado do orçamento do estado para os bancos e investidores… O dinheiro das aposentadorias sendo desviados… O salário dos trabalhadores sendo usurpados pelas multinacionais que passam a dar troco de paõ por um trabalho degradante… Se souber fazer…. E fizer vários das mais variadas formas… Não há como, em pouco tempo, as coisas começarem a ter repercussão… No fundo todos já sabemos que isso está acontecendo… Só precisamos abrirar os olhos ou criar coisas que nos façam abrir os olhos….

  3. Tu não conheces Adelaide

    Quem quebrou foi o povo brasileiro, não o estado. A dívida pública dos EUA corresponde a 104% do seu PIB. A dívida pública do Japão corresponde a 229% do seu PIB. A dívida pública do Brasil corresponde a apenas 66% do seu PIB.

    Essa história de quebradeira é só um pretexto para sacrificar ainda mais a população em benefício de meia dúzia de parasitas sociais.

  4. Ainda não entendi porque

    Ainda não entendi porque dentre inúmeros grandes cineastas progressistas ( Oliver Stone, Jorge Furtado, Silvio Tendler etc…)e excelentes jornalistas como o próprio Nassif, Paulo H Amorim, Azenha .., Ainda não se articularam para realizarem um grande documentário com mais de duas horas de duração explicitando todas as falcatruas que uma teia criminosa nos atormenta desde as decadas 80, 90 até 2016 .

    1ª) Fraude na eleição de Brizola pela GRoubo & Proconsult

    2ª) Conluio Cachoeira & Veja

    3ª) Conluio Daniel Mendes & Gilmar Dantas

    4ª) Conluio Gilmar Dantas & Demóstenes Torres

    5ª) Criminosa edição do último debate eleitoral entre Lula e Collor

    6ª) Factóide Mensalão

    7ª) Conluio da mídia apátrida, CIA/NSA, empresários sonegadores e políticos corruptos no golpe de 2016 

    8º) Perseguição criminosa a Lula e líderes petistas por autoridades polítiqueiras e corruptas encasteladas no judiciário 

    Este documentário deveria ser lançado pessoalmente por Lula na ONU e postado no youtube, traduzidos em inglês, francês, espanhol …. .

    Vãobora, galera, ainda há tempo de realizarmos este documentário antes da condenação pela ONU ao judiciário deste bananal sul americano .

    É começarmos para ontem um crowdfunding e iniciarmos logo os depoimentos de personalidades envolvidas na história (Nassif, PHA, filha de José Genoino, filho de José Dirceu, Neto de Brizola, familiares do Luiz Gushiken etc….)

    1. Poderia-se entrar em contato

      Poderia-se entrar em contato com o Gregório do POrta dos Fundos… Fazer um vídeo interessante… Poderia-se pegar um discurso da Fatorelli… E ao mesmo tempo que ela vai falando dos gráficos… Alguém vai anunciando algo ao contrário… Mostrando assim… A associação da verdade com a mentira… Deflagrando a manipulaão através de exemplos práticos… Pegando discursos de políticos ou do presidente atual e colocar em paralelo informações reais… E ir desmintindo tudo o que eles forem mentindo… Imagine… Nem precisa ser o porta… O movimento pela auditoria cidadã da dívida pode pegar um discursos destes bancos, do banco central… De políticos E conforme eles forem falando… O vídeo para e desmente… Aí vai criando uma desmentimento de toda esta estrutura montada por eles para destruir o nosso país… Eles querem criam uma mentira, um clima… Para acabar com tudo… Precisamos evidenciar este clima que eles estão criando e isto só pode ser feito… Mostrando o que eles falam e demitindo depois… Ou decodificando depois… Mostrando a verdade… È preciso pegar os principais discursos deles e os mais mentirosos… Falado pelos mais mentirosos… Deflagrar toda esta mentira e colocar por aí… Antes que eles depenem todo nosso estado…

  5. Realmente… Isso é um

    Realmente… Isso é um escândalo… O mínimo que poderia ser feito é um abaixo assinado na internet… Algo do tipo…. E espalhar nas redes sociais com um vídeo animação por exemplo… Explicando o início de tudo.. A doação dos patrimonios do país com esta divida criada por eles mesmo… Algo bem deglutivo… Para que se espalhe pelo youtube e redes sociais… É na simplicidade que está o segredo… Algo simples, fácil e intuitivo… Mas ao mesmo tempo que provoque escandalo em que ver… Desarticulando todo o veneno jogado no povo por eles através dos grupos de mídia… Se possível… Um vído auxiliar de quem acompanha a mídia e verificou o inicio destes movimentos de manipulação da opinião pública por eles… Precisamos ser mais espertos que ele se quisermos recuperar nosso país destes sanguesugas inescrupulosos e egoistas.

    1. a pergunta….

      E por que taxa de juros tão alta? Por que o dinheiro nunca dá, nem memsos nestas décadas de expressivo crescimento economico. Então o governo, o Estado paga muito alto pelo dinheiro e puxa junto todo mercado de juros. Somos um país de “jênios” anti-capitalistas. Que creem que a sociedade, os municipios, estados e a União não precisa produzir riquezas, desenvolvimento transformado em capital. Devagar, nosso representantes vão entregando a verdade. Como fez Belluzzo sobre a pensão recebida pela sua mãe, já centenária ou Delfim Netto: Salários e pensões nababescas do Poder Público. E toda maquinaria de atraso e burocracias para a manutenção desta elite. O cancro principal do atraso brasileiro. Uma nação inteira a sustentar parasitas. E nossa politica putrefada mas centenária e persistente de pseudo-socialistras anti-capitalistas, que criticam, criminalizam, perseguem, boicotam a agropecuária nacional. Carro chefe do desenvolvimnento de 90% do território nacional e de quase 40% do PIB. Estes “iluminados” atacam o processo econômico que os sustentam. Existe outra aberração igual no planeta? É fácil compreender o Brasil em 2016.    

  6. Um proposta para o próximo ano…

    chegando ao final do ano, o que posso concluir é que quem estar no poder e a lava-jato são bons para destruir… mas para construir o que são capazes de fazer? produzem papel? o melhor… papelada!

    Bem… aqui gostaria de lançar uma proposta para o nosso futuro presidente Lula, e para todos aqueles que perderam seus empregos nestes anos devido a destruição da lava-jato. Dois pensamento… sei que nos momentos de crise se abri oportunidades. e tambem sei que o grande patrimonio de um empresa não é seu patrimonio físico, mas sim seu quadro de funcionarios que detem o conhecimento. Então, o que proponho é que todos os funcionarios demitidos das empresas quebradas pela lava-jato se organizem em coorperativas de trabalhadores (todos tem contatos entre amigos de trabalho no whatapps, linkedin e outros), e motem empresas para substituir as que foram quebradas, só que esta vez vao estar nas maos dos trabalhados cooperado, sei que isto é uma tarefa dificil, utopica, para pode ser feito. É, e temos um pequeno detalhe, o dinheiro, da onde viria? do governo! mas não desse atual. Somente de quem é lider e pensa em um Brasil grande, o Lula. Abs a todos que estao desempregado, sei que vcs tem muito valor e muito investimento feito em vc, o único problema é vontate politica!

  7. Errado.
    O que quebra e sempre

    Errado.

    O que quebra e sempre vai quebrar a economia do Brasil é o gasto excessivo do estado em comparação ao nivel de poupança interna e a capacidade do nosso contribuinte em pagar impostos.

    O nivel de poupança interna hoje no Brasil é de 13-14% do PIB, é dai que vem os recursos para o gasto estatal.

    Na europa é de 35%.Na China é de 45-50%.

    Compara a renda do europeu e a do brasileiro, evidente que o contribuinte europeu pode pagar muito mais imposto que o contrinuinte brasileiro.

    Se o estado absorve toda a poupança interna os recursos se tornam cada vez mais escassos, por isso os juros são elevados.

    E porque o estado brasileiro chegou aonde chegou , pela ação de grupos privados e estatais minoritários organizados que pela ação politica obtiveram privilégios do estado, pelo populismo de diversos politicos que fazem festa com chapéu alheio.

    Veja a zona franca de Manaus criada por um AI-4, mas mantido na democracia, ,já deveria ter seus privilégios terminados em 1997, mas quem tem poder para isso.

     

    1. O Ovo e a Galinha
      Realmente o

      O Ovo e a Galinha

      Realmente o que quebra é a economia é a baixa poupança interna. Mas qual população pode poupar pagando juros pornográficos ao nosso sistema bancário. 480% ao ano no cartão de crédito destruiriam a economia dos EUA e Europa em questão de meses.

    2. É o investimento que determina a poupança

      O senso comum não é científico. Em geral, pessoas guiadas pelo senso comum acham que é a poupança que determina o investimento. Mas isso é falso, pois é o investimento que determina a poupança.

      “Sendo a poupança uma parcela da renda e o investimento um componente de gasto, infere-se que, assim como é a demanda quem determina a oferta, é o investimento quem determina a poupança.”

      https://criticaeconomica.wordpress.com/2008/06/02/a-relacao-entre-poupanca-e-investimento-sob-a-otica-do-principio-da-demanda-efetiva/

      É por desconhecer essas relações aparentemente paradoxais que pessoas como o Aliança Liberal saem papagaiando galimatias por aí. Reduzir os gastos públicos numa conjuntura de recessão só vai aprofundar a recessão.

      Não é o estado brasileiro que está quebrado, pois o Temer todo dia oferece banquetes para os amigos, além de querer doar mais de 100 bilhões de reais às teles. É a nação brasileira que está quebrada, e isto não não por causa dos gastos supostamente excessivos do estado, mas apesar deles. Sem os gastos estatais, a situação estaria bem pior.

      1. Rui Ribeiro, sua resposta
        Rui Ribeiro, sua resposta científica carece de um importante item: a relação de temporalidade. É impossível investir sem ter poupado antes. Para investir o empreendedor necessariamente usa poupança própria ou de terceiros, mas temporalmente a poupança vem antes.

        Outro ponto importante é não confundir a escola austríaca com a de Chicago. Na teoria austríaca o mantra de diminuição de gastos do Estado só é pregado com o intuito de diminuição de impostos ao mesmo tempo em que se libera o mercado para a livre concorrência. Sendo tudo isso somente factível com a diminuição ou abolição do Estado.

        Alguns dirão que é utopia, concordo, mas nada impede que se busque algo próximo a isso. Exemplos a favor dessa teoria existem inúmeros. Alguns anos atrás pode-se citar Hong Kong, Cingapura e Nova Zelândia. Durante a crise atual pode-se citar a Irlanda, que diminuiu o tamanho do Estado e o valor dos impostos e vem se saindo muito melhor que Portugal e Espanha, que tomaram o caminho contrário.

        Outra possibilidade é tomar o mesmo caminho dos países nórdicos: estados grandes e assistencialistas, mas perceba que na área econômica são “liberais” figurando sempre entre os primeiros nas listas de liberdade econômica e de facilidade de investimento.

        Para o bem da discussão gostaria que você citasse exemplos de Estado fomentando a economia que deram certo. Não me parece que EUA e UE estejam em boa situação… Caso queira usar o Neal deal e Keynes como resposta já te adianto a tréplica: compare a depressão de 1929 com a de 1920, condutas tomadas pelos presidentes e duração dá depressão. Isso sem nem entrar na causa das depressões muito bem explicada pela teoria austríaca dos ciclos econômicos.

        Abs

      2. Rui Ribeiro, sua resposta
        Rui Ribeiro, sua resposta científica carece de um importante item: a relação de temporalidade. É impossível investir sem ter poupado antes. Para investir o empreendedor necessariamente usa poupança própria ou de terceiros, mas temporalmente a poupança vem antes.

        Outro ponto importante é não confundir a escola austríaca com a de Chicago. Na teoria austríaca o mantra de diminuição de gastos do Estado só é pregado com o intuito de diminuição de impostos ao mesmo tempo em que se libera o mercado para a livre concorrência. Sendo tudo isso somente factível com a diminuição ou abolição do Estado.

        Alguns dirão que é utopia, concordo, mas nada impede que se busque algo próximo a isso. Exemplos a favor dessa teoria existem inúmeros. Alguns anos atrás pode-se citar Hong Kong, Cingapura e Nova Zelândia. Durante a crise atual pode-se citar a Irlanda, que diminuiu o tamanho do Estado e o valor dos impostos e vem se saindo muito melhor que Portugal e Espanha, que tomaram o caminho contrário.

        Outra possibilidade é tomar o mesmo caminho dos países nórdicos: estados grandes e assistencialistas, mas perceba que na área econômica são “liberais” figurando sempre entre os primeiros nas listas de liberdade econômica e de facilidade de investimento.

        Para o bem da discussão gostaria que você citasse exemplos de Estado fomentando a economia que deram certo. Não me parece que EUA e UE estejam em boa situação… Caso queira usar o Neal deal e Keynes como resposta já te adianto a tréplica: compare a depressão de 1929 com a de 1920, condutas tomadas pelos presidentes e duração dá depressão. Isso sem nem entrar na causa das depressões muito bem explicada pela teoria austríaca dos ciclos econômicos.

        Abs

    3. aliancaliberal, silêncio. A

      aliancaliberal, silêncio. A teoria econômica na qual você tolamente continua acreditando (ou tentando criminosamente aplicar nos outros) já foi provada várias e várias e várias vezes como falsa e está causando o buraco aonde o Brasil e vários outros países se enfiaram. Nem a minha terra segue essa teoria estúpida, então pare de tentar aplicá-la nos outros.

  8. Para onde vai o dinheiro

    Para onde vai o dinheiro arrecadado com as maiores taxas de juros do planeta? Se o próprio orçamento do país está sendo destruido para manter as maiores taxas do planeta… Qual a razão disto tudo? É como se eu tivesse um banco central aqui em casa… E diante de meu superávit… Começasse a vender títulos para os outros comprarem… E para que atraísse bastante capital… Mantivesse os juros tres vezes maiores do que da pessoa que tivesse o juros mais alto até então… Me tornar-se o maniaco do dinheiro dos outros… Emitisse tantos títulos, com um juros tão alto… Que começasse a me endividar.. E a minha vida seria cortar investimentos em mim para poder arrecadar dinheiro afim de pagar esta dívida que eu estivesse criando para mim… Ou seja, passei a me para enriquecer os outros… Os outros ficarão felizes… Me darão as maiores notas possíveis… Mas com o passar do tempo… Dixaria de ter dinheiro para honrar tamanha dívida que contrai.. Passarei a cortar os investimentos em minha educação… Saúde… Alimentação… Venderia minhas propriedades… E por fim… Não teria nada… Nenhum futuro pela frente… A completa destruição estaria instalada.

  9. Dowbor e a farsa dos gastos que quebraram o pais
    Excelente a análise do Dowbor, mostrando o equívoco dos que atacam as políticas sociais dos governos de esquerda como culpadas pelo atual (JAN/2017) quadro econômico.

    Fica evidente que as despesas com o pagamento de juros aos banqueiros e rentistas é que tiveram o maior peso na quebra econômica atual, e não os gastos com as políticas progressistas.

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