O petróleo como alavanca da industrialização

Toda decisão econômica ou política tem prós e contra. E deve ser analisado pelo que se propõe.

Digo isso a propósito das críticas ao chamado conteúdo nacional nas plataformas marítimas e na exploração do pré-sal, especialmente à luz do leilão dos campos de Libra.

Há um dado negativo: até se completar a curva de aprendizado, o custo das plataformas será levemente maior, já que existem parâmetros máximos de preço para a substituição do importado pelo nacional.

Há um positivo: o fortalecimento das empresas, do emprego e da tecnologia nacional.

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Todas as grandes potencias modernas – da Inglaterra do século 18 à China do século 21 – se formaram trilhando o caminho da industrialização, através de estratégias utilizando o poder de compra do Estado, ou do mercado interno, para atrair tecnologia ganhar autonomia tecnológica e consolidar a estrutura industrial do país.

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Mais importante que isso, foi a maneira como foi moldada a política industrial em torno da exploração do petróleo.

Em 1997 a ANP (Agência Nacional de Petróleo) fez um estudo sobre experiências internacionais, visando estruturar instituições com foco no desenvolvimento da cadeia local.

Espelhada nas organizações europeias, do estudo nasceu a ONIP (Organização Nacional da Indústria do Petróleo) juntando setor público (Ministério do Desenvolvimento, ANP, Finep) e setor privado (Firjan, federações de indústria etc).

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Em 2003, em articulação com a CNI (Confederação Nacional da Indústria) foi criado o Prominp (Programa de Mobilização da Indústria Nacional de Petróleo e Gás Natural) visando adensar o contato com os governos estaduais, através dos fóruns regionais.

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Há um bom histórico de empresas de médio porte que se tornaram “epecistas” (montadoras), atuando na engeharia, no fornecimento de bens e serviços e na construção.

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Em 2012, amadureceram projetos de arranjos produtivos locais desenvolvidos em parceria com o sistema Sebrae.

O modelo de suprimento é obrigatoriamente descentralizado e, em um país continente, aparecem novos empreendimentos em áreas historicamente sem estrutura, como é o caso das refinarias do Nordestes, a refinaria de produtos de alta qualidade no Ceará e no Maranhão. O desafio consiste em criar a inteligência de suprimento para dar sustentação a esses empreendimentos.

Em Suape, há um estaleiro com grau tecnológico 4 (no mundo, o rating é de 1 a 5), Atlantico Sul, com vocação para chegar a 5. Na Bahia, o Estaleiro Enseada do Paraguaçu. No Rio, o Comperje, a 40 quilômetros da cidade.  No Rio Grande do Sul, dois estaleiros no meio do nada. Em Ipatinga, Minas Gerais, um polo metal-mecânico candidato a ser base de indústria de transformação.

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O desafio do Sebrae foi montar APLs (Arranjos Produtivos Locais) de médias empresas. No prazo de um ano – dezembro de 2012 a dezembro próximo – irá colocar no entorno desses empreendimentos 6 empresas âncora de médio porte para serviços industriais – mecânica, caldeiraria, eletricidade, controle, mecânica e serviços auxiliares.

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Essa será a maior herançaa deixada pelas reservas de petróleo: a montagem de uma estrutura industrial que forme fornecedores globais e garanta emprego e desenvolvimento.

Luis Nassif

9 Comentários

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  1. Nassif, cabe uma discussão

    Nassif, cabe uma discussão sobre o crescimento do consumo de gasolina e diesel bem acima do crescimento do país e, para um empresa que por suposto deveria dar lucros, explicar  por que o preço da gasolina é mantido artificialmente abaixo do custo.

  2. Qual a exteriorização da industrialização?

    Primeiramente o maior  fato da industrialização é o valor da produção não pertencer à essencia do desenvolvimento industrial. Refiro-me a relação externa do modelo de crescimento = endividamento do Estado. Ou seja, a própria produção tem de ser exteriorizada pela alienação que revela o resultado do seu valor de existência.

    É verdade, Brasil, que o animal é reproduzido desta forma, mas o país ser industrializado por exterioridade alheia é a perda de si próprio.

    O valor da exterioridade (capital) é a propria capacidade de industrialização, que se constitui pela sua atividade. Os países inteligentes não precisam se endividar pela sua própria riqueza.

    Portanto, o investimento externo que revela a atividade tem que ser evitado como uma praga que come o valor interno existente na produção. 

  3. Privatização

    Nassif e amigos:

    Por qualquer lado que se olhe a privatização – infelizmente o nome é este mesmo – do campo de Libra, o maior da história da humanidade, é um desastre para o Brasil.

    Se não tivéssemos todas as condições de explora-lo, até vai lá, é melhor ter um percentual do que nao ter nada. Mas nao é o caso. 

    A Petrobrás descobriu Libra, desenvolveu a tecnologia para a exploração em aguas profundas e tem todas as condições de reunir os parceiros e os recursos – da mesma forma como as demais petrolíferas fazem – para explorar integralmente esta riqueza que, bem empregada, pode mudar os destinos do Brasil. 

    Para que vender?

     

     

    1. Porque o governo

      Porque o governo irresponsavelmente mantem o preço da energia artificialmente baixo, deixando a Petrobrás exposto em um momento em que ela deveria estar mais forte do que nunca…

  4. O Brasil se desindustrializou

    O Brasil se desindustrializou a partir do neoliberalismo de Collor, e FHC e os seus “menos Estado”.

    Este belo artigo de Nassif informa que as grandes economias tiveram forte ingerência do Estado. O atual crescimento da China  que o diga.

    Cita também a excelência dos governos Lula/Dilma em descentralizar a economia, criando novos polos e desenvolvimento.

    Como o artigo fala do petróleo como alavanca, vale a pena acrescertar o florescimento da indústria naval pela “mão pesada do Estado” e pelo aumento da produção de petróleo.

    Uma nação não pode tomar qualquer decisão econômica sem que esta decisão preliminarmente seja política.

    Os artigos de Nassif tem como características a abordagem sintética, clara, sem viés engessante, o que provoca o debate.

    Ao traçar as linhas do tempo, demonstra a interdependência da economia com políticas de Estado, e antes, que o crescimento da economia deveu-se ao próprio Estado quando foram incentivadores e financiadores das “grandes navegações”, e que foi a partir dessa proteção do Estado que empresas surgiram e se desenvolveram.

    A desindustrialização do Brasil e a forte crise econômica mundial se deve ao fato de que nos dias de hoje ainda é a economia que domina a política, submetendo governos para que esses passem a agir em nome dela. Aqui não é mais o Estado criando políticas para o desenvolvimento da economia, e sim a economia ditando de forma direta e incisiva como o Estado deve agir. O esforço dos governos do PT de resgatar o Estado está sendo hercúleo.

  5. Vamos acreditar no país.

     

    Bela e simples exposição.

     

    O que nos falta é dedicação e vontade de realizar; de nos sentirmos orgulhosos por poder botar a mão na massa e fazermos melhor do que existe no momento. A evolução de uma nação quanto cultura, economia, educação e respeito aos seus pares depende deste desejo  de querer fazer e não ficar esperando acontecer; esperando que exista uma tecnologia dos outros, dinheiro dos outros, planejamento dos outros, interesse dos outros, mídia dos outros, em fim: só fazemos o que os outros dizerem que ‘bom para nós.

    Este complexo de pequenês diuturnamente imposto pela mídia nos torna um complexado viralata.

    No Brasil tudo é desconstruído para se tornar mais caro e rentável, e que se dane o povo que paga as contas com o seu salário desvalorizado.Colocamos sempre o dinheiro como único objetivo e não a satisfação de viver no Brasil rodeados de barasileiros também felizes e realizados. Que se dane existirem miseráveis se eu tiver grana para comprar uma SUV importada.

    Os inteligentes, cultos e formadores de opinião estão a enaltecer SEMPRE o lado negativo dos fatos. Se o índice de empregos caí,  é exaltado em todas os noticiários, entre letras garrafais ou caras preocupantes  nos noticiários de TV, que o país está indo para o buraco e devemos nos preocupar com o nosso futuro.

    Por que não se comenta de outra forma, por exemplo: entre o período de avaliação de tal índice, foram criados tantos mil empregos. Por que  não exaltar este lado bom do fato. Você ficaria feliz ao ir para  o trabalho no dia seguinte, pois seu filho que esta estudando vai ncontrar um bom mercado de trabalho no futuro, a sensação de estar num bom ambiente pátrio ajudaria o seu dia ser muito melhor vivido. Todos sabem que o jargão “tudo que você pensa acontece” é uma verdade- pergunte a algum amigo psicólogo ou quantas vezes você já aconselhou algum amigo a levantar o moral e ver a vida diferente.Para os outros vale, para nós não !

    Nunca um período foi tão fértil para mudanças, desde que nós que a clamamos e desejamos, possamos dar um empurrãozinho para evitar-se refluxos indesejáveis e também tornemos esta mais rápida e menos indolor.

    Reparem como as máscaras estáo caindo todos os dias:

    -a Veja do Cachoeira – nenhuma credibilidade e indo para o buraco;

    -a Globo do Jabour e do Merval- constante no noticiário de sonegação e exigindo moralidade do povão através dos bons salários pagos ao Caruso, aos Faustões, as atrizes que se vestem de mortalhas para protestar contra  um ato de justiça- devem comungar e morder a hóstia todos os domingos;

    -o STF com seus juízes deuses, maiores do que quaisquer mortais, achando-se no direito de fazer justiça subjetiva ( Genghis Khan também a fazia) em troco de holofotes e regras descumpridas e acobertadas pelos seus pares, onde evidentes e notórios fatos ( ver post recentes do blog do Nassif ) deveriam ser apurados e estes crápulas execrados ( e mofados na cadeia como exemplos para não serem repetidos – a lei no PCC é assim, e é cumprida) se fossem constatadas as irrefgularidades que parecem evidentes.

    -políticos do Congresso envergonhando os seus eleitores- temos que votar consciente.

    Temos que modificar esse ânimo ao ver o país. Aqui temos a energia mais limpa do mundo- que poderia ser a mais barata do mundo se não fosse a ganância de empresários. Temos o maior potencial de água doce do mundo. Temos minério para produzir  tudo ou quase tudo. Temos cada vez mais petróleo. E o mais importante: temos o povo mais miscigenado do mundo, aqui somos o representante de todas as raças ( pretas, amarelas, vermelhas, brancas, mulatinha ….) e têm brasileiro à beça achando que lá fora tudo é melhor do que aqui.             Vá embora!

     

     

     

     

     

     

     

     

    T

  6. ditadura do petróleo

    O petróleo como alavanca da industrialização

    se assim fosse a vontade de potência pela chave freakonomics nassifista a gosto…venezuela, arábia saudita, nigéria, rússia, noruega, macaé, líbia, irã, sudão e tantas ditaduras dos petrodólares mundo afora estariam mais perto de um made in china lotadaço de plantas industriais saindo pelo ladrão e luminosas do espetáculo orgulho nacional de se ver a inovação tecnológica alavancada pela indústria local do petróleo, para a raiva dos invejosos sem-petróleo ficarem de boca aberta olhos esbugalhados…

    tá bom…

    a única certeza é o petróleo matriz energética démodé do sistema de combustíveis sujos ora numa “sinuca grande escala” entre o preço do petróleo sujo versus o preço da energia limpa renovável, esta alavancada pela pressão político-social análise das consequências realizado pelo ativismo ambientalista planetário que clama por um sistema de energia limpa renovável.

  7. “Todas as grandes potencias

    “Todas as grandes potencias modernas – da Inglaterra do século 18 à China do século 21 – se formaram trilhando o caminho da industrialização, através de estratégias utilizando o poder de compra do Estado, ou do mercado interno, para atrair tecnologia ganhar autonomia tecnológica e consolidar a estrutura industrial do país.”

    Certíssimo. Mas esses países formularam e praticaram com persistência políticas de desenvolvimento tecnológico e industrial das quais não temos paralelos no Brasil. O programa espacial americano e grande parte da indústria de guerra americana são instrumentos do governo para desenvolver tecnologias que não nasceriam pelas supostamente miraculosas mãos do mercado. O Programa Apolo, que levou o homem à Lua, custou em dinheiro de hoje mais de US$100 bilhões. As tecnologias desenvolvidas no programa renderam aos EUA nos anos 70 e 80 mais de quatro vezes o custo do programa. A indústria aeronáutica civil americana é em parte subproduto da indústria aeronáutica militar, que é usada para resolver os gargalos tecnológicos.

    É também oportuno apontar que na Inglaterra, França, Alemanha e EUA, o Estado bancou, na metade do século 20, de 20% a 30% dos dispêndios em tecnologia das empresas. Isso criou uma cultura de pesquisa tecnológica nas empresas e hoje o subsídio estatal é cerca de um terço daquele valor.

    Em dezembro de 2003 o governo Lula esboçou a PITCE – Política Industrial, Tecnológica e de Comércio Exterior. Como articuladora técnica da PITCE, criou a ABDI – Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial. O BNDES seria o grande financiador dos projetos tecnológicos das empresas. Tudo isso criou um clima de otimismo no país. Mas a PITCE nunca foi formulada nos seus detalhes, à ABDI não foi dada a estatura e a competência para o que se pretendia dela e o BNDES – para frustração do Luciano Coutinho, creio eu – passou a financiar fusões de empresas.  

    Há agora no Brasil uma conscientização das empresas de que a inovação é o único caminho para o sucesso. Mas o custo do capital ainda é muito alto para viabilizar maior audácia em pesquisa tecnológica. Mesmo assim, seus gastos em pesquisa tem crescido. Foi criada a Embrapii, chamada a Embrapa da Indústria, com forte colaboração da CNI. Nossa esperança é que a Embrapii receba os recursos necessários para a sua missão, que são pelo menos o triplo do que recebe a Embrapa.

    “Todas as grandes potencias modernas – da Inglaterra do século 18 à China do século 21 – se formaram trilhando o caminho da industrialização, através de estratégias utilizando o poder de compra do Estado, ou do mercado interno, para atrair tecnologia ganhar autonomia tecnológica e consolidar a estrutura industrial do país.”

    Certíssimo. Mas esses países formularam e praticaram com persistência políticas de desenvolvimento tecnológico e industrial das quais não temos paralelos no Brasil. O programa espacial americano e grande parte da indústria de guerra americana são instrumentos do governo para desenvolver tecnologias que não nasceriam pelas supostamente miraculosas mãos do mercado. O Programa Apolo, que levou o homem à Lua, custou em dinheiro de hoje mais de US$100 bilhões. As tecnologias desenvolvidas no programa renderam aos EUA nos anos 70 e 80 mais de quatro vezes o custo do programa. A indústria aeronáutica civil americana é em parte subproduto da indústria aeronáutica militar, que é usada para resolver os gargalos tecnológicos.

    É também oportuno apontar que na Inglaterra, França, Alemanha e EUA, o Estado bancou, na metade do século 20, de 20% a 30% dos dispêndios em tecnologia das empresas. Isso criou uma cultura de pesquisa tecnológica nas empresas e hoje o subsídio estatal é cerca de um terço daquele valor.

    Em dezembro de 2003 o governo Lula esboçou a PITCE – Política Industrial, Tecnológica e de Comércio Exterior. Como articuladora técnica da PITCE, criou a ABDI – Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial. O BNDES seria o grande financiador dos projetos tecnológicos das empresas. Tudo isso criou um clima de otimismo no país. Mas a PITCE nunca foi formulada nos seus detalhes, à ABDI não foi dada a estatura e a competência para o que se pretendia dela e o BNDES – para frustração do Luciano Coutinho, creio eu – passou a financiar fusões de empresas.  

    Há agora no Brasil uma conscientização das empresas de que a inovação é o único caminho para o sucesso. Mas o custo do capital ainda é muito alto para viabilizar maior audácia em pesquisa tecnológica. Mesmo assim, seus gastos em pesquisa tem crescido. Foi criada a Embrapii, chamada a Embrapa da Indústria, com forte colaboração da CNI. Nossa esperança é que a Embrapii receba os recursos necessários para a sua missão, que são pelo menos o triplo do que recebe a Embrapa.

  8. “Todas as grandes potencias

    “Todas as grandes potencias modernas – da Inglaterra do século 18 à China do século 21 – se formaram trilhando o caminho da industrialização, através de estratégias utilizando o poder de compra do Estado, ou do mercado interno, para atrair tecnologia ganhar autonomia tecnológica e consolidar a estrutura industrial do país.”

    Certíssimo. Mas esses países formularam e praticaram com persistência políticas de desenvolvimento tecnológico e industrial das quais não temos paralelos no Brasil. O programa espacial americano e grande parte da indústria de guerra americana são instrumentos do governo para desenvolver tecnologias que não nasceriam pelas supostamente miraculosas mãos do mercado. O Programa Apolo, que levou o homem à Lua, custou em dinheiro de hoje mais de US$100 bilhões. As tecnologias desenvolvidas no programa renderam aos EUA nos anos 70 e 80 mais de quatro vezes o custo do programa. A indústria aeronáutica civil americana é em parte subproduto da indústria aeronáutica militar, que é usada para resolver os gargalos tecnológicos.

    É também oportuno apontar que na Inglaterra, França, Alemanha e EUA, o Estado bancou, na metade do século 20, de 20% a 30% dos dispêndios em tecnologia das empresas. Isso criou uma cultura de pesquisa tecnológica nas empresas e hoje o subsídio estatal é cerca de um terço daquele valor.

    Em dezembro de 2003 o governo Lula esboçou a PITCE – Política Industrial, Tecnológica e de Comércio Exterior. Como articuladora técnica da PITCE, criou a ABDI – Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial. O BNDES seria o grande financiador dos projetos tecnológicos das empresas. Tudo isso criou um clima de otimismo no país. Mas a PITCE nunca foi formulada nos seus detalhes, à ABDI não foi dada a estatura e a competência para o que se pretendia dela e o BNDES – para frustração do Luciano Coutinho, creio eu – passou a financiar fusões de empresas.  

    Há agora no Brasil uma conscientização das empresas de que a inovação é o único caminho para o sucesso. Mas o custo do capital ainda é muito alto para viabilizar maior audácia em pesquisa tecnológica. Mesmo assim, seus gastos em pesquisa tem crescido. Foi criada a Embrapii, chamada a Embrapa da Indústria, com forte colaboração da CNI. Nossa esperança é que a Embrapii receba os recursos necessários para a sua missão, que são pelo menos o triplo do que recebe a Embrapa.

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