Concessão, partilha ou nenhuma das alternativas

Jornal GGN – O modelo regulatório do pré-sal é motivo de muitas controvérsias. Enquanto alguns defendem que o sistema de concessão é mais vantajoso para as empresas e, portanto, mais viável economicamente, outros acreditam que é inalienável a participação da Petrobras na exploração e produção e preferem a partilha.

A discussão é primeiro ideológica. Ela passa necessariamente pela visão de país que cada um tem. Quem acredita em livre mercado, livre iniciativa e Estado mínimo tende a preferir a concessão. Quem defende a indústria nacional com apoio estatal e o controle do governo das áreas estratégicas não arreda o pé da partilha.

Tecnicamente, não há modelo ideal. E com a crise deflagrada pela Operação Lava Jato, que rebaixou a nota de crédito e dificultou o acesso da Petrobras a novos recursos, há de se considerar a capacidade da companhia em encabeçar os projetos. Forçar uma participação nesse momento pode ter consequências desastrosas.

Não foi por outro motivo que o ministro de Minas e Energia, Eduardo Braga, defendeu na OTC (Offshore Technology Conference) que a Petrobras tenha o direito de se recusar a ficar com 30% dos campos leiloados no pré-sal, de acordo com suas possibilidades. Foi acusado de entreguista ao defender a saúde financeira da estatal.

Leia também: A reestruturação do setor energético

O assunto já havia sido discutido no 57º Fórum de Debates Brasilianas.org.

Para Carlos Jacques, consultor do Senado para assuntos de partilha e royalties, o sistema de partilha tem problemas que ainda não foram totalmente percebidos pelos debatedores. Ele deu o exemplo do último leilão, no qual apenas um consórcio se habilitou e que foi arrematado pelo lance mínimo.

“41,65% do petróleo será entregue à União. Mas não é 41,65% do petróleo produzido, é do petróleo de lucro. E qual é a porcentagem do petróleo de lucro? Se formos otimistas, vamos imaginar que 60%. Desses 60% o consórcio entrega 41,65% para a União. Vai dar quase 25% do total produzido. Como tem mais 15% de royalties, o volume da União chega perto de 40%”, detalhou.

E então? A parcela do Estado é maior na partilha do que na concessão? É aí que está a armadilha: depende de quanto vai ser lançado em petróleo de custo. “O modelo internacional estipula um teto para recuperação de custos. No Brasil isso não foi feito. Ou seja, a empresa pode, alegando custos, simplesmente ter uma recuperação de toda a produção do petróleo. Basta que o custo supere o volume produzido”, avisou. “Um custo de produção alto, em águas profundas, com o preço do barril muito baixo, quando pega o dólar e transforma em barril, praticamente todo o óleo produzido é custo empresarial. Daí a União fica com 40% do óleo de lucro, mas o óleo de lucro pode ser que não exista”.

Jacques reconheceu, no entanto, que a inclusão de royalties no sistema de partilha – incomum no padrão internacional – acaba funcionando como um limite indireto à recuperação de custos empresariais. “No modelo internacional o óleo de custo é da empresa e o óleo de lucro é partilhado entre a empresa e o Estado. Não tem royalties, não tem participação especial. No Brasil, os royalties são de 15%. Se o custo de produção ultrapassar o volume de produção, todo o petróleo é da empresa, mas mesmo que não haja um barril sequer de óleo de lucro, o Estado fica com 15%. Então na prática o Brasil limitou a recuperação de custo em 85%”.

Não é só nisso que o Brasil se diferenciou do modelo internacional. O país criou a Petrosal com o único objetivo de fiscalizar e o regime de partilha. E a estatal precisa aprovar previamente qualquer custo que os consórcios decidirem ter. O problema, para Carlos Jacques, é que a Petrosal não reconheça um custo e mesmo assim as empresas decidam fazer o investimento. “Tende a judicializar a questão”, acredita. “Os advogados do setor estão muito felizes com a partilha. Porque a execução do contrato tem muito mais chance de ser judicializada do que a execução de uma concessão. Ou seja, a partilha tem menos segurança jurídica. As batalhas judiciais são inerentes ao sistema de partilha. E elas vão interferir, no final das contas, na equação se o Estado ganhou mais ou menos com a partilha ou com a concessão”, explicou.

De acordo com ele, é comum que nos primeiros anos a empresa ainda tenha muito custo e a quantidade de barris extraídos seja mais baixa. “Então é comum que todo o petróleo extraído nos primeiros anos seja de custo. Em um contrato de 30 anos, nos primeiros cinco, dez, 15 anos, o Estado não vai ficar com nada. Mas a partir do 15º ano praticamente todo o petróleo é petróleo de lucro, e aí a fatia do Estado cresce de maneira exponencial”.

No final das contas, vale a pena esperar? De novo, depende. Ao longo de 30 anos, a conta tende a ser positiva para o Estado, “o take do governo é muito bom, mas é atrasado. Na concessão às vezes se ganha um pouco menos, mas ganha antecipado. Na partilha o Estado pode ganhar um pouco mais? Pode. Mas vai ganhar do 15º ano pra frente”.

O risco é que – como as empresas sabem que nos primeiros 15 anos elas ficam com a maior parte na divisão, e nos últimos 15 anos precisam dividir a maior parte com o Estado – haja um incentivo para que os campos sejam entregues antes da hora. “A partir do 15º ano, a empresa percebe que o custo marginal dela não supera o lucro marginal, então ela tem uma tendência de entregar o campo. Isso é um risco para o Estado, que negociou mal”.

Portanto, tudo vai bem no modelo de partilha quando o cenário exploratório é mais interessante para as empresas. “A partilha foi pensada em um momento que havia otimismo no setor. E no momento que há pessimismo ela passa a ser uma ideia menos apoiada. Isso é normal, não é só no Brasil e a experiência internacional confirma isso”.

https://www.youtube.com/watch?v=a9M6Sh-IUws&list=PLhevdk0TXGF5gEiw2dGs_SU5qnp5jTYpn&index=8 height:394]

Há também uma razão contábil para as empresas preferirem a concessão do que a partilha. Na concessão, todos os barris enterrados (que serão extraídos ao longo do tempo) já são lançados a valor presente nos balanços, o que auxilia as empresas a obterem financiamento. “Na partilha, o petróleo só será da empresa depois de extraído, de modo que o consórcio não pode lançar na contabilidade os barris enterrados. Esse é o principal motivo pelo qual as empresas preferem concessão”.

Para Claudio Pinho, advogado especialista em Petróleo e Gás e diretor Jurídico do Centro de Estratégias em Recursos Naturais e Energia (CERNE), a questão não pode ser tratada com maniqueísmos. “A gente tem uma impressão que defender a concessão é do mal e defender a partilha é do bem. A concessão não é necessariamente tão do mal e a partilha não necessariamente tão do bem”.

Ele entende que não há um bom ou mau modelo em si mesmo. Tampouco a experiência com um inviabiliza o outro. “Todavia, há necessidade de se fomentar a concorrência e participação de outros agentes econômicos. Na rodada do pré-sal, todos sabem, teve um concorrente único. O sujeito que foi colocar o envelope estava com três envelopes na mão. Não veio ninguém, na hora do lance ele colocou um só. Imagina aquele terceiro envelope quanto o governo não ia ganhar muito mais com aquele. Então, fomentar a concorrência é um negócio bom”.

[video:https://www.youtube.com/watch?v=5u3n2mKxydk&index=10&list=PLhevdk0TXGF5gEiw2dGs_SU5qnp5jTYpn height:394

Redação

42 Comentários

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  1. Belas discussões! A milhas de distãncia dos textos

    jecas que se leem na mida corporativa, mesmo a dita “especializada’ (“valor eco”).

    Agora parece que esqueceram de levar em conta que a União é acionista majoritário (nas ações ON) da Petrobras…

  2. “mas o óleo de lucro pode ser

    “mas o óleo de lucro pode ser que não exista”

    É mais provável que exista lucro no óleo do que cérebro na cabeça de quem fala isso.

  3. Espionagem cibernética

    Só acho que o Queiroz não levou em conta, o fato de que, antes do leilão apareceu o caso da espionagem dos e-mail do governo brasileiro e é claro os da Petrobrás também, por isso os EUA não deram as caras, Dilma estava ‘brigada’ com o Obama os EUA estavam blefando, coisa do Poker, mais americanóide impossível; outra coisa que o Luiz Queiroz  deixou  ‘an passant’  foi a aplicação desses 30% em educação que é promessa do regime de PARTILHA. Concessão ou partilha? Os dois, ou até uma outra nova composição, mas sempre com o critério, sine qua non, de o Brasil não perder, se a Chevron está reclamando e fazendo Lobby, para alterar o regime de partilha, com os entreguistas de plantão, é porque o Brasil está ganhando. Não vamos abandonar os 30% na educação.

  4. opinião

    Na minha opinião (que não voga) nem partilha nem concessão. 

    Petrobrás puro, com a recompra das ações doadas no exterior pelo vice de ÇERRA45 em 2038 o tal fegacê…..viiiixe!

    O ritmo atual de retirada do óleo do pré sal ATENDE  aos interesses do povo brasileiro, e isto que é importante. O açodamento em botar a mão no dinheiro é dos mesmos de sempre, desde o pau brasil, ouro, cana de açucar, café que deixou muita gente riquissima a maioria do povo na miséria e a Pátria condenada ao atraso. Depois de nós virão os nossos filhos e se bem cuidado o pré sal ainda vai estar fornecendo progresso.

    Vale a pena reler o Nostradamus brasileiro, o patriota Aloysio Biondi: http://www.aloysiobiondi.com.br/spip.php?article1083

  5. Pré-sal e as tergiversações de praxe

    Luiz,

    O modelo em vigor, o de partilha, é tão ruim, mas tão ruim que a Shell, talvez a maior multinacional do planeta, pagou a ninharia de U$ 70 pelo BG Group, tendo sido uma das razões da robusta aquisição a participação no pré-sal, conforme declarou o presidente da petroleira para qualquer um ouvir.

    Não me lembro de quais países abriram as suas reservas de petróleo para a iniciativa privada nos últimos 12 anos, período em que a Petrobrax estaria atuando para as multinacionais, conforme ocorreu em Marlim do FHC, notável operação lesa-pátria.   

    1. Concordo, Afredo. E o texto

      Concordo, Afredo. E o texto não foi pra dizer que o modelo é ruim. O especialista disse que provavelmente ganha-se mais ao longo de 30 anos com a partilha do que com a concessão. Tá no texto. Na minha cabeça, um país tem mais é que pensar no longo prazo mesmo. Mas essa é minha opinião pessoal. Eu sou jornalista. Esse texto não é pra dar minha opinião pessoal. A intenção aqui é mostrar as dificuldades, mesmo no melhor modelo. É fomentar o debate. Obrigado pela colaboração.

      1. Alterações prejudiciais

        Luiz,

        Neste país a sociedade tem que ficar torcendo dia e noite, em tempo integral.

        Agora existe a proposta de um Código Penal com o jeitão de 1500, época do descobrimento, ou seja, praticamente tudo o que está em vigor pode vir a ser alterado ao longo do tempo, inclusive o modelo de exploração do petróleo. Caso a oposição chegue ao Poder, por exemplo, o modelo de partilha será detonado em dois tempos, bastando para isto os pareceres dos adivogados e juízes à la Moro e JBarbosa. 

        Esta questão que envolve, possivelmente, mais de 40 bilhões de boe (mais de U$ 2,4 trilhões brutos ao câmbio do dia, maior que o PIB d país), deveria ser cláusula pétrea, é a maior riqueza do país.  

        Um abraço

        1. De novo, concordo com você.
          De novo, concordo com você. Mas como firmar qualquer coisa na pedra sem consenso? Não tem jeito. Temos que debater à exaustão. E, sem dúvida, torcer sempre. Para que os tomadores de decisão escolham tendo em mente o melhor interesse nacional.

          Forte abraço

          1. Tá brotando conversa de “João

            Tá brotando conversa de “João sem braço” de bolso lotado mais que praga de erva daninha! Haja saco!!!

          2. Luiz, 
            desculpe-me, mas não é

            Luiz, 

            desculpe-me, mas não é torcer. Torcer é no futebol. Aqui, estamos falando de política, de luta de poder. Temos é que nos mobilizar e deixar de lado essa estória de tentar ser isento, pois não existe em jornalismo. 

          3. Torcida

            sergior,

            Por isto mesmo é que é torcer como no futebol, pois neste país só o lá de cima sabe o que poderá acontecer amanhã.

            Aqui, a regra do jogo sempre pode ficar prá trás, basta imaginar um tucano no Poder e ver o que acontece com o pré-sal. 

    2. A Venezuela abriu a maior

      A Venezuela abriu a maior reserva do mundo, a da Franja do Orinoco, com 290 bilhões de barris comprovados  e potencial de 530 bilhões para a CHEVRON que hoje é a 2ª empresa da Venezuela depois da PDVSA. a Chevron entre 30 e 60% dos poços em exploração.

      1. A Venezuela não tem tecnologia para explorar sozinha, apesar de

        A Venezuela não tem tecnologia para explorar sozinha, apesar de ter a maior reserva de petróleo do mundo. Atenção o petróleo da Venezuela é um petróleo pesado enquanto o do pré sal é leve.

    1. O risco nunca foi ZERO, o

      O risco nunca foi ZERO, o risco no pre-sal é ALTISSIMO, já deram muitos poços secos, não é uma bacia continua, são bosões de oleo, pode dar bem e 20 quilometros adiante dar zero.

      1. Fonte!

        Caro André, gostaria de saber a fonte que retiraste estes dados, pois nos dias atuais as grandes petroleiras estão cortejando a Petrobrás.

        Quanto a serem bolsões de petróleo dependendo do tamanho do bolsão uma sísmica de alta resolução detecta perfeitamente onde eles começam e onde eles terminam. Em petróleo não se sai perfurando de um lado para o outro sem maiores informações.

        Agora poços secos exitem em todos os campos de petróleo, o importante é saber quantos poços foram.

        Outro pequeno detalhe, há tecnologia de poços horizontais!

        1. Quem está cortejando a

          Quem está cortejando a Petrobras? Houve um unico leilão no regime de partilha, o do campo de LIBRA,

          entraram a Shell com a Total e os chineses e dai? Entrar em um leilão não é cortejar, é um negocio especifico.

          1. Vamos explicar melhor!

            A reportagem provavelmente foi escrita por quem não entende de petróleo, pois se entendesse não escreveria o que escreveu.

            Para nãpo precisar ficar escrevendo e tu não acreditando, vou colocar um link que mostra o que se chama taxa de sucesso na perfuração dos poços e poderas ver que a quantidade de poços secos em relação aos poços produtivos é muito maior do que foi citado na reportagem.

            The 10 Myths of Investing in Oil Wells

            Leia com cuidado o mito nº3 (que no caso é verdade) sobre a quantidade de poços secos em relação aos perfurtados.

            Além do que está escrito há outros fatores como a maturidade do campo e o mapeamento que foi elaborado.

            Fica claro que para campos desconhecidos a taxa de sucesso é de 1:25 (um certo e vinte e cinco secos) e vai caindo quando se chega na fase de produção este risco vai diminuindo, atinge um mínimo e decai depois que o campo é muito explorado.

            Agora quanto a declaração da antiga presidente da Petrobrás, se foi exatamente o que ela disse, se entende porque ela foi substituída.

            Se queres mais detalhes sobre a diminuição do risco exploratório olhe o outro link, não vais entender nada, mas pelo menos larga do meu pé . (só olhe as figuras nas páginas 33, 34 e 37) aquelas imagens que parecem nada é o que os geólogos tem para começar a explorar uma região que eles acham que tem petróleo, geralmente as agências que entregam estas imagens aqueles que querem participar de alguma exploração.

    1. http://www.chevron.com/countr

      http://www.chevron.com/countries/venezuela/businessportfolio/

      A Venezuela é ENTREGUISTA ? Toda sua exploração nos imensos (290 bilhões de barris, VINTE VEZES o pre-sal) campos do Orinoco tem sociedade com a CHEVRON, a mesma coisa nos campos maritimos, a Chevron é a maior empresa privada da Venezuela HOJE, tem blocos onde ela tem 60%, outros 30 a 40%, a PDVSA só é exclusiva nos antigos poços do Lago Maracaibo, que já estão se esgotando. Foi a Chevron que possibilitou a exploração do Orinoco, desde o começo.

      Está ai uma explicação porque os EUA não tem interesse em encrencas com a Venezuela, tem lá dentro a Chevron e nos EUA a Venezuela tem tres refinarias e 12.000 posto de combustiveis sob a bandeira CITGO, alem de oito usinas de asfalto.

      1. A Venezuela nunca criou condições tecnológicas!

        Caro André.

        Para ter a gasolina na bomba é necessário uma série de pré-requisitos e saberes (parece até coisa de pedagoga).

        1º) Tem que ter um grupo de geólogos de alto nível.

        2º) Estes geólogos tem que determinar a onde se perfura (não se vai perfurando ao azar até encontrar o petróleo.

        3º) Tem que ter um grupo de engenheiros de petróleo altamente qualificados.

        4º) Depois de encontrado o petróleo tem que fazer a extração do mesmo e interligar poços com dutos submarinos e outras coisitas.

        5°) Colocado em terra (no caso de petróleo offshore) tem que transportar, refinar e distribuir.

        6º) Aí tu estacionas o teu carro frente a bomba e compra a gasolina.

        O problema que países como a Venezuela e outros países que produzem petróleo não tiveram ou não tem uma tradição em toda esta linha de produção, logo não podem prescindir das grandes petroleiras.

        Tem umas figurinhas muito bonitinhas que mostram todo este trajeto, queres que eu coloque alguma delas?

        1. O petroleo foi descoberto no

          O petroleo foi descoberto no Lago Maracaibo em 1920 , no Governo de Juan Vicente Gomez, “El Bagre”,

          portanto MUITO ANTES que o Brasil sonhasse ter petroleo. Em função desse longo periodo a Venezuela

          formou no exterior gerações de engenheiros de petroleo, nos anos 60 um terço dos alunos do Institut Fraçais du Petrole eram venezuelanos. No inicio do Governo Chavez a PDVSA tinha 9.580 engenehriso de petroleo,os cinco expurgos da Era Chavez demitiram mais de 8.000, Chavez os considerava inimigos, a maioria foi para o Canada e Oriente Medio.

          A Venezuela tinha portanto um enorme capital de engenharia de petroleo, ao contrario do que vc diz.

           

  6. Mas não se trata de

    Mas não se trata de “ALTERNATIVAS”, a Petrobras não tem dinheiro PARA BANCAR OS 30%, então precisa voltar ao regime de concessão, é simples assim. Se houvesse dinheiro, isso nem seria cogitado.

    1. Não tem hoje, porém….!

      Caro André, a Petrobrás não tem hoje, mas daqui a no máximo seis meses terá!

      2010 => 42.000 bpd

      2010 (dezembro) =100.000 bpd

      2014 (junho) => 500.000 bpd

      2014 (dezembro) =>700.000 bpd

      2015 (maio) => 800.000 bpd 

      2016  ???

      2017  ???????

      2018  ??????????????????????????????????????

      1. Quem garante que terá Maestri

        Quem garante que terá Maestri ?

        Por decisão do Govenro a Petro perdeu bilhões com prejuizo nos derivados.

        Quem garante que não vão continuar essa política deletéria à empresa, seja pelo aumento do barril ou pela desvalorização do dólar ?

        Tem uma turma que quer gasolina barata com a Petrobras bancando tudo e também quer que ela pague os 30% do pré-sal.

        Só que a conta não fecha, a Petrobras não fabrica dinheiro.

  7. Última notícia da Petrobrás!

    Produção que operamos no pré-sal bate novo recorde e ultrapassa o patamar de 800 mil barris de petróleo por dia

    Este assunto concessão ou partilha. está já superado, está brotando muito petróleo em pouquissimos poços, Shell, Exxon-mobil e outras já se deram conta e estão convidando a Petrobrás para bailar!

    Mais outra, o preço do petróleo, tanto o Brent como o WTI ultrapassram (subindo) a barreira dos US$60,00 o Barril.

     

    2010 => 42.000 bpd2010 (dezembro) =100.000 bpd2014 (junho) => 500.00 bpd2014 (dezembro) =>700.000 bpd2015 (maio) => 800.000 bpd 

    1. Custo de produção cai..

      Tentei achar a nota que afirmava que o custo de produção do pré-sal havia caido drasticamente para Us$ 9 o barril, fruto da altissima produtividade de alguns poços. A previsão inicial por poço situava-se em 25 mil barris dia. Entretanto, vários poços estão produzindo mais de 35 mil barris dia e alguns até 40 mil barris.

      Outra questão é a qualidade do óleo que em alguns casos supera o API 35, ou seja, não vai ter lucro?

      O dia que o petróleo não der lucro provavelmente o mundo não será mais mundo.

      1. A noticia é falsa.
        Quer dizer

        A noticia é falsa.

        Quer dizer então que o custo (se diz custo presume-se que é o custo total, que é o que importa) é 9 e o preço do barril é 60, quer dizer que empresa está operando com margem de 85%, é isso ?

        É um absurdo. Seria a melhor empresa do mundo, já estaria valendo 10x mais na bolsa, no dia seguinte, se este fato fosse verdadeiro.

        TODA atividade produtiva para ser viável tem que dar algum lucro a questão é a rentabilidade.

      2. Teve um poço na Africa que a

        Teve um poço na Africa que a Petrobras investiu US$300 milhões e estava seco. Produziu ZERO!

        Este poço estava na conta ou colocaram apenas os sucessos?

         

        O custo é uma conta um pouco mais completa que APENAS  a Petrobrás pode fornecer COMO ESTIMATIVA.

    2. E incrivelmente o preço do

      E incrivelmente o preço do petréleo subir não é bom para a Petro, visto que ela ja volta a ter prejuizo na importação de derivados.

      Será possível que o Governo vai repetir a barbeiragem dos últimos anos que levou a empresa a perder bilhões em caixa, tendo prejuizo neste tipo de operação ?

      Nâo é possível que o Governo ainda não percebeu que precisa garantir uma rentabilidade mínima à empresa para que ela fique com o caixa sadio e possa fazer frente aos 30% do pré-sal.

      Se há aumento do custo de importação do derivado o Governo deve autorizar aumentos também para as vendas da Petrobras.

  8. A questão não é puramente econômica..

    A questão do regime de partilha x concessão, não é puramente econõmica, é principalmente geopolítica e estratégica, pois ao impor que a união detém parte do óleo a ser explorado e mantém a Petrobrás como operadora única, o ESTADO BRASILEIRO detém o poder de FATO sobre o óleo, o ritmo de exploração e a amplitude das reservas, fator funbdamenteal de PROJEÇÃO DE PODER de uma nação que detém uma riqueza desta ordem. A concessão é mais imediatitista, por isso fala muito em valorizar o Leilão, numa receita passageira e fugaz (como ocorreu com as vendas de ativos na chamada privataria), sem efeitos duradouros e principalmente por passar uma procuração a terceiros de como conduzir o uso e a longevidade das reservas, delegando assim esta PROJEÇÃO DE PODER para empresas privadas e pior a empresas com fortes ingerências e interesses de governos estrangeiros, por vezes, em sua maior parte concorrentes a esta PROJEÇÃO DE PODER pelo Brasil,

    Por isso só memso interesses não nacionais e de equem pensa mesquinho quando a amplitude do potencial do Brasil em se porjetar como nação e se firmar como polo de poder (mesmo como soft-power), compatível com sua dimensão econômica.

    Vejam se a arabia Saudita e os EUA poderiam estar hoje aplicando esta politica de pressão junto a Rússia e Venezuela, com a achatamento dos preços, se não tivessem o “poder real” sobre o volume de petróleo disponibilizado? Poder este que só o regime de partilha, como fez e faz a Noruega e não fez a Holanda (no caso do gás – Doença Holandesa), ou posse direta de grande parte da exploração (como na Arabia Saudita).

    Em termos econômicos, o regime, ao pagar o estado com parte do óleo, paresenta uma vantagem significativa em relação ao outro, pois num ambinte de baixo risco remunera adequadamente as empresas da partilha e ainda permite ao longo prazo um ganho significativamente maior que se teria com o simples recolhimento de royalties, do regime de concessão.

  9. PETROBRAS

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    PETROBRAS

    Existem empresas estrangeiras
    De olho na nossa Petrobras
    E para a levarem além das fronteiras
    Utilizam um método muito eficaz
    Aliciam brasileiros traidores
    Que em troca de favores
    Denigrem a grande empresa
    Através dos movimentos sociais
    Que organizam as monumentais
    Passeatas da elite burguesa.

    Também são aliciados políticos
    Que como inimigos da pátria
    Utilizam variados artifícios
    Incluindo a mentira e a falácia
    E assim gritam para o mundo
    Que a Petrobras está no fundo
    Do poço que ela própria abriu
    Esperando conseguir com isso
    Que seja considerada um lixo
    A maior riqueza do Brasil.

    Além desses usurpadores 
    São encontrados também
    A Mídia, juízes e promotores
    Que utilizam os poderes que têm
    Para inviabilizar as atividades
    Da Petrobras causando na sociedade
    O aumento do desemprego
    Tentando realizar a proeza
    De com um tiro matar duas presas 
    A Petrobras e o próprio Governo. 

    Eduardo de Paula Barreto

     

     

    .

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