A cavalaria de Libra chegou

Enviado por Sergio Medeiros

A cavalaria de Libra chegou

Ref. ao post O leilão de Libra e a imprescindível correlação de forças

Esta questão, acerca da viabilização da Petrobras através de seus parceiros comerciais, efetivou-se por ocasião do leilão de Libra, onde se forjou uma reunião formidável de interesses tanto econômicos quanto estratégicos.

O planejamento de longo prazo e o discernimento estratégico frente a fatores econômicos políticos e de inserção e visão de mercado foram, sem dúvida nenhuma, excepcionais.

Naquele momento se amarraram de tal forma consistente todas as variáveis passíveis (e possíveis) de ameaçar a Petrobras, que hoje, nem mesmo a hecatombe que foi a Lava Jato foi capaz de abalar seus alicerces.

A efetiva recuperação da Petrobras, não tem sua relação direta e fundamental com a divulgação do balanço, mas sim com a opção, alhures alinhavada, da participação concreta de parceiros comerciais com indiscutível peso no mercado mundial do petróleo.

Duas notícias.

A primeira, o aporte pelos chineses via banco de fomento, num montante de 3,5 bilhões de dólares.

A segunda, a compra pela  anglo-holandesa Shell, por 70 bilhões de dólares de outra gigante do mercado de petróleo, com direito a explícita e intencional menção ao potencial do pré-sal.

Enfim, guardadas as proporções e os logros da história, a cavalaria chegou, e desta vez os grupos americanos é que são o inimigo a ser derrotado.

Vejam no link abaixo a análise feita por ocasião do Leilão de Libra onde todas estas componentes – que se revelam atuais – já foram previstas bem como o contra ataque e defesa que neste momento está sendo levado a cabo pelos parceiros de então. 

Vejam a íntegra O leilão de Libra e a imprescindível correlação de forças.

Segue excertos do texto…

Assim, o acordo, do qual resultou o consórcio noticiado, foi sem dúvida nenhuma excepcional.

A política, diz-se, é a arte do possível

Muitas vezes, a economia, em face de determinadas forças antagonistas, também revela ser a arte do possível, e mais, do recomendável.

A inclusão de multinacionais de capital privado como a SHELL (anglo-holandesa) e da TOTAL (francesa), combinados com o maciço investimento a ser despendido na exploração de Libra, trazem a segurança de que eventuais campanhas midiáticas, terão a devida resposta, não somente do campo governamental, mas também do setor espinhoso que envolve o grande capital internacional.

[…]

Anoto que as premissas levantadas por você e vários outros que eram contra o leilão, se baseiam, notadamente em questões técnicas, as quais, diga-se de passagem, em tese não há discordância entre os debatedores, ou seja, todos concordam que o campo de Libra, teoricamente é maior que o anunciado e que a Petrobras tem plenas condições de explorá-lo.

Entretanto, todos concordam que a Petrobras também não tem dinheiro para isso.

Sugerem que bastaria a Petrobras pegar dinheiro emprestado junto ao mercado internacional, neste caso, junto ao mercado financeiro, sabidamente o maior predador que existe e que, em hipótese alguma sairia barato.

Ao invés disso, o governo escolheu buscar o dinheiro para a exploração junto ao capital das empresas petrolíferas.

Esta opção tanto no que se refere a opção pelo dito capital produtivo em oposição ao capital especulativo, tem duas vertentes, uma, o fortalecimento das empresas frente o rentismo e outra, a proteção da Petrobras frente a este capital especulativo que via de regra tenta a todo momento inviabilizar a empresa.

Redação

5 Comentários

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  1. funesta ação da lava jato.

    E pensar que o degradante conluio da justiça, midia pig, doleiros ultraconhecidos fariam tanto estrago neste bastião de nossa evolução econômica que é a Petrobras visando derrubar a legislaçao do pr-e-sal. Aprendi na minhajá dilatada vivência que o ótimo é inimigo do bom, e como se percebe nos últimos movimentos do mundo do petróleo o acerto da Petrobraa ter parceiros de respeito no desenvolvimento de Libra

  2. Taca-lhe o pau, cavalaria

    Vamos rir muito com os indios fugindo em debandada…

    Esses entreguistas, não tem nem um tiquinho de sentimento de culpa por dilapidar tanto nossas riquezas desde o Descobrimento? Amorais…

  3. É não é a cavalaria do Gen. Kuster

    O jogo geopolitico pegou fogo. Primeiro o Banco dos BRICS. Segundo o Banco da China que mexeu seus pauzinhos e não foi para comer carne de cachorro. Agora os interesses europeus solapando os interesses americanos e sauditas.

    Comecei a gostar. Não vamos arredar pé!n Precisamos imediatamente reforçar nossa area de defesa.

    Vamos nos para a fita!

  4. Cavalaria é infeliz

    Não precisava deste termo infeliz para referenciar a articulação internacional para romper o isolamento da Petrobrás perante o jogo do grande capital.

    A ação de uma Cavalaria aponta para práticas predatórias; taí a 4ª Frota no meio do caminho.

    A indiarada no caso, somos nós, os novos empreendedores na cena do Petróleo, sob fogo cerrado (serrado?) interno e externo.

    Há que se consolidar o regime de partilha perante esse Congresso a serviço da predação.

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